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Estão abertas até as 17h do dia 6 de julho próximo as inscrições a concurso para provimento de um cargo de professor-doutor no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), em São Carlos. O docente atuará junto ao Departamento de Sistemas de Computação.

O candidato aprovado será nomeado em regime de dedicação integral à docência e à pesquisa, com salário inicial de R$ 10.670,76, além de assistência médica, auxílios alimentação e refeição.

As inscrições devem ser realizadas exclusivamente via internet por meio do link https://uspdigital.usp.br/gr/admissao. Para obter mais detalhes sobre prazos, provas e documentações, acesse o edital completo aqui.

 

Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Reprodução editada de informação da Assessoria de Imprensa do ICMC

 

 

 

 

 

Ele disse “não” a uma vaga de emprego na maior agência espacial do mundo, a Nasa (National Aeronautics and Space Administration; em português, Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço). A negativa do engenheiro espacial Lucas Fonseca à agência norte-americana é por uma boa razão: ele preferiu participar do que considera “a maior conquista do espaço dos últimos 30 anos”, a missão Rosetta. O projeto da Agência Espacial Europeia (ESA) enviou uma sonda ao espaço para estudar e, posteriormente, pousar no cometa 67P, que orbita nosso sistema solar.

Essa história começou quando Fonseca era criança. Ele sempre foi fascinado pelos mistérios do universo e carregava o sonho de ser astronauta. Visitou por duas vezes a base da Nasa no Cabo Canaveral, na Flórida, onde se encantou com os foguetes e traçou como objetivo que um dia trabalharia naquele lugar. Os anos foram se passando e o sonho ficando cada vez mais aceso. Como na época não existiam no Brasil cursos de graduação voltados à área aeroespacial, ele decidiu estudar Engenharia Mecatrônica na Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP).


Foto: NT Jornalismo/ID via Youtube
Fonseca sempre foi fascinado pelos mistérios do universo.

Foi durante esse período que o então estudante começou as tentativas de, despretensiosamente, realizar seu desejo. “Eu enviei meu currículo para a Nasa inúmeras vezes, mas nunca fui chamado.” Isso não abalou Fonseca, que persistiu. Depois de concluir a graduação, resolveu se aproximar mais da sua área de interesse e ingressou no mestrado em Engenharia Espacial no Instituto Superior de Aeronáutica e Espaço de Toulouse, na França. Eis que, após o término do curso e de diversas tentativas frustradas, o momento mais aguardado de sua vida chegou: o convite da Nasa.

Mas o que era para ser um instante de extrema felicidade tornou-se uma incógnita. Ele não esperava que, junto ao convite da agência americana, receberia a oportunidade do governo alemão de trabalhar para a ESA na missão Rosetta. A grandeza e a importância do projeto fizeram com que optasse por ficar na Europa, decisão da qual não se arrepende: “Fui o único brasileiro a participar da equipe, isso me dá bastante credibilidade nos dias de hoje.”

Novos desafios
A sede pela exploração espacial dificilmente será saciada por Fonseca algum dia, tanto que, quando voltou ao Brasil em 2013, já trazia na bagagem uma nova ambição: executar uma missão no País que ultrapassasse a órbita terrestre. Junto com Douglas Galante, pesquisador graduado em Ciências Moleculares pela USP e especialista em astrobiologia, elaborou um experimento. “Vamos estudar como alguns seres vivos reagem a ambientes extremos. Para isso, enviaremos bactérias dentro de um pequeno satélite que circulará por um ano na órbita da Lua. Dessa forma, poderemos descobrir se elas sofrem algum tipo de alteração genética”, explica.

O projeto do satélite lunar recebeu o nome de Garatéa-L e é coordenado por Fonseca. Além de receber suporte de empresas e institutos europeus, conta com a participação do Grupo Zenith, da EESC, o qual Fonseca ajudou a fundar. Também contribuem pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), do Instituto Mauá de Tecnologia e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

Amor pelo desconhecido
Um pequeno passo para o Garatéa-L e um salto gigantesco para o setor aeroespacial brasileiro foram dados em São Carlos no dia 19 de dezembro do ano passado, quando um balão estratosférico foi lançado da área II do campus da USP. Havia uma sonda acoplada, que foi batizada de Garatéa II – assim chamada por ser o segundo voo da série a levar experimentos a uma altitude de até 30km. A essa distância do chão, a pressão atmosférica é um centésimo da encontrada ao nível do mar, e a camada de ozônio já começa a ficar para trás, permitindo alta incidência de raios ultravioleta do Sol. Os experimentos e componentes enviados por esse balão serão incorporados, mais tarde, ao satélite lunar Garatéa-L.

Esse será o tema do bate-papo "De São Carlos para o espaço: a fronteira final", que acontecerá durante o festival de divulgação científica Pint of Science, na noite de 15 de maio, em São Carlos. No ensejo, o público poderá conhecer detalhadamente o projeto, saber mais sobre as novas tecnologias aeroespaciais que estão sendo desenvolvidas e esclarecer as dúvidas diretamente com Lucas Fonseca, Douglas Galante e mais dois convidados: o filósofo Alexey Dodsworth e o jornalista Salvador Nogueira.

Fonseca e Galante também participarão do festival em Campinas, durante o bate-papo "Da poeira às estrelas, como a humanidade pode conquistar o universo?", na noite de 17 de maio. Quem estiver presente, descobrirá que tecnologias devem ser desenvolvidas para que seja possível habitar outros planetas.

“O Brasil não investe muito no campo aeroespacial e se não começarmos a falar mais sobre o tema e motivar as pessoas a entenderem e até mesmo querer trabalhar no ramo, vai chegar um momento em que será inviável correr atrás do tempo perdido”, conta o engenheiro, que é proprietário de uma empresa de tecnologia espacial, a Airvantis. Enquanto luta por maior visibilidade da pesquisa espacial, Fonseca seguirá em busca de novas descobertas: “Fazer o que ainda ninguém fez me motiva muito. Por isso, eu amo o desconhecido.”


Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Matéria editada de Henrique Fontes / Assessoria de Comunicação do Pint of Science Brasil

 

 

 

 

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara informa que o processo seletivo do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Biomateriais e Bioprocessos (Mestrado Profissional) para o segundo semestre de 2017 encontra-se disponível. Para saber mais clique aqui.

 

Comunicação SEESP
Informação da Unan

 

 

 

 

 

 

Aproximadamente três meses após a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ter divulgado nova política operacional da instituição, que trouxe apreensão aos seus trabalhadores e a especialistas por restringir e suprimir o apoio a programas setoriais, veio golpe certeiro: em 31 de março último, o Banco Central e o Ministério da Fazenda anunciaram extinção da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e sua substituição pela Taxa de Longo Prazo (TLP) – criada pela Medida Provisória 777, de 26 de abril – nos contratos a partir de 1º de janeiro de 2018.

Para o vice-presidente da Associação dos Funcionários do BNDES (AFBNDES), Arthur Koblitz, a proposta ameaça o papel da instituição de fomentar o investimento em projetos ao País. “Enquanto países desenvolvidos como a Alemanha contam com bancos de desenvolvimento com apoio subsidiado, estamos abrindo mão disso. O resultado será a redução ainda maior da capacidade do Estado brasileiro de conduzir qualquer estratégia de desenvolvimento.”

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
João Sicsú: "Justificativa é de que a nova regra serve à modernização, mas na realidade representa volta ao passsado."

Professor-doutor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João Sicsú explica: “A TJLP (definida pelo Conselho Monetário Nacional), usada como taxa de referência para empréstimos do BNDES, é relativamente baixa e atrativa para investimentos industrial e em obras de infraestrutura.” Já a TLP, conforme ele, não deve no longo prazo ser determinada pelo governo, mas por leilões específicos de títulos da dívida pública, já que a ideia é que em cinco anos se iguale a esses. Com isso, incorporam-se riscos, oscilando conforme a conjuntura, dependente das tensões do mercado. “Em momentos desfavoráveis, tende a ser mais alta, justamente quando é necessário que seja mais baixa. O BNDES terá taxa de juros pró-cíclica, volátil e sempre mais alta do que a TJLP. Hoje, essa está em 7% e a TLP estaria entre 11,5% e 12%. O BNDES vem se assemelhando a um banco privado, com taxas de juros elevadas, empréstimos pouco atrativos para atividades de longa maturação”, enfatiza. Na sua avaliação, desse modo, o banco perde sua função de financiar o desenvolvimento brasileiro, ou seja, a construção de metrôs, ferrovias, hidroelétricas, máquinas, equipamentos.

O projeto em implantação, segundo Koblitz, não é novo. “Foi gerado na Casa das Garças (instituto privado de estudos de política econômica) há mais de dez anos, circulou desde então nos gabinetes do Banco Central e do Ministério da Fazenda, mas sempre foi contestado pelo BNDES. Parece que finalmente conseguiram emplacar uma diretoria no banco que topa esse projeto. Implementada essa proposta, a instituição estará seriamente amarrada para ter uma atuação efetiva.”

Descapitalização
Além dessa medida, outra também tem preocupado os trabalhadores do BNDES, segundo o vice-presidente da associação que os representa: o esvaziamento dos ativos do banco com novas rodadas de devolução de aportes do Tesouro. “O BNDES está ficando descapitalizado. No ano passado, recebeu R$ 86 bilhões e foi obrigado a devolver R$ 100 bilhões”, completa Sicsú. “Nossa presidente (do banco) parece obcecada por questões fiscais. Em primeiro lugar, essa não deveria ser a principal preocupação da diretoria. Em segundo, discordamos que os argumentos de custo fiscal procedam. O verdadeiro vilão é o nível da taxa de juros fixada pelo Banco Central. Restringir e desmantelar o BNDES, que tem sido o único instrumento em defesa do desenvolvimento, da indústria, sem nada ser colocado em seu lugar além de fé no mercado, é uma aventura em que o governo brasileiro parece determinado a embarcar”, salienta Koblitz.

Para Sicsú, a instituição perde sua função de fomentar a retomada do crescimento econômico. Consequentemente, como ressalta o professor da UFRJ, a atratividade para empréstimos não mais estará no Brasil. “Isso amplia a vulnerabilidade do País, exposto a variações cambiais. A justificativa é de que a nova regra serve à modernização, mas na realidade representa volta ao passado”, alerta. E denuncia: “Temer emitiu um decreto pouco divulgado que permite a multinacionais o acesso à garantia de empréstimos de bancos públicos se forem investir em setores de alto interesse nacional, ampliando sua abrangência. Turismo, comércio, saúde, educação, têxtil, tudo se enquadra.” Ou seja, enquanto se impede acesso a linhas de crédito para projetos de interesse do País, facilita-se a desnacionalização da economia oferecendo-se dinheiro às empresas estrangeiras. Sicsú aponta que as mudanças no BNDES são parte de um modelo de política econômica que visa favorecer o sistema financeiro privado e o rentismo.

Parar o rolo compressor
O professor aposta na mobilização e conscientização da sociedade para reverter tais decisões. É o que propugna a AFBNDES. “Defendemos primeiro que cessem as devoluções de recursos ao Tesouro Nacional. Em segundo lugar, que a TJLP não seja extinta, mas colocada num patamar que a torne um estímulo realmente efetivo para influenciar decisões de investimento e contribuir à retomada do crescimento. Finalmente, que a atuação do BNDES nessa retomada seja marcada por uma revisão num aspecto fundamental: é preciso estipular de forma mais clara contrapartidas ao apoio do banco”, detalha Koblitz, para quem a prioridade é “resistir ao rolo compressor representado pelo atual governo”. Ele conclui: “Precisamos de um projeto nacional.”

Tal síntese vai ao encontro de bandeira levantada pela FNE, por meio de seu projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. A receita consta dessa iniciativa, como destaca seu coordenador, Fernando Palmezan Neto: ter mais presença do Estado, que deve ser o indutor do desenvolvimento, não menos. “Não contar com um banco público de investimento, como o BNDES, num momento como este, é uma decisão muito equivocada, péssima à engenharia, tomada sem ouvir quem entende do assunto. É miopia política ou má-fé”, frisa. E finaliza: “Seguiremos lutando para fazer com que quem detém o poder decisório entenda que isso não tira o País da crise, só a aprofunda.”

 

Soraya Misleh
Matéria publicada no jornal Engenheiro, da FNE, Edição 180, de maio de 2017

 

 

 

 

 

 

Das instituições que integram a chamada rede de pesquisa 6+5, que reúne cientistas da França e do Brasil, incluindo a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), nasceu o Laboratoire International Associé Franco Brésilien – Energie & Environnement (L.I.A.), que começa a operar oficialmente este mês de maio.

O L.I.A. é um ‘laboratório sem muros’, criado pelo governo francês, para estruturar colaborações entre equipes de pesquisa e laboratórios da França com parceiros de outros países com quem já realiza algum tipo de trabalho conjunto. A rede vai atuar por quatro anos, prorrogáveis por mais quatro, em pesquisas de fontes de energia renováveis, observando todas as suas facetas: a produção, o consumo, os impactos ambientais, a integração e interação com outras formas de energia, e as redes de distribuição.

A expectativa é que laboratório reforce a cooperação, estimule mais colaborações em pesquisa e aplicações práticas, e, consequentemente, amplie a produção científica e a visibilidade internacional. O grupo de pesquisadores da Poli dentro do L.I.A. é coordenado pelo professor Song Won Park, do Departamento de Engenharia Química.

A cerimônia de instalação do laboratório ocorreu na última quarta-feira (3/05), na Cidade Universitária. O evento contou com a participação e presença de dirigentes da USP, autoridades e pesquisadores.

Pesquisadores que tenham projetos nas áreas de atuação do laboratório podem entrar em contato com o professor Pissolato (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) para discutir as possibilidades de cooperação e inserção no L.I.A. As principais linhas de pesquisa são: transformação da energia (focando em pesquisas sobre combustão, formação de poluentes, eficiência energética, por exemplo); redes de distribuição (integração, estocagem geração distribuída, proteção e qualidade dos serviços e outros); e meio ambiente (redução das emissões, fontes renováveis, otimização da rede de energia, gerenciamento de recursos hídricos e lixo).

 

Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Com informações da Assessoria de Comunicação da Poli

 

 

 

 

 

João Guilherme Vargas Netto*

Indiquei em minha última coluna aquelas que considero as três preocupações decorrentes do novo patamar alcançado por nossa resistência com a vitória da jornada do 28 de abril.

A primeira delas e essencial, é a continuidade do esforço pela unidade de ação, coisa que ficou sacramentada pela reunião das centrais sindicais (confirmando a nota conjunta para o 1º de maio unitário) que determinou um calendário de ações para o mês de maio.

A segunda é a determinação das táticas a serem adotadas nesta fase da luta em que o Congresso Nacional tem um papel relevante e em que a continuidade da pressão sobre os parlamentares deve ser efetivada.

Para os senadores eu recomendo que as entidades organizem grupos de ação qualificados para o relacionamento com cada um dos 81 senadores em Brasília e em suas bases, levando-se em conta suas características individuais (estado que representa, partido a que pertence, posição pública afirmada, influência em comissões, peculiaridades de sua atuação etc.).

Na Câmara, visando os deputados, recomendo além das visitas em Brasília, a continuidade das denúncias dos que têm votado contra nós, com campanhas localizadas em suas bases, aplicando-se desde o escracho a alguns deles até a utilização maciça de outdoors contundentes e as visitas domésticas.

Em terceiro lugar observo que a comunicação sindical pode e deve melhorar. Quando se analisa o sucesso da jornada do 28 de abril não se pode deixar de registrar o relativo atraso de nossa comunicação (não existiu, por exemplo, uma central coordenadora da comunicação) e a necessidade premente de continuar a batalha pela compreensão da greve e das manifestações.

Sugiro que todo material sindical (impresso ou eletrônico) continue repercutindo a jornada, divulgando em série a participação de companheiros e companheiras da base no dia 28 (o que você fez durante a jornada do dia 28?), valorizando o orgulho de classe e o sentimento de vitória.

A luta sindical é contínua e para ter sucesso deve ser unitária, inteligente e compreensível para milhões.

 

João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical

 

 

 

 

 

 

Em uma determinada área, do tamanho de 140 mil campos de futebol, é possível encontrar tucanos-toco (Ramphastos toco) do Cerrado, o muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides) – o maior primata brasileiro – e o sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita), animal endêmico da Mata Atlântica e em risco de extinção.

Há ainda seis espécies de plantas até então desconhecidas pela ciência, além de carismáticas capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), suçuaranas (Puma concolor capricornensis) e até mesmo uma onça-pintada (Panthera onca), o maior felino das Américas, contabilizando um total de 1.113 espécies da fauna e 4.768 da flora.

Os números são surpreendentes, principalmente se for levado em conta que a área em questão está no município de São Paulo. Há uma biodiversidade latente entre o cimento, o asfalto e as poucas áreas verdes, sobretudo nos cinturões verdes do Norte e do Sul da cidade. É o que concluiu o mais recente inventário de fauna e flora do município, divulgado pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA).

O esforço de fazer um inventário da biodiversidade da capital paulista reuniu servidores da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, instituição parceira do Programa Biota-Fapesp com o Projeto Atlas Ambiental.

O levantamento da fauna silvestre é feito desde 1993 e em 2016 foram incluídos dados sobre a flora pela primeira vez. A equipe obtém os dados a partir do levantamento primário em mais de 100 localidades (136 localidades em 2016) e por meio do atendimento de animais silvestres entregues à Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre da prefeitura. Os resultados incluem ainda registros cumulativos de mais de 20 anos de trabalho e alguns estudos realizados por pesquisadores parceiros.

No caso das plantas, foi feita uma compilação de diferentes fontes de dados, incluindo amostras de plantas herborizadas documentadas no Herbário Municipal, relatórios de vistorias técnicas do Herbário Municipal e referências bibliográficas como levantamentos florísticos ou fitossociológicos realizados no município desde 1911.

Cerrado na metrópole
Fazer o levantamento da biodiversidade de uma megalópole como São Paulo de forma periódica tem justamente a função de acompanhar a evolução e alteração das espécies no município, assim como para servir de embasamento científico de políticas públicas.

Até mesmo a pomba asa-branca (Patagioenas picazuro) é um exemplo de colonização do ambiente urbano. Na década de 1990, ela era vista poucas vezes e em poucas épocas do ano, atualmente o animal se estabeleceu em toda a cidade. 

Com a flora não é diferente. Do total, 47 espécies foram registradas pela primeira vez na cidade depois de mais de 50 anos sem coletas. São, portanto, espécies que poderiam ser consideradas extintas, mas que foram reencontradas.

Originalmente, os campos cerrados, matas, vegetação de várzea e campos alto-montanos eram os tipos de vegetação que cobriam o município de São Paulo. Apenas na área do Centro Histórico é que predominavam os campos mais secos (nos morros) e vegetação de várzea nas baixadas. Hoje, essas vegetações originais foram quase extintas por completo. Porém, observou-se uma intensificação também da flora típica do Cerrado nos últimos anos. No conjunto das 3.474 espécies vasculares nativas no município, 18 são consideradas como exclusivas do bioma Cerrado, sendo que cinco delas possuem registros recentes em ambientes naturais (não foram cultivadas).

Ao longo dos 20 anos de realização do inventário, ele já serviu de base para compensação ambiental de grandes obras. O Inventário da Biodiversidade do Município de São Paulo – 2016 está disponível em: www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/pubbiodiversidademunsp2016.pdf.

 

Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Reprodução de notícia da Agência Fapesp/Maria Fernanda Ziegler

 

 

 

 

O projeto Energia Orgânica, segundo o aluno Diogo Lima, integrante da Enactus Unesp/Assis, surgiu a princípio como um projeto de extensão coordenado pelo professor Dr. Dario Abel Palmieri do curso de Ciências Biológicas com alguns alunos. O plano inicial era desenvolver o projeto na Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Assis e Região (CocaAssis), mas problemas de segurança impediram sua realização. Após certo tempo, surgiu a oportunidade de levar ao município Tarumã o projeto sob a coordenação do professor Dr. Ramon Juliano Rodrigues com o time da Enactus. Tal projeto vai ao encontro dos planos da nova gestão da prefeitura que pretende implantar o “Tarumã 100 anos” com o intuito de que daqui a dez anos, no seu aniversário de 100 anos, a cidade esteja entre as dez melhores do País no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

A Enactus é uma organização internacional sem fins lucrativos, presente em mais de 36 países. Contando com a participação de 62 mil alunos, a iniciativa é subdividida em times que representam universidades. Participa da Enactus Unesp/Assis uma equipe de estudantes dos cursos de Engenharia Biotecnológica, Letras, Psicologia e Ciências Biológicas, que desenvolve projetos em prol dos moradores de Assis e região, aproximando os alunos da Unesp à comunidade externa também com a finalidade de gerar inclusão social.

O projeto Energia Orgânica, que já implantou um biodigestor na cidade, ofereceu uma alternativa sustentável ao lixo orgânico produzido e um aumento da renda do município com a produção de energia elétrica e biofertilizante. Com a implantação do biodegestor, o programa pretende alcançar toda a cadeia de lixo da cidade, transformando a rotina do lixo mediante a instalação de ecopontos e a reeducação dos cidadãos quanto ao lixo produzido. Tarumã, de acordo com o professor Ramon, já teve coleta seletiva por um tempo, mas o destino final do lixo orgânico era o aterro sanitário e, segundo levantamento, 60% desse lixo continua sendo material reciclável. O projeto visa orientar a cooperativa da cidade, as pessoas, e as diversas associações para que separem com mais cuidado o lixo doméstico. Vale ressaltar que o projeto não opera em sua totalidade, pois ainda está em fase inicial.

 

Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Com informações 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os principais eventos desta semana no Congresso Nacional são a conclusão da votação da reforma da Previdência (PEC 287/16) na comissão especial da Câmara; e no Senado, as comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e Sociais (CAS) realizam a primeira audiência pública sobre a reforma trabalhista (PLC 38/17). Ao mesmo tempo e como desdobramento da grande greve geral do dia 28 de abril, o movimento sindical promete “ocupar Brasília” nesses dias. Pelo calendário divulgado na “Nota das centrais sindicais”, de 8 a 12 de maio, as entidades terão uma “comitiva permanente de dirigentes sindicais no Congresso Nacional para pressionar os deputados e senadores” contra as reformas do governo Temer.

Previdência
A comissão especial que examina PEC 287/16 agendou a votação dos 12 destaques que faltam para a aprovação do texto na terça-feira (9). A reunião está marcada para as 9h30, no plenário 2. O texto-base foi aprovado na última quarta-feira (3/05). O presidente da comissão, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), disse que pretende encerrar a votação no mesmo dia.

Depois de analisada pelo colegiado, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) precisa ser votada em dois turnos pelo Plenário, com pelos menos 308 votos para ser aprovada e encaminhada para análise do Senado.

Regime Geral de Previdência
O colegiado realiza audiência pública, nesta terça-feira (9), às 14h, para debater o Regime Geral de Previdência proposto pela PEC 287/16. Foram convidados, entre outros, o presidente de honra do Instituto dos Advogados Previdenciários, Hélio Gustavo Alves; o presidente do Instituto de Estudos Previdenciários, Roberto Carvalho Santos; e o diretor do Instituto Goiano de Direito Previdenciário, Djovini di Oliveira. 

CPI da Previdência
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a contabilidade da Previdência Social, esclarecendo com precisão as receitas e despesas do sistema, bem como todos os desvios de recursos realiza nova audiência pública. Vai ser nesta segunda-feira (8/05), às 14h30. Foram convidados a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Lobato Gentil; e o coordenador Adjunto do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clóvis Scherer, dentre outros. A CPI é presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e o relator é o senador Hélio José (PMDB-DF).

 

 

Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Com informações do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)

 

 

 

 

 

Por iniciativa do deputado Inácio Loiola (PSB), a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas lançou, na manhã desta sexta-feira (5/05), em sessão solene, a Frente Parlamentar de Engenharia Alagoana. A iniciativa foi aprovada por unanimidade pelos parlamentares, porque é uma antiga reivindicação dos profissionais do sistema que envolve o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Confea/Crea). O presidente da FNE, Murilo Pinheiro, participou do evento e na sua fala destacou a importância da Frente em relação ao crescimento e desenvolvimento do País, assim como a da união dos profissionais como imprescindível à valorização da categoria. “As frentes parlamentares estaduais de engenharia trazem para nós a possibilidade de termos um palco a mais de discussão sobre o desenvolvimento do País”, afirmou.


Foto: Vinícius Firmino/Crea-AL
Murilo Pinheiro, à esquerda, discursa no lançamento de frente da engenharia em Alagoas. Mais um esforço pela valorização da área.

Já o autor da proposição salientou que o Poder Legislativo dá um passo importante em direção à promoção do crescimento de Alagoas e da melhor utilidade e direcionamento dos recursos públicos voltados à edificação de obras estruturantes. “A Frente Parlamentar de Engenharia Alagoana nasce em um momento conjuntural bastante desafiador pelo qual passa o Brasil com alta recessão, elevado índice de desemprego e paralisação de obras. Neste sentido nada mais justo do que essa união entra o parlamento estadual e estes profissionais que podem contribuir para a elaboração e a execução de projetos que proporcionem benefícios e segurança à sociedade”, afirmou Loiola.

O lançamento foi prestigiado pelo deputado federal Ronaldo Lessa (PSB), que preside a Frente Parlamentar Mista de Infraestrutura, Engenharia e Desenvolvimento Nacional no Congresso Nacional. Ele parabenizou a iniciativa da Casa, por entender que é importante se criar frentes estaduais em apoio ao trabalho da mesma iniciativa no Legislativo federal. Para ele, os profissionais da área precisam ser valorizados em todos os níveis de governo, defendendo, para isso, o projeto que tramita em Brasília que institui a carreira de estado para engenheiros e arquitetos nos Executivos. “Somos os profissionais presentes em todos os momentos de uma sociedade. Se você mora, precisa do engenheiro. Se você se desloca, precisa do engenheiro”, defendeu. E acrescentou: “A engenharia tem a missão de transformar os bens naturais em produtos ou serviços que ajudam a melhorar a qualidade de vida do ser humano.”

Lessa disse ainda que o País não pode ir em frente sem esses profissionais, que garantem segurança, conforto, alimento e desenvolvimento à sociedade. “Até na medicina estamos presentes de forma decisiva”, ressalvou. O parlamentar criticou a falta de um projeto de Nação que daria um norte ao País. “Esse projeto vai vir quando a engenharia tiver o seu papel de destaque junto aos governos, e seus profissionais valorizados.”

 

Engenharia Unida
O presidente do Crea alagoano, Fernando Dacal, em discurso firme, lamentou que governos ainda tenham a coragem de pagar um salário de R$ 2 mil a um engenheiro. Por isso, ele defendeu enfaticamente o movimento Engenharia Unida, lançado pela FNE em março de 2016. “Juntamente com a frente lançada hoje, o que estamos vendo é a constituição de uma marcha pela valorização dos nossos profissionais.”

Para Dacal, no momento em que o País está praticamente de cabeça para baixo, com graves problemas éticos e morais, se faz necessária, mais do que nunca, a unidade da categoria. E reivindicou que engenheiro deve ser fiscalizado por engenheiro. “Não dá para discutir técnica com quem não é técnico”, criticou. Ao mesmo tempo, lamentou a abertura do País ao capital estrangeiro, o que significa, alertou ele, “tirar o nosso emprego”.

O deputado Leo Loureiro (PPL) destacou o papel fiscalizador que poderá ser exercido pela Frente local, principalmente em obras que deem às pessoas idosas e com deficiência uma vida plena e mais saudável. “Não se pode mais gastar de forma errada. A população precisa de respostas nas obras bem feitas e mais baratas e essas frentes estaduais nascem para que possamos melhorar, desburocratizar e diminuir o custo da construção civil. Tudo é feito pela engenharia, principalmente na questão da acessibilidade, daí a importância do profissional de engenharia para uma obra bem projetada”, disse.

Ao final da sessão, Dacal informou que a 75ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea) será realizada, em 2018, em Maceió. A solenidade contou também com as presenças do deputado Bruno Toledo (Pros), engenheiros, agrônomos, além de representantes do Confea e dos Creas dos estados de Pernambuco e Sergipe; além do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

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