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Em artigo no Jornal da Ciëncia, José Monserrat Filho, da Agência Espacial Brasileira defende que, aliando a política de distribuição gratuita de dados com o apoio global à construção de infraestrutura de recepção, análise e utilização de dados relevantes ao desenvolvimento sustentável, com certeza se poderá formar um amplo sistema de informações de primeira necessidade, sobretudo pelos países em desenvolvimento. 

        A 4ª Reunião da Comissão Nacional para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20) foi realizada no Palácio do Itamaraty, na quarta-feira (8), ao longo de quase quatro horas, sob a condução do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, com participação de 22 ministros, muitos diplomatas, senadores e deputados, além de grande número de entidades representativas da sociedade civil organizada.

        Diante de público tão amplo, qualificado e comprometido com o êxito do magno encontro, ouviu-se, talvez pela primeira vez, a recomendação para que o evento inclua em suas discussões a questão do acesso, o mais facilitado possível, aos dados de satélite, hoje considerados indispensáveis a qualquer programa consistente de desenvolvimento sustentável nas principais áreas da atividade humana em nível global.

        Quem tocou no assunto foi o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, que de imediato recebeu sinais de apoio e simpatia dos destacados embaixadores Luis Alberto Figueiredo Machado e André Aranha Corrêa do Lago, totalmente envolvidos com a organização da Conferência.

        Raupp lembrou o papel pioneiro e já tradicional do Brasil na definição de dados de satélite como "bens comuns da humanidade", nos fóruns internacionais, e na distribuição gratuita desses dados essenciais em todo o Brasil - mais de um milhão desde 2004 - pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A China, por seu turno, distribuiu mais de 1,5 milhão de dados, no mesmo período. São imagens dos três satélites CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellites - Satélites China-Brasil de Recursos Naturais da Terra) lançados até hoje - CBERS 1, 2, 2B. Este último deixou de funcionar em 2011. O CBERS-3 deve ser lançado em novembro do corrente ano, restabelecendo o funcionamento de todo o sistema. O CBERS-4 subirá em 2014.

        Outra iniciativa brasileira que se projetou positivamente foi a declaração, aprovada em 2010 pelo Comitê das Nações Unidas para o Uso Pacífico do Espaço Exterior (COPUOS, na sigla em inglês), instando a comunidade internacional a cooperar no sentido de contribuir para que todos os países possam dispor da infraestrutura necessária para receber, processar, analisar e utilizar dados de satélite em benefício de seus programas nacionais de desenvolvimento sustentável.

        Aliando a política de distribuição gratuita de dados com o apoio global à construção de infraestrutura - mínima que seja - de recepção, análise e utilização de dados relevantes ao desenvolvimento sustentável, com certeza se poderá formar um amplo sistema de informações de primeira necessidade, sobretudo pelos países em desenvolvimento. Tal esquema, se devidamente concretizado, tem tudo para mudar a qualidade das ações planejadas e executadas numa infinidade de países. Logo, é um tema que simplesmente não pode deixar de ser debatido na Rio+20.

        Essa discussão tem o pleno apoio do Escritório das Nações Unidas para Assuntos Espaciais (UNOOSA, na sua sigla em inglês), sediado em Viena, Áustria, e liderado por sua dinâmica diretora, Mazlan Othman (Malásia). Mazlan sugeriu à Agência Espacial Brasileira (AEB) que encaminhe a proposta de o Brasil promover uma reunião paralela à Rio+20, precisamente sobre o uso de dados geoespaciais para o desenvolvimento sustentável. O debate seria abrangente e teria como base a já referida Declaração aprovada pelo COPUOS, a partir de um projeto brasileiro.

        O encontro, proposto para o dia 18 ou 19 de junho, abordaria sete questões críticas para o desenvolvimento sustentável, na visão ampla atual: emprego, energia, cidades (questões urbanas), alimentos, água, oceanos e desastres naturais. A sugestão de Mazlan já foi transmitida pela AEB ao Departamento de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE), dirigido pelo já citado embaixador André Corrêa do Lago, através de sua Divisão do Mar, da Antártida e do Espaço (DMAE/MRE).

        O Escritório de Assuntos Espaciais da ONU prontifica-se a patrocinar a vinda à Rio+20 de até três conferencistas dos países em desenvolvimento para participarem da reunião paralela. Ele também tem estimulado a participação do Grupo de Observação da Terra, organização internacional conhecida pela sigla GEO (Group of Earth Observation), da qual o Brasil é membro ativo.

        Na reunião desta quarta-feira da Comissão Nacional da Rio+20, ficaram claras a oportunidade e a necessidade de enriquecer ao máximo a programação do encontro com temas e eventos de efetivo interesse para toda a comunidade internacional, em especial para os países em desenvolvimento e emergentes, como o próprio Brasil. O uso do espaço é, sem dúvida, um deles.



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Aneel e Ministério das Comunicações discutem formas de utilizar a infraestrutura de comunicação já existente para o sistema de redes inteligentes de energia elétrica (smart grid) que será implementado no País futuramente.

        O tema foi discutido quinta-feira (9) em uma reunião entre o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner. O compartilhamento da infraestrutura poderá baratear a implantação do smart grid, que vai precisar de um sistema de comunicação entre os consumidores e as distribuidoras de energia. A ideia, segundo Hübner, é usar fibras ópticas ou faixas de frequência existentes para essa transmissão de dados. "Se nós conseguirmos compartilhar, em locais onde já tenha algum tipo de comunicação, usar para implantar o sistema de comunicação do medidor, o custo cai muito", disse.

        Segundo Hübner, na maioria dos países onde já existe uma rede de smart grid implantada há uma faixa de frequência específica para transmitir essas informações. A Aneel também planeja usar o sistema para transmissão de outros dados como consumo de telefonia, gás e de água.

        No início de março está prevista uma reunião para tratar do assunto entre os ministérios envolvidos: Minas e Energia; Comunicações; Ciência, Tecnologia e Inovação; e Indústria e Comércio. No encontro, a Aneel vai apresentar um estudo de pesquisa e desenvolvimento sobre as formas de integração da rede e sistemas de comunicação que serão utilizados no smart grid.

        Além de permitir que os usuários façam o controle do consumo diretamente, o uso de redes inteligentes vai possibilitar a comunicação remota entre o consumidor e a distribuidora. Para viabilizar a implantação do smart grid, será preciso substituir todos os 63 milhões de medidores de energia existentes no País.

        A Aneel deve aprovar até abril as especificações mínimas dos medidores que serão utilizados para o sistema. Projetos pilotos já estão sendo testados por algumas distribuidoras, mas não há prazo para que o sistema esteja em funcionamento em todo o País.



(Agência Brasil)
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        Sob esse tema, aconteceu nesta quinta-feira (dia 9), no auditório do SEESP, na Capital paulista, seminário que contou com aproximadamente 300 participantes, incluindo autoridades, técnicos e especialistas do setor. À abertura, o coordenador da iniciativa e diretor do sindicato, Edilson Reis, destacou que esse é o primeiro de uma série de eventos que serão desenvolvidos ao longo deste ano com o objetivo de discutir o planejamento estratégico da cidade. Presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro salientou que, nesse contexto, o plano SP 2040 – apresentado em 2011 pela Prefeitura de São Paulo e em debate – é um caminho para se discutir mobilidade.´

         A iniciativa da gestão municipal foi apresentada na ocasião pelo seu secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem. Segundo ele, a premência de desenvolver um plano de longo prazo vem sendo tema na administração desde 2007 e começou a se consolidar em 2010. Traz a visão da cidade que se quer e das grandes escolhas necessárias. O SP 2040, segundo sua fala, tem como um dos cinco eixos a mobilidade. Nesse sentido, Bucalem informou que a fluidez no deslocamento na megalópole foi um dos itens apontados como prioritários pelos cidadãos que participaram recentemente de consulta pública sobre o plano. Na sua opinião, talvez o grande desafio para resolver o problema da mobilidade – e do desenvolvimento urbano – seja dar conta de soluções que transformem o cenário atual, em que ¾ dos empregos estão concentrados no centro expandido, portanto, em ¼ do território. “Na periferia, há cem habitantes para cada emprego. É preciso intensificar os usos e aproximar as pessoas.” Outro desafio apontado por ele é ampliar o baixo índice de cidadãos transportadas por veículos sobre trilhos. Dialogando com planos do governo estadual – conforme enfatizado pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes –, o SP 2040, que inclui um horizonte intermediário até 2025 –, traz como meta para daqui a 13 anos ter-se 220km de metrô, ante os cerca de 130km atuais. Seriam 10km por ano, o que Fernandes disse ser factível de se realizar. A importância de outros modais também está, de acordo com Bucalem, contemplada na iniciativa.

 

        Para Laurindo Junqueira, da SPTrans, nessa discussão de planejamento estratégico é fundamental levar em consideração a centralidade do município em relação ao País, cuja vocação não deve se alterar em 2040. “Fluxos diversos passam por São Paulo, que influencia diretamente 1.026 cidades brasileiras.” Assim, na sua visão, para solucionar o problema da mobilidade, é importante que as diversas instâncias de governo promovam ações articuladas. Ele salientou ainda o desafio de se mudar o panorama em que a frota de automóveis é de 7,3 milhões, sendo que metade sai diariamente às ruas, e de se priorizar o transporte coletivo. Na sua concepção, é preponderante pensar na escassez não apenas do ambiente, mas também do espaço urbano. “Os planos têm que levar isso em conta e tornar acessível o território aos cidadãos, diminuindo distâncias.” Fernandes ponderou que a cidade policêntrica e compacta, como refletido no SP 2040, é tema essencial.

        Para Nazareno Affonso, ao lado da priorização ao transporte público, é preciso ter uma política de estacionamento para disciplinar o uso de automóveis. O que, indicou, está previsto na nova lei de mobilidade urbana, a qual é preciso estar atentos ao cumprimento. 

        O seminário contou ainda com a presença do gerente técnico da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, João Alencar Oliveira Junior; do vereador paulistano Jamil Murad (PCdoB); de Eduardo Vasconcelos, da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos); de José Roberto Cardoso, diretor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP. Além deles, entre os palestrantes estiveram Vicente Abate, presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária); Peter Ludwig Alouche, consultor na área de transportes; e Carlos Carvalho, técnico do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Diretores do sindicato integrantes do grupo de trabalho sobre mobilidade urbana coordenaram os trabalhos ou participaram como debatedores.



fotos: Bia Arruda
Soraya Misleh




 

Ano de eleições municipais, 2012 já dá lugar ao debate em torno das definições de candidatos pelos partidos para a disputa das prefeituras em todo o País. É fundamental que, juntamente com a articulação política, as siglas e os que concorrerão ao pleito de outubro tenham em mente a tarefa de aproveitar a oportunidade para buscar soluções aos problemas das localidades brasileiras. 

       Muito já se falou sobre a relevância da cidade como organização geográfica onde a população de fato mora e enfrenta as dificuldades do dia a dia. É preciso, pois, que os gestores e aqueles que fazem as leis nesse âmbito assumam a responsabilidade de trabalhar para melhorar as condições de vida de todos.

       Assim, é essencial que os futuros prefeitos e vereadores compreendam os desafios que têm pela frente, encarando-os do ponto de vista do povo em favor de quem devem atuar, deixando de lado questões menores. O compromisso daquele que busca o voto do cidadão deve ser pleno e irrestrito.

       Partindo-se dessas premissas, é preciso buscar, de forma planejada, as soluções técnicas mais adequadas a cada um dos setores que hoje são cruciais: saúde, educação, saneamento, transporte, habitação, segurança, lazer e cultura. Independentemente das dimensões do município, há que se buscar a sustentabilidade. Mais que um termo em voga, o conceito representa a preservação de recursos naturais, como a água por exemplo, e o combate sistemático à poluição e à degradação. No curto e médio prazos, tal atitude torna o viver mais agradável; no longo, é a sobrevivência da espécie e do planeta.

       É ainda indispensável a participação da sociedade. Ao administrador cabe assegurar a construção coletiva dos projetos que serão executados para que esses sejam apropriados por todos. O exercício democrático pode ser tarefa exaustiva, mas não pode em hipótese alguma ser deixado de lado. E esse deve começar já antes das eleições, na definição dos programas de gestão de cada um dos candidatos. Quanto mais esses forem debatidos com a sociedade de forma séria e consequente, melhores se tornarão.

       Dando sua contribuição, a CNTU, em parceria com suas entidades filiadas, realizará encontros com os inúmeros candidatos em várias partes do País para discutir as propostas de cada um deles e apresentar as sugestões dos engenheiros e demais profissionais liberais às cidades.

       O momento eleitoral não é o único no exercício da cidadania, tampouco no esforço de se edificar um país melhor, mas é certamente uma ocasião privilegiada para se avançar nessas duas frentes.

Murilo Pinheiro - Presidente



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O relator informou que pediu contribuições ao texto de universidades e organizações da sociedade civil. Ambientalistas pedem veto a pontos polëmicos

        O novo Código Florestal voltará à pauta da Congresso Nacional no dia 6 de março, data acertada entre governo e parlamentares para votação do texto na Câmara dos Deputados. A proposta, que já havia sido aprovada pela Câmara, sofreu mudanças no Senado e deve ser levada diretamente ao plenário, sem passar por comissões da Casa. Depois da Câmara, a nova legislação ambiental deverá finalmente seguir para sanção presidencial.

        A data e o acordo para votação foram discutidos hoje (7) em reunião entre a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Os relatores do texto no Senado, senadores Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) e Jorge Viana (PT-AC), o novo relator da proposta na Câmara, Paulo Piau (PMDB-MG), e o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, também participaram da reunião.

        “Já foi acertada no colégio de líderes a votação para os dias 6 ou 7 de março. A reunião de hoje era para afinar essa posição”, disse Piau.

        O relator informou que pediu contribuições ao texto de universidades e organizações da sociedade civil e que as avaliações serão apresentadas aos ministros em nova reunião na próxima semana. “Conversei com dez consultores e especialistas, e todos foram unânimes em dizer que o texto do Senado melhorou muito”, contou.

        Apesar do aparente acordo, algumas questões provocaram polêmica na tramitação no Senado e deverão ser rediscutidas na Câmara. Entre as mudanças feitas ao texto pelos senadores está a determinação de que as áreas desmatadas irregularmente até 2008 sejam consideradas consolidadas e que os produtores que desmataram depois desse período sejam obrigados a recompor suas reservas legais. A bancada ruralista na Câmara não ficou satisfeita com a obrigatoriedade de recomposição e, em dezembro, já dava sinais de que não aceitaria a mudança no texto.

        A expectativa é que os deputados concordem em elaborar um “emendão”, juntando todas as propostas complementares à versão do Senado em uma só emenda ao texto.

        Contrárias às possíveis flexibilizações na legislação florestal, organizações ambientalistas já estão em campanha para pedir o veto da presidenta Dilma Rousseff a pontos do novo código que permitam novos desmatamentos ou reduzam a proteção das matas nativas.



Danilo Macedo e Luana Lourenço, Agência Brasil.
Edição: Nádia Franco
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A introdução dos tablets nas salas de aula é inevitável e pode servir para atrair a atenção dos alunos para o conteúdo acadêmico, mas é preciso dar especial atenção à adequação da linguagem para a nova plataforma e à formação dos professores. Confira a entrevista com Samantha Kutscka no Correio Braziliense. 

       Em entrevista ao Correio, a coordenadora executiva de projetos da Escola do Futuro, do núcleo de pesquisas da Universidade de São Paulo (USP), Samantha Kutscka., que investiga novas tecnologias aplicadas à área de educação, afirma ser necessário transformar o método de ensino para se obterem resultados. Investir apenas na mudança da mídia, de acordo com ela, não traria progresso algum. Leia abaixo os principais trechos da entrevista, selecionados pelo Jornal da Ciëncia.


A senhora acredita nessa ideia de que o lápis, a caneta e o papel vão desaparecer das escolas?
Não vejo a possibilidade de isso acontecer. Não preparamos o aluno para um mundo de certeza, claro. Mas, hipoteticamente falando, se uma instituição ficar sem energia ou houver algum evento complexo envolvendo os aparelhos, o lápis e o papel vão ser a solução. Acredito que eles não vão deixar de existir nunca. Também há um processo de desenvolvimento da cognição, onde você ensina a criança a escrever com a mão. Nesse caso, você não vai alfabetizar alguém com um tablet. Se usarmos um exemplo atual, você vai ver que ninguém deixou de fazer conta com a mão porque apareceu a calculadora. Há nove anos, quando entrei na Escola do Futuro, havia uma resistência dos professores em usar o computador. Não é diferente hoje. Podemos esperar isso a partir da introdução de qualquer nova tecnologia nas escolas.


E quanto ao desvio da finalidade do aparelho, quanto à possibilidade de dispersão por parte do aluno. É realmente um risco que se corre?
Acredito fortemente que o papel do professor não deixa de existir, ele simplesmente muda. Os pais têm, realmente, uma preocupação com a relação do filho e a tecnologia. O professor, por sua vez, com a dispersão do aluno. Mas, hoje, a maioria dos pais trabalha fora e os filhos, quando não estão sob o olhar deles, ficam sujeitos a diversos conteúdos. Não tem como fiscalizar, policiar em 100% do tempo. Tirando a censura, não tem o que fazer. Nesse sentido, acredito que a orientação do professor surge como algo fundamental. Ele deve apresentar conteúdos, mostrar o que deve e o que não deve ser acessado, afinal, a censura não agrega nada. Ela apenas aguça, atrai a pessoa para o proibido.


A senhora acredita que pode haver um agravamento do desnível entre as escolas públicas e as particulares, uma vez que essas últimas vêm incorporando primeiro esses
aparelhos?
Esse desnível sempre existiu em praticamente tudo. As escolas privadas acabam sendo mais pioneiras nessa área de tecnologia, principalmente porque têm recursos. Seria incoerente dizer que isso não acontece. Agora, a capacidade de aprender do aluno de uma escola pública é a mesma da de um de uma escola particular. Tudo depende de como você ensina. O governo tem capacidade de fazer algo bem melhor que uma escola particular, afinal ele é um, digamos, polvo com milhões de tentáculos, enquanto uma escola particular está sozinha ou pertence a uma rede. É necessário apenas fazer.


E a capacitação dos professores, a senhora acredita que realmente esse é um desafio?
Sim, porque as gerações são diferentes e, por isso, entendem a tecnologia de forma diferente. Existe certa resistência, mas ela passa. A formação do professor começa com uma quebra de paradigma, pois não se trata apenas de mostrar ao profissional como usar o aparelho, mas de fazê-lo reconhecer potenciais pedagógicos naquilo. Incorporando uma nova tecnologia, você acaba agregando mais trabalho ao educador e ele, normalmente, não está satisfeito com a remuneração que recebe. Então, nesse caso, você deveria incluir uma bonificação, um estímulo a esses professores.


Vem se falando também da insegurança que andar com um aparelho de alto custo pode trazer ao aluno. O que a senhora pensa sobre isso?
Acho que pode ser um risco sim, mas não tenho uma opinião sólida sobre o assunto. Acredito que, quando a tecnologia se popularizar, os preços irão cair e talvez não fique tão perigoso andar com o tablet. Pensar nisso no âmbito das escolas públicas depende da aplicabilidade, afinal, ainda não sei se o aparelho vai sair da escola ou não vai. De toda forma, não acredito que os assaltantes vão se apoderar dos entornos das escolas como um alvo primário. Afinal, hoje vejo muitos alunos de escolas particulares carregando notebooks, smartphones.


Quais são as maiores vantagens em usar esses aparelhos nas escolas?
Atratividade. Esse é o grande diferencial. Uma questão muito complexa é que as pessoas não aprendem da mesma forma. Por isso, quando você tem um conteúdo multimídia, você tem possibilidades maiores e melhores de transmitir um conteúdo de várias formas.


E qual a grande preocupação na introdução desses aparelhos no ambiente escolar?
Adequar a linguagem e formar o professor. O que você não pode fazer é simplesmente transformar um livro impresso para digital. O conteúdo deve ser repensado, você tem que aproveitar o potencial daquela plataforma. No caso de livros, você tem praticamente que os recriar. Sabemos, por experiência, que não adianta apenas trocar a mídia para que o aluno assimile o conteúdo. 



(Correio Braziliense)
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Exemplo interessante de ação para prevenir riscos ligados a construções irregulares, Sorocaba possui um serviço gratuito que orienta os cidadãos sobre as condições estruturais de suas casas

        Sorocaba - O município de Sorocaba possui um serviço gratuito que orienta os cidadãos sobre as condições estruturais de suas casas.

        Prestado pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba (AEAS) há mais de 10 anos, o serviço chama-se "Ônibus dos Engenheiros vai ao Bairro".

        Voltado especialmente para a população de baixa renda, o serviço é gratuito e pode ser solicitado quando houver rachaduras, infiltrações, etc. dentro da estrutura (casa ou prédio) do solicitante.

        No caso, o engenheiro vai ao local, faz um levantamento com todas as condições estruturais do imóvel e sugere melhorias ao proprietário ou algum tipo de intervenção, se a estrutura estiver comprometida e com risco de desabamento.

        A AEAS pode ser consultada por qualquer interessado e o serviço que vai ao bairro pode ser solicitado através de agendamento prévio, inclusive pela SAB (Sociedade Amigos do Bairro) do local a ser visitado.

        O endereço da AEAS é R. Piauí, 81 (travessa da Av. Eugênio Salerno), bairro Santa Terezinha, telefone (15) 3222-9795.



(*) Equipe VIVAcidade - 07.02.2012
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Objetivo é contribuir para o debate em curso sobre o SP 2040, que contempla uma visão estratégica ao desenvolvimento sustentável da cidade com horizonte de 2040.

        Em 9 de fevereiro próximo, ocorrerá no auditório do sindicato (Rua Genebra, 25, 1º andar), na Capital, o seminário “Mobilidade urbana no contexto do plano estratégico do SP 2040”.

        Realização do SEESP, por intermédio de seu Conselho Tecnológico, acontecerá das 8h30 às 13h e deverá contar com a participação de autoridades, como secretários municipais e estaduais e o prefeito Gilberto Kassab, além de especialistas e representantes de organizações diversas.

        A pretensão da entidade, ao promover tal iniciativa, é contribuir para o debate em curso sobre o SP 2040, que contempla uma visão estratégica ao desenvolvimento sustentável da cidade com horizonte de 2040.

        O SEESP integra o Conselho Consultivo desse plano, representado pelo seu presidente, Murilo Celso de Campos Pinheiro, e pelo seu diretor Antonio Octaviano, respectivamente titular e suplente. Mais informações sobre o seminário e inscrições pelo telefone (11) 3113-2641.



foto: Metrô de S. Paulo em dia de chuva
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As duas grandes centrais sindicais gregas –Adedy, dos empregados do setor público, e GSEE, dos assalariados do setor privado, – anunciaram para amanhã (7) uma greve geral de 24 horas contra as novas medidas de rigor financeiro exigidas pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). 

      As duas grandes centrais sindicais gregas –Adedy, dos empregados do setor público, e GSEE, dos assalariados do setor privado, – anunciaram para amanhã (7) uma greve geral de 24 horas contra as novas medidas de rigor financeiro exigidas pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

      De acordo com o presidente da GSEE, Iannis Panagopoulos, as medidas "são a crônica de uma morte anunciada”. Segundo ele, elas visam a “anular os direitos laborais”.

      O governo de Lucas Papademos e a chamada troika, composta por especialistas do Fundo Monetário, da UE e do Banco Central Europeu (BCE), tentam acordo sobre as condições que serão adotadas sobre a dívida do país.

      Os líderes dos três partidos que formam o Executivo têm de chegar a um consenso sobre as medidas e depois informar ao primeiro-ministro se aceitam ou não as exigências da troika.

      Depois de chegarem a uma conclusão, os líderes do Partido Socialista, Yorgor Papandreu, da Nova Democracia, Antonis Samaras, e do Movimento Ortodoxo Popular, Yorgos Karatzaferis, devem se encontrar com o chefe de Governo para a assinatura do acordo.

      Apesar das indecisões iniciais, Samaras e Karatzaferis acabaram por aceitar, tal como Papandreu, a maior parte das exigências. De acordo com o primeiro-ministro, existe consenso entre os líderes políticos sobre as medidas para a redução das despesas públicas. Os partidos que constituem a coligação estão reunidos neste momento em Atenas.



(Agência Brasil)
foto: Protestos contra as medidas de ajuste neoliberal na Grécia
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Eletronuclear pode apresentar um novo cronograma para as obras da usina nuclear Angra 3 em maio - data estimada para o término da licitação que define o consórcio que fará a montagem eletromecânica da usina - e o início da operação poderá ser adiado para 2016.

       "[O início da operação] Estava previsto para dezembro de 2015, possivelmente será no início de 2016", disse o assistente da presidência da Eletronuclear, Leonam Guimarães. O executivo frisou, no entanto, que o cronograma final só poderá ser divulgado com exatidão quando o consórcio vencedor estiver definido. "Qualquer mudança no cronograma agora é especulação", frisou Guimarães. "Quando [o consórcio] estiver no canteiro, o dia que ele estiver, a gente atualiza e dá uma nova estimativa de início da operação comercial", disse Guimarães, depois de apresentar, ontem, uma palestra no congresso de energia EnerGen LatAm 2012.

       Angra 3, que começou a ser construída em 2010, será a terceira usina da central nuclear de Angra dos Reis e terá potência de 1.405 MW. O orçamento total definido para Angra 3 é de R$ 10 bilhões, 70% em moeda nacional. Da parcela nacional, 70% caberá ao BNDES e 30% tem o financiamento da Reserva Global de Reversão e recursos próprios da Eletrobras. Os 30% financiados no exterior são proveniente de um pool de bancos europeus, liderados Société Générale que, segundo Guimarães, será empenhado "fundamentalmente" para o pagamento do contrato com a Areva, que fornecerá o sistema de instrumentação e controle.

       Guimarães negou que o cronograma das obras, que estão ainda na parte civil, tenha sido atrasado pela greve de dois dias dos trabalhadores, iniciada no domingo. "Isso causa sem dúvida algum prejuízo para a construtora [Andrade Gutierrez], mas é prejuízo dela." Os quatro mil funcionários que trabalham na obra aderiram à paralisação.

       Os operários, segundo o assessor da presidência da Eletronuclear, se queixaram de três funcionários da construtora que seriam "excessivamente rígidos" e os tratavam mal, além de algumas reivindicações relacionadas à alimentação no canteiro. "A direção da Andrade no canteiro chegou a um acordo", disse.

       O executivo voltou a afirmar que o atlas do potencial nuclear no Brasil seria apresentado no início do ano passado. "Certamente o ambiente não ficou muito favorável, dada toda a comoção que o terremoto no Japão e o acidente de Fukushima trouxeram", disse. Segundo ele, o Plano Nacional de Energia 2035 pode ser divulgado este ano e trazer novidades para a energia nuclear. "O horizonte de expansão da hidroeletricidade [principal fonte brasileira] para lá de 2025 é limitado", disse. "E depois disso?", questionou, ressaltando a necessidade de aumentar a oferta de energia no País.



(Valor Econômico)
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