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Acontece no dia 26 próximo, das 8h30 às 12h30, o Fórum de Acidentes de Trabalho, no qual haverá palestra do especialista francês em segurança do trabalho Michel Llory, na Faculdade de Saúde Púlbica (FSP) da USP (Universidade de São Paulo).

O tema do evento terá será “Entender o Trabalho para prevenir Acidentes”. Llory é um pesquisador aposentado e ex diretor de pesquisa da Eletricité de France (EDF). Ele produziu obras de referência, estudos, pesquisas e reflexões sobre os principais acidentes industriais das últimas décadas (Three Mile Island, Bhopal, Challenger, Chernobyll, Golfo do México, Fukushima).

Mais informações: email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.">Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Imprensa – SEESP
* Informação da Agência USP


Modificações genéticas e experimentos de evolução garantiram um aumento de 11% no rendimento da fermentação de leveduras utilizadas no processo de fabricação de etanol proveniente da cana-de-açúcar. A constatação é feita numa pesquisa da USP, realizada em parceria com a Universidade Federal da Santa Catarina (UFSC) e com a Delft University of Technology (TU Delft) da Holanda. De acordo com o autor do estudo, o farmacêutico Thiago Basso, um aumento de apenas 3% no rendimento da fermentação representaria um aumento de 1 bilhão de litros de etanol por ano. O artigo referente a este trabalho recebeu o primeiro lugar no prêmio TOP Etanol do Projeto Agora, celebrado no último dia 30 de maio.

A tese Melhoramento da Fermentação Alcóolica em Saccharomyces cerevisiae por Engenharia Evolutiva foi desenvolvida por Basso para o Programa Interunidades de Pós-Graduação em Biotecnologia da USP, do Instituto Butantan e Instituto de Pesquisa Tecnológicas (IPT). Os professores da Escola Politécnica (Poli) Andreas Gombert e Aldo Tonso, foram os orientadores e co-orientadores da pesquisa, respectivamente. O estudo teve início com um projeto criado pelo Prof. Boris Stambuk, e fez parte de um projeto financiado pela FAPESP, dentro do programa de Pesquisa em Bioenergia BIOEN, coordenado pelo Prof. Andreas Gombert.

Processo
No Centro de Ciências Biológicas da UFSC, no laboratório do professor Stambuk, foi realizada a modificação genética da levedura; no laboratório do professor Gombert, a levedura modificada foi avaliada sob condições específicas e, no laboratório do professor Jack Pronk, na Holanda, foram investigadas as bases genéticas da nova levedura e realizados os experimentos de evolução.

A modificação genética foi produzida por meio da tecnologia de DNA recombinante, que alterou o gene produtor da enzima invertase, responsável pela clivagem da sacarose, que passou a ocorrer em meio intracelular. Na levedura original, a sacarose é clivada no meio extracelular e resulta em duas moléculas (glicose e frutose), que são absorvidas pela levedura e transformadas em etanol. No experimento, a célula absorveu a sacarose diretamente.

No entanto, o transporte de sacarose mostrou-se insuficiente e o rendimento ficou abaixo do esperado. Para contornar a situação, as leveduras modificadas foram cultivadas em um reator chamado quimiostato, num processo contínuo no qual a sacarose era um fator limitante. Com isso, o clone que sofresse uma mutação que garantisse maior rendimento energético seria selecionado naturalmente em relação aos demais, fornecendo uma geração de leveduras que clivassem sacarose internamente e apresentassem um rendimento energético considerado compatível com previsões teóricas. Esse resultado foi alcançado após 60 gerações desses organismos.

Depois da segunda etapa do experimento, as novas leveduras foram analisadas e verificou-se aumento de expressão de vários genes, incluindo a duplicação do gene AGT1, responsável por transportar sacarose para o interior das células. Os estudos continuam, agora, na tentativa de identificar as mutações ocorridas na etapa evolutiva, num processo chamado de “engenharia metabólica inversa”.

Impacto
A modificação genética em leveduras industriais já foi obtida recentemente através de um projeto de P&D com a Usina Cerradinho Açúcar e Álcool, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Estas leveduras modificadas estão sendo testadas no ambiente industrial.

Ainda que durante seu doutorado a estratégia não tenha sido testada em ambiente industrial, Basso afirma que sua pesquisa mostra o potencial econômico da engenharia genética e da evolução em laboratório quando associada à produção sucroalcooleira.

 

Imprensa – SEESP
* Informação da Agência USP


A histórica expressão "trem de ferro" parece estar com os dias contados. Engenheiros alemães estão começando a encontrar formas de substituir metais como aço e alumínio nos trens por materiais compósitos, à base de plásticos e fibras sintéticas.

Ao contrário do que possa parecer, o desafio não é pequeno, tanto que o projeto inclui, além de três universidades, as empresas Bombardier e Bayer, e a agência espacial alemã, a DLR.

Materiais mais leves costumam não ser tão duros quanto os metais, por isso eles não podem ser simplesmente usados como substitutos em um trem.

Compartimento do motor
Primeiro os pesquisadores tiveram que fazer uma seleção inicial para verificar quais partes estruturais poderiam representar economia de peso, sem criar problemas para a integração da peça com todos os demais sistemas dos trens, todos tipicamente muito pesados.

Essa seleção deu-lhes também as especificações mínimas exigidas do material compósito a ser produzido.

A escolha inicial recaiu sobre a plataforma onde vai o motor diesel das locomotivas.

Essa espécie de cabine fica entre o carro e os trilhos. Ela deve não apenas proteger o motor contra pedras e outros detritos atirados pelas rodas, como proteger o meio ambiente de qualquer vazamento de óleo no motor.

E, por medida de segurança, deve ser à prova de fogo, evitando que um eventual incêndio se alastre pela composição.

Compósito de poliuretano
Como substituto do aço, a equipe selecionou um compósito à base de poliuretano, que é construído em diversas camadas.

Os revestimentos exteriores são feitos com camadas de fibra de vidro reforçadas com poliuretano, enquanto o núcleo é formado por uma camada de papelão com uma estrutura em formato de favo de mel.

Até agora, era impossível determinar a espessura exata das camadas superiores de poliuretano, que é aplicado por pulverização, impedindo a fabricação de peças grandes com padrões precisos.

Os engenheiros alemães descobriram uma forma de fazer isso usando tomografia computadorizada para inspecionar as camadas conforme elas são aplicadas. Essa informação realimenta o sistema de aplicação do poliuretano, garantindo a precisão da aplicação.

A construção do material em camadas deu maior estabilidade ao material.

Fora dos trilhos
"Com este novo material, nós podemos reduzir o peso da peça em mais de 35% e o seu custo de fabricação em 30%," disse Jan Kuppinger, um dos engenheiros do projeto.

A plataforma do motor tem 4,5 metros de comprimento e 2 metros de largura. "Esta é a primeira vez que se usou esse tipo material para construir uma peça tão grande e tão complexa e que, além de tudo, satisfaz a todas as exigências estruturais," disse o engenheiro.

O próximo passo da pesquisa é testar o novo material em um trem de verdade.

Se o teste for bem-sucedido, o compósito já tem as especificações necessárias para ser usado também na fabricação do teto, laterais e defletores de vento.

E não apenas de trens, mas também de caminhões.

 

Imprensa – SEESP
* Informação do site Inovação Tecnológica


Com o objetivo de oferecer ainda mais benefícios que ajudem o engenheiro a ampliar e intensificar sua qualificação, o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, assinou, nesta segunda-feira (18/06), convênio com o IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), que garante desconto de 10% a todos os filiados do sindicato nos seus cursos de Pós-Graduação e de Graduação em Administração. O convênio foi assinado pelo Superintendente Geral do IMT, engenheiro Paulo Sérgio Colli Bógus.

O IMT, fundado em 11 de dezembro de 1961, é uma entidade dedicada ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica. As unidades de ensino oferecem aos alunos de todos os cursos um ambiente propício ao desenvolvimento profissional com infraestrutura laboratorial, corpo docente qualificado e dedicado ao processo de ensino-aprendizagem, à pesquisa tecnológica e ao exercício da prática profissional. Os professores possuem certificados de especialização ou titulação de mestrado ou doutorado emitidos por universidades brasileiras, norte-americanas ou europeias.

Para o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos e de pesquisas, os alunos e professores do Centro Universitário contam com o acervo de moderna biblioteca e dispõem de um grande parque de laboratórios e de uma infraestrutura de TI com modernos microcomputadores integrados em uma rede interna e conectados à Internet.

* Veja aqui cópia do convênio entre o SEESP e o IMT – páginas 1, 2 e 3

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP


A partir de 2012, todas as chamadas públicas para assistência técnica e extensão rural (Ater) serão focadas na sustentabilidade. A novidade foi anunciada pelo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, durante a abertura da Arena Socioambiental, na Rio+20. “Seja na assistência técnica direta aos produtores, seja na capacitação dos agentes que prestam os serviços, nós queremos cada vez mais disseminar as práticas de manejo sustentável do solo, da água e dos insumos. Queremos que o Brasil reduza muito o uso de agrotóxicos”, afirmou. O ministro ressaltou ainda a importância da inclusão social para o desenvolvimento do país. “É preciso distribuir (renda) para crescer, e não crescer para distribuir”.

Pepe participou no último sábado (16/06), ao lado das ministras Tereza Campello (Desenvolvimento Social) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente), do painel "Enfrentamento à Pobreza e Desenvolvimento Sustentável", o primeiro tema a ser abordado na Arena Socioambiental, no Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, na capital fluminense (RJ). O ex-presidente Lula também era esperado, mas devido a recomendações médicas não pôde comparecer ao evento.

Por meio de mensagem, lida pela ministra Tereza, Lula ressaltou que a Arena Socioambiental, inaugurada hoje, será um espaço importante de discussão de políticas entre governos, movimentos sociais e organizações da sociedade civil. “Esses setores têm papel fundamental na construção dessa sustentabilidade. Têm o papel de educar pessoas e estimular a vontade política de governantes para trabalhar em favor de toda a humanidade. O ponto zero dessa ação deve ser a preservação da nossa biodiversidade, e o reconhecimento de que o acesso aos recursos naturais do planeta e aos alimentos nele produzidos é um direito de cada um dos que aqui habitam”, dizia o texto.

No decorrer do debate, mediado pela especialista em implementação de políticas públicas Viviane Mosé, os ministros responderam aos questionamentos de representantes da sociedade civil e de internautas que acompanharam a transmissão ao vivo pela web. O primeiro deles, Manoel Cunha, presidente do Conselho Nacional de Populações Extrativistas, falou que o desenvolvimento sustentável só será possível quando o mundo prestar atenção para o meio ambiente e para as pessoas. “Espero que na Rio+20 os líderes dos países assumam algum novo compromisso, porque está claro que o nosso modelo de  consumo e produção estão errados”, comentou.

“A agricultura familiar é estratégica no projeto nacional de desenvolvimento. Ela é responsável por 84% dos estabelecimentos rurais, ocupa 24% da área rural brasileira e representa 74%da mão de obra no campo. Ocupa a menor  extensão de área e gera mais emprego, além de alimentos saudáveis para o povo brasileiro”, apontou o ministro Pepe Vargas. Ele também lembrou que o setor produz 70% dos alimentos consumidos no país.

Num discurso emocionado, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, elogiou a participação da sociedade civil na Arena Socioambiental durante a Rio+20 e, afirmou que o momento é de muito trabalho para a construção de um mundo sustentável, que respeita o meio ambiente e as pessoas. “Esse processo tem o homem na centralidade das ações. É hora de agir”.

A ministra Tereza Campello frisou que quanto maior a exclusão social, maior será a degradação do meio ambiente. “Um novo modelo de desenvolvimento econômico é possível sim, garantindo crescimento, inclusão e proteção”, assegurou. O ministro Pepe convidou os participantes do debate para conhecerem de perto esse modelo - representado na Praça da Biodiversidade, também no MAM, no Aterro do Flamengo. No espaço, estão expostos produtos de 23 empreendimentos de agricultores familiares. “É uma pequena mostra de organizações econômicas, cooperativas, associações de agricultores familiares que produzem agroecologicamente ou têm produtos da sociobidiversidade de reservas extrativistas. São organizações que produzem preservando o ambiente.”

Até a próxima sexta-feira (22), a Arena Socioambiental abrigará Encontros Globais para discutir os desafios para promover o desenvolvimento sustentável.

 

Imprensa – SEESP
* Informação do Ministério do Desenvolvimento Agrário


O JE (Jornal do Engenheiro) na TV, desta semana, entrevista o advogado Thiago Barison sobre o fator previdenciário, sistema implantado em 1999, que reduziu sensivelmente o valor das aposentadorias. Por isso, trabalhadores da ativa e já aposentados querem o fim do sistema.

 

 

Em 2003, o senador Paulo Paim (PT/RS) apresentou o Projeto de Lei nº 296 que acabava com o fator previdenciário. A matéria foi aprovada na Casa em 2008, desde então está na Câmara dos Deputados para apreciação e votação. A última informação sobre a tramitação do tema, que na Câmara está sob o número 3.299/08, é que se discute um acordo para que a matéria seja votada pelo Plenário.


Veja como assistir ao programa, consultando a nossa grade de transmissão aqui. O JE na TV também pode ser acompanhado, pela internet, às segundas-feiras, às 23h30,neste link.


Rosângela Ribeiro Gil

Imprensa - SEESP


À mesa sobre direito à comunicação, no II Fórum Mundial de Mídia Livre, no dia 16 último, no Rio de Janeiro, o tema da mídia livre como trincheira de luta dos povos sem estado esteve na pauta. Yilmaz Orkan, vice-presidente de relações internacionais e desenvolvimento da Kon-kurd (Confederação de Associações dos Curdos na Europa), apontou a necessidade de os meios alternativos difundirem as violências sofridas pelos curdos e a censura por que passam. Segundo contou, seu país foi dividido em quatro após a Primeira Guerra Mundial, parte agora sob domínio turco.

Como forma de evitar que suas reivindicações por independência sejam ouvidas e o mundo tome conhecimento de sua causa, Orkan afirmou que "a internet está proibida ao povo curdo". A repressão teria resultado no assassinato de 66 jornalistas de um único veículo e condenação do diretor desse meio de comunicação, intitulado "Livre e atual", a 147 anos de prisão. Na tentativa de furar o cerco midiático, o movimento abriu um canal de TV na Dinamarca, mas "o governo turco interviu através da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e conseguiu seu fechamento".

Ele destacou que a publicação pela Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada de dois artigos sobre o povo curdo levaram à procura de interessados em conhecerem sua realidade. Assim, lembrou a importância da solidariedade internacional, inclusive no campo das mídias livres. Essa foi manifestada pela plateia, que lembrou a importância da comunicação democrática como trincheira de luta dos povos sem estado - entre os quais, ainda, os saarawis e palestinos, que vivem sob ocupação há décadas. Caminho fundamental para desconstruir estereótipos e divulgar a opressão e humilhação cotidianas a que são submetidos.
 

Imprensa – SEESP
* Do site Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada


Nesta terça-feira (19/06), ocorre o terceiro seminário do ciclo “Junho da Inovação”, iniciado no dia 5 último e que marcou o início oficial das atividades do Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia). O tema em questão desta vez será a “Bio e nanotecnologia”, com o professor-doutor Elson Longo, diretor do Centro Multidisciplinar de Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos da UFSCar/Unesp (Universidade Federal de São Carlos/ Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) e o professor-doutor Fernando M. Araujo-Moreira, ex-coordenador do Curso de Pós-Graduação em Biotecnologia da UFSCar e coordenador-geral da Rede Nacional de Nanobiotecnologia Aplicada à  Medicina e à Defesa Nacional, da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

O seminário acontece na sede do SEESP (rua Genebra, nº 25, Bela Vista, São Paulo), a partir das 19h. Ao final do ciclo será emitido certificado aos participantes. Mais informação pelo telefone (11) 3105-0200.

* Veja aqui a programação do dia 26 de junho
 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP


 

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No dia 5 último, aconteceu o início oficial das atividades do Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia) na área de educação continuada com o ciclo de seminários “Junho da Inovação”. Ainda neste ano, a partir de agosto, acontecerão os primeiros cursos de extensão de curta duração. A instituição, criada pelo SEESP, deve funcionar plenamente a partir de 2013, com a primeira turma na graduação de Engenharia de Inovação, atualmente em fase de avaliação pelo MEC (Ministério da Educação).

A iniciativa representa um passo fundamental não só para o SEESP, mas para os engenheiros do Estado e do País e pretende ser uma contribuição ao esforço nacional de buscar mão de obra qualificada a enfrentar os desafios do desenvolvimento no século XXI. Portanto, consideramos de suma importância termos dado o pontapé inicial nessa empreitada que já se mostra bem-sucedida e certamente trará ótimos frutos.

A nossa categoria tem ainda outros avanços importantes a comemorar. O projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) em 2006 e constantemente atualizado, vem sendo importante instrumento de mobilização em prol do crescimento econômico sustentável e de diálogo com a sociedade. Testemunho extremamente valioso sobre a relevância desse trabalho foi dado pelo professor Waldimar Ferreira Azevedo, da Uema (Universidade Estadual do Maranhão), que afirmou durante posse da diretoria do Senge Maranhão, realizada em São Luís, em 4 de junho, ter utilizado o conteúdo do “Cresce Brasil” em aulas aos alunos de engenharia.

O fato demonstra a pertinência da proposta e nos anima a dar continuidade a ela, o que tem sido feito em várias frentes. Uma delas teve lugar em seminário realizado em Teresina/PI, no dia 1º de junho, quando cerca de 800 profissionais e estudantes participaram da discussão “A engenharia e a cidade”, integrante do “Cresce Brasil”, abordando questões relativas a saneamento ambiental e mobilidade. Esse último tema, de interesse em todo o País, mas crucial na Região Metropolitana de São Paulo, foi objeto de discussão no auditório do SEESP, no dia 11, abordando experiências e desafios no Brasil e nos Estados Unidos.

O “Cresce Brasil” mantém atualmente fundamental trabalho de acompanhamento dos preparativos para a Copa 2014, mediante termo de cooperação técnica firmado entre a FNE e o Ministério do Esporte. Em fase final de definição de como se darão esses trâmites, a federação deve ter um papel importante de colaboração para que os projetos relativos ao mundial de futebol sejam realizados com eficiência e transparência.

Por fim, também a CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados) vem desenvolvendo importantes atividades, como a participação na Cúpula dos Povos, durante a Rio+20, a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas). A atuação, que alia a representação das categorias ligadas à entidade (economistas, engenheiros, farmacêuticos, médicos, nutricionistas e odontologistas) à participação nos debates da sociedade, tem merecido reconhecimento importante, como ocorreu durante os congressos da Fenam (Federação Nacional dos Médicos) e da Fio (Federação Interestadual dos Odontologistas), realizados respectivamente em 24 e 31 de maio.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente do SEESP

Imprensa – SEESP
Editorial publicado no JE, Edição 411

 

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As três medidas fazem parte de um receituário há tempos defendido por especialistas em mobilidade urbana como saída para a crise atual vivenciada em São Paulo. Segundo dados da Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, a Capital dispõe de cinco linhas que perfazem quase 75km de metrô e a Região Metropolitana como um todo, de 260km de trens. Somados, os dois modais atendem, conforme o titular da pasta, Jurandir Fernandes, 7,2 milhões de usuários por dia. A malha está superlotada.

O governo paulista anuncia investimentos de R$ 45 bilhões nos próximos quatro anos, de acordo com o PPA (Plano Plurianual do Estado). Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, serão R$ 29,9 bilhões para a implantação de mais 30km de linhas de metrô até 2014 e o restante destinado à modernização das seis trechos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e expansão em 44km. Como observa Nazareno Stanislau Affonso, coordenador do MDT (Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos), de fato, tem havido inversões nos últimos anos, mais ainda aquém das necessidades. Campanha lançada pela Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários) e por dez sindicatos desses trabalhadores, entre os quais o de São Paulo, reivindica que 2% do PIB (Produto Interno Bruto) sejam destinados para assegurar sistema de alta capacidade com qualidade não apenas à metrópole, mas a todo o País. Hoje, segundo documento elaborado pelo Ilale (Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos) a pedido dessas entidades, são investidos em torno de 0,5% do montante em transporte.

Além de concordar com a proposta, Laerte Conceição Mathias de Oliveira, vice-presidente do SEESP, ressalta que é fundamental planejar os investimentos para que o sistema de alta capacidade funcione como rede estruturadora e integradora de todos os modais. “Isso não ocorreu. O poder público dizia não ter recursos para a expansão da malha. Em 1990, havia apenas 36,4km de metrô e já apontávamos o problema. A mobilidade, contudo, não era foco de preocupação dos governantes.” Fernandes garante que isso mudou. “Hoje estamos fazendo. Com as novas linhas previstas, vai haver melhor redistribuição e reacomodação de passageiros.” Contudo, ele reconhece que não resolverá, apenas atenuará a superlotação – agravada pelo crescimento da demanda.

Como afirma Edilson Reis, diretor do SEESP, colaborou o acréscimo de 40% de cidadãos que passaram a usar o sistema metroferroviário a partir do bilhete único. Para Fernandes, a incorporação de novas linhas, como a amarela, que atende a zona sul da cidade, também elevou o número de pessoas, já que a maioria  dirige-se à região central para trabalhar e migrou para o sistema. “Houve um salto súbito de 1,2 milhão entre outubro e dezembro de 2011, com o início de sua operação”, explica.

Na sua opinião, mesmo com os investimentos previstos – que incluem monotrilho na zona leste e uma das novas linhas (branca) também atendendo a região – o desafogamento depende de outras ações, como aproximar o emprego da moradia. Até porque, segundo ele, a tendência é de que continue a se ampliar o número de usuários, que passará para 9,3 milhões em 2014.

Iniciativas necessárias
Descentralizar os postos de trabalho é fundamental, apontam os especialistas. Hoje, ¾ encontram-se no centro da Capital. Considerando-se a região expandida, como amplamente divulgado pela mídia, há 400 mil imóveis vazios, de acordo com o censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Assim, o caminho seria tanto possibilitar aos cidadãos moradia nesse local quanto garantir empregos nos bairros.

Além disso, Oliveira acredita que contribuiria para a solução do problema a instituição do ente metropolitano. “Poderia assumir o papel de articulador da mobilidade em toda a região. Como metrô e CPTM são da alçada estadual, os municípios não se preocuparam em se esforçar para investir no sistema. O governo federal também teria que alocar recursos.”

Quanto aos outros modais, Reis informa que, ainda a partir do bilhete único, os ônibus tiveram um adicional de 60% no número de passageiros, passando a 8 milhões. “E temos os mesmos 15km licitados de antes.” A concorrência com o transporte individual faz com que perca sua característica de sistema de média capacidade. Assim, na sua análise, além de ampliação significativa da rede metroferroviária – que deveria ser hoje de 300km para atender a grande metrópole –, seria preciso garantir aos ônibus faixas segregadas. Ele revela que esses veículos coletivos ocupam 4.500km dos 17 mil km de vias da cidade. Há apenas 130km de corredores exclusivos e um único sistema que cumpre o papel de média capacidade, o Expresso Tiradentes, o qual ocupa apenas 8km. “Se tivéssemos BRTs (veículos rápidos sobre pneus), poderíamos atingir 30 mil passageiros por hora/sentido.” Reis defende ainda a construção de mais monotrilhos.

Para Affonso, a solução passa por mudar a lógica instalada a partir dos anos 50, em que houve sucateamento da ferrovia e o transporte individual passou a ser estimulado. Hoje, 45% das viagens são feitas dessa forma, ante 55% por coletivos. “O sistema de ônibus deve se apropriar do viário.” Em estudo, o consultor Adriano Murgel Branco defende que os carros passem a deter 30% dos deslocamentos e os sistemas públicos, 70%. O coordenador do MDT enfatiza que a restrição ao uso do automóvel, o que incluiria política pública de estacionamento, seria importante nesse contexto.

 

Soraya Misleh
Imprensa – SEESP
Publicado originalmente no JE, Edição 411

 

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