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04/11/2011

Programa estimula coleta e destinação correta de pneus inservíveis

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Material pode ser reaproveitado como combustível alternativo para as indústrias de cimento ou caldeiras, na fabricação de asfalto, solados de sapato, pisos e tapetes para automóveis

        A reciclagem da indústria de pneumáticos foi o tema da palestra ministrada por César Faccio, da Anip (Associação Nacional da Indústria Pneumática), na manhã desta sexta-feira (4), durante o V EcoSP.

        Segundo ele, desde 1999 a entidade possui um programa para coletar e destinar corretamente os pneus inservíveis atendendo a resolução nº 258/99 que trata do assunto. 

        E que devido a abrangência nacional assumida pelo programa, assim como seu pioneirismo e grau de profissionalização, tornou necessário a formalização de uma entidade exclusivamente dedicada à gestão e aprimoramento dos trabalhos sobre o pós-consumo. “Assim surgiu a Reciclanip, uma entidade sem fins lucrativos, que atua na administração do processo de coleta e destinação de pneus inservíveis”, destacou. 

        Criada em 2007 pelos fabricantes de pneus novos Bridgestone, Goodyear, Michelin e Pirelli, e que hoje conta também com a Continental, a recicladora tem como objetivo ser uma entidade modelo, auto sustentável, reconhecida e admirada pelo trabalho efetivo na destinação de pneus inservíveis e dotada de autonomia operacional e financeira. “De 1999 a setembro de 2011, foram coletadas e destinadas 1,8 milhões de toneladas do material, equivalentes a 360 milhões de pneus de passeio. Nas operações estão envolvidas 45 empresas parceiras que geram aproximadamente 900 empregos indiretos”, mencionou Faccio.

        O programa funciona a partir de parcerias com os setores público e privado e possui atualmente 726 pontos de coletas de pneus inservíveis nos 27 estados brasileiros e mais Distrito Federal.

        Conta ainda com 19 transportadoras ativas e 200 caminhões envolvidos, dos quais 64 rodam constantemente. “Diariamente esses 64 caminhões retiram 850 toneladas de pneus inservíveis dos pontos de coleta”, citou o palestrante. 

        Ainda segundo ele, as destinações realizadas pela Reciclanip são reconhecidas pelo Ibama ((Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e que após o pneu ser coletado e passar pela trituração é reaproveitado de diversas formas, como combustível alternativo para as indústrias de cimento ou para combustível de caldeiras, na fabricação de asfalto borracha ou ecológico, solados de sapato, em borrachas de vedação, dutos pluviais, pisos para quadras poliesportivas e industriais e tapetes para automóveis. 

        Outra vantagem do material é o grande potencial para a valorização energética, sendo uma excelente opção para ser misturado com outros combustíveis para aumentar a geração de energia, tais como: bagaço de cana, carvão mineral, lixo, entre outros. 

        Entre os gargalos do setor, Faccio aponta a necessidade da responsabilidade compartilhada, do desenvolvimento de parceiros no País, diversidade socioeconômica e criação de atividades de destinação sustentáveis. “Precisamos também de uma política governamental que incentive a reciclagem, novas atividades legalmente instituídas – empregos verdes, um programa educativo e campanha de comunicação esclarecendo o que é coleta seletiva e logística reversa”, sugeriu. 

        Ele lembrou também que a responsabilidade pós-consumo deve fazer parte dos princípios de qualquer companhia e de cada cidadão que deve ter consciência de colocar os pneus velhos em local apropriado.

 


foto: Beatriz Arruda
www.fne.org.br





Lido 4288 vezes Última modificação em 05/11/2011
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