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    Em 21 de setembro, o Sindicato dos Engenheiros completou 74 anos de vida, comemorados em uma belíssima festa de confraternização da categoria no dia 19. Cerca de mil convidados, entre associados, dirigentes, colaboradores e autoridades, reuniram-se para celebrar uma história de luta em defesa dos profissionais e da tecnologia nacional, repleta de conquistas e desafios, sempre superados com união e mobilização.
     Ano após ano, o SEESP vem, de forma determinada, trabalhando para garantir os direitos e ampliar as conquistas dos cerca de 100 mil engenheiros abrangidos por dezenas de acordos e convenções coletivas. Também se dedica a prestar bons serviços aos seus filiados, que já se aproximam dos 50 mil. Esses contam com o atendimento da área de Oportunidades e Desenvolvimento Profissional, o Plano de Saúde do Engenheiro, o SEESPPrev, o fundo de pensão dos engenheiros, além de inúmeros convênios nas áreas de saúde, educação, lazer, turismo etc.
     Numa terceira e também essencial frente de atuação, a entidade tem militado de maneira efetiva pela melhoria das condições de vida da população brasileira, o que, no nosso entendimento, passa pela retomada do crescimento econômico, única forma de garantir os empregos e oportunidades necessárias aos jovens que entram no mercado de trabalho e que, por duas décadas, enfrentaram um cenário de incertezas e falta de perspectivas. Tal esforço se deu pelo engajamento inequívoco do SEESP ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006 pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), que hoje já consideramos absolutamente bem-sucedido. E essa é sem dúvida uma das razões essenciais para que este aniversário seja comemorado com sabor de vitória.
     Nascido da compreensão de que sem crescimento, obras e avanço não há espaço para o engenheiro na sociedade, o “Cresce Brasil” é, por outro lado, uma iniciativa generosa, que visa beneficiar as maiorias historicamente excluídas e dar chance de atuar a quem tem compromisso com o País e não simplesmente com a banca internacional. Daí a proposta – que em 2006 parecia excessivamente ousada – de 6% ao ano de expansão do PIB (Produto Interno Bruto), com investimentos em infra-estrutura e redução de juros. Semeado com cuidado e cultivado com zelo, o projeto repercutiu na sociedade, inclusive junto ao Governo Federal, e já gera frutos, pois não resta dúvida que a voz dos engenheiros foi fundamental para dar força ao coro que pedia uma mudança de rumos no País.
     Assim, o bom desempenho da economia, que nos garante inclusive melhores condições para enfrentar a crise internacional, traz a sensação de dever cumprido ao SEESP e renova nossa garra para continuar lutando por um futuro melhor, para nossa categoria e para todos os trabalhadores. Ao completar mais um ano de realizações, preparamo-nos para mais um período de muito trabalho e vitórias, ainda que haja dificuldades pelo caminho.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

José Antonio Marques Almeida

      Um plano nacional de crescimento econômico sustentável e com inclusão social. Essa é, em síntese, a tônica do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, elaborado pela Federação Nacional dos Engenheiros e pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo em 2006. Agora, neste ano, com o seminário “Cresce Brasil – Região Metropolitana de São Paulo”, esse esforço volta-se às áreas que concentram grande parte dos brasileiros e também de seus problemas.
      Em consonância com esse movimento, os engenheiros propõem buscar soluções também para os problemas da Região Metropolitana da Baixada Santista, com seus mais de um milhão de habitantes. Como primeiro passo, a proposta de criação do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia.
     Como diretor do Sindicato dos Engenheiros, político santista e portuário, quero, preliminarmente, neste artigo, fazer algumas e sumárias reflexões sobre as nossas características regionais e possíveis caminhos a trilhar. De início, destaco a nossa peculiaridade metropolitana portuária e o meio técnico-científico-informacional constituído por um centro universitário de excelência, como nova cara do nosso espaço, que, por suas características, tem relações longínquas, participa do comércio internacional e se torna mundial.
     Tem-se verificado que o caráter metropolitano da maioria dos locais da revolução da tecnologia da informação em todo o mundo é o ingrediente crucial para o seu desenvolvimento. Isso se dá por sua capacidade de gerar sinergia com base em conhecimento e informação, diretamente relacionada à produção industrial e às aplicações comerciais.
     Ao focarmos essa análise na nossa região, é fundamental colocar o Porto de Santos como núcleo desse debate a partir do qual, como tem sido historicamente, ocorre o processo de desenvolvimento regional. Como um elo importante do comércio internacional e que se constitui em centro de gravidade de atividades econômicas, é determinante a sua participação crescente no comércio mundial como um complexo portuário industrial globalizado. Ou seja, com processos tecnológicos e científicos de ponta.
     Para competir e atender aos padrões de demanda do mercado global da era da tecnologia, esse desenvolvimento industrial vai depender de concentração de conhecimentos científicos e tecnológicos das instituições, empresas e mão-de-obra qualificada. Nesse contexto e como ocorreu em todo o mundo, é o Estado, e não o empreendedor, que em seus diferentes níveis se constitui na força motriz que inicia essa revolução tecnológica.
     Por sua história, progresso e infra-estrutura urbana, Santos tem um papel hegemônico e indutor no desenvolvimento da nossa região metropolitana. Produzir e organizar a difusão de informações necessárias para o processo produtivo a partir desse pólo dinâmico que possibilita o reordenamento dos espaços e fluxos da região metropolitana, para gerar trabalho e riqueza, priorizando o social e a sustentabilidade. Para cumprir essa missão, são necessárias ações efetivas do poder público com a participação dos setores produtivos, associações profissionais e representantes da área acadêmica.
     Nesse sentido, propus ao prefeito João Paulo Tavares Papa, por meio da Câmara de Vereadores, a criação do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia, de modo a discutir o pólo tecnológico da Baixada Santista.

José Antonio Marques Almeida, o Jama, é vereador de Santos,
diretor adjunto do SEESP e funcionário da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo)


 

     Em uma grande festa no Clube Monte Líbano, na Capital paulista, realizada em 19 de setembro, os engenheiros comemoraram os 74 anos de sua entidade – completados dois dias depois. O evento reuniu cerca de mil pessoas, entre autoridades, sindicalistas – entre os quais dirigentes dos Senges de todo o Brasil e da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) – e associados ao SEESP.
     A trajetória marcada pela defesa dos engenheiros e do desenvolvimento do Estado e do Brasil foi lembrada, na ocasião, pelo presidente do Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva), José Roberto Bernasconi: “Ao longo desses anos, o País passou por muitas transformações, e uma coisa se manteve: a disposição do SEESP e de seus dirigentes, apoiados nas bases, em fazer um esforço grande pela modernização, defesa da tecnologia e, sobretudo, valorização dos profissionais.”

Atuação pela cidadania
     Ex-delegado regional do trabalho de São Paulo e atualmente ouvidor das polícias do Estado, Antonio Funari Filho foi mais longe: “O sindicato e os engenheiros sempre estiveram presentes nos momentos nacionais importantes.” Entre os movimentos que ensejaram mudanças no cenário brasileiro e a entidade foi partícipe, o pela redemocratização e, mais recentemente, contra a privatização dos serviços públicos essenciais. Ele citou ainda outro: “Foi um dos integrantes da campanha pela ética na política em 1992, que resultou no afastamento de Collor.”
      Prestigiando a comemoração, o prefeito licenciado de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), afirmou seu orgulho de ser engenheiro. E destacou a contribuição fundamental da categoria para tornar São Paulo a terceira maior cidade do mundo “em avanços, tecnologia e qualidade”, bem como para consolidar essa posição. “Em cada canto, vemos uma idéia sua, uma presença, uma ação, uma obra.” Na mesma linha, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) enfatizou: “Os engenheiros têm tudo com a cidade, não apenas com a construção civil, mas também com a reurbanização que o Brasil exige. São Paulo tem uma virtude muito grande, porque o Sindicato dos Engenheiros tem o valor de planejar, de buscar as melhores soluções para que o paulistano possa realmente se sentir em uma cidade bonita, limpa. É preciso incorporar cada vez mais uma participação ativa do SEESP junto à administração municipal.” 
     Ao encontro disso, nesta gestão, a principal bandeira da entidade tem sido o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – lançado pela FNE em 2006, que conta com a adesão desse e de todos os outros sindicatos a ela filiados. Apresentando plataforma nacional de desenvolvimento sustentável com inclusão social, na fase atual, o foco tem sido a discussão das questões metropolitanas, através da formação de conselhos tecnológicos regionais. No Estado de São Paulo, já estão implantados em quase todos os locais em que o SEESP tem delegacias sindicais.
     Também durante a festa, o diretor-presidente da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S/A), Jurandir Fernandes frisou: “Nestes 74 anos, o SEESP vem cumprindo um papel importantíssimo e agora tem muito mais por fazer. Estamos vivendo um momento em que toda a nossa categoria está sendo requisitada, na questão do desenvolvimento da infra-estrutura e social.” O deputado estadual Rui Falcão (PT) seguiu na mesma linha: “O sindicato é bastante atuante e tem contribuição muito importante ao progresso do nosso Estado, sobretudo agora que os engenheiros são chamados a participar deste momento da vida nacional, com o Brasil crescendo como nunca nas últimas décadas e com a descoberta das reservas da camada pré-sal.”

 

Referência
     Por tudo isso, na concepção do secretário de Estado do Esporte, Lazer e Turismo de São Paulo e também diretor do SEESP, Flávio José Albergaria de Oliveira Brízida, a entidade passou a ser referência nacional para as discussões de políticas públicas. Conforme o seu ex-presidente e hoje diretor, Allen Habert, as bases para o fortalecimento atual – são cerca de 50 mil associados e 25 delegacias sindicais – foram garantidas pelo “Movimento Renovação”, que reestruturou a organização e neste ano completa três décadas. “De lá para cá, é um conjunto de conquistas. E aprendemos que o SEESP é essa casa extraordinária em que a gente se anima, educa-se e se emociona exatamente por estar servindo a categoria e pensando no País.” Ele, que é também coordenador técnico do “Cresce Brasil”, destacou: “O sindicato, nos seus 74 anos, é um grande exemplo de como as camadas médias fizeram e podem fazer uma política ligada às maiorias, conectando o conhecimento do engenheiro com o do trabalhador e de todas as outras categorias interessadas no desenvolvimento, essencial para se ter um povo incluído e culto.” A opinião de Canindé Pegado, secretário-geral da UGT (União Geral dos Trabalhadores), reitera a afirmação. Para ele, o SEESP serve de modelo a que outras entidades possam assumir o compromisso de defesa dos interesses de seus representados e de lutar também por melhores condições de vida para a sociedade. Afinal, segundo Fátima Có, vice-presidente da FNE, a organização paulista sempre foi indutora do desenvolvimento nacional.
     Além de se envolver nas questões macro, uma de suas batalhas fundamentais – ao lado dos outros sindicatos filiados à federação –, em particular diante do panorama auspicioso apontado, tem sido pela valorização profissional. “Todo o processo principalmente do ´Cresce Brasil´ tem trazido resultados relevantes às nossas regiões e essa discussão está em pauta”, avalizou Thereza Neumann Santos de Freitas, à frente do Senge-CE, presente à festa. A busca conjunta por melhor remuneração foi também salientada pelo presidente do Sasp (Sindicato dos Arquitetos de São Paulo), Daniel Amor. O vice-presidente do SEESP, Celso Atienza, ressaltou: “Estamos vivendo um momento novo, de pleno emprego e capacidade, em que temos que qualificar mais os profissionais. Estamos numa grande batalha para deixá-los melhor preparados para atuar em áreas como prospecção em águas profundas e engenharia de segurança do trabalho.”
     Tamanha atuação fez com que, nos 74 anos da entidade, lhe rendessem homenagens presidentes e diretores de todos os Senges filiados à FNE, bem como dirigentes da entidade nacional. Nas palavras de Maria Odinéa Melo dos Santos Ribeiro, presidente do sindicato do Maranhão, o SEESP é pioneiro ao colocar respostas a perguntas feitas pela sociedade, tais como “quais as soluções a que o nosso Estado, cidade e País cresçam”. Assim, vários dos presidentes de entidades bem mais jovens que representam a categoria em outras localidades consideram-na um espelho. “Estamos procurando seguir esse caminho”, disse Manuel José Menezes Vieira, do Senge-PA. A vice-presidente do sindicato no Acre, Carmem Bastos Nardino, concluiu: “O SEESP demonstra que, com um sindicato forte e com propostas, é possível fazer um bom trabalho.”


Soraya Misleh

      Dando seqüência ao ciclo de debates “A engenharia e a cidade”, o SEESP recebeu, em 22 de setembro, o candidato a prefeito de São Paulo Geraldo Alckmin, que concorre pela coligação PSDB-PTB-PHS-PSL-PSDC. Como prioridade de uma política feita “com amor ao próximo”, o ex-governador elegeu a garantia da universalização da educação infantil. “Há 110 mil crianças sem creche e 48 mil fora das Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil). No menor prazo possível, todas em idade de quatro e cinco anos estarão na escola e vamos aumentar as vagas nas creches”, afirmou.
      Ele destacou também a necessidade de promover melhorias na saúde, cuja estrutura considera boa, mas funcionando mal. Segundo Alckmin, embora haja 419 unidades básicas e mais mil equipes de saúde da família, quem não dispõe de um convênio médico privado encontra enormes dificuldades para receber atendimento. “Vamos criar uma ouvidoria para que a população faça críticas, reclamações e sugestões”, prometeu.
      Outro setor crítico, na sua avaliação, é o transporte público, do qual ele condenou a morosidade e o desconforto: “O sistema é altamente ineficiente, a população sofre por horas para chegar ao trabalho.” E para promover maior segurança, a proposta é iluminar a cidade e dotá-la de 10 mil guardas municipais.
      Ainda conforme o candidato tucano, não falta dinheiro para colocar as idéias em prática. “O orçamento é de R$ 25 bilhões, existem recursos e governar é escolher, portanto, precisamos escolher o que beneficia mais a população”, ponderou.
     Também presente ao evento, o deputado Campos Machado (PTB), candidato a vice-prefeito, exortou a platéia a trabalhar pela vitória de Alckmin: “O meu candidato conhece a cidade, é sério e honrado. Não dá para admitir que o município perca a oportunidade de ter a sua frente um homem de bem.”

Algumas propostas
Saúde
• Construir os hospitais municipais Parelheiros, Brasilândia e São Mateus.
• Criar dez CEs (Centros de Especialidade), com núcleos de diagnóstico, idosos, materno-infantil e para adultos.
• Criar CRIs (Centros de Referência do Idoso) nos dez CEs.

Educação
• Melhorar os salários dos profissionais de educação.
• Implantar o ensino fundamental de nove anos, em parceria com o Governo do Estado.
• Criar avaliação periódica, com provas mensais para suprir as deficiências de aprendizagem dos alunos.

Transporte e trânsito
• Investir recursos municipais para ampliar o Metrô e a rede de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
• Construir corredores modernos de ônibus, para dar mais rapidez ao transporte coletivo.
• Modernizar e equipar a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e a SPTrans (São Paulo Transporte S/A), investindo em tecnologia e em recursos humanos.
• Reformar terminais de ônibus, com medidas de acessibilidade para facilitar a locomoção de pessoas com deficiência.

Desenvolvimento e trabalho
• Planejar e desenvolver a cidade, a partir da valorização da identidade regional, quanto à vocação local e às oportunidades existentes.
• Atrair empreendedores regionais, nacionais e globais, para estabelecerem novos negócios em regiões estratégicas.
• Criar uma rede de educação para o trabalho, a partir das demandas do mercado e das carências de informação e formação profissional.

Fonte: http://www.geraldo45.com.br


Repovoar a região central da cidade

      A participação da candidata à prefeita da Capital pelo PPS, Soninha Francine, no dia 30 de setembro, encerrou o ciclo de debates “A engenharia e a cidade”, promovido pelo SEESP. Ela apresentou os pontos básicos de seu programa de governo, entre os quais repovoar o centro expandido, “que perdeu 400 mil pessoas nos últimos anos, enquanto a população cresceu na periferia”, e oferecer serviços públicos e promover a geração de empregos nas áreas mais afastadas.
     Para cumprir a primeira parte desse programa, ela propõe que a Prefeitura tanto construa moradias no centro, quanto induza o mercado a oferecer imóveis, por exemplo, onerando aqueles que estão ociosos. Outra idéia seria trazer equipamentos culturais, que ajudariam na revitalização da região, como também apoiar a instalação de empresas que funcionem 24 horas.
     Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida nas periferias, Soninha defende a requalificação dos conjuntos habitacionais, inclusive com a reurbanização daquelas mais prejudicadas. Nos locais em que a desocupação for necessário, isso terá de ser feito “com muito critério, levando em conta inclusive relações de amizade entre vizinhos”, defendeu.
     Combater o caótico trânsito, exigirá, na sua opinião, tirar automóveis das ruas. “Não se trata de querer que todo mundo ande de bicicleta, mas não é possível que todos saiam de carro, é preciso pensar em outras formas”.
     Durante o encontro, Soninha recebeu do presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, a publicação “Cresce Brasil – Região Metropolitana de São Paulo”, elaborada pelo sindicato, com propostas para diversos setores, como saneamento, habitação e transportes. O estudo defende ainda a gestão integrada da Grande São Paulo, com a instituição de um quinto ente constitucional, idéia aprovada pela candidata do PPS. “É importante que haja uma forma institucional de gestão, mas enquanto isso não existe, é desejável um fórum com a participação da sociedade para que se discutam as questões”, afirmou.

Algumas propostas
Habitação
• Requalificar os conjuntos habitacionais que já existem, garantindo a oferta de áreas de convivência e lazer.
• Usar vários instrumentos para desocupação negociada de áreas de risco e proteção ambiental.

Educação
• Assegurar e incentivar o funcionamento dos Conselhos de Escola e a integração com a comunidade.
• Investir em qualificação permanente dos professores e demais servidores.
• Melhorar as instalações das escolas.
• Preparar a rede para Ensino Fundamental de nove anos.
• Ampliar horário das Emeis (Escolas Municipais de Ensino Infantil) e aumentar vagas nas creches.

Saúde
• Como medida de emergência, é necessária a realização de mutirões de consultas, exames e pequenas cirurgias para atender à demanda represada. Ao mesmo tempo, diagnosticar as deficiências da rede para saber que unidades de atendimentos faltam.

Trabalho e renda
• Usar o poder de compra da Prefeitura para estimular o desenvolvimento local e o respeito ao meio ambiente.
• Ampliar programas de microcrédito.
• Criar incubadoras e programas de suporte a cooperativas e micro-empresas.
• Investir na capacitação e inserção de jovens no mercado de trabalho, bem como de pessoas com deficiência e pessoas em situação de rua.
• Combater o subemprego e a exploração de mão-de-obra análoga à escravidão.
• Identificar vocações e apoiar o desenvolvimento de atividades como turismo, produção audiovisual e cultural.

Assistência e desenvolvimento Social
• Ampliar a rede de proteção social e programas voltados a crianças e adolescentes em situação de rua e suas famílias.
• Requalificar os albergues e melhorar o atendimento e acompanhamento diurno à população de rua, oferecendo atendimento em saúde (e especialmente mental), terapia ocupacional, assistência jurídica etc.

Populações (mulheres, LGBT, negros, idosos, jovens, indígenas, imigrantes)
• Promover ações para combater qualquer tipo de discriminação.
• Preparar os serviços públicos para prestação de serviços de qualidade e com foco nesses públicos.
• Garantir seus direitos universais com atenção a necessidades específicas.

Fonte: www.soninha23.can.br


Rita Casaro

      Muitos profissionais podem não saber explicar, tecnicamente, as metodologias que regulam o mercado global. Mas, com certeza, todos já sentiram seus efeitos no dia-a-dia das corporações, sejam elas pequenas, médias ou grandes, e em todas as posições, do chão de fábrica ao topo dos organogramas. É nesse momento – de aceleração tecnológica e inovação constante – que gestores e colaboradores precisam desenvolver uma qualidade fundamental: saber lidar com o novo, o diferente, o inusitado.
     Para auxiliar nessa formação, o SEESP apresenta o curso “Gerenciamento de mudanças”, que abordará princípios e modelos aplicáveis a situações que requerem o envolvimento e a mobilização de pessoas para a construção de novos paradigmas, melhoria de processos ou reestruturações tecnológicas. O objetivo é reduzir os riscos de fracasso das empreitadas, seus prazos de implantação e custos.
     O treinamento está dividido em duas partes. A primeira tratará dos requerimentos e modelos para a construção do plano; a segunda atuará diretamente nas situações que devem ser administradas quando toda a planificação for colocada em prática. Alguns dos tópicos abordados são gerenciamento de mudanças: teorias e perspectivas; instrumentos de análise para a iniciativa de gerenciamento de mudanças; modelos: exemplos aplicáveis para planejamento e execução do plano; e suporte à execução: guias e modelos para comunicação, transferência de conhecimento e manejo de comportamentos.
     Os encontros serão conduzidos pela facilitadora Débora Lopes, psicóloga com MBA em Gestão Empresarial, pós-graduada em Jogos Cooperativos e atuante em gerenciamento de projetos de mudanças comportamentais, culturais e tecnológicas em empresas e organizações.
     O primeiro encontro acontece no próximo dia 4 de outubro, das 9h às 18h, na sede do SEESP, na Rua Genebra, 25, Bela Vista, São Paulo. Mais informações e inscrições podem ser obtidas pelo telefone (11) 3113-2669 ou através do e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. .


03/12/2009

CURSOS

Campinas
Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos)
Site: www.apta.sp.gov.br/tecnologiadealimentos
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 
Telefone: (19) 3743-1900
• Embalagens plásticas para proteção de alimentos. O Ital realiza o seminário “Especificando embalagens plásticas com base nos requisitos de proteção de alimentos”. Para discutir e exemplificar aspectos de segurança alimentar, as alterações em alimentos e bebidas associadas à perda de qualidade durante a estocagem e os princípios básicos dos processos de conservação. Para quem desenvolve, projeta, especifica e inova em materiais e em embalagens plásticas flexíveis ou rígidas. Entre os dias 8 e 9 de outubro.

Ribeirão Preto
Secretaria de Agricultura e Abastecimento
Site: www.sintag.com.br
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Telefone: (11) 4582-8094
• Simpósio Internacional de Tecnologia de Aplicação de Agrotóxicos. Sob a coordenação da Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), acontece o IV Sintag (Simpósio Internacional de Tecnologia de Aplicação de Agrotóxicos) para discutir a segurança no contexto da tecnologia de aplicação: treinamento e extensão, legislação, certificação, perdas e deriva, equipamentos e novas tecnologias. Entre os dias 15 e 17 de outubro, das 8h às 18h30, com custo de R$ 600,00.

São Paulo
Instituto de Pesca
Telefone: (11) 3871-7530
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
• Montagem e manutenção de aquários de água doce e reprodução de espécies ornamentais. Iniciativa do Governo paulista para quem pretende se dedicar ao aquarismo. No dia 18 de outubro, das 9h às 18h, com preço de R$ 70,00.

ABTS (Associação Brasileira de Tratamentos de Superfície)
Site: www.abts.org.br
E-mail; Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Telefones: (11) 5085-5832 e 5085-5830
• Cálculos de custos em tratamentos de superfície. O curso tem o objetivo de fornecer subsídios para formulação de cálculos técnicos e de custos na área de eletrodeposição, com conteúdo teórico e prático. No dia 8 de outubro, das 7h30 às 18h, com custo de R$ 350,00. O participante deve levar calculadora.

Vagas para engenheiros
A área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de vagas para engenheiros nas seguintes modalidades e quantidades assinaladas: ambiental (uma), civil (quinze), elétrica (duas), mecânica (sete), elétrica com ênfase em eletrônica, produção, química e telecomunicações (uma cada). O levantamento corresponde às vagas em aberto até o dia 25 de setembro, data de fechamento desta edição. Para cadastrar seu currículo e participar da seleção, acesse neste site (www.seesp.org.br) o link Oportunidade Profissional. Mais informações pelo telefone (11) 3113-2670.

 

 

03/12/2009

CANTEIRO

Adeus a Eleno Bezerra
      O SEESP lamenta a morte, no dia 20 de setembro último, do vice-presidente da Força Sindical, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), Eleno José Bezerra. Nascido em 17 de julho de 1956 no município de Garanhuns (hoje Caeté), em Pernambuco, e metalúrgico desde 1975, ele participou nos últimos 30 anos das principais lutas dos trabalhadores brasileiros. Entre as quais, as pela redemocratização do País e nos processos de diálogo e unidade de ação do sindicalismo nacional. Deixa esposa e um casal de filhos.

Seminário discute PL 3.057/00
      Realizado em 22 e 23 de setembro, na sede do SEESP, o Seminário Regional Sudeste discutiu a revisão do PL 3.057/00 – projeto que trata da nova lei de responsabilidade territorial. Sob a promoção do Ministério das Cidades, Conselho Nacional das Cidades e Frente Parlamentar pela Reforma Urbana, e tendo na comissão executiva o Instituto Pólis, FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), SEESP, Federação Nacional dos Arquitetos e Sindicato dos Arquitetos de São Paulo, a iniciativa reuniu cerca de 380 pessoas.
      Na data, além de contextualizarem a proposta, os palestrantes – entre eles, os deputados federais Paulo Teixeira (PT-SP), Fernando Chucre (PSDB-SP) e Renato Amary (PSDB-SP), relator do projeto em 2007, e representantes dos ministérios das Cidades e do Meio Ambiente – abordaram seus pontos polêmicos. Entre eles, a previsão na nova lei de não-gratuidade no primeiro registro de regularização fundiária e a retirada de descontos dessas taxas no caso de imóveis de interesse social. Além da questão da gestão plena do território pelo município. Não obstante, ressaltaram a importância de o Congresso Nacional aprovar o PL 3.057/00, em substituição à Lei de Parcelamento do Solo (nº 6.766/79).

Aprovado acordo na Telefônica
      Os engenheiros que trabalham na empresa aprovaram em assembléia no dia 19 de setembro o acordo coletivo de trabalho 2008/2009. Entre os seus principais pontos, encontram-se: piso de R$ 3.735,00 a partir de 1º de janeiro de 2009; ajuste linear de 7,15% sobre os salários vigentes em 31 de agosto último, a ser pago também no ano-novo; mais abono de, no mínimo, 40% do novo piso definido para a categoria, no começo deste mês de outubro. A data-base é 1º de setembro.

SEESP cria conselho tecnológico em São Carlos
      Importante pólo de pesquisa paulista, São Carlos conta agora com mais uma ferramenta em prol do desenvolvimento local: o Conselho Tecnológico Regional, lançado pelo SEESP em 17 de setembro, durante a I Semana Integrada de Engenharia, realizada na Associação de Engenheiros e Arquitetos da cidade.
      O fórum, que tem o objetivo de levar as propostas do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” ao município e trabalhar pela sua implementação de forma regional, já conta com mais de 80 membros, entre acadêmicos, representantes do setor produtivo e das associações profissionais, e terá como coordenador o presidente da Delegacia Sindical do SEESP em São Carlos, Miguel Guzzardi Filho. Na cerimônia de lançamento, ele afirmou estar confiante no sucesso do trabalho do conselho, cujas propostas deverão servir de orientação ao próximo prefeito.
      Para o coordenador do Conselho Tecnológico Estadual do SEESP, Allen Habert, a tarefa será exatamente “empurrar o Legislativo e o Executivo” na direção correta. Ele destacou ainda a tradicional aposta do município no tripé ciência, tecnologia e inovação. O presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, também salientou a importância da mobilização da sociedade para que o País continue no rumo correto. “Por isso é um grande orgulho estar aqui hoje, lançando o nosso 19º conselho em todo o Estado de São Paulo”, afirmou. Presente à abertura do evento, o prefeito Newton Lima comemorou a iniciativa: “Quero saudar o sindicato pela idéia e dizer que vamos participar com muito carinho.”

 

 

       Apesar das medidas tomadas nos Estados Unidos e na Europa, que aliviaram a tensão nos mercados mundiais, não restam mais dúvidas quanto à gravidade da crise financeira internacional, que pode ainda se tornar uma importante crise econômica. Decerto que, no contexto da globalização e especialmente na condição de país emergente, o Brasil não está imune aos efeitos do vendaval em curso. No entanto, se é preciso cautela, também é necessária uma dose de sangue frio e sabedoria para que o pânico não faça com que se jogue fora tudo o que se conquistou recentemente em termos de retomada do desenvolvimento.
      Depois de mais de duas décadas de estagnação e vivendo suas conseqüências nefastas – desemprego, carência de infra-estrutura, serviços sociais precários e, especialmente, falta de perspectivas e fé no futuro para toda uma geração –, o Brasil voltou a viver, como realidade, o sonho do desenvolvimento socioeconômico e a vislumbrar a possibilidade de se tornar uma nação justa e soberana. Alcançar esse patamar não é para já, mas vemos a chance de mudar a cara do País em dez anos. O tumulto financeiro causado pela especulação nos pegou em pleno vôo e pode tornar mais difícil atingir a meta planejada, mas é preciso que não se desista dela.
      O momento de dificuldades e, sobretudo, incertezas, posto que nem governantes, nem especialistas sabem prever com precisão o que vem a seguir, costuma ser propício aos profetas do atraso. Esses, que passaram anos a ditar as regras da liberalização e desregulamentação e a ver no aumento do crédito à produção e do poder aquisitivo do trabalhador a grande ameaça à estabilidade, já se animam a pregar a estagnação.
      Para quem está do outro lado dessa trincheira e vem lutando pela retomada do crescimento econômico de forma sustentável e com inclusão social, regras que guiam o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, a hora é justamente de preservar o que se obteve até aqui. Ainda que os índices de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano não repitam o bom desempenho de 2007 e 2008, é fundamental que a lógica seja a de se garantir o desenvolvimento no longo prazo. As medidas governamentais devem ter como foco evitar a crise e, ao mesmo tempo e tanto quanto possível, manter o País no rumo do crescimento.
     Uma bela conquista – o DOU (Diário Oficial da União) de 9 de outubro troue a oficialização da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários). Criada no final de 2006 e tendo cumprido as etapas necessárias para o nascimento de uma nova entidade sindical, a organização começa agora a atuar em defesa dos seus representados e em parceria com as federações ligadas a ela e com o conjunto do movimento sindical. Trata-se de uma bela conquista para os trabalhadores.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

Eduardo Augusto Girardi

       O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou integralmente projeto de lei que versava sobre a polêmica adição de farinha ou fécula de mandioca na farinha de trigo e seus derivados, aprovado em setembro último pelo Senado Federal. A adição gradual e voluntária fora negociada para se evitar um choque de demanda, que poderia acarretar em aumento imediato do preço dos derivados de mandioca. Apenas os programas sociais dos governos municipais, estaduais e federal deveriam adquirir pães, biscoitos e macarrão produzidos a partir da mistura de farinhas.
       O percentual máximo de 10% a ser acrescido era também acerto dos legisladores. Estudos científicos demonstram que esse é o limite de mistura entre as duas farinhas que não resulta em alterações organolépticas perceptíveis ao consumidor. A iniciativa privada que aderisse à mudança receberia incentivos fiscais. Segundo estimativas da Abam (Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca), a nova lei resultaria na criação de 50 a 100 mil novos empregos e em 10% de crescimento na produção de raízes. A economia com importação de trigo seria significativa, já que essa representa quase 80% de nossa demanda. A associação de produtores lastimou o inesperado veto. Um dos argumentos apresentados foi a dificuldade em se comprovar a composição da mistura, implicando maiores custos às indústrias.
      E o consumidor, como seria afetado por essa adição? Uma abordagem a ser ressaltada é a questão nutricional. A mandioca e seus derivados são alimentos ricos em amido e essencialmente energéticos, porém as raízes também apresentam cálcio (50mg/100g), fósforo (40mg/100g) e vitamina C (25mg/100g). Tanto a farinha de trigo como a de mandioca têm valor calórico similar (310-360kcal/100g), e praticamente não apresentam gorduras em sua composição. A grande desvantagem é que os derivados da mandioca são pobres em proteínas (< 2mg/100g), sendo caracterizados como desprovidos de glúten, enquanto a farinha de trigo apresenta de 10 a 15% de proteínas, conforme o seu tipo. Variedades de mandioca contendo de 30 a 40% mais proteínas estão sob desenvolvimento pela Universidade de Brasília, o que poderá contribuir definitivamente para o enriquecimento nutricional de seus derivados.
      Nossa atenção deveria estar em promover o crescimento do consumo de alimentos, e assim há espaço tanto para o trigo quanto para a mandioca. Porém, a substituição parcial de insumos importados por matérias-primas nativas deveria ser encarada como questão de segurança alimentar do Estado, além de oportunidade de novos negócios. Ela pode beneficiar a sociedade como um todo, e as dificuldades inerentes à mudança de hábito alimentar e adequações técnicas devem ser previstas no planejamento governamental. Ademais, há uma dívida histórica do Brasil com a mandioca, e a nova lei começaria a saná-la.


Eduardo Augusto Girardi é engenheiro agrônomo,
doutorando em Fitotecnia pela Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da
Universidade de São Paulo), produtor rural e auditor líder da qualidade.


 

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