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A avaliação é do candidato do PT à Prefeitura da cidade, Fernando Haddad, que participou, no dia 25 de julho, na sede do SEESP, do ciclo de debates “A engenharia e a cidade”. Haddad, que foi ministro da Educação nos governos Lula e Dilma, disse que nos últimos seis meses manteve reuniões e contatos por todo o município para elaborar seu programa de governo e concluiu que o clima é de mudança. “São Paulo perdeu uma grande oportunidade, nos últimos oito anos, de crescer junto com o País”, criticou.  Ele comparou a capital paulista com a cidade do Rio de Janeiro, que, mesmo tendo uma renda per capita bem menor, conseguiu empreender uma capacidade maior de investimento público. 

* Veja aqui as fotos do debate com Fernando Haddad

O candidato petista apresentará seu programa de governo no dia 13 de agosto próximo, sugerindo que a proposta faz um “redesenho urbano” da cidade, a partir de temas complexos, como educação, saúde, transporte e habitação. Apoiado na sua experiência à frente do MEC (Ministério da Educação), no período de 2005 a 2012, Haddad garante que promoverá uma grande mudança na área em São Paulo, da educação infantil à pós-graduação, com a implantação de escolas técnicas, centros de formação do professor nas subprefeituras, educação por tempo integral, utilização de verba do MEC, no valor de R$ 250 milhões, para a instalação de creches e pré-escolas. Para ele, a cidade vive a contradição de ser a mais rica do País, mas de não ter a educação condizente a essa situação. 

Outro ponto que ganhou destaque no debate foi transporte e mobilidade urbana. Para Haddad, é necessário um “pacto federativo” pelo transporte público, o que envolve convênios diretos entre a administração municipal e o governo federal, inclusive para expansão do Metrô, hoje a cargo do Estado. “Estamos desde 2010 sem um único ‘tatuzão’ [equipamento que faz as escavações dos túneis do metrô].” Ele também criticou a administração atual por não ter apresentado projetos para participar do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade. No seu plano de governo, afirmou, vai retomar os corredores de ônibus que não cresceram além dos 126 quilômetros implantados até a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (2000-2004). O candidato prometeu ainda discutir a implantação de monotrilhos, mas “levando em conta o impacto visual e urbanístico”. 

Além de investir em transportes, ponderou Haddad, resolver o problema da mobilidade  paulistana envolve planejamento urbano. “Todos os dias São Paulo faz um megadeslocamento, transportando um Uruguai e meio”. Daí, conclui, a necessidade de aproximar a cidade do bairro e o emprego do trabalhador. Nesse sentido, agirá também para combater o déficit habitacional de mais de 510 mil moradias. “Nos últimos oito anos foram entregues menos de 15 mil habitações”, criticou.

Saúde e zeladoria
São Paulo também está frágil na área de saúde, segundo o candidato do PT, que  prometeu retomar os investimentos no setor, com a construção de três hospitais e a implantação de um plano de carreira de forma a atrair os médicos para a rede pública. “Somos uma cidade que tem muitos médicos, mas que não estão no serviço público porque não se oferecem salário e condições de trabalho adequados.”  Ainda no setor, comprometeu-se a implantar  um conceito de gestão, regulação e informatização para que o tempo de espera para consulta, exames e cirurgias diminua. Hoje, segundo Haddad, espera-se seis meses para a realização de um exame e um ano para uma cirurgia. 

O candidato defendeu que a cidade tenha uma “zeladoria” com um painel de controle de forma a se ter um “apanhado, em tempo real, do que está acontecendo na cidade, desde a poda de árvore até a manutenção de calçadas e das obras de arte [viadutos, pontes, passarelas]”.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP

 

 

Não há exigência legal de que o adicional noturno incida apenas sobre o período completo de uma hora após as 22 horas. Foi o que decidiu a 2ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) ao acolher recurso de um professor e restaurar sentença que determinou o pagamento de adicional noturno pelo trabalho feito por ele até às 22h40.

Para o relator do recurso, ministro José Roberto Freire Pimenta, neste caso, o adicional noturno é, de fato, devido, já que o artigo 73, parágrafo 2º, da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) não exige que ele incida apenas sobre o período completo de uma hora após as 22 horas. Portanto, "o fato de o professor ter trabalhado em apenas 40 minutos no período noturno não afasta o seu direito à incidência do adicional sobre esse período", explicou.

O professor entrou com reclamação trabalhista contra a Sociedade Educacional de Divinópolis Ltda., onde desempenhava suas atividades até as 22h40, em três dias da semana. A escola não lhe pagava adicional noturno pelos 40 minutos posteriores às 22h, horário em que o adicional passa a ser devido, nos termos do artigo 73, parágrafo 2º, da CLT.

A primeira instância reconheceu o direito do professor e determinou o pagamento do adicional noturno proporcional ao tempo trabalhado após o início do período noturno. No entanto, tal decisão foi reformada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), que considerou indevido o adicional nessa situação, já que não se completou uma hora noturna por inteiro, tendo a jornada avançado parcialmente além das 22 horas.


Imprensa - SEESP
Informação da Revista Consultor Jurídico



Um projeto liderado pelo engenheiro de alimentos Jonas Contiero, professor da Unesp de Rio Claro, usa ácido lático obtido a partir do soro do leite ou do melaço da cana-de-açúcar para fazer um polímero biodegradável – o polilactato. O projeto é uma parceria entre a Unesp e a Braskem (multinacional brasileira, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas), e tem financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

Polímeros são uma espécie de plástico, em geral, derivados do petróleo. Assim como o PHB (polihidroxibutirato), o polilactato é considerado o polímero do futuro, por não ter origem fóssil e ser biodegradável. Ele é especialmente indicado para aplicações médicas, como em placas e pinos para fixação óssea, próteses e até mesmo nos ‘stents’, como são chamados os alargadores de artéria. Isso porque devido a sua composição de ácido lático, o polímero é facilmente absorvido pelo organismo, o que evitaria a necessidade de retirada do objeto após o cumprimento de sua função.

Já há indústrias que utilizam a fermentação para obter o ácido lático – a partir do amido de milho, nos EUA, e do açúcar de beterraba, na Bélgica. “O principal problema nesses casos é o alto custo de produção”, explica Contiero.

O uso do soro do leite e do melaço da cana (rejeitos da indústria leiteira e sucroalcooleira, respectivamente) torna a obtenção desse tipo de material muito mais barata. Em derivados do leite, o ácido lático já está presente. Já o resíduo da cana-de-açúcar é fonte de carbono, que é consumido por bactérias específicas que são adicionadas, e, por meio do metabolismo desses microorganismos, o ácido lático é gerado.

Menos resíduos
A pesquisa da Unesp busca aprimorar a extração do ácido lático e tornar a produção do polilactato mais próxima de uma escala industrial. O principal desafio dos pesquisadores é diminuir a geração de resíduo – o gesso, como é chamado o sulfato de cálcio que resulta da obtenção do ácido lático.

“O interesse industrial em aperfeiçoar esse processo é enorme porque disso depende a substituição dos atuais polímeros derivados do petróleo, que é uma fonte não-renovável e de difícil degradação no ambiente”, diz o estudioso.


Imprensa – SEESP
Informação da Unesp



Os Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) realizam, no período de 30 de julho a 3 de agosto, o 10 Simpósio dos Comitês PCJ - Gestão das Águas: Construindo o Futuro Sustentável, com a participação dos diversos setores da sociedade. As inscrições, gratuitas, poderão ser efetuadas no site www.simposiopcj.com.br. As vagas são limitadas.

O objetivo do encontro é debater temas pertinentes à gestão dos recursos hídricos nas Bacias PCJ, cujos comitês se dedicam fundamentalmente à melhoria da qualidade de vida na região, promovendo o direcionamento adequado dos recursos provenientes das cobranças pelo uso da água, juntamente com a Fundação Agência das Bacias PCJ.

As Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – Bacias PCJ, com 15.303,67 km2, estendendo-se pelos estados de São Paulo e Minas Gerais, apresentam elevado desenvolvimento econômico e renda “per capita” do Brasil. O Produto Interno Bruto - PIB das Bacias PCJ, estimado em R$ 138 bilhões, representa cerca de 5% do PIB brasileiro, ou aproximadamente 20% do PIB paulista.

Os temas a serem debatidos envolverão basicamente os assuntos que permeiam os trabalhos das câmaras técnicas, como: Águas Subterrâneas, Educação Ambiental, Integração e Difusão de Pesquisas Tecnológicas, Monitoramento Hidrológico, Outorgas e Licenças, Plano de Bacias, Proteção e Conservação dos Recursos Naturais, Uso e Conservação da Água no Meio Rural, Saneamento, Saúde Ambiental e Câmara Técnica de Planejamento.

Os assuntos a serem abordados são o novo código florestal, monitoramento qualitativo e quantitativo nas Bacias PCJ, uso e ocupação do solo e suas implicações na recarga e na qualidade das águas subterrâneas, restauração florestal nas Bacias PCJ, a relação entre os recursos hídricos e o saneamento em propriedades rurais, educação ambiental, mídia e meio ambiente, uso da água na indústria e outros temas pertinentes.

Mais informações poderão obtidas na Secretaria Executiva dos Comitês PCJ, da Fundação Agência das Bacias PCJ, pelo telefone 19-3437.2100 ou no site http://www.simposiopcj.com.br/.

 

Imprensa – SEESP
Informação da Cetesb



A Seds (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social) promoveu o 1º Seminário Regional sobre o Sinase (Sistema Nacional Socioeducativo) em Sorocaba, atendendo a Lei 12.594/12, que institui e regulamenta a execução das medidas destinadas a adolescentes que tenham praticado ato infracional.

O objetivo do evento é a capacitação de gestores e técnicos municipais da Assistência Social na execução do serviço da Proteção Social Básica Especial, como medidas socioeducativas de liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade.

A nova Lei prevê ações da União, dos Estados e dos Municípios, bem como adequações na gestão, na corresponsabilidade dos Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente.

Em Sorocaba, o seminário contou com a participação de Berenice Giannella, presidente da Fundação Casa; Antônio Farto Neto, promotor de Justiça da Vara de Infância e Juventude de Sorocaba, Fabiana Julia Oliveira Rezende, defensora pública do Estado de São Paulo e de Maria Teresinha Del Cístia, secretária municipal de Juventude de Sorocaba. Estiveram presentes também vereadores da região e a deputada estadual Maria Lúcia Amary.

“O Estado de São Paulo é o único que além de financiar serviços de internação e semiliberdade também financia serviços de liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade, como prevê o Sinase. Estamos muito à frente neste sentido”, disse Berenice Giannella.

“O objetivo deste encontro não é aprofundar as questões e os problemas que cada município tem. É uma reunião macro sobre as medidas socioeducativas e a explanação do que é o Sinase”, afirmou Adalberto da Silva de Jesus, diretor da Drads Sorocaba.


Imprensa – SEESP
Informação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social



Prover os dados necessários para estabelecer um projeto conceitual de uma planta industrial de gaseificação com capacidade de processar 400 mil toneladas anuais de bagaço e palha de cana de açúcar é o objetivo do projeto da planta piloto do IPT na cidade paulista de Piracicaba, segundo o diretor de inovação do Instituto, Fernando Landgraf. “Isso equivale à metade do bagaço e palha gerados por uma usina típica nos dias de hoje, que faz a moagem de quatro milhões de toneladas de cana. Segundo a nossa projeção, baseada nos 5% anuais de taxa de crescimento do setor sucroalcooleiro nos últimos 20 anos, 140 novas usinas serão implantadas na próxima década. É nesse universo que estamos focando: as novas usinas, as green-fields da década de 2020.”

Uma característica especial do projeto é ter escolhido a rota de gaseificação pela técnica de ‘fluxo de arraste’, que hoje é adotada para a gaseificação de carvão mineral em grande escala na China e na Europa. “A questão é que a gaseificação de biomassa exige um pré-tratamento muito diferente do carvão mineral. É necessário transformar o bagaço em um pó torrado ou em um óleo pirolizado”, explica ele. “O estágio técnico atual do projeto é o da definição conceitual da planta piloto, ou seja, a escolha do processo de torrefação e de pirólise, os detalhes construtivos do reator de gaseificação e os processos de limpeza do gás. Temos 30 pesquisadores do IPT trabalhando nisso.”

Ao mesmo tempo, o IPT completa a negociação do contrato com o BNDES, Finep, Governo de São Paulo e as empresas Oxiteno, Petrobras e Vale Soluções em Energia. A negociação dos direitos da propriedade intelectual levou mais de um ano. “Esperamos que o contrato seja assinado em outubro deste ano. Também estamos articulando junto com a Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ (Esalq/USP), a Escola Politécnica(Poli/USP) e a Unicamp um projeto temático na Fapesp. O objetivo é estudar aspectos científicos envolvidos no processo que vai da cana ao gás”, afirma ele.

O projeto terá duração de cinco anos, o primeiro para o projeto básico e detalhado, dois anos de construção, outro para ‘por em marcha’ e o último ano de operação. “Ao final, sendo bem-sucedidos, deveremos desenvolver novo projeto em três anos para a otimização até chegar ao ponto de definir o conceito de uma planta industrial cujo investimento de capital (capex, na sigla em inglês) não poderá ultrapassar US$ 1.200 por quilowatt térmico”, completa ele. A capacidade da planta piloto será de uma tonelada por hora de bagaço seco.
 

Imprensa – SEESP
Agência USP de Notícias



A Delegacia Sindical da Baixada Santista do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) realizará o ciclo de debates “A engenharia e a cidade” com os candidatos à Prefeitura de Santos. O objetivo é fazer com que os prefeituráveis apresentem suas propostas em várias áreas importantes para o desenvolvimento do município, ao mesmo tempo em que os profissionais da engenharia também podem apresentar suas ideias e contribuições. O primeiro debate acontece nesta quinta-feira (26/07), às 18h30, com o candidato José Antonio Marques Almeida (Jama), do PRTB, na sede da Delegacia, que fica na avenida Senador Pinheiro Machado, 424, no Marapé.

Já estão agendados, sempre às 18h30, outros candidatos: Fábio Alexandre de Araújo Nunes (Prof. Fabião), do PSB, no dia 16 de agosto; Luiz Xavier, do PSTU, no dia 23 de agosto; Beto Mansur, do PP, no dia 27 de agosto; Nelson Rodrigues (PSL), no dia 30 de agosto; Telma de Souza, do PT, no dia 3 de setembro; Sérgio Aquino, do PMDB, no dia 10 de setembro; e Eneida Koury, do PSOL, no dia 13 de setembro. 

Entre os temas que serão abordados nos debates estão: estrutura de gestão, mobilidade urbana, habitação, sustentabilidade e outras questões mais específicas de interesse dos engenheiros.

Inscrições para participação no debate e mais informação sobre o evento pelo telefone (13) 3239-2050.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP
* Notícia atualizada no dia 26 de julho de 2012 - às 16h15 


Os problemas de infraestrutura, o alto custo e a baixa qualificação da mão-de-obra, além da ausência de incentivos tributários, afastam os interessados em investir em produção no Brasil. Segundo o economista e administrador José Roberto Cunha Junior, em 2011, os estrangeiros investiram US$ 66 bilhões no País, mas para este ano a tendência é de uma redução de 20% a 25%, porque o crescimento do mercado interno deverá ser baixo, entre 2% e 2,25%. “O governo federal contribuirá para tornar a economia brasileira mais atraente se apresentar à comunidade internacional um ‘projeto de desenvolvimento’, que contemple políticas e metas de médio e longo prazo”, recomenda.

Cunha Junior é autor de uma pesquisa de doutorado apresentada na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP que mostra que o mercado interno em expansão, os recursos naturais e a estabilidade política atraem os investidores, entre outros fatores. Mas revela também que os problemas afastam os interessados. Para contornar estes obstáculos, o estudo recomenda investimentos do governo a longo prazo, especialmente em transporte, logística e educação, que possam manter toda a economia em crescimento. “Investimentos diretos em setores como infraestrutura, indústrias estratégicas como a de tecnologia da informação (semi-condutores, por exemplo) e centros de pesquisa e desenvolvimento, em geral necessitam de um horizonte mais confiável e prazo mais longo, devido ao maior período de maturação e retorno”, afirma. 

Ausência de incentivos faz sistema tributário afastar possíveis investidores

Os fatores que mais infuenciam os investimentos foram obtidos a partir de questionários respondidos por executivos de empresas estrangeiras. “Os maiores fatores de atração, pela ordem, foram o mercado doméstico com elevada taxa de crescimento econômico, o grande porte do mercado, que vem sendo ampliado com a elevação da renda da população, a estabilidade política, econômica e social, os recursos naturais estratégicos e o clima amistoso com o estrangeiro”, conta o economista. “Em alguns países do Oriente Médio e da África, os conflitos internos causam insegurança em investir, muitos executivos levam a família quando vão trabalhar no exterior”.

A distância geográfica em relação aos países desenvolvidos é apontada como o principal fator que desfavorece o investimento no Brasil, em relação a outras nações emergentes, como China, Rússia, Índia, Turquia e Indonésia. “Mas os próprios executivos afirmam que o desenvolvimento das telecomunicações e da informática, somado às facilidades crescentes de transporte marítimo e aéreo tem reduzido este problema”, diz Cunha Junior. “No entanto, eles apontam outras dificuldades cuja solução depende somente da atuação do Brasil”.

Infraestrutura

Na avaliação dos estrangeiros, o sistema de infraestrutura, incluindo transportes, logística e telecomunicações, é insatisfatório, assim como a baixa qualificação da mão de obra para a produção, especialmente no caso de profissionais de nível técnico. “Outros fatores que afastam os investidores são o custo da mão de obra, devido aos impostos e encargos, e o sistema tributário, principalmente por causa da ausência de incentivos”, completa o economista. A pesquisa foi orientada pelo professor Fauze Nagib Mattar, da FEA.

Cunha Junior aponta que iniciativas políticas dos governos federal, dos estados e dos municípios podem tornar o País mais atrativo às empresas estrangeiras, como investimentos em infraestrutura. “Problemas como a morosidade do Porto de Santos, em que navios ficam até sete dias ancorados, e a pouca presença das ferrovias num país de grande extensão territorial, foram aspectos negativos muito lembrados”, ressalta. “Também foi sugerido um aumento da qualificação profissional, com a implantação de cursos técnicos profissionalizantes de nível médio, além da maior formação de pessoal de nível superior, em especial nas áreas de engenharia, química, física e biologia”.

A pesquisa procurou conhecer os fatores que levam empresas estrangeiras que não tem investimentos no Brasil a visitar o País com essa intenção. “Entre 2009 e 2011, o Brasil passou da oitava para a quarta posição entre os países que mais receberam investimentos estrangeiros produtivos”, aponta Cunha Júnior. “O estudo procurou saber dos empresários os motivos dessa decisão, num período marcado pelos efeitos da crise financeira internacional de 2008”. O economista foi diretor da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo), que procura facilitar os investimentos estrangeiros no Estado de São Paulo.

A partir da bibliografia sobre investimento direto no exterior, o que inclui documentos produzidos por organismos internacionais, como a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, além de artigos em publicações especializadas nos Estados Unidos, Europa é Ásia, Cunha Junior chegou a 46 variáveis que influenciam os investimentos. “O número foi reduzido para 20, número de itens do questionário enviado a 246 executivos de empresas estrangeiras, sendo que 81 foram respondidos”. O economista é professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), entidade ligada à FEA, e presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo, além de atuar como Secretário Nacional de Economia da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

 

Imprensa – SEESP
* Informação da Agência USP de Notícias



Será no terceiro debate do ciclo “A engenharia e a cidade” nesta quarta-feira (25/07), às 9h30, na sede do SEESP (Rua Genebra, nº 25, Bela Vista, SP). O evento, que o sindicato promove com os candidatos a prefeito de São Paulo e de outras cidades do estado, é aberto ao público. Os encontros com os candidatos da cidade paulistana serão transmitidos ao vivo durante sua realização neste link.

Fernando Haddad, postulante do PT, foi ministro da Educação nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef, entre os anos 2005 e 2012; também participou da gestão de Marta Suplicy, em 2001, na prefeitura da Capital paulista. É a primeira vez que concorre a um cargo eletivo.

Os engenheiros pretendem, assim como fizeram nos dois primeiros debates já realizados com os candidatos Soninha Francine (PPS) e Miguel Manso (PPL), apresentar contribuição para os vários temas importantes para a cidade de São Paulo, como nas áreas de mobilidade urbana, sustentabilidade, educação e saúde.

O ciclo de debates do SEESP é uma forma de aproximar ainda mais os programas de governo dos candidatos com a realidade da população. “Essa dinâmica, além de absolutamente democrática, já que abre rigorosamente o mesmo espaço a todos, permite que sejam tratadas de forma apropriada questões de monta que precisam ser enfrentadas. A histórica falta de planejamento, o processo de especulação imobiliária que expulsa contingentes de trabalhadores para periferias cada vez mais distantes enquanto os empregos continuam concentrados na região central e a supremacia do automóvel no sistema viário paulistano geraram a situação que hoje já é insustentável”, observa o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro.

Acompanhe neste link os debates já programados.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP



O emissário oceânico de Santos utiliza o sistema de do tipo preliminar, ou seja, faz um peneiramento, retirando as partículas mais grossas da água, lançando o restante no oceano. “Com a quantidade cada vez maior de vazão, o tratamento preliminar do esgoto não é suficiente para evitar que ocorra aumento na concentração de fósforo, um ingrediente básico de detergentes, na água do mar, provocando crescimento de algas, contaminação e morte de peixes e espécies vegetais, além de odores desagradáveis”, explica o oceanógrafo, que apresentou a sugestão em seu estudo de doutorado apresentado no Departamento de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica (Poli) da USP. Instalado em 1978, o emissário é o mais antigo do Estado e um dos mais importantes. Atende a uma população de cerca de um milhão de pessoas na Baixada Santista.

Para Subtil, “a remoção de sólidos suspensos combinada com a aplicação de produtos químicos específicos resolveria o problema, até agora tratado muito superficialmente”.

Poder público
O descarte do esgoto na natureza deveria ser uma das prioridades do poder público pelas implicações que acarreta ao meio ambiente e também à saúde humana. Com exceção de emissários clandestinos, que despejam na água de rios, lagos e mares esgotos sem nenhum tipo de tratamento, os emissários oficiais e privados (Sabesp, Petrobras) os condicionam com o objetivo de descartá-los com a menor quantidade possível de impurezas, deixando o restante para a natural dispersão e assimilação na água.

De acordo com José Carlos Mierzwa, professor do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Poli, pesquisar as melhores maneiras de tratar o esgoto antes de descartá-lo não é uma exclusividade brasileira: “O pesquisadores do mundo todo buscam as melhores soluções, mas Subtil teve o mérito de fazer o caminho inverso, ou seja, partiu de uma situação ideal, a água mais limpa possível, e retrocedeu até achar o melhor e factível sistema, uma solução que pode servir de parâmetro para situações semelhantes”.

Além do preliminar e do primário, há outros dois tipo de sistema, o secundário e o terciário. Cada um promove uma limpeza mais apurada do esgoto, mas o custo acaba sendo muito alto, conforme o nível de limpeza. “No caso do tratamento secundário, ocorre remoção de matéria orgânica, mas não resolveria o problema do fósforo. Por outro lado, apesar de o tratamento terciário remover matéria orgânica e fósforo, a área necessária para instalação desse tratamento é mais do que o dobro do tratamento primário avançado, por isso consideramos o sistema primário avançado como o mais adequado”, justifica o oceanógrafo.

Além da questão do espaço, o ingrediente financeiro relacionado com a operação do sistema de tratamento fortalece ainda mais a escolha de Subtil. “Como parâmetro, uma estação que trabalhe só com tratamento preliminar custa cerca de US$ 5 milhões ao ano para uma vazão de 4 metros cúbicos (m³) por segundo de água. Pular para o secundário significaria um custo de operação oito vezes maior, enquanto que o tratamento primário representaria um custo cinco vezes maior que o preliminar”, explica Subtil.

O professor Mierzwa conta que um emissário que atingisse áreas mais profundas do oceano também ajudaria a resolver o problema em Santos. “A costa brasileira chega, em média a 10 metros de profundidade e seria necessário um emissário muito maior que o atual, que chega a 4,5 km de distância, o que também seria inviável economicamente”, pondera o especialista.

O pós-graduando fez parte de seu estudo na Universidade de Cantabria, na cidade espanhola de Santander. Lá são realizadas pesquisas semelhantes de tratamento de esgotos. Paralelamente, manteve contatos com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que o ajudou a levantar dados para as pesquisas interessada também em obter informações mais precisas visando readequações nas estações de tratamento do Estado.

Na opinião do pesquisador, além de mudança na legislação e na parte técnica, o controle de poluentes despejados nos ambientes aquáticos deve levar em conta também aspectos culturais. “Tanto o poder público como a iniciativa privada devem buscar alternativas para o consumo de água, como o reúso, por exemplo, diminuindo a quantidade de líquido descartado em rios, lagos e oceanos”, sugere Subtil.

 

Imprensa – SEESP
Agência USP de Notícias



 

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