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Terceira edição promovida pela comunicação brasileira tem participação internacional e exibe uma pauta que vai bem longe de um debate corporativo entre pequenos meios. É estratégica.

       Dias 27 e 28 de Janeiro, a Casa de Cultura Mário Quintana, espaço acolhedor do centro da cidade de Porto Alegre, que ja foi moradia do poeta gaúcho que deu nome ao lugar, atrairá jornalistas, blogueiros/as, desenvolvedores e usuários de Software Livre e ativistas da comunicação para fazerem juntos o III Fórum de Mídia Livre.

       O ambiente será particularmente propício nesses dias. O Fórum compartilhará espaço com o evento "Conexões Globais", dedicado a oficinas e práticas de comunicação com uso de internet, e que falará por meio de painéis e webconferências com indignados e indignadas que mundo afora estão utilizando as redes para mudar regimes, contestar políticas autoritárias e defender direitos e democracia direta.

       O Fórum de Midia Livre introduzirá nesse ambiente o debate conceitual e político e as propostas para uma comunicação radicalmente democrática. É a terceira edição promovida pela comunicação brasileira e exibe uma pauta que vai bem longe de um debate corporativo entre pequenos meios. É estratégica. Acena para o direito à comunicação como estruturante dos debates. Para as políticas públicas como condicionantes da regulação, acesso e democratização da mídia. E para a apropriação tecnológica como um dos horizontes imediatos do movimento e também ferramenta de mobilização.

       Participarão organizações chave do movimento de comunicação brasileiro como Intervozes, Centro de Estudos da Midia Alternativa Barão de Itararé e FNDC - Fórum Nacional pela Democratização da Mídia, movimento Blog Prog (blogosfera progressista), publicações como Revista Fórum e Viração, coletivos desenvolvedores de plataformas em software livre (ver artigo), pontos de cultura como Pontão Ganesha de Cultura Digital e Pontão Eco, e iniciativas de comunicação compartilhada como a Rede Viração. Imersão Latina, Coletivo Soylocoporti, além da própria Ciranda e do site WSFTV. entre outros coletivos

       Mesmo brasileiro, o Fórum de Mídia Livre mostra claramente que internacionalizou seus diálogos. Terá presenças vindas da primavera árabe, para uma ponte com o I Fórum de Mídia Livre no mundo afro-árabe, programado para este primeiro semestre ainda e que será apresentado por Mohamed Legthas, do portal Ejoussour, do Marrocos, ao lado de mídias que atuam na ou sobre a Palestina Ocupada, um estado de Apartheid em pelo séculos XXI.

       Os debates terão contribuições de palestrantes da América Latina, que avança em políticas democratizadoras do setor e enfrenta enorme bombardeio dos grandes meios de comunicação. E será também o passo inicial de 2012 rumo ao II Fórum Mundial de Mídia Livre, que ocorrerá em junho deste ano, inserida no calendário da Cúpula dos Povos para a Rio + 20.


A programação geral do III Fórum de Mídia Livre pode ser conferida no site do FML
Ver online : Especial FML Ciranda



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O engenheiro Paulo Augusto Berquó de Sampaio é o novo diretor do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) no Rio de Janeiro. A solenidade de apresentação aos servidores aconteceu no dia 26 de dezembro.

       Nascido em Porto Alegre (RS) em 1959, Sampaio é graduado em engenharia mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ingressou no IEN em 1983. Fez mestrado no Programa de Engenharia Nuclear da Coppe/UFRJ, na área de termo-hidráulica, e doutorado na Universidade de Swansea, no País de Gales, na área de simulação computacional em dinâmica de fluidos aplicada à engenharia de reatores, na qual foi pioneiro no Brasil.

       Presidiu a comissão que criou o Programa de Pós-Graduação do IEN, em 2002, e foi seu primeiro coordenador. No mesmo ano, liderou o projeto de implantação do laboratório de computação paralela de alto desempenho do Instituto.

       Sampaio exercia a chefia da Divisão de Reatores do IEN desde 2006 e foi diretor-substituto do Instituto a partir de 2009. Ele é também vice-coordenador do INCT de Reatores Nucleares Inovadores, rede de pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, e atua como consultor de órgãos de fomento à ciência (Capes, CNPq, Facepe, de Pernambuco, e FONCyT, da Argentina). 



(Ascom do IEN)
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Chamada do Proinfra, lançada pela Finep, apoiará com até R$ 20 milhões projetos de implantação, modernização e recuperação de infraestrutura física de pesquisa em instituições públicas. 

        A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) divulga um edital com R$ 400 milhões destinados ao apoio a projetos de implantação, modernização e recuperação de infraestrutura física de pesquisa nas instituições públicas de ensino superior ou pesquisa. Os recursos, não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos), são originários do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), por meio do Fundo Setorial CT-Infra.

        Este ano o valor disponível é 11% maior. O último edital do Proinfra ofereceu R$ 360 milhões e beneficiou 118 instituições, selecionadas dentre os 178 projetos recebidos inicialmente.

        A chamada pública MCTI/Finep/CT-Infra - Proinfra - 01/2011 está disponível no link http://www.finep.gov.br//fundos_setoriais/ct_infra/editais/EDITALChamadaPROINFRA2011.pdf e recebe propostas até 1º de março de 2012. Os projetos devem ter valor mínimo de R$ 1 milhão. O valor máximo solicitado deverá ter como referência o número total de doutores pertencentes ao quadro de pessoal permanente da instituição executora, indo de R$ 2 a R$ 20 milhões.

        Pelo menos 30% dos recursos oferecidos deverão ser aplicados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e nas regiões de abrangência da Sudene e da Sudam. A divulgação do resultado preliminar está prevista para junho. A lista final deve ser conhecida em agosto de 2012.

        Segundo nota do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, a intenção do MCTI é ampliar os recursos para infraestrutura das instituições públicas de ensino e pesquisa nos próximos anos, buscando integrar a ação do Proinfra com o Programa Pró-Equipamentos. A meta é alcançar o montante de R$ 720 milhões em 2014, compartilhado igualmente entre o MCTI e o MEC. Um grupo de trabalho está sendo formado por meio de portaria interministerial, entre o MEC e o MCTI, para estudar e propor mecanismos de articulação entre esses programas e as ações da Capes, CNPq e Finep.



(Ascom da Finep)
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O Diário Oficial da União de hoje (9) publica portaria conjunta dos ministérios da Fazenda e da Previdência Social fixando o piso e o teto dos benefícios dos aposentados e pensionistas. A portaria fixa também as novas alíquotas para domésticas e autônomos. 

       O reajuste do salário mínimo no dia 1º de janeiro, de R$ 545 para R$ 622, estabeleceu o valor mínimo que será pago aos beneficiários do Regime Geral de Previdência Social. O teto dos benefícios subiu de R$ 3.691,74 para R$ 3.912,20, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 6,08%, relativo a 2011, anunciado sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

       Os valores intermediários entre o teto e o piso pagos pelo INSS estão automaticamente corrigidos pelo INPC do ano passado. O aumento no valor do benefício de quem ganha acima do piso previdenciário representará um impacto líquido de R$ 7,6 bilhões, de acordo com os cálculos do ministério.

       A portaria fixa também as novas alíquotas de contribuição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para empregadas domésticas e para quem trabalha por conta própria. Os que ganham até R$ 1.174,86 vão arcar com a contribuição mensal de 8% sobre esse valor. Entre R$ 1.174,87 e R$ 1.958,10, a alíquota será de 9%, e para quem ganha entre R$ 1.958,11 e R$ 3.916,20, a contribuição será de 11%.

       A cota do salário-família passa a ser R$ R$ 31,22 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 608,80 e R$ 22,00 para quem tem remuneração mensal superior a R$ 608,80 e igual ou inferior a R$ 915,05.

       Os recolhimentos feitos este mês relativos a dezembro ainda se enquadram na tabela anterior, de 2011. As alíquotas são 8% para quem ganha até R$ 1.107,52; 9% para quem ganha entre R$ 1.107,53 e R$ 1.845,87 e 11% para os que ganham entre R$ 1.845,88 e R$ 3.691,74. A cota do salário-família passou a ser de R$ 31,22 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 608,80 e R$ 22,00 para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 608,80 e igual ou inferior a R$ 915,05.

       As contribuições à Previdência Social têm critério diferenciado para os empreendedores individuais, que a partir deste mês vão recolher R$ 31 e têm todos os direitos assegurados aos demais contribuintes. Eles envolvem 500 atividades autônomas que faturam até R$ 60 mil por ano e são enquadradas no Simples Nacional, com direito à emissão de nota fiscal de serviços. Até o fim de dezembro estavam inscritos nessa categoria mais de 1,902 milhão de trabalhadores. De acordo com informações do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), nos primeiros dias deste mês aderiram ao sistema como novos empreendedores mais de 15,8 mil trabalhadores. 



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Paula LaboissièreUma das medidas previstas pela nova lei trata da permissão para que municípios possam taxar o uso excessivo de automóveis em áreas de congestionamento. O texto prevê ainda que a receita obtida pela cidade por meio dessas tarifas seja direcionada para subsidiar o transporte público local.

       A Lei de Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana é um importante instrumento colocado nas mãos de prefeitos e vereadores e também da sociedade civil e do Ministério Público para que se possa melhorar as condições de mobilidade urbana nas cidades, conforme avalia o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Alexandre Gomide.

       Sexta-feira (6), durante a divulgação do Comunicado 128 – A Nova Lei de Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, ele explicou que a legislação dispõe sobre os direitos dos usuários de serviços de trasporte público, regulamenta o planejamento e a gestão do setor e altera mecanismos de regulação e fixação das tarifas de transporte público.

       “A sociedade civil vai ter que aprender a lógica dessa lei e o Poder Público também. O que garante mesmo a aplicabilidade vai ser a atuação do Poder Público em querer utilizar os instrumentos que a lei dispõe e, caso o Poder Público não fizer uso da lei, cabe à sociedade e ao Ministério Público exigir políticas mais efetivas e sustentáveis”, disse.

       Uma das medidas previstas pela nova lei e destacadas pelo pesquisador trata da permissão para que municípios possam taxar o uso excessivo de automóveis em áreas de congestionamento. O texto prevê ainda que a receita obtida pela cidade por meio dessas tarifas seja direcionada para subsidiar o transporte público local.

       “A lei também fornece meios para que a sociedade possa questionar investimentos associados ao incentivo do uso do automóvel”, ressaltou, ao citar, por exemplo, investimentos em viadutos e pontes em lugar de melhorias diretas no transporte coletivo. “O espírito da lei é tornar cada vez mais difícil a vida de quem usa automóvel de maneira excessiva”, completou.

       Um dos temas considerados como problemáticos na nova legislação, segundo Gomide, trata dos benefícios tarifários para usuários específicos, como estudantes e idosos. De acordo com o pesquisador, a lei ainda permite que os demais usuários paguem pela concessão desses benefícios, já que os custos são rateados entre os pagantes.

       “São políticas muito fáceis, sem estabelecer a fonte de recurso e com outras pessoas pagando. Por isso, as câmaras municipais sempre têm essas medidas, mas isso faz as tarifas subirem. A lei não enfrentou essa questão. Um dispositivo que foi vetado dizia que todos esses benefícios teriam que ser custeados pelas políticas que deram origem”, explicou.

       Outro problema apontado pelo Ipea aborda a obrigatoriedade, prevista pela nova lei, de municípios com mais de 20 mil habitantes apresentarem um plano diretor de mobilidade urbana. Segundo Gomide, a medida deve apenas criar um grande mercado de consultorias privadas, já que a maioria das cidades pequenas não têm capacidade para fazer esse tipo de planejamento.

       “A gente sabe que as questões de transporte urbano são uma questão das grandes cidades, com frota de veículos e sistema organizado”, disse. “A lei, enquanto medida institucional e regulatória, é um avanço, mas não é tudo. É uma condição necessária, mas não é suficiente para resolver. Há questões que não são de base legal, que dependem muito mais de vontade política e da própria sociedade ao exigir que isso aconteça. Demos mais um passo em direção à sustentabilidade da mobilidade das cidades, mas falta ainda uma longa caminhada, inclusive para fazer a lei pegar”, concluiu.



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As chuvas na Região Sudeste fizeram o governo mobilizar cinco ministros para avaliar a situação dos estados mais afetados, principalmente Minas Gerais. Balanço será apresentado nesta segunda.

       A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, convocou ontem reunião com os titulares da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, dos Transportes, Paulo Passos, e da Saúde, Alexandre Padilha, na sede do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), em Brasília. Também foram chamdos à reunião o secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, e um representante do Ministério da Defesa.

       Os ministros deverão fazer um levantamento da situação das chuvas e das medidas que estão sendo tomadas para auxiliar as cidades atingidas. O balanço será apresentado à presidenta Dilma Rousseff nesta segunda (9), em audiência que deve reunir Gleisi Hoffmann e Bezerra Coelho.

       Por causa das chuvas, Gleisi e Bezerra Coelho interromperam as férias e voltaram a Brasília no começo da última semana para acompanhar a situação do Sudeste. Dilma também antecipou o retorno do recesso para coordenar as ações do governo para o enfrentamento das enchentes.

       Minas Gerais é o estado que mais registra prejuízos com as chuvas até agora, com 103 municípios em estado de emergência em decorrência dos estragos causados pelas enchentes e deslizamentos. De acordo com a Defesa Civil mineira, até agora foram registradas 12 mortes e há duas pessoas desaparecidas em Santo Antônio do Rio Abaixo e União de Minas. Há 906 pessoas desabrigadas em todos o estado e quase 12 mil desalojados.



foto: Situação em Italva é preocupante
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Pela estimativa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos o salário mínimo necessário deveria ser 4,27 vezes o mínimo em vigor até 31 de dezembro, de R$ 545. 

         O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) estima mensalmente o salário mínimo necessário, que em dezembro deveria ser de R$ 2.329,35, ou seja, 4,27 vezes o mínimo em vigor até 31 de dezembro, de R$ 545. O valor foi divulgado nesta quinta-feira (5).

        O cálculo é feito com base no maior valor apurado para a cesta básica e leva em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência,

       Em novembro, o menor salário pago deveria corresponder a R$ 2.349,26, o que representa 4,31 vezes o mínimo vigente.

       Em dezembro de 2010, o mínimo necessário era estimado em R$ 2.227,53, ou seja, 4,37 vezes o piso de então, de R$ 510.


Cesta básica
        Em 2011, três das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese apresentaram alta acima de 10% no preço da cesta básica. As maiores elevações foram apuradas em Vitória (13,80%), Belo Horizonte (11,75%) e Florianópolis (10,20%).

       Em Natal, a variação acumulada foi negativa (-3,38%), e pequenos aumentos ocorreram em Manaus (1,48%) e Curitiba (1,91%).

        Em 2010, as altas foram mais expressivas e 14 capitais registraram aumento acima de 10%.

       Em dezembro, houve recuo nos preços dos produtos básicos em cinco localidades: Florianópolis (-2,28%), Curitiba (-1,80%), Porto Alegre (-0,99%), Manaus (-0,98%) e Brasília (-0,50%).

       Nas outras 12 cidades os preços subiram. Os maiores aumentos foram registrados em Goiânia (5,58%), Vitória (4,35%) e Fortaleza (4,25%).

       Com a alta de 0,35% verificada em dezembro em São Paulo, a capital paulista superou Porto Alegre e registrou o maior valor para o custo da cesta, que chegou a R$ 277,27.

        Na capital gaúcha, o valor foi de R$ 276,86, enquanto Vitória teve o terceiro maior preço, com R$ 275,39.

       Aracaju (R$ 182,22), João Pessoa (R$ 204,21) e Salvador (R$ 208,82) registraram os menores valores.


Valores em dezembro:
Vitória - R$ 275,39
Belo Horizonte - R$ 264,01
Florianópolis - R$ 262,44
Porto Alegre - R$ 276,86
Rio de Janeiro - R$ 262,90
Belém - R$ 243,75
Brasília - R$ 247,88
Goiânia - R$ 246,70
João Pessoa - R$ 204,21
Recife - R$ 215,99
Fortaleza - R$ 215,21
São Paulo - R$ 277,27
Aracaju - R$ 182,22
Salvador - R$ 208,82
Curitiba - R$ 248,63
Manaus - R$ 255,79
Natal - R$ 212,36



(Fonte: Folha.com)
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Imprensa aponta presença de estrangeiros em três dos cinco grandes grupos do setor, motivados por investimentos em setores como construção civil e indústria naval. Confira artigo de O Estado de S.Paulo

        A indústria siderúrgica brasileira está em vias de passar por uma nova onda de desnacionalização. Inicialmente controlado pelo Estado, o setor de aço hoje está concentrado em cinco grandes grupos, que detêm mais de 90% da capacidade do mercado. Dos cinco, três têm empresas estrangeiras como principais controladoras. O caso mais recente foi a entrada da ítalo-argentina Techint na Usiminas.

        Esse movimento deve continuar. Executivos da siderurgia brasileira que viajam ao exterior já notam o interesse de grupos de países como Índia e China e da Europa em ingressar no Brasil, em novos negócios ou companhias já existentes.

        "Hoje o que mais tenho ouvido em várias missões é "o Brasil é o País do futuro, então vamos colocar nossas plantas lá, porque é lá que vai haver o consumo". Vemos isso vindo da China, da Índia e da Comunidade Europeia", diz o presidente da ArcelorMittal Aços Longos América do Sul, Augusto Espeschit.

        Além da ArcelorMittal e da Usiminas, que teve 27,7% repassados ao grupo Techint, compõe o clube das gigantes controladas por estrangeiros a ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), usina com participação minoritária da Vale inaugurada no Rio em 2010.

        Diante de um excesso de capacidade de produção de 500 milhões de toneladas de aço no mundo, grandes grupos estrangeiros têm voltado os olhos para o Brasil e avaliam que o País está diante de uma oportunidade ímpar para dar um salto no consumo de aço, embalado pelo desafio de solucionar os problemas de infraestrutura e de déficit habitacional e pelo crescimento de uma classe média ávida pelo consumo. Enquanto a China mais do que triplicou o consumo aparente de aço per capita para 427 quilos por habitante entre 2001 e 2010, o Brasil passou de 93,3 para 129,8 quilos.

        Motivos. Os indutores do aumento da demanda no País são múltiplos. A construção de moradias do Programa Minha Casa Minha Vida, investimentos ligados à Copa e à Olimpíada, a reativação da indústria naval e uma série de projetos de montadoras de automóveis atraem a atenção dos estrangeiros, avaliam Guilherme Cardoso e Pedro Landim, chefe e gerente da área de Insumos Básicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

        "Se uma empresa no mundo está querendo botar de pé uma siderúrgica, certamente sobre a mesa dela estará o Brasil", diz Cardoso. Ele revela que a expectativa do banco é que a crise internacional provoque adiamentos de projetos do setor no Brasil, mas não cancelamentos.

        Em dezembro último, o banco traçou as estimativas de investimentos em siderurgia para o período entre 2012 e 2015. Em quatro anos, o montante deve chegar a cerca de R$ 32 bilhões, patamar pouco abaixo dos R$ 33 bilhões previstos anteriormente para o quadriênio 2011-2014.

        Cardoso observa que, como o País ainda tem capacidade ociosa na produção de aço bruto, uma expansão em unidades de laminação seria suficiente. "Em algum momento a capacidade de produção de aço bruto no Brasil vai ter de aumentar para atender à demanda interna", avalia.

        A recente avalanche de importação de aço, produtos siderúrgicos e bens industrializados que contêm o insumo pode, no entanto, colocar um freio nos ímpetos do investidor estrangeiro. Para o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Melo Lopes, a dificuldade de competir com os importados deve fazer com que, por enquanto, empresas estrangeiras prefiram entrar aqui comprando participações. 



(Glauber Gonçalvez, OESP)
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A nova lei tem o intuito de integrar, melhorar e tornar mais acessíveis os diferentes modos de transporte, visando a mobilidade de pessoas e cargas no país.

       Em cem dias entrará em vigor a Política Nacional de Mobilidade Urbana sancionada pela presidenta Dilma Rousseff e publicada ontem (4) no Diário Oficial da União. A nova lei tem o intuito de integrar, melhorar e tornar mais acessíveis os diferentes modos de transporte, visando a mobilidade de pessoas e cargas no país.

       O documento esclarece também direitos dos usuários, como o de ser informado, nos pontos de embarque e desembarque, sobre itinerários, horários, tarifas dos serviços e modos de interação com outros modais. As regras que definem as tarifas a serem cobradas também estão estipuladas.

       De acordo com a nova política, os entes federativos poderão fazer uso de instrumentos de gestão como restrição e controle de acesso e circulação, permanente ou temporário, de veículos motorizados em locais e horários predeterminados. São Paulo, por exemplo, já utiliza o sistema de rodízio de automóveis na tentativa de amenizar os problemas de trânsito.

       Prevê também a aplicação de tributos para utilização da infraestrutura urbana, visando a desestimular o uso de “determinados modos e serviços de mobilidade”. Mas garante, no entanto, que os recursos obtidos por esse meio serão aplicados exclusivamente em infraestrutura urbana “destinada ao transporte público coletivo e ao transporte não motorizado”, e no financiamento do subsídio público da tarifa de transporte público.

       Aos entes federativos caberá, segundo a lei, estipular padrões de emissão de poluentes para locais e horários determinados, bem como monitorar e controlar as emissões dos gases de efeito local e de efeito estufa, podendo, inclusive, restringir o acesso a vias com índices críticos de poluição.

       Poderão, ainda, dedicar espaço exclusivo nas vias públicas para os serviços de transporte público coletivo e para meios de transporte não motorizados, além de estabelecer políticas para estacionamentos públicos e privados. (ABr)

       O tema da mobilidade urbana tem sido debatido pela Engenharia Nacional e especialmente em São Paulo houve um processo de contribuições à política municipal e nacional para o setor, através de seminário promovido pelo Seesp - Sindicato dos Engenheiros de São Paulo.



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Demais centrais criticam uma das propostas cutistas, de por fim ao imposto sindical, considerado fonte de financiamento e autonomia do movimento sindical brasileiro

       Artur Henrique, presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), fala sobre as grandes bandeiras defendidas pela central em 2011: luta contra a terceirização, redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, liberdade e autonomia sindical, entre outras. Em 2012, a CUT continua a mobilização em defesa de um desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho.

        CUT é a única central a defender o fim do imposto sindical. Todas as demais centrais defendem a contribuição sindical como um meio importante de manter a autonomia do movimento.

       Segundo Adauto de Oliveira Duarte, diretor de relações trabalhistas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e também da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o fim do imposto sindical seria "desastroso" para sindicalistas e para empresários. "A unicidade sindical, para os dois lados, é muito importante, ao definir os atores que sentarão à mesa de negociação", afirmou.

       O deputado Laércio Oliveira (PR-SE), vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), também defendeu o imposto sindical. "Tenho extremo orgulho do modelo atual, que permite a boa atuação dos sindicatos, e, do lado patronal, o excelente funcionamento do Sistema S", afirmou.

       Duarte e Oliveira foram efusivamente aplaudidos pelo auditório lotado de sindicalistas da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) - a única das seis cuja sede nacional fica em Brasília.

       O presidente da NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores), José Calixto, criticou indiretamente a CUT e sindicatos como o dos metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, que desde o início dos anos 90 devolve ao Ministério do Trabalho os recursos a que têm direito do imposto sindical.

       "O fim da contribuição sindical desmantelaria todo o movimento sindical brasileiro, a exceção de alguns poucos sindicatos que conseguem viver sem, por meios que ninguém sabe entender como", afirmou Calixto.

 



(Fonte: Rádio Brasil Atual)
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