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      A falta de políticas públicas específicas para a população cigana, estimada em 800 mil pessoas, é hoje o maior desafio do governo federal para melhorar a qualidade de vida desses povos, respeitando as peculiaridades culturais. Entre as poucas ações governamentais adotadas recentemente está a instituição, em 2006, do Dia Nacional do Cigano, lembrado hoje (24 de maio). A data é uma homenagem à padroeira Santa Sara Kali.

      No entanto, desde então, nenhuma ação ligada à educação, saúde e programas assistenciais para os ciganos foi implantada. “Não temos uma política para as comunidades ciganas, mas estamos trabalhando na perspectiva de ter”, afirmou a secretária de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais da Secretaria de Políticas e Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Ivonete Carvalho.

      A ideia é que cada ministério defina ações e destine recursos para execução de políticas voltadas a esses povos. Os ciganos têm representação no Conselho Nacional de Políticas de Igualdade Racial (CNPIR) e na Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. No entanto, os dois órgãos são apenas consultivos.

      A ausência de políticas públicas é mais evidente entre as comunidades Calom que, até hoje, mantêm a cultura do nomadismo, mais por necessidade do que por apego à tradição. Essa realidade pôde ser constatada pela reportagem da Agência Brasil em visita a uma comunidade de 150 famílias recém-assentadas pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU), na zona rural da cidade de Planaltina, no Distrito Federal. Eles têm água e luz, mas ainda vivem em barracas, em meio à poeira vermelha típica do Cerrado.

      Essa comunidade não dispõe de rede de esgoto e os banheiros são improvisados, com fossas. “Queremos fazer uma vila cigana aqui para os que vêm de fora, que trazem crianças, vêm de longe e não têm onde ficar”, diz o líder do acampamento, Elias Alves da Costa, que pensa em transformar os pouco mais de 2 hectares de terra de chão batido num centro de apoio para calons e ciganos de outros clãs.

      Paralelamente às iniciativas de entidades não governamentais, a Seppir afirma que também atua no sentido de melhorar a qualidade de vida dos ciganos mais pobres. Uma experiência foi a criação do Centro Calom de Desenvolvimento da População Cigana, no município de Souza, na Paraíba. De acordo com a Seppir, o espaço de 300 metros quadrados foi construído para que 600 famílias da região pudessem desenvolver atividades culturais e oficinas de geração de renda. No entanto, o local, que custou R$ 360 mil e foi concluído em 2009, ainda está vazio e não é utilizado.

      Para o ex-subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos Perly Cipriano, que ocupou o cargo durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os programas governamentais voltados para os ciganos são executados de forma lenta. “O Poder Público tem uma lentidão em entender como são os povos ciganos. Eles têm muitos direitos aos quais não têm acesso. Os nômades, por exemplo, não recebem o Bolsa Família.”

      Ele destaca a falta de acesso à educação como um dos principais problemas enfrentados pelos povos ciganos. Segundo Perly, um dos fatores que levam a essa situação é a própria condição de nômades. “É necessário que o Ministério da Educação, os prefeitos e as autoridades comecem a estabelecer uma política social adequada a essa realidade”, diz, destacando o grande número de adultos e crianças analfabetas.

      Ivonete Carvalho, da Seppir, estima que a população cigana, no Brasil, ultrapasse os 800 mil, uma vez que a cultura nômade ainda persiste em muitas comunidades. Estima-se ainda que 90% dessa população sejam analfabetos. O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou a existência de acampamentos em 291 dos 5.565 municípios brasileiros. “Precisamos verificar agora a quantidade de famílias [ciganas] nesses municípios, quais as demandas dessas comunidades”, diz Ivonete.

 

(Agência Brasil)
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Metalúrgicos de montadoras do Brasil inteiro aproveitam o bom momento que o setor atravessa - com produção e vendas em alta - para cobrar a sua parte na divisão do lucro das empresas.

       As negociações entre sindicalistas e empresários, em sua grande maioria, têm chegado ao impasse, o que abriu caminho para a realização de uma onda de greves no setor.

       Os metalúrgicos da General Motors (GM) de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, fizeram na sexta-feira (20) uma greve de advertência de 24 horas e ameaçam cruzar os braços por tempo indeterminado na segunda.

       Na fábrica da montadora em São Caetano do Sul, no ABC paulista, a paralisação foi de quatro horas - duas no turno da manhã e outras duas no da tarde.

       Os trabalhadores querem que a GM pague R$ 12 mil em Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) este ano. A oferta da empresa é de R$ 9 mil.

       O movimento dos metalúrgicos de São José e de São Caetano faz parte de uma tendência nacional. A conquista de parcelas cada vez maiores nos lucros ou resultados das empresas é hoje um dos principais itens da pauta de negociações entre empresas e sindicatos, ao lado do aumento real de salários.

       Entre os operários das montadoras, essa tendência é ainda mais forte.

       Neste ano, a venda de veículos estabeleceu um novo recorde para um primeiro quadrimestre. Elas cresceram 4,5% em relação a igual período de 2010. Para este mês, a expectativa do setor é de novo recorde.

       As vendas devem ficar ao redor de 300 mil unidades, atingindo o melhor resultado para um mês de maio no país. O emprego, em geral, também está em alta no País.

       Na briga por uma PLR maior, os metalúrgicos do Paraná saíram na frente.

       Na fábrica de caminhões e ônibus da Volvo, em Curitiba, bastaram três dias de greve para que a empresa concordasse com a reivindicação dos trabalhadores, comprometendo-se a pagar o maior valor de PLR do país. Cada um dos 3,2 mil operários da montadora vai embolsar nada menos que R$ 15 mil.

       Já na Renault, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, não foi preciso nem fazer greve.

       A simples ameaça de parar a produção fez com que a montadora se curvasse à exigência trabalhadores que reivindicavam R$ 12 mil em PLR. As duas montadoras, no Brasil, têm fábricas apenas em Curitiba, onde o movimento sindical é forte.

       No caso da Volkswagen, a fábrica de Curitiba enfrenta uma greve que já dura 17 dias, por não aceitar o valor reivindicado pelos trabalhadores.

       A direção da Volks já avisou que não vai ceder na queda de braços com os sindicalistas. A empresa estaria disposta a enfrentar mais de um mês de greve.

 

(Fonte: O Estado de S.Paulo)
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        A partir das 10h de hoje (23), estudantes interessados em participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011 podem se inscrever no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). O processo segue até as 23h59 do dia 10 de junho, exclusivamente pelainternet. As provas serão aplicadas nos dias 22 e 23 de outubro. A previsão do Inep é que o número de inscritos chegue a 6 milhões.

        Em 2009, o MEC deu início a um projeto de substituição dos vestibulares tradicionais pelo Enem como forma de ingresso na universidade. A partir do resultado da prova, os alunos se inscrevem no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e podem pleitear vagas em instituições públicas de ensino superior de todo o país. No ano passado, foram ofertadas 83 mil vagas em 83 instituições, sendo 39 universidades federais.

        A participação no Enem também é pré-requisito para os estudantes interessados em uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni). Os benefícios são distribuídos a partir do desempenho do candidato no exame e podem ser integrais ou parciais, dependendo da renda da família. Para participar do programa é necessário ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em colégio privado com bolsa integral.

        A matriz com os conteúdos que serão cobrados na prova estão disponíveis em edital publicado na última semana no Diário Oficial da União.

(Agência Brasil)
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       Aconteceu na sexta-feira (20) a largada para o I Encontro Nacional da CNTU, com a relização da primeira etapa regional do projeto na cidade de Maceió, em Alagoas. 

       Ao longo do dia entraram em debate os temas "Trabalho, desenvolvimento e inovação", "Expansão e qualidade da educação superior: transformações regionais", "Educação, qualificação e requalificação" e "Desafios energéticos nos caminhos do desenvolvimento". 

       Participaram como expositores Marco Aurélio Cabral Pinto, professor adjunto de Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense (UFF), Maria Rosa Abreu, professora associada da Faculdade de Educação daUniversidade de Brasília (UnB), Luciana Santa Rita, professora adjunta da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e pesquisadora do Grupo de Estudos em Agroindústria e Inovação dessa instituição, e Geoberto Espírito Santo, professor de Eletrotécnica e Instalações Elétricas do Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Alagoas, vice-presidente de Planejamento Energético do Fórum Nacional dos Secretários de Estado para Assuntos de Energia e presidente da Algás (Gás de Alagoas S.A.).

       Ao final da jornada de trabalho, os participantes aprovaram a "Carta de Maceió". Confira:

 

Carta de Maceió
       A CNTU - Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados*, reunida, em Maceió, Alagoas, para o seu 1º Encontro Regional voltado ao tema “Emprego, trabalho e qualificação profissional”, prepara-se localmente para a ampla discussão em curso neste ano, que culminará em novembro no 1º Encontro Nacional da entidade. Na ocasião, profissionais de todo o País se reunirão para debater e se posicionar sobre “Os profissionais universitários, o desenvolvimento no país e a política”. 

       A iniciativa da CNTU visa colocar em discussão um programa nacional de desenvolvimento econômico, social, cultural e tecnológico para o Brasil e parte da compreensão de uma importante agenda a ser cumprida e da sua responsabilidade nessa tarefa. O atual crescimento da economia brasileira não é suficiente para elevar e propagar substancialmente pelo sistema produtivo a inovação tecnológica e a valorização do trabalho qualificado, condições fundamentais para que se dê um salto qualitativo no nosso desenvolvimento nacional.

       Com base no passado, sabe-se que a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) não supera necessariamente as distorções regionais e as deficiências em decorrência da dependência das importações de tecnologia, das limitações de formação educacional e da excessiva financeirização da economia, obstáculo à produção. É inegável que o Brasil possui setores e empresas modernas baseadas em tecnologia de ponta e trabalho qualificado. No entanto, é preciso estender a capacidade de inovação e geração de conhecimento e riqueza ao conjunto da economia nacional e fazer com que os benefícios desse avanço sejam apropriados pela totalidade da população brasileira.

       Integra esse anseio dotar a nação de infraestrutura que atenda às demandas do desenvolvimento e do bem-estar da população, com destaque para um programa energético sustentável, que deve levar em conta o potencial e o conhecimento acumulado nacionais, a importância de desenvolver fontes alternativas e a ênfase à eficiência e conservação. O Brasil já é uma potência nessa área, tendo uma das matrizes mais limpas do mundo. A segurança energética precisa ser mantida para as próximas décadas. Dessa forma, é necessário dar continuidade aos investimentos em fontes renováveis, como hidroeletricidade, biomassa, eólica e solar, e avançar na expansão do sistema interligado nacional, que permite que a energia gerada no Sul e Sudeste supra a demanda do Norte e Nordeste quando essas regiões estiverem com restrição de geração própria. 

       Apesar do crescimento de vagas ofertadas no ensino superior e da existência no país de uma densa rede de instituições universitárias, há que se enfrentar as altas taxas de evasão escolar no ensino superior e a baixa qualidade observada em significativa parcela do sistema educacional. Simultaneamente, é imprescindível que o país desenvolva com urgência um Sistema Nacional de Qualificação e Requalificação Profissional, juntamente com um fundo de recursos voltado ao seu financiamento, que dinamize a oferta de programas, cursos e vagas destinadas aos grandes contingentes de profissionais com formação superior que se encontram defasados e necessitados de atualização para o pleno exercício da profissão e da qual encontram-se também ausentes em virtude do desemprego, do desvio de função e da desqualificação a que foram submetidos durante o longo período de semi-estagnação da economia.

       O Encontro Regional apresentou informações da situação educacional no Brasil e as possíveis estratégias e possibilidades a serem desenvolvidas pelo sistema universitário, pelas empresas, pelos sindicatos, pelo poder público, de modo a criar um novo ambiente de intensa qualificação e requalificação de pessoal fundamentais para turbinar o desenvolvimento nacional e a valorização destes profissionais.

       Pensando no papel que as camadas médias devem desempenhar na luta pela justiça social, é preciso agir para incluir a parcela da força de trabalho hoje desprovida de qualquer qualificação e relegada irremediavelmente à informalidade. Esse quadro faz parte da dívida social a ser resgatada, que exige investimento equivalente à sua enorme dimensão, marcada pela existência de um ambiente de trocas desiguais.

       Conscientes de seu dever para com a sociedade, os profissionais liberais aqui reunidos, que representam importante capital intelectual do país, engajam-se em uma ação coordenada e propositiva por melhores condições de vida para todos os 190 milhões de brasileiras e brasileiros.

 

Maceió, 20 de maio de 2011

 

*A CNTU – Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados foi criada em 27 de dezembro de 2006. Formada pelas federações dos Economistas, Engenheiros, Farmacêuticos, Médicos e Odontologistas, que juntas contam com 117 sindicatos filiados, a CNTU cumpre o papel necessário de dar voz às ideias dos profissionais universitários, que somam 10 milhões de brasileiros.

 

Rita Casaro
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O boletim do Ibre corrobora a análise de que a maior parte dos empregos gerados está destinada aos trabalhadores mais qualificados.

        De acordo com o Boletim Macro,do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), apresentado ontem (19), no Rio de Janeiro, o desemprego no Brasil vai crescer lentamente por causa do desaquecimento da economia. De acordo com os economistas do instituto, os trabalhadores menos qualificados vão ser os mais atingidos.

        Apesar da queda constante da taxa de desemprego, que passou de 7,6% em março de 2010 para 6,5% em março deste ano, o economista Rodrigo Leandro de Moura disse que a projeção é que essa trajetória se inverta, baseada em dados que mostram o aumento do desemprego em alguns setores, como a indústria.

        “Boa parte dessa taxa de desemprego mais baixa está sendo movida pela geração de empregos no setor de serviços, como construção civil e comércio. Na indústria, a gente vê que o fluxo está contrário, está demitindo mais. Ainda gera emprego, mas cada vez menos. Existe uma previsão de investimento menor no setor industrial, que deve fazer a taxa subir”, explicou Rodrigo.

        Segundo o economista, no setor de serviços, a geração de empregos ainda vai se manter, principalmente, em função da renda média do trabalhador, que vai continuar crescendo. “As pessoas com renda mais alta começam a contratar mais serviços, deixando de fazer, por exemplo, atividades domésticas”.

        “Essa geração de empregos que ainda ocorre tem sido destinada quase totalmente para quem tem ensino secundário e, principalmente, superior. Os que estão abaixo disso quase não estão conseguindo emprego. Como os mais escolarizados ganham mais, a renda média é pressionada para cima e isso pressiona o setor de serviços que, por sua vez, pressiona a inflação”, explicou o economista.

 

(Agência Brasil)
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Entre 1999 e 2009, o orçamento federal para o setor quase triplicou, também desconsiderando a inflação.

       O Brasil precisará investir no mínimo R$ 61,058 bilhões até 2020 para cumprir as 20 metas do novo Plano Nacional de Educação (PNE), entre elas a criação de 4,3 milhões de vagas em creches e pré-escolas, a erradicação do analfabetismo e a redução em 50% da taxa de analfabetismo funcional, a criação de mais de 5 milhões de matrículas para jovens de 18 a 24 anos na universidade e a equiparação do salário médio do professor das redes públicas com diploma universitário ao rendimento de profissionais de outros setores com escolaridade equivalente.

       Com os R$ 61 bilhões, o investimento em educação de União, Estados e municípios ultrapassará a marca dos R$ 220 bilhões em 2020, um crescimento nominal de 40%, e deve chegar perto de 7% do Produto Interno Bruto (PIB). O número bilionário foi calculado pelo Ministério da Educação (MEC) e consta de dois documentos apresentados esta semana ao Congresso Nacional, com atraso de seis meses. O material apresenta o diagnóstico do governo federal para seu projeto de lei do PNE, divulgado pelo ministério em dezembro de 2010 e vai ajudar nas discussões do PNE na comissão especial da Câmara.

       Sem esclarecer se a educação terá novas fontes de recursos nos próximos dez anos, período de vigência do PNE, o ministro Fernando Haddad disse ao Valor que o dinheiro dependerá do crescimento da economia e da arrecadação dos governos federal e estadual e das prefeituras. "Vamos ampliar os recursos do mesmo jeito que ampliamos o investimento da educação brasileira em 1% do PIB nos últimos quatro anos. As fontes serão as mesmas: os orçamentos da União, dos Estados e municípios", afirmou Haddad.

       Uma das poucas pessoas a analisar os documentos, o especialista em financiamento educacional Luiz Araújo, consultor da União Nacional dos Secretários Municipais de Educação (Undime) e ex-secretário municipal de Educação de Belém (PA), manifestou desconfiança. "Lendo as 121 páginas das notas técnicas, entendo que o MEC se responsabiliza pelas metas 11 e 12 [ensino técnico e superior], que significam 25% dos R$ 61 bilhões e manda um recado: 'Já tenho minha responsabilidade e dou minha contribuição para o Fundeb, o resto é responsabilidade dos outros entes federados. Cada um vai ter que fazer sua parte'."

       Araújo também questiona a presença de novos dados, que não constavam no projeto de lei original do governo, e o valor escolhido pelo MEC para calcular a ampliação da oferta de vagas na educação básica do país nos próximos dez anos. "São os números do Siope [Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação]. São dados sub-declarados da de educação infantil e educação de jovens e adultos informadas pelos municípios. Ou seja, o MEC subestima o real gasto por aluno e os recursos necessários para incluir novos alunos nessas etapas", acrescenta o especialista. Haddad informou que os dados usados "são os oficiais".

       Outros especialistas ouvidos pela reportagem esperam que, com o diagnóstico do governo, as discussões para o PNE devam avançar no Congresso, principalmente no tema referente a financiamento.

 

(Valor Econômico)
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       O evento foi organizado pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais ( ABGLT). O objetivo da passeata foi chamar atenção das autoridades e da opinião pública para a realidade de opressão, marginalização, discriminação e exclusão social vivida pelos homossexuais em todo o mundo.

       " Esperamos que o Congresso aprove essa lei [que criminaliza a homofobia] que o Supremo Tribunal Federal (STF) já aprovou. Essa marcha é importante para a população fazer pressão no governo. Vamos colorir o Congresso e trazer mais paz e amor para essa classe social," disse o deputado federal Jean Wyllys (P-SOL-RJ).

       Segundo o presidente do Grupo Elos LGBT e coordenador da marcha, Evaldo Amorim, os homossexuais querem igualdade de direitos, fim da discriminação, fim da violência, cidadania plena, reconhecimento social e respeito. " Somos milhões de brasileiras e brasileiros, ainda excluídos da democracia e sem nossos direitos garantidos pelas leis do país. Com essa manifestação queremos chamar atenção da sociedade e do Estado para que não mais permitam esse tipo de preconceito aos homossexuais", declarou.

       Para Jocélio Ferreira, de 27 anos, integrante do Movimento LGBT do Pará, a marcha dá visibilidade para a luta contra todos os tipos de preconceito. "A população é muito preconceituosa. Nós queremos com essa passeata mostrar para a sociedade que nós, homossexuais, somos iguais a todos, só temos opções diferentes e, garanto, somos muito mais felizes do que muitas pessoas heterossexuais,” afirmou.

       A concentração começou de manhã em frente à Cadetral Metropolitana de Brasília, um dos principais monumentos do arquiteto Oscar Niemeyer. Depois de um ato no gramado em frente ao Congresso Nacional, os participantes da marcha deram um abraço coletivo na sede do Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, para agradecer a decisão da Corte de reconhecer como legal a união estável homossexual.

 

(Agência Brasil)
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Primeira cidade a receber o debate que integra os encontros preparatórios do Encontro Nacional da CNTU, Maceió reúne dia 20 especialistas no tema “Emprego, trabalho e qualificação profissional”.

       Um extenso programa de cinco grandes encontros regionais da CNTU para debater desenvolvimento econômico, social, cultural e tecnológico para o Brasil tem início dia 20 de maio, na cidade de Maceió. Os debates fazem parte do processo de construção do Encontro Nacional já programado para os dias 24 e 25 de novembro próximo em São Paulo.

       A programação em Maceió inclui a participação Participarão do primeiro encontro especialistas em educação, desenvolvimento e inovação, que abordarão o tema “Emprego, trabalho e qualificação profissional”. Ainiciativa, segundo o presidente da CNTU, engenheiro Murilo Pinheiro, coloca em pauta as questões que a entidade considera prementes para toda a sociedade brasileira, especialmente para os mais de 1 milhão de profissionais liberais, representados pela CNTU. Para a entidade, conforme nota pública divulgada, “lançar-se nesse esforço justifica-se pela necessidade premente de fazer com que o País alcance o patamar de prosperidade e qualidade de vida que deve à sua população”.

       Participam do seminário de Maceió Marco Aurélio Cabral Pinto, engenheiro do BNDES e professor adjunto de Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense (UFF), Maria Rosa Abreu, professora associada da Faculdade de Educação daUniversidade de Brasília (UnB), Francisco José Peixoto Rosário, professor adjunto da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e coordenador do mestrado em Economia do Grupo de Estudos em Agroindústria e Inovação dessa instituição e Geoberto Espírito Santo, professor de Eletrotécnica e Instalações Elétricas do Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Alagoas, vice-presidente de Planejamento Energético do Fórum Nacional dos Secretários de Estado para Assuntos de Energia e presidente da Algás (Gás de Alagoas S.A.).

       O evento acontece a partir das 9 horas, no Radisson Hotel Maceió – avenida Dr. Antonio Gouveia, 925. Mais informações e inscrições pelo telefone (82) 3223-6807 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Confira a programação completa:.

Programação
9h Abertura
9h30 Trabalho, desenvolvimento e inovação
Marco Aurélio Cabral Pinto 
Engenheiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social) e professor adjunto de Engenharia de 
Produção da UFF (Universidade Federal Fluminense)
10h30 Expansão e qualidade da educação superior: transformações regionais
Francisco José Peixoto Rosário
Professor adjunto da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade 
da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) e coordenador do mestrado em
Economia do Grupo de Estudos em Agroindústria e Inovação dessa instituição
11h30 Debates
12h30 Intervalo para almoço
14h Educação, qualificação e requalificação
Maria Rosa Abreu
Professora associada da Faculdade de Educação 
da UnB (Universidade de Brasília)
15h Desafios energéticos nos caminhos do desenvolvimento
Geoberto Espírito Santo
Professor de Eletrotécnica e Instalações Elétricas do Centro de Tecnologia da 
Ufal (Universidade Federal de Alagoas), vice-presidente de Planejamento 
Energético do Fórum Nacional dos Secretários de Estado para Assuntos de 
Energia e presidente da Algás (Gás de Alagoas S.A.)
16h Debates
17h Encerramento

 

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Na análise de Leon Cláudio Myssior, vice-presidente de Arquitetura do Sinaenco, a maior parte dos projetos dos estádios desconsidera sua inserção urbana e ainda herdam especificações e diretrizes dos europeus

        Esse foi o tema de palestra ministrada pelo vice-presidente de Arquitetura do Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva), Leon Cláudio Myssior, como parte da programação do seminário “Cresce Brasil e a Copa de 2014”, realizado em 16 de maio, em São Paulo.

        Segundo ele, um dos principais legados que o País pode produzir antes e depois do evento mundial de futebol é o turismo que pode ser incrementado com as obras de infraestrutura, desde que elas sejam planejadas com harmonia e beleza. “A arquitetura sempre foi a grande indutora do turismo regional e global, seja através de obras sacras e artísticas, conjuntos arquitetônicos ou mesmo de uma única edificação. Esse é o legado que não podemos deixar de ter”, mencionou.

        Para Myssior, um dos aspectos positivos é que a arquitetura e a engenharia brasileira sabem o que precisa ser feito. “Temos consciência da pressão sobre custos e prazos, pela legalidade nas licitações, por um acompanhamento das obras, das exigências legais e ambientais, da qualidade, da manutenção do legado, da articulação da cadeia de produção e da sustentabilidade ambiental, social e econômica”, citou.

        Apesar disso, o palestrante informou que a maior parte dos projetos dos estádios desconsidera sua inserção urbana e ainda herdam especificações e diretrizes dos europeus feitas nas copas de 2006 e 2010. “Outro impasse é que as exigências da FIFA são incompatíveis com o modelo de funcionamento do futebol brasileiro, agredindo a viabilidade econômica dos estádios que pode resultar em elefantes brancos”, criticou.

        Nas obras de mobilidade, Myssior relatou que várias cidades adotarão soluções de transporte coletivas conhecidas como BRT, um modelo ultrapassado de corredor de ônibus, que utiliza material rodante defasado, de baixa capacidade e que preserva uma matriz altamente poluente. “Não existem projetos estruturados sobre visões metropolitanas completas, com planos diretores maduros e projetos específicos por temas como transporte público e mobilidade urbana, acessibilidade, infraestrutura de saneamento, energia, telecomunicações, hospitalidade, turismo e saúde”, analisou.

        Outro desafio, segundo o vice-presidente de Arquitetura do Sinaenco, é lutar contra o desabastecimento. “A Copa 2014 e as Olimpíadas de 2016 terão alta demanda por insumos, materiais, equipamentos, recursos humanos qualificados, além de empresas de projeto, gerenciamento e consultoria. Precisamos treinar pessoas, investir nas indústrias para não ter que importar” recomendou Myssior.

        Na sua visão, o legado provável será mobilização nacional para os eventos, seis estádios sem recursos para se manter após o mundial, mobilidade obsoleta, enorme carência de investimentos em geração e transmissão de energia, saneamento, tratamento de resíduos sólidos e educação, medidas provisórias ao invés de revisão na legislação tributária, fiscal e de licitações e privatização dos aeroportos. O palestrante alertou ainda sobre a corrupção potencial do custo médio de cada estádio, das obras de mobilidade urbana superfaturadas, das licitações sem projeto executivo e dos impactos ambientais desconsiderados e irreparáveis no futuro.

 

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Para professor da USP, os jogos mundiais são vitrines das tecnologias de ponta dos países, e o Brasil pode ser o primeiro a fazer as transmissões da Copa em 2014 e das Olimpíadas em 2016 em ultra-alta definição

        Em palestra nesta segunda-feira, 16 de maio, no primeiro evento da série “Cresce Brasil e a Copa 2014”, o professor Marcelo Zuffo, do Departamento de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), recomendou mais investimentos na área de tecnologia da informação, comunicação e telecomunicações.

        Segundo ele, os jogos mundiais são vitrines das tecnologias de ponta dos países. “Há esperança de que o Brasil seja a primeira nação do mundo a fazer as transmissões da Copa em 2014 e das Olimpíadas em 2016 em ultra-alta definição, isto é, qualidade de imagem cinematográfica. Esse é um desafio viável para a engenharia nacional, mas temos que começar a trabalhar agora”, recomendou Zuffo.

        Outro desafio apontado pelo palestrante é a banda larga. Conforme ele, no período do mundial o País poderá somar de três a cinco milhões de turistas. “O primeiro recurso a ser utilizado é a telefonia móvel. Portanto, deveria haver mais investimentos no setor”, criticou. Na sua visão, o governo federal deveria fazer uma conexão entre as demandas da Copa e o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga). “Os investimentos do programa deveriam ser utilizados nas 12 cidades-sedes. Assim seria possível acelerar o cronograma do plano e garantir que os turistas tenham acesso à banda larga móvel”, sugeriu.

        Para Zuffo, um dos problemas é que essas iniciativas são de alta complexidade. “A questão a ser discutida é se teremos tempo para fazer um bom projeto de engenharia ou se vamos comprar tecnologia de fora”, refletiu. Ele mencionou ainda que hoje a concentração dos negócios na nova economia está pautada no bit, matéria-prima em que o Brasil pode ser o expoente mundial. “Falta coragem para o País investir no momento correto. Estamos equivocadamente fazendo reservas muito grandes em dólar que é uma moeda vulnerável hoje. O Brasil deveria trocar seus ativos em dólar por empresas em alta tecnologia”, propôs o professor da USP. 

 

(Rosângela Ribeiro Gil)
foto: Beatriz Arruda/SEESP
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