O Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) – lança nesta quarta-feira (7/6) mais um jogo do projeto Ludo Educativo, que trata da temática da agricultura orgânica. O lançamento acontecerá durante o evento “Bio Brazil Fair – BioFach América Latina – 13ª Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia”, considerado o maior evento de negócios de produtos orgânicos da América Latina, que acontece de 7 a 10 de junho no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Na Feira, Elson Longo da Silva, diretor do CDMF e professor do Instituto de Química da Unesp de Araraquara, e Adilson de Oliveira, coordenador de Educação e Difusão do Conhecimento do Centro e docente do Departamento de Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), participam, das 9h às 12h, no dia 7, de um bate-papo com representantes de diferentes veículos midiáticos sobre desafios relacionados à presença de temas associados à produção orgânica nos meios de comunicação. O debate, organizado pela Associação de Agricultura Orgânica (AAO) e pelo Instituto Kairós e intitulado “O olhar da mídia sobre o tema dos orgânicos”, terá também reflexões sobre a abordagem dos orgânicos nas telenovelas, na mídia impressa, no rádio e no YouTube, além daquela a cargo de Elson Longo e Adilson de Oliveira, sobre o tema dos orgânicos nos games.
O projeto Ludo Educativo já conta com mais de 40 opções de jogos gratuitos sobre diferentes assuntos do cotidiano de pessoas de todas as idades e, especialmente, crianças e adolescentes. O projeto, que parte do desafio de associar a diversão dos games a conteúdos educativos, é uma parceria do CDMF com a empresa Aptor Games. O novo jogo, a ser lançado na Bio Brazil Fair, é o “Ludomix: Orgânicos”, um jogo de tabuleiro com questões sobre os alimentos orgânicos envolvendo conhecimentos de Biologia, Química, História, Geografia e Economia. Além dele, o Portal Ludo Educativo tem vários outros jogos relacionados às temáticas do meio ambiente, da alimentação saudável, do uso consciente da água, dentre outras. Toda essa produção pode ser conferida em http://portal.ludoeducativo.com.br.
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) lançou, nesta quarta-feira (7/06), em todo o País, campanha publicitária na qual mostra os efeitos da sonegação, sobretudo o quanto estimula a corrupção. Crimes que vêm chocando a opinião pública, como caixa dois, pagamento de propinas, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, têm origem na ocultação de valores.
Somente durante a Operação Lava Jato, o trabalho dos auditores fiscais da RFB recuperou para os cofres públicos aproximadamente R$ 10 bilhões. Em 2016, foram lançados em torno de R$ 120 bilhões em créditos tributários sonegados – quase 10% da arrecadação federal. Tais desvios atingem o contribuinte, entre outras maneiras, na educação pública má qualidade, na saúde precarizada, nas obras de infra-estrutura superfaturadas e mal projetadas, nos investimentos insuficientes de recursos públicos, e nas baixas produtividade e competitividade.
Além das fronteiras
Os efeitos da ação das “irmãs gêmeas sujas”, porém, não são somente internos. Externamente, a imagem do Brasil está seriamente comprometida. Ranking da corrupção, elaborado pela Transparência Internacional e divulgado em janeiro passado, mostra que estamos na 79ª posição, entre 146 nações. Dia 1º passado, pesquisa do instituto IMD com a Fundação Dom Cabral colocou o País somente à frente da Venezuela e da Mongólia na escala de competitividade.
A campanha consiste num filme (cuja versão curta será exibida nas TVs e a longa no Facebook do Sindifisco Nacional; pode vê-lo aqui https://vimeo.com/220062445), spots de rádio e outdoors. A duração será até fins de agosto.
>> Para ver o vídeo clique aqui
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
O Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem) deste ano vai ter o menor número de inscritos desde 2013, segundo anunciou o Ministério da Educação. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que o realiza, adiantou que 6,1 milhões de inscrições estão confirmadas.
Ainda conforme o órgão, até o dia 30 de maio último, 1,468 milhão de estudantes não tinham feito o pagamento dos boletos. O preço da inscrição é de R$ 82,00. O MEC, no ano passado, teve prejuízo de R$ 226 milhões com abstenções, porque 29% dos inscritos não compareceram para as provas.
A professora Marisa Barbieri, coordenadora da Casa da Ciência do Hemocentro de Ribeirão Preto, que trabalha com estudantes de escolas públicas em projetos de estímulo à pesquisa na universidade, lamenta os resultados apresentados pelo MEC e diz que a discussão de critérios se sobrepõe ao objetivo do Enem.
Comunicação SEESP
Reprodução editada de notícia do Jornal da USP
O portal Poder360 dá como vencida a batalha que vai ocorrer nesta terça-feira (6), quando a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) vota o parecer favorável do relator, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), à reforma trabalhista-sindical (PLC 38/17 - PL 6.787/16). O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) entende o contrário, desde que as lideranças sindicais conversem com cada membro da comissão. Considera possível conquistar votos nas bancadas do PMDB, PSD e PSB. Cada “voto virado” será importante para levantar e manter o moral do movimento sindical nessa batalha.
>> Nota técnica conjunta contra o PLC 38/17
A posição vitoriosa será por margem mínima. Assim, disputar cada voto vai ser a garantia de fortalecer a luta contra o desmonte do Direito do Trabalho.
É importante ainda lembrar que o projeto, após passar pela CAE, será apreciado nas comissões de Assuntos Sociais (CAS), de Constituição e Justiça (CCJ) e, por fim, pelo Plenário. Desse modo, a caminhada será de quatro passos. O trabalho só termina depois que o projeto for votado finalmente por todos os senadores. O desafio está lançado!
Desdobramentos
Depois da votação na CAE, se o relatório for aprovado, Ferraço apresentará o mesmo texto até quinta-feira (8) na CAS, conforme informou à Rádio Senado. A ideia é que a reforma seja votada na segunda comissão já na próxima semana. A oposição, no entanto, quer novas audiências públicas antes da votação final da proposta, no Plenário do Senado. O governo espera concluir esse processo nas próximas semanas, para sancionar a lei ainda em junho.
Também em entrevista à Rádio Senado nesta segunda-feira (5), o vice-líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), afirmou que o parecer da CCJ poderá ser apresentado em Plenário. “Acredito que com a votação na Comissão de Assuntos Econômicos e, na sequência, na Comissão de Assuntos Sociais, que são as duas comissões temáticas [de mérito], a matéria se encontrará pronta para ir a Plenário. O parecer da Comissão de Constituição e Justiça poderá ser oferecido em Plenário, até porque ninguém questiona a juridicidade, a constitucionalidade e a legalidade dessa iniciativa legislativa”, atestou.
Acompanhe a audiência na CAE ao vivo aqui:
http://www12.senado.leg.br/noticias/videos/tv-senado-ao-vivo
Comunicação SEESP
Reprodução editada de notícia do site do Diap
As fabricantes de aviões comerciais têm sido pressionadas a reduzir o ruído gerado por suas aeronaves de modo a diminuir o incômodo e os impactos à saúde de pessoas que vivem próximas de aeroportos.
A fim de atender às rigorosas normas internacionais criadas para regulamentar essa questão, empresas como a Boeing, a Airbus, a Embraer e a Bombardier têm feito pesados investimentos em pesquisa e desenvolvimento com o intuito de identificar e minimizar as fontes de ruído dos aviões que projetam para torná-los mais silenciosos.
Um grupo de pesquisadores do Laboratório de Ciências Aeronáuticas da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (FEM-Unicamp) acaba de dar uma contribuição para que a indústria aeronáutica possa atingir esse objetivo.
Em parceria com engenheiros da Boeing dos Estados Unidos e do Brasil, os pesquisadores simularam computacionalmente o escoamento turbulento (quando as partículas de um fluido, como o ar, não se movem ao longo de trajetórias bem definidas) ao redor de um trem de pouso. Dessa forma, conseguiram identificar fontes de ruído que contribuem para que os trens de pouso sejam atualmente um dos principais componentes do barulho emitido pelas aeronaves comerciais durante a aterrissagem.
Os resultados do estudo, realizado no âmbito de um projeto, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) na modalidade Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, e do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) financiados pela fundação –, foram apresentados em conferência de aeroacústica no dia 5 de junho, em Denver, nos Estados Unidos, durante o Aviation Forum, promovido pelo Instituto Americano de Aeronáutica e Astronáutica (Aiaa, na sigla em inglês).
“Conseguimos simular com alta fidelidade os aspectos físicos envolvidos na turbulência ao redor de um trem de pouso e, dessa forma, identificar algumas fontes de ruído nesse equipamento”, disse William Wolf, professor da FEM-Unicamp e coordenador do projeto, à Agência Fapesp.
Os pesquisadores utilizaram técnicas de computação paralela – em que computadores com centenas de núcleos de processamento realizam vários cálculos ao mesmo tempo – para simular o escoamento turbulento ao redor de um modelo simplificado de trem de pouso, chamado Lagoon.
Baseado no trem de pouso da aeronave A320, da Airbus, o LAnding Gear nOise database and CAA validatiON (Lagoon) representa os mecanismos de um trem de pouso real e tem sido estudado por diversos grupos de pesquisa, de diferentes países, no âmbito de um projeto com o mesmo nome.
O projeto foi lançado em 2006 pela Airbus em parceria com a agência aeroespacial da França (Onera), o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) e a Universidade de Southampton, na Inglaterra, com o objetivo de avaliar técnicas de simulação de ruído em um trem de pouso simplificado.
A fim de validar as técnicas de simulações computacionais aeroacústicas, o consórcio desenvolveu e disponibilizou um banco de dados aerodinâmicos e acústicos – obtido em experimentos realizados por pesquisadores de instituições como a Onera – com o modelo simplificado de trem de pouso em túneis de vento (instalações em que é possível simular os efeitos do escoamento aerodinâmico ao redor de objetos).
“Comparamos os dados das nossas simulações computacionais com as medidas feitas durante esses experimentos com o Lagoon em túneis de vento e os resultados preliminares foram bastante concordantes. Os dados das simulações computacionais conseguiram reproduzir perfeitamente os resultados experimentais”, afirmou Wolf.
Para fazer as simulações, os pesquisadores da Unicamp utilizaram softwares desenvolvidos por engenheiros da Boeing e criaram outros voltados a realizar as análises aeroacústicas e os processamentos estatísticos. Por meio desses, eles analisaram os dados das simulações numéricas e conseguiram identificar estruturas do escoamento turbulento responsáveis pela geração de ruído no trem de pouso.
Uma das fontes principais de ruído são as cavidades no interior das rodas do trem de pouso, que têm funções de facilitar sua manutenção e permitir a refrigeração dos freios, impedindo que sobreaqueçam. “Detectamos que, sob determinadas frequências de turbulência, algumas dessas cavidades apresentam efeito de ressonância e geram um ruído intenso, que pode ser extremamente perturbador para o ouvido humano”, afirmou Wolf.
Trem de pouso real
De acordo com o pesquisador, além dessas cavidades, outras fontes principais de ruído de baixa e média frequência em trens de pouso são as rodas e os eixos do equipamento, e a interação dos escoamentos turbulentos com esses componentes. Um dos principais desafios para simular computacionalmente a turbulência em trem de pouso, segundo ele, é que o equipamento possui uma série de detalhes. Portanto, a ideia de usar um modelo simplificado, como o Lagoon, facilita as simulações. “Esse modelo representou um teste para verificar se éramos capazes de simular a turbulência e identificar as fontes de ruído no equipamento”, disse. Por meio de um novo projeto com a Boeing, eles pretendem estudar, agora, o trem de pouso do modelo de aeronave 777 fabricado pela empresa americana.
O primeiro autor do estudo, o estudante Túlio Rodarte Ricciardi, que realiza doutorado na Unicamp sob orientação de Wolf, está em um centro de pesquisa da Boeing, nos Estados Unidos, para dar início ao projeto. “A ideia é tentar identificar as fontes de ruído desse trem de pouso realístico, que apresenta um maior número de detalhes mais finos, como linhas de frenagem, e interações mais complexas no escoamento turbulento do que um modelo simplificado”, contou Wolf.
A partir dos resultados das simulações, os pesquisadores pretendem desenvolver técnicas de controle de escoamento turbulento que permitam reduzir o ruído produzido pelo trem de pouso e torná-lo mais silencioso.
Comunicação SEESP
Reprodução editada de matéria da Agência Fapesp/Elton Alisson
O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), criado e mantido pelo SEESP, iniciou suas atividades em 2015 com a primeira graduação em Engenharia de Inovação no Brasil. Em 2013, o instituto e o curso foram avaliados, aprovados e homologados pelo Ministério da Educação (MEC). Neste segundo semestre, o Isitec realiza o seu quinto processo seletivo, cujas inscrições terminam no próximo dia 20 de junho (saiba como se inscrever aqui). São oferecidas bolsas integrais e parciais, e o postulante pode usar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para isenção na taxa.
Quem aborda esse pioneirismo dos engenheiros de São Paulo, que tem o apoio da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), é o professor José Marques Póvoa, diretor de graduação do Isitec. De forma entusiasmada, o docente salienta que o curso procura inovar também no ambiente de aprendizado: “Nossas aulas estão baseadas no método ativo-colaborativo, em que o professor atua muito mais como um mediador.” Para essa metodologia, prossegue ele, as salas de aula têm mesas-redondas com cadeiras em que os estudantes e também os docentes se sentam para interagir, dialogar e aprender. Confira todos os detalhes do curso na entrevista a seguir.
Fotos: Beatriz Arruda/SEESP
Professor e diretor de graduação, Póvoa está desde o início no Isitec.
O senhor poderia nos falar sobre o curso Engenharia de Inovação em termos de grade curricular, pedagogia, ensino em sala de aula, laboratório?
José Marques Póvoa – Em primeiro lugar, é bom esclarecer que inovação não está necessariamente ligada à tecnologia. Ela é, antes de tudo, uma mudança que deve ocorrer na concepção do que é ser um profissional e em particular da área de engenharia. Em relação à grade curricular, buscamos recuperar o conceito histórico da engenharia, lembrando que no início existia a engenharia militar e aí surgiu a civil, que procurava resolver os problemas da sociedade em geral. Os primeiros engenheiros civis se deparavam com problemas mais simples e menos complexos com relação ao mundo atual, por exemplo, construção de estradas, pontes e casas, o inicio da iluminação pública (lampiões) e do saneamento etc..
Essa realidade mudou muito.
Póvoa – Sim. Hoje os problemas estão bem mais complexos. No decorrer dos últimos anos surgiram diversas engenharias para dar contar de tanta complexidade. A ideia da nossa graduação é reunir os conhecimentos básicos dessas várias modalidades para que o profissional possa atuar em diferentes vertentes da área sem que para isso seja um especialista em cada uma delas.
Para quais desafios o Isitec prepara o estudante?
Póvoa – Para enfrentar desafios que ainda não sabemos quais serão; para resolver problemas que não temos a mínima ideia de quais são; e para utilizar tecnologias que sequer foram desenvolvidas. Devemos preparar esses jovens para se tornarem uma espécie de multiespecialista, ou seja, que sejam capazes de atuar em diferentes vertentes das engenharias. Para que isso ocorra, esse profissional deve aprender a aprender cada vez mais rápido. Esse nos parece ser o desafio do futuro profissional. Veja que a inovação está muito mais na mudança do indivíduo do que na tecnologia. Por isso, esse profissional deve ser capacitado para um desafio muito maior. É uma mudança no paradigma do que é ser um profissional, na forma de pensar e atuar. É isso que estamos buscando construir no Isitec.
Salas de aula acompanham proposta inovadora do Isitec, com mesas-redondas em que alunos e professores interagem.
Então a grade curricular acompanha essa mudança de paradigma.
Póvoa – Para capacitar a esses novos desafios, a Engenharia de Inovação procura reunir em sua grade curricular disciplinas básicas dos cursos da civil, da ambiental, da química, da elétrica, da automação e controle, de produção (gestão), da física, além de disciplinas que procuram prepará-los para ser empreendedores. Temos como foco principal formar um engenheiro com visão sistêmica de todas as modalidades da área, bem como englobar o desenvolvimento do pensamento criativo, inovador e empreendedor, de maneira a desenvolver a cultura de inovação. O que só se concretizará se houver uma visão integradora das esferas do conhecimento e do comportamento humano, tecnológico e de negócios. A formação do engenheiro de inovação está alicerçada nessas três características. Tudo isso consta do projeto político-pedagógico do curso e permeia transversalmente todos os conteúdos programáticos.
E como são abordados os conhecimentos tecnológicos?
Póvoa – No que tange, particularmente, aos conhecimentos tecnológicos, o estudante terá contato com os fundamentos básicos das engenharias tradicionais, não só no que diz respeito ao núcleo de formação básica (matemática e ciências naturais), mas também ao núcleo de formação profissionalizante e específica. Nesse grupo, o nosso estudante terá os fundamentos básicos, entre outros, de mecânica dos fluidos, sistemas estruturais, tecnologia das construções, ciências ambientais, técnicas de sensoriamento, eletrodinâmica, eletrônica, geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, lógica digital, robótica, computação científica, termodinâmica e máquinas térmicas, química tecnológica, propriedades e uso de materiais, física moderna, engenharia financeira e de segurança, gestão da qualidade e de projetos, introdução à economia, planejamento estratégico e teoria de jogos e sociologia industrial e do trabalho.
E o ensino prático?
Póvoa – Nossos alunos, na evolução do ensino, terão conhecimentos na prática nas disciplinas de Laboratório Integrado, de Equipe de Inovação e Design e, finalmente, no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e também no estágio. O aluno precisa cumprir 240 horas em disciplinas optativas. Nos laboratórios, inclusive, procuramos mostrar que nem tudo tem uma resposta já pronta. Ou seja, os laboratórios têm muito mais a função de fomentar as dúvidas.
Estamos na reta final das inscrições para o vestibular do segundo semestre de 2017.
Póvoa – Convido o jovem que quer ingressar na área a ser a mudança que quer ver no mundo. Não espere que as mudanças cheguem passivamente, participe dessa construção, capacitando-se positiva, construtiva e proativamente. Por isso, reforço o convite: venha cursar Engenharia de Inovação no Isitec para ser o protagonista dessas mudanças.
Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
A première do novo documentário “Não Respire – Contém Amianto” ocorreu no dia 2 de junho último, no Centro Cultural São Paulo. O longa-metragem faz parte da competição latinoamericana da 6a. Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental. Banido em quase 70 países devido ao seu potencial cancerígeno, o amianto ainda é vendido em 18 estados brasileiros. A Organização Mundial da Saúde (OMS) garante que não há limite seguro de exposição a esse minério largamente utilizado nacionalmente, na construção civil.
No documentário, o trio de diretores – formado por André Campos, Carlos Juliano Barros e Caue Angeli – investiga como a indústria do amianto no Brasil tenta vender a imagem de que o tipo de minério usado no bilionário mercado de telhas, chamado de “crisotila”, não é tão mau assim. Investindo em marketing, financiando pesquisas acadêmicas e fazendo doações milionárias para campanhas políticas, a indústria tenta convencer a opinião pública de que é possível usar o amianto crisotila de forma segura e controlada.
Ao longo de 70 minutos, o filme conta as histórias de trabalhadores que, sem qualquer conhecimento sobre os perigos do amianto, desenvolveram graves doenças pulmonares e foram induzidos a assinar acordos irrisórios para silenciar ações judiciais contra as empresas.
“Não Respire – Contém Amianto” também mostra a luta de ativistas e autoridades para revogar a legislação que ainda permite a utilização do amianto na maior parte do País, sob a tese de “uso seguro e controlado”, defendida pela indústria.
O filme é uma realização da Repórter Brasil, referência em direitos humanos e responsável pela produção de outras importantes obras audiovisuais, como os premiados documentários “Carne Osso – o Trabalho em Frigoríficos” (2011) e “Jaci – Sete Pecados de uma Obra Amazônica” (2014).
Acesse o site oficial do documentário: reporterbrasil.org.br/naorespire
https://www.youtube.com/watch?v=2SL2uU5oWf4&feature=youtu.be
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Reprodução editada de notícia do site Repórter Brasil
O governo federal encaminhou, em abril, ao Congresso Nacional, o Projeto de Lei (PL) 7.425/17 que altera o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86), o qual hoje limita a 20% a participação do capital estrangeiro em empresa aérea nacional. O texto acaba com essa restrição e não determina um percentual. Trata-se de desnacionalização do setor, avalia o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Sem discussão com a sociedade civil, a matéria, inserida no contexto da instituição da Agência Brasileira de Promoção do Turismo (Embratur), está na pauta de votações do Plenário desta semana, em regime de urgência constitucional.
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Com informações do site do Diap
Relatório especial do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) sobre “Impacto, vulnerabilidade e adaptação das cidades costeiras brasileiras às mudanças climáticas” foi lançado no dia 5 de junho último, durante evento no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Segundo suas conclusões, a tendência é de aumento do nível do mar na costa brasileira nas próximas décadas. No País, contudo, onde mais de 60% da população vivem em cidades costeiras, não há um estudo integrado da vulnerabilidade dos municípios litorâneos a este e a outros impactos decorrentes das mudanças climáticas, como o incremento da frequência e da intensidade de chuvas. Um estudo desse gênero possibilitaria estimar os danos sociais, econômicos e ambientais e elaborar um plano de ação com o intuito de implementar medidas adaptativas.
A publicação tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e parte dos estudos nos quais se baseia é resultado do Projeto Metrópole e de outros apoiados pela instituição no âmbito do Programa de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), financiado pela fundação e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“A ideia do relatório foi mostrar o estado da arte sobre mudanças de clima e cidades costeiras, baseado em uma exaustiva revisão de publicações internacionais e nacionais sobre o tema, e também identificar lacunas no conhecimento para que os formuladores de políticas públicas e tomadores de decisão no Brasil possam propor e implementar medidas de adaptação”, disse à Agência Fapesp o coordenador-geral de pesquisa e desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e um dos autores e editores do relatório, José Marengo.
De acordo com dados do documento, entre 1901 e 2010 o nível médio do mar globalmente aumentou 19 centímetros – com variação entre 17 e 21cm. Entre 1993 e 2010, a taxa de elevação correspondeu a mais de 3,2 milímetros por ano – com variação entre 2,8 e 3,6mm por ano. No Brasil, a despeito da ausência de estudos, Marengo afirma que “ já identificamos por meio de estudos regionais diversas cidades de médio e grande porte que apresentam alta exposição à elevação do nível relativo do mar e já têm sofrido os impactos desse fenômeno, particularmente na forma de ressacas e inundações”. Entre essas cidades, estão Rio Grande (RS), Laguna e Florianópolis (SC), Paranaguá (PR), Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Salvador (BA), Maceió (AL), Recife (PE), São Luís (MA), Fortaleza (CE) e Belém (PA).
Nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, por exemplo, têm sido registradas taxas de aumento de 1,8 a 4,2mm por ano desde a década de 1950. Na cidade de Santos, no litoral sul paulista, onde está situado o maior porto da América Latina, a elevação tem sido de 1,2mm por ano, em média, desde a década de 1940. Além disso, ocorreu aumento significativo na altura das ondas – que alcançava um metro em 1957 e passou a atingir 1,3m em 2002 – e na frequência de ressacas no município. Já no Rio de Janeiro, a análise dos dados da estação maregráfica da Ilha Fiscal – que tem a série histórica mais antiga do Brasil e fica no meio da Baía da Guanabara – indica tendência média de aumento de 1,3mm por ano, com base nos dados mensais do nível do mar do período de 1963 a 2011, com índice de confiança de 95%.
Por sua vez, em Recife o nível do mar aumentou 5,6mm entre 1946 e 1988 – o que corresponde a uma elevação de 24 centímetros em 42 anos. A erosão costeira e a ocupação do pós-praia provocaram uma redução da linha de praia em mais de 20 metros em Boa Viagem – a área da orla mais valorizada da cidade –, apontam os autores do relatório. “Existem poucas observações como essas em outras regiões do país. Quando tentamos levantar dados dos últimos 40 ou 100 anos em outras cidades do Nordeste, como Fortaleza, por exemplo, é difícil encontrar”, disse Marengo.
Impactos socioeconômicos
De acordo com os autores do relatório, as mudanças climáticas e um acelerado ritmo de elevação do nível do mar podem causar sérios impactos nas áreas costeiras do Brasil. Os socioeconômicos seriam mais restritos às vizinhanças das 15 maiores cidades litorâneas, que ocupam uma extensão de 1,3 mil quilômetros – correspondente a 17% da linha costeira do Brasil.
Entre as principais consequências da elevação do nível do mar estão o aumento da erosão costeira, da frequência, intensidade e magnitude das inundações, da vulnerabilidade de pessoas e bens e a redução dos espaços habitáveis. “Mas há outros impactos não tão perceptíveis, como a intrusão marinha, em que a água salgada do mar começa a penetrar aquíferos e ecossistemas de água doce”, ressalta Marengo.
As projeções do quinto relatório (AR5) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) são que a elevação do nível do mar globalmente varie entre 0,26 e 0,98 metro até 2100 – em um cenário mais pessimista. O relatório apresenta estimativas similares para a costa brasileira.
Com isso, há maior probabilidade de inundações em áreas que apresentam mais de 40% de mudanças no nível do mar observadas nos últimos 60 anos – como é o caso de várias metrópoles costeiras brasileiras, ressaltam os autores. Essas serão mais preocupantes nos litorais do Nordeste, Sul e Sudeste. Os seis municípios fluminenses mais vulneráveis, de acordo com estudos apresentados no relatório, são Parati, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Magé e Campos dos Goytacazes. “A combinação do aumento do nível do mar com tempestades e ventos mais fortes pode provocar danos bastante altos na infraestrutura dessas cidades”, estima Marengo.
Exemplo de plano
O documento destaca o Plano Municipal de Adaptação à Mudança de Clima (PMAMC) da cidade de Santos – elaborado com base nos resultados do Projeto Metrópole, coordenado por Marengo – como exemplo de plano de ação para adaptação às mudanças de clima e os seus impactos nas cidades (leia mais sobre o assunto em http://agencia.fapesp.br/21997/). Tal é realizado por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), dos institutos Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Geológico (IG) e das universidades de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com colegas da University of South Florida, dos Estados Unidos, do King’s College London, da Inglaterra, além de técnicos da Prefeitura Municipal de Santos.
O estudo internacional estimou que a inundação de áreas costeiras das zonas sudeste e noroeste de Santos, causada pela combinação da elevação do nível do mar com ressacas, marés meteorológicas e astronômicas e eventos climáticos extremos, pode causar prejuízos acumulados de quase R$ 2 bilhões até 2100 se não forem implementadas medidas de adaptação. “Nossa intenção é aplicar essa metodologia utilizada em Santos em outras cidades litorâneas brasileiras para termos pelo menos uma estimativa inicial do custo de adaptação à elevação do nível do mar”, diz Marengo.
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Notícia editada da Agência Fapesp (por Elton Alisson)
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em 1º de junho último, encaminhou ao SEESP e demais sindicatos representantes dos profissionais da empresa nova proposta para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2017. Entre os itens propostos estão: reajuste salarial de 4,43% (IPC-Fipe), retroativo à data-base em 1º de março, extensível aos vales-alimentação e ao auxílio materno-infantil. Os atrasados serão pagos em duas parcelas, a primeira em junho referente a março e a segunda em julho referente a abril e maio. Além disso, reajuste do vale-refeição em 4,43% em março de 2017, elevando o valor facial a R$ 32,025, totalizando R$ 768,60 ao mês, mais 4,08% em setembro, aumentando para R$ 800,00 ao mês. E ainda manutenção das três cláusulas pendentes (integralização do benefício previdenciário, horas extras e férias), nos mesmos termos do ACT 2016/2017, desde que aprovada a presente proposta.
Assembleia Geral Extraordinária dos engenheiros ocorrerá no próximo dia 8 de junho, às 13h (em segunda convocação), na sede da Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (Rua José Paulino, nº 7, Bom Retiro), na capital paulista. Na pauta, discussão e deliberação sobre a proposta final da CPTM e os próximos passos da campanha salarial.
Comunicação SEESP