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Os associados à entidade têm um compromisso importante. A partir de 0h de 16 de abril até 18h do dia 18, será realizada a eleição para escolher a diretoria que estará à frente do SEESP no período de 2014 a 2017. Para facilitar a participação, o voto acontecerá pela internet, sistema adotado pelo sindicato desde 2001.

“A ideia é facilitar ao máximo o acesso, já que o engenheiro pode votar de onde quer que esteja e fortalecer o processo democrático”, afirma o presidente da comissão eleitoral, Francisco Carlos Rodrigues Neto. Além do acesso remoto, no dia 18 de abril, das 9h30 às 18h, haverá uma urna eletrônica à disposição dos associados na sede do SEESP, na Capital (Rua Genebra, 25 – Bela Vista).

Segundo as regras estatutárias, podem votar aqueles que se filiaram à entidade até 31 de dezembro de 2012 e estão com o pagamento da contribuição associativa em dia. Além disso, lembra Rodrigues Neto, tal direito cabe ao sócio pleno e ao aposentado, sendo vedado às demais categorias existentes, como afinidade, pensionista e estudante.

A chapa “Trabalho-Integração-Compromisso”, encabeçada pelo atual presidente, Murilo Celso de Campos Pinheiro, é a única inscrita para o pleito.

Confiabilidade
Será enviada pelo Correio aos eleitores correspondência inviolável, contendo seu número de matrícula e a senha gerada automaticamente e de forma randômica. Com tais informações, esses poderão, nos dias da eleição, acessar o link que estará disponível aqui no site do SEESP e votar.

Caso haja extravio desse documento, o associado deve entrar em contato com o Departamento de Cadastro pelo telefone (11) 3113-2620 para que sejam tomadas as providências que lhe permitirão participar da eleição.

Já largamente utilizado por organizações empresariais, acadêmicas, governamentais e associativas, o voto pela internet é considerado extremamente seguro, garante Audemir Loris, da Nib Consulting, responsável pelo sistema que será usado pelo SEESP. “Quando faz o acesso, o eleitor troca com o servidor um par de chaves públicas e com isso fecha um túnel de criptografia em dupla mão. É uma camada de segurança muito forte”, salienta.

 

Rita Casaro
Imprensa – SEESP

Ao realizar, entre os dias 8 e 11 de agosto, a I Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente, o Brasil colocou um tema essencial ao nosso avanço socioeconômico. Ao encerramento, segundo informações do Ministério do Trabalho, foi elaborado um relatório com as propostas aprovadas de forma consensual, que deve servir para que o governo desenhe uma política para o setor.

Em sua primeira edição, a conferência encontrou empecilhos, com a retirada da delegação dos empregadores após a falta de acordo em temas polêmicos. Apesar do conflito, e ainda que não se tenha a solução cabal a todas as mazelas que afligem os trabalhadores, foram colocadas em pauta questões prioritárias, incluindo direitos, proteção social, trabalho e emprego e fortalecimento do diálogo social. Nesses quatro eixos, foram abrangidas igualdade de oportunidades para jovens, mulheres e população negra, segurança e saúde, valorização do salário mínimo, prevenção e erradicação de trabalho infantil e escravo.

Como caminhos para a transformação necessária, foram apontados, entre outros, aprimoramento da fiscalização de políticas afirmativas e punição de descumprimentos; aperfeiçoamento das licenças maternidade e paternidade; ampliação da universalização do acesso a creches; garantia de direitos a trabalhadores domésticos; promoção da acessibilidade a pessoas com deficiência; e combate à homofobia.

Proposta importante foi a de assegurar o desenvolvimento da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho e consolidar a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador, criando fundos para esse fim, e intensificar programas de prevenção de acidentes.

Também entraram em discussão a recuperação dos benefícios de aposentados e pensionistas, o fim do fator previdenciá­rio e a redução da carga tributária sobre o salário mínimo. Foi defendido ainda o fortalecimento da rede de proteção à criança e ao adolescente, a ampliação de escolas em tempo integral.

Ou seja, foi aberta ampla vereda para se enfrentarem situações absolutamente inaceitáveis numa sociedade que se pretende democrática. Erradicar injustiças históricas, como a discriminação racial e de gênero ou a exploração infantil, deve entrar na agenda nacional de maneira definitiva. Bandeiras de luta conhecidas do movimento sindical, as mudanças necessárias nesse campo devem ter o absoluto comprometimento do governo e entrar na pauta de todas as organizações e dos cidadãos em geral. É preciso dar um basta a tudo que signifique falta de dignidade no mundo do trabalho.

João Paulo Tavares Papa

Após décadas de estagnação, a economia de Santos vive hoje um novo e importante momento. Grandes investimentos, públicos e privados, estão acontecendo, dirigidos principalmente à expansão e modernização do porto e também à cadeia de negócios vinculados ao setor de petróleo e gás, já que a cidade foi escolhida como sede da unidade da Petrobras que gerencia as atividades na Bacia de Santos. Assim, além do maior porto do Hemisfério Sul, nosso município já é reconhecido nacionalmente como a “capital do pré-sal”.

Tais avanços não ocorreram por acaso. São todos resultantes de um intenso trabalho administrativo e político, articulado pela Prefeitura e desenvolvido em parceria com diferentes segmentos públicos, iniciativa privada e sociedade civil. Trabalho que envolveu muito planejamento, debates, ações integradas, mudanças na legislação municipal, obras e intervenções estratégicas.

Nos últimos anos, o governo de Santos criou um ambiente favorável ao desenvolvimento com qualidade de vida, construído por meio de políticas públicas transparentes, que incluem a destinação de recursos a obras e programas estratégicos, o saneamento das finanças, atualização de leis e modernização da máquina administrativa.

A cidade vive, de fato, um processo de reengenharia, que a tornou mais competitiva na atração de investimentos e mais eficiente no atendimento às novas demandas. O orçamento municipal está organizado e equilibrado, o que está permitindo saldar antigas dívidas sociais, gerando oportunidades para todos e desencadeando uma série de conquistas que há décadas a cidade almejava.

O programa “Santos Novos Tempos” é um exemplo dessa estratégia, que está transferindo 7.200 famílias de palafitas para conjuntos habitacionais, promovendo obras de macrodrenagem e de recuperação ambiental de áreas degradadas, além de realizar cursos de qualificação profissional – fundamentais para atender a demanda gerada pelos novos investimentos.

Um importante instrumento para a necessária reengenharia da cidade foi a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento e Expansão Urbana e da Lei de Uso e Ocupação do Solo, que entrou em vigor há um ano. Garantindo áreas para expansão econômica e para a preservação ambiental, tais leis cumprem hoje a proposta de equilibrar as urgências do crescimento com a qualidade de vida.

Para assegurar a mobilidade urbana entre os municípios da região, a Prefeitura insistiu na opção pelo VLT, um transporte moderno, eficiente e não poluente. Investimentos também são feitos na frota de ônibus de Santos, uma das mais novas do Brasil e 100% adaptada para o acesso de deficientes, e também na construção de uma malha cicloviária abrangente segura e moderna.

Podemos afirmar, portanto, que Santos se preparou para enfrentar os principais desafios decorrentes desta nova realidade, que faz da nossa cidade uma das mais importantes no processo de desenvolvimento do Brasil.

 

João Paulo Tavares Papa é prefeito de Santos

Soraya Misleh

Dando continuidade ao ciclo de debates “A engenharia e a cidade”, promovido pelo SEESP, mais três candidatos à Prefeitura de São Paulo apresentaram suas propostas aos engenheiros: Ana Luiza (PSTU), Gabriel Chalita (PMDB) e Levy Fidelix (PRTB). Eles compareceram à sede do sindicato, na Capital paulista, respectivamente em 27 e 30 de julho e em 13 de agosto. Além deles, já estiveram presentes Soninha Francine (PPS), Miguel Manso (PPL), Fernando Haddad (PT) e Celso Russomanno (PRB).

Abrindo essa etapa, Ana Luiza destacou: “A lógica no município hoje é governar para os ricos. Precisamos que o orçamento da Prefeitura seja investido em infraestrutura, hospitais, escolas, moradias para os trabalhadores. Os recursos hoje, na sua maioria, não são utilizados dessa forma.” Para dar conta disso, em seu plano de governo consta, entre as medidas, suspender o pagamento da dívida pública do município com a União – segundo ela, já quitada, dados os “juros extorsivos”. Outra forma é rever contratos de terceirização. Além disso, integrar campanhas nacionais como a pela garantia de 10% do PIB (produto interno bruto) para a educação, 6% para a saúde e 2% para a ampliação do transporte público.
A verba que voltaria aos cofres da Prefeitura seria investida por exemplo para se construir 2 mil creches, oferecendo 300 mil vagas. Na saúde, a promessa é de construção de imediato de mais três hospitais públicos em São Paulo, “principalmente na periferia, onde falta tudo”. Ana Luiza completou: “Também vamos abrir concursos públicos para ter mais servidores e prestar melhor atendimento.”

No transporte, a proposta é assegurar qualidade, o que abrange ampliar os corredores de ônibus. Ademais, discutir o valor da passagem, que “precisa ser subsidiada”. Com isso, acredita a candidata, seria possível chegar ao valor de R$ 1,00, ante os R$ 3,00 atuais. “Pagamos caro por um serviço ruim, superlotado. O poder público investe cada vez menos e está privatizando. Vamos reestatizar o transporte, e as contas serão acompanhadas pela população”, acrescentou. A participação popular estaria garantida em sua gestão, disse, mediante a formação de conselhos.

Na área social, ressaltou a questão dos moradores de rua, muitos dependentes químicos, que precisariam de tratamento e habitação adequada. “Existem em torno de 500 mil pessoas em situações muito precárias, na rua, em favelas, cortiços. Há muitos imóveis no centro da cidade, a Prefeitura tem que avaliar para que sejam desapropriados, propiciando moradia com dignidade”, acrescentou. A reurbanização de favelas foi outro ponto levantado por Ana Luiza, bem como a Prefeitura realizar campanhas de combate a todas as formas de opressão – machismo, racismo, homofobia. A candidata prometeu salários iguais para “mulheres e homens, negros e negras e brancos, homossexuais e heterossexuais”. E ainda, discutir com o Estado ter delegacias da mulher que funcionem aos sábados, domingos e após as 18h, bem como casas abrigo para vítimas de violência doméstica. Ela ressaltou também o apoio à campanha global por boicotes ao apartheid promovido por Israel nos territórios palestinos ocupados, o que significaria não firmar convênios municipais com aquele estado.

Gestão moderna e humana

Já Chalita deu ênfase a esses compromissos em sua fala, na sua ótica, dois gargalos. Para tornar a gestão eficiente, ponderou: “São 96 distritos e 31 subprefeituras que têm que funcionar. É preciso olhar a cidade e fazer intervenções essenciais.” Ao que, na sua concepção, é necessário que os administradores regionais tenham vínculo com o local. E para assegurar a proximidade com o prefeito, o candidato prometeu dar expediente uma vez por semana numa subprefeitura. “Temos que quebrar paradigmas.”

Com relação à humanização da cidade, ele enfatizou: “É preciso olhar no olho, respeitar a população e os servidores. Resolver a situação dos moradores de rua, que não são lixo. O que se faz credenciando-se comunidades terapêuticas a que cuidem dessas pessoas. Quanto às categorias que são perseguidas, como camelôs, temos que dar alternativas, dialogar.”

Chalita salientou a necessidade de se diminuir a desigualdade social, por ele desnudada: “De um lado temos uma cidade que cuida de suas crianças, as quais aprendem vários idiomas, têm esporte e lazer, estudam o dia todo, de outro, que abandona seus filhos, com quase 200 mil crianças sem creche. São invisíveis, sem água, esgoto, luz.” Para começar, o caminho, segundo Chalita, é fazer com que o que está parado, mas existe, funcione.

Com o objetivo de consolidar a dimensão global da megalópole, o candidato pelo PMDB pretende, além de resolver “grandes problemas dos invisíveis”, atrair investimentos, definindo regras claras a empreendedores e facilitando sua vida. Nesse sentido, tem como proposta a criação de um “Poupatempo Pessoa Jurídica”.

Apontando que não fará nessa campanha eleitoral nenhuma promessa milagrosa, mas buscará elevar o nível da política, falando a verdade, ele pontuou ainda que estão em sua pauta novas centralidades para São Paulo, com corredores de ônibus interbairros, para resolver o problema de mobilidade, pensar modelo de calçadas que garanta acessibilidade, melhorar a iluminação pública, bem como implantar sistema de monitoramento interligado de segurança pública e semáforos inteligentes. Quanto a esse último ponto, o candidato pelo PMDB estimou: “Com R$ 30 milhões, daria para resolver o problema tecnológico da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), celeiro de grandes pensadores.” E concluiu: “Prefeito tem que sê-lo 24 horas por dia. Sua omissão significa a morte de pessoas. Se eu tiver essa chance, não vou desperdiçar a oportunidade de transformar a cidade, com equipe competente e ouvindo as pessoas. Quero ganhar as eleições e mostrar que é possível ser político sem sujar as mãos, sendo correto.”

Novas centralidades e civilidade

Além do já conhecido aerotrem, que, segundo Fidelix, inspirou o monotrilho que vem sendo feito pelo governo estadual, o candidato pelo PRTB trouxe outras propostas ousadas. Entre elas, transferir a Rodoviária Tietê e a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) para locais próximos ao rodoanel. Na sua concepção, isso desafogaria o trânsito nas marginais e grandes avenidas. Sob essa mesma lógica, o Aeroporto de Congonhas seria reinstalado em outro município, para diminuir o problema de mobilidade na Av. 23 de Maio. Outra medida em tal sentido seria limitar a entrada de caminhões ao município das 8h às 20h. “No quilômetro um de cada rodovia, seriam colocados grandes estacionamentos para esses veículos, bandejão a um real, hotéis baratos (para estada no período em que a circulação estaria proibida).” Fidelix destacou: “As entregas seriam feitas à noite.” Os ônibus de média capacidade não entrariam no centro expandido, que seria servido gratuitamente por circulares. Para aproximar o emprego da periferia, em seu programa, visa por exemplo levar os hipermercados dos grandes centros para lá.

Da Luz à Santa Efigênia, a Capital seria inteiramente remodelada, com a instalação da Prefeitura e Secretarias, além de comércio legal. “Vamos tirar o pedinte da rua e proibir a esmola. Nossa Prefeitura será rigorosa, mas também assistencialista.”

Outra ideia inusitada apresentada por Fidelix é construir elevados nas marginais e promover uma nova concepção urbanística, com parques poliesportivos ao redor dos rios Tietê e Pinheiros, que seriam canalizados. Para tanto, seria criada a Companhia de Desenvolvimento Urbano. Na saúde, instituiria o Pasp (Plano de Atendimento à Saúde do Paulistano). “Aos atendimentos emergenciais, usaría­mos motomédicos e motorremédios.” Na educação, a proposta é suspender contratos com empresas terceirizadas que fornecem merenda escolar e ter profissionais voltadas à alimentação das crianças nas escolas. Resgatar também a figura dos orientadores educacionais, adotar bibliotecas para pais e alunos, informatizar os colégios, monitorar as portas dos estabelecimentos de ensino e garantir que todos tenham dentistas também estão nos seus planos.

Fidelix pretende ainda criar a Secretaria de Defesa Civil contra as Calamidades da Natureza, concedendo seguros contra enchentes à população, desde que esteja com os tributos municipais em dia. E instalar uma usina de energia para aproveitamento do lixo. Além disso, constituiria o Banco de Poupança Popular Municipal de São Paulo. E acabaria com a Operação Cidade Limpa. Também retiraria os presídios da cidade e os instalaria em “ilhas”.

Ao final de cada debate, Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do SEESP, entregou aos candidatos o documento “Cresce Brasil – Região Metropolitana de São Paulo” e a revista “Brasil Inteligente”. O primeiro, resultado de seminário sobre o tema realizado pelo sindicato e a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), traz premissas à qualidade de vida na região. Já a publicação, distribuída pela CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados) na Rio+20 e na Cúpula dos Povos, em junho último, aponta caminhos para cidades e País inteligentes, rumo ao desenvolvimento sustentável. Acompanhe a agenda de eventos no SEESP com os prefeituráveis aqui.

Soraya Misleh

A categoria, que amargou anos sem trabalho, tem reencontrado finalmente o merecido espaço no mercado de trabalho. Mesmo assim, é comum alguns engenheiros trazerem ao setor de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP a seguinte indagação: “Por que não consigo emprego se o mercado está aquecido?”

Para Antonio Octaviano, diretor-geral do Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia), a dificuldade se deve à ausência da capacitação técnica requerida pelas empresas.

O mercado continua demandante, não obstante segundo a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) o crescimento do produto nacional esteja neste início de década aquém do estimado. “O valor da transformação industrial acumulou queda de 1,8% nos últimos anos, e o aprofundamento da crise internacional e a concorrência asiática ameaçam a competitividade.” A despeito disso, “nos anos 2000, a demanda cresceu 8,1% ao ano e a oferta, 5,8%.” De acordo com a assessoria de comunicação da entidade, sem a qualificação devida, sobretudo ao desenvolvimento de pesquisas e inovação tecnológica, isso gera carência de profissionais. Os setores de projetos e bens e serviços relacionados à exploração e produção de petróleo e gás natural são os mais afetados. Conforme reportagem publicada pelo jornal A Tarde, de Salvador, em 31 de julho último, serão necessários mais de 200 mil profissionais até 2015 para suprir a demanda nessa cadeia. Hoje, o Brasil forma em todas as áreas cerca de 45 mil engenheiros, estima José Roberto Cardoso, diretor da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo) e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP. Mão de obra altamente valorizada, o que tem refletido em melhor remuneração. No Departamento Jurídico do SEESP, aumento das homologações de demissões de um ano para cá superior a 20% aponta que isso tem ocorrido principalmente porque engenheiros vêm trocando de emprego para ganhar mais.
Lineu Afonso, vice-presidente de Ética e Proteção à Consultoria do Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva), explica o porquê da defasagem entre formação e oportunidades no segmento de infraestrutura: “O grande problema é que houve um período em que o setor ficou muito parado, não se formou mão de obra. Tem-se hoje um grande esforço, por um lado, treinando-se o jovem e, por outro, para reaproveitar profissionais que praticamente tinham saído do mercado e podem ajudar nesse processo.” O mesmo acontece na construção civil. “Hoje o engenheiro está bem valorizado e tem-se essa dificuldade”, pondera Eduardo May Zaidan, engenheiro civil e vice-presidente de economia do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil).

As exigências têm se sentido na busca por cursos de especialização, segundo Cardoso. Ele enfatiza que engenheiros com experiência e boa qualificação são “raros, muito procurados e estão ganhando muito bem”. Consequentemente, tem havido importação de mão de obra, sobretudo da Espanha e Itália, “cuja economia está decrescente”. Cardoso destaca, no entanto, que as perspectivas são boas. “A engenharia retomou sua dignidade, a evasão tem diminuído, e os jovens voltaram a se interessar pela profissão.” O que deve solucionar ao longo do tempo o problema de ainda sair da universidade número inferior à demanda.

No cenário atual, outra transformação importante é percebida pelo diretor da Poli: a presença de mulheres – ainda apenas 14% do total – é cada vez mais buscada.

Política de Estado

O que fica evidente, para Cardoso, é que “não basta ter competência técnica, é preciso ter conhecimentos específicos para trabalhar num ambiente globalizado”. Diante disso, Afonso é categórico: “Qualificação tem que ser política de Estado.” O que vai ao encontro de proposta da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados). A entidade propugna por um sistema nacional para tanto, com definição em lei de período para reciclagem da mão de obra, durante a jornada, sem ônus aos profissionais.

À necessidade imediata de acelerar a formação, o Isitec, mantido pelo SEESP, em junho último ofereceu, durante ciclo de seminários, educação continuada. E no primeiro semestre de 2013, a depender de autorização do Ministério da Educação, receberá a primeira turma de graduação em engenharia da inovação.

16/08/2012

Canteiro

“A engenharia e a cidade” em Santos e Campinas

A exemplo de São Paulo, as delegacias sindicais do SEESP nessas localidades também promovem o ciclo de debates “A engenharia e a cidade” com os candidatos à Prefeitura. Em Campinas, no mês de agosto, participarão Pedro Serafim (PDT), no dia 22, e Marcio Poch­mann (PT), no dia 27. E em setembro, Sílvia Ferraro (PSTU), Jonas Donizetti (PSB) e Rogério Menezes (PV), respectivamente nos dias 10, 17 e 27. Os eventos estão marcados para as 18h.
Já em Santos, comparecerão em agosto Luiz Xavier (PSTU), no dia 23, Beto Mansur (PP), no dia 27, e Nelson Rodrigues (PSL), no dia 30. No mês seguinte, será a vez de Telma de Souza (PT), Sérgio Aquino (PMDB) e Eneida Koury (PSOL), respectivamente nos dias 3, 10 e 13, sempre às 18h30. Na cidade, o ciclo de debates foi aberto por José Antonio Marques Almeida, o Jama (PRTB).
As atividades ocorrerão nas sedes das delegacias do SEESP em Campinas (Avenida Júlio Diniz, nº 605, Jardim Nossa Senhora Auxiliadora) e em Santos (Rua Pinheiro Machado, 424, Marapé).

Engenheiro demitido pela Cesp ganha ação

Foi julgada procedente, no dia 2 de agosto, ação movida pelo engenheiro Isaac Amaral Alves contra a Cesp de reintegração no emprego, danos morais e outros direitos trabalhistas. O profissional foi demitido em 29 de julho de 2011, na gestão do presidente Mauro Arce. Desde então, começou sua luta para voltar à empresa. Tragicamente, sofreu um acidente fatal em fevereiro último. Os reclamantes do processo, portanto, agora são os seus herdeiros.

À época da demissão de Alves, então gerente da Diretoria de Engenharia da Cesp e responsável pela implantação da Usina e Eclusa Porto Primavera, também foi dispensado o engenheiro Rosário Di Gesu, encarregado da montagem dos equipamentos eletromecânicos da mesma usina. Em audiência de instrução no dia 8 de agosto, foi considerada suficiente a prova documental, sendo, assim, dispensadas as testemunhas. O julgamento está marcado para 14 de setembro próximo.

Futuro do sistema ferroviário em debate

O SEESP realiza no dia 22 de agosto, das 9h às 12h30, em sua sede, na Capital, o seminário “O futuro do sistema ferroviário no Estado de São Paulo”. Entre os temas, investimentos em tecnologia, infraestrutura e ampliação dos serviços da CPTM. Confira programação aqui. Mais informações e inscrições pelo telefone (11) 3113-2641 e e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Relator do TCU é a favor da devolução de valor na conta de luz

Em julgamento no dia 8 de agosto, esse foi o posicionamento do ministro-relator Valmir Campelo, do TCU (Tribunal de Contas da União), sobre o processo que analisa erro no reajuste das tarifas de energia elétrica entre 2002 e 2007. Reivindicado pela Frente em Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica, integrada, entre outras organizações, pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), o valor a ser ressarcido pode chegar a R$ 7 bilhões. Na fundamentação do seu voto, em 48 itens, Campelo transcreve conclusão dos trabalhos de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada em 2009 na Câmara dos Deputados, de que existiu o erro, “o qual causou o aumento indevido das tarifas, prejudicando o consumidor; a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) tem a obrigação de corrigir esse problema e de devolver os valores cobrados a maior do consumidor”.
O julgamento do processo foi interrompido depois de pedido de vista feito pelo ministro Raimundo Carreiro, que passa a ser revisor do processo, conforme artigo 119 do Regimento Interno do TCU. Ainda não foi marcada nova data para dar sequência à votação.

Palestra gratuita sobre norma técnica de para-raios

É o que promove a Delegacia Sindical do SEESP em Campinas, em parceria com a Termotécnica Para-Raios, no dia 20 de agosto, às 13h30, na sua sede (Avenida Julio Diniz, nº 605, Jardim Nossa Senhora Auxiliadora). A palestra sobre SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), direcionada a engenheiros, entre outros profissionais, será proferida por José Barbosa, gerente de Engenharia da Termotécnica. Proteção de edificações contra raios de acordo com a NBR 5.419/2005 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), cálculo da necessidade de proteção, apresentação de métodos de dimensionamento, malhas de aterramento, introdução ao sistema de proteção dentro do concreto armado serão os conteú­dos abordados. Inscrições no site www.tel.com.br, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou telefone (31) 3308-7029.

Vagas, orientação, treinamentos

Por intermédio de sua área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional, o SEESP oferece diversos serviços aos engenheiros. Entre eles, orientação profissional (vocacional) e para elaboração de currículo, coaching de carreira e emissão de carteira de trabalho. Além disso, conta com o Programa Engenheiro Completo, através do qual coloca à disposição da categoria treinamentos diversos.

Oportunidades

Outro serviço é o cadastramento de currículos e vagas para auxiliar na colocação no mercado de trabalho. Para se candidatar, clique aqui. Mais informações pelos telefones (11) 3113-2669/74.

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