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“Uma estratégia de pensar o futuro e valorizar a profissão.” Assim a engenheira ambiental e sanitarista Marcellie Dessimoni define a importância do Núcleo Jovem Engenheiro da FNE, o qual coordena. A iniciativa lançada em 2015 tem a proposta de garantir, junto aos 18 sindicatos estaduais filiados à federação, espaço qualificado para aproximar recém-formados e estudantes da luta sindical da categoria e do debate sobre a retomada do crescimento rumo ao desenvolvimento sustentável do País.

Durante a 74ª Semana Oficial de Engenharia e Agronomia, em Belém (PA), que acontece em agosto, realizará reunião com estudantes e recém-formados de todo o Brasil para organizar o primeiro Encontro Nacional de Jovens Engenheiros da FNE. Até o momento, 13 Senges implantaram, estão iniciando seus núcleos ou já os incluíram em seus planos de ação (confira abaixo). “A federação tem dado as diretrizes, mas cada estado tem suas especificidades,” explica Dessimoni.

Entre os objetivos, segundo ela, está levar aos jovens informações sobre a importância e responsabilidades da engenharia para a sociedade e o profissional. “Tenho visto em alguns estados ações relevantes de envolvimento de estudantes e recém-formados. Há também um intercâmbio geracional, com profissionais experientes interagindo com a juventude na realização de projetos que tragam melhoria à qualidade de vida”, conta. A coordenadora na FNE – que também está à frente do Núcleo Jovem Engenheiro do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) – exemplifica: “Em alguns estados como Acre e Goiás tem havido atuação direta junto às universidades, com jornadas esportivas, eventos científicos em que são apresentados trabalhos, artigos, projetos. Isso estimula os alunos da área tecnológica a proporem soluções aos desafios enfrentados pela sociedade. No Ceará também se começou a trabalhar com esse viés. No Amazonas, ainda, tem sido feito um trabalho importante com parcerias.” Em São Paulo, de acordo com ela, a opção foi por “ir a campo, fazer com que a juventude conheça a área urbana, a realidade e seus desafios”. Assim nasceu o “Cresce Brasil – Itaim Paulista” – fruto de visitas ao bairro no extremo leste da capital do estado e da interação com a situação vivida pela população local, que sofre há décadas com enchentes durante as chuvas de verão. Inserida no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – lançado pela FNE em 2006 e atualizado desde então –, a iniciativa deu origem a uma publicação lançada em agosto do ano passado. Como continuidade, terá início em agosto um ciclo educativo de sustentabilidade ambiental em um estabelecimento de ensino da região atingida por alagamentos. “Vamos fazer oficinas, trazer parceiros com o intuito de fazer com que aquela escola se torne um modelo de sustentabilidade. A última atividade será uma feira no primeiro semestre de 2018”, salienta. Em outros estados, segundo Dessimoni, os núcleos jovens vêm realizando, em parceria com universidades, visitas técnicas. É o caso do Acre, à Fundação de Tecnologia do Estado (Funtac), ao Instituto de Mudanças Climáticas local, bem como às usinas hidrelétricas de Santo Antônio-Porto Velho (RO) e solar fotovoltaica de Cobija, na Bolívia.

Na sua concepção, essa é a “ponta do iceberg da ‘Engenharia Unida’” – referência ao movimento lançado pela FNE que chama a articulação da área tecnológica ao enfrentamento da crise atual no País. Para ela, “não há como pensar nisso sem contemplar a universidade, atualizar e informar seus estudantes sobre esse grande projeto da federação. É uma contribuição importante do núcleo”.

Ademais, em todos os estados, têm sido organizadas palestras e eventos em instituições de ensino sobre o que é o sindicato dos engenheiros, qual a sua importância e ações. “A proposta é desmistificar ideias equivocadas e generalizações sobre as organizações dos trabalhadores. Tenho percebido que essa consciência está se tornando algo mais palpável. Os estudantes conseguem compreen­der. Antes, enxergavam como algo muito distante de sua realidade. Quando o sindicato mostra a cara, os trabalhos e debates em que está envolvido, inclusive à valorização da profissão, eles mudam a visão”, constata a coordenadora junto à FNE. Ela aproveita para destacar: há uma preocupação em demonstrar aos jovens que desde o piso salarial até o 13º e as férias são conquistas que levaram “tempo, suor, lágrimas e sangue”. “A juventude precisa ser lembrada disso. E para garantir que o resultado dessas lutas intensas não se perca, precisa continuar e se mobilizar, já que hoje, com propostas de reformas, como a trabalhista, essas conquistas estão ameaçadas. Se permitirmos, voltaremos a viver basicamente como as gerações passadas, sem nenhuma condição que nos assegure e a nossos direitos enquanto trabalhadores”, alerta.

Aproximação e formação
Para o engenheiro químico Noé Rafael da Silva, coordenador do Núcleo Jovem Engenheiro de Mato Grosso, em implantação, essa aproximação é fundamental. “É nessa fase que os estudantes vão conhecer a política sindical, bem como participar do planejamento das políticas públicas nos diversos órgãos do estado.” Ele revela a primeira ação a ser conduzida logo após o lançamento em Cuiabá: fazer uma palestra no centro acadêmico da universidade federal para explicar os objetivos do núcleo. No Ceará, como detalha o coordenador do núcleo, o estudante de Engenharia Civil na Faculdade Faria de Brito Kayubi Mota de Souza, a metodologia para aproximar o sindicato local dos alunos tem sido participar de semanas de engenharia e apoiar pesquisas científicas.

Para o engenheiro eletricista Diego MizetteOliz, diretor de negociações coletivas do Senge-RS, responsável por organizar a implantação do núcleo junto ao sindicato gaúcho, é preciso pensar na renovação, na inserção da inovação junto à experiência. Saulo Pereira de Souza, coordenador desse espaço no Amazonas, aponta como principal iniciativa nessa direção “o trabalho de formação de novas lideranças na engenharia, através de um curso com ementa elaborada por engenheiros sêniores e recém-formados”. Além disso, destaca a extensa programação de oficinas, workshops, cursos, além da participação em semanas de engenharia.

No Acre, entre as próximas ações, está prevista a criação de programa de aulas de reforço nas áreas de exatas, em parceria com a Prefeitura Municipal de Rio Branco, na busca por solucionar o grave problema de evasão no primeiro ano de graduação em engenharia. Também estão programados minicursos, palestras, novas visitas técnicas, além de contribuições ao desenvolvimento de semanas acadêmicas e incentivo à pesquisa via iniciações científicas. Um programa de estágio profissionalizante aos formandos também está entre as pretensões do Núcleo Jovem Engenheiro do Acre. “Esse trabalho tem extrema importância, pois existe a necessidade de renovação das lutas sindicais e dos engenheiros. Temos ciência que o novo se cria com a intersecção da sabedoria alcançada pelos fundadores e lutadores que estão até hoje contribuindo com a iniciativa e a proatividade dos novos que estão entrando. É necessário que o engenheiro tenha em mente que existe um sindicato que o defende e que é obrigação dele fazer parte e lutar. Com o apoio da FNE, o Senge-AC tem trabalhado para que os nossos direitos não sejam extintos e que novos sejam conquistados. Como atual coordenadora do núcleo e participante desse movimento desde sua criação, posso dizer que aprendi e aprendo a cada dia e anseio novas participações em todo movimento que for em prol da categoria”, enfatiza a estudante de Engenharia Elétrica na Universidade Federal do Acre (UFC) Taynara Bastos, à frente do trabalho junto à juventude no estado.

No Maranhão, o também estudante de Engenharia Elétrica na universidade federal local (UFMA), Felipe da Silva Raposo é o coordenador do núcleo. Ele destaca ações em instituições de ensino superior, como debates, workshops e palestras. “Temos a função de abrir as discussões e unir os alunos.” Assim, vislumbra ele, manterão a coesão após formados, em prol da sociedade e do País. Dessimoni assinala que uma parceria natural é entre os núcleos jovens e o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), mantido pelo Seesp com o apoio da FNE.

“É muito importante trazer o público jovem para dentro do Senge, mobilizá-los enquanto engenheiros e cidadãos”, conclui o estudante do último ano de Engenharia Civil na Uniasselvi Jean Hening, que coordena o núcleo junto ao sindicato de Santa Catarina.

Mercado de trabalho
Outra relevante ação é dar suporte ao desafio de começar a carreira e ingressar no mercado de trabalho. “Cada estado tem sua forma de encaminhar o jovem e dar orientação profissional, por exemplo sobre como montar um currículo competitivo. Alguns possuem parcerias com empresas que inclusive divulgam vagas no site da entidade. Em São Paulo, compartilhamos possibilidades de estágios atuando em conjunto com o Departamento de Oportunidades e Desenvolvimento Profissional, temos o serviço de coaching de carreira com uma psicóloga especialista, assim como análise de currículo e simulação de entrevista”, relata Dessimoni.

Em Roraima, uma das pretensões do recém-implantado núcleo, segundo a coordenadora, engenheira civil Lilian Carla de Souza Cruz, é “montar um banco de empregos para profissionais e estudantes (estágios), bem como elaborar um processo de orientação em relação à legislação”. No Ceará, entre as próximas ações, está prevista a iniciativa “Orientando carreiras”, cujo objetivo é reunir grandes empresas brasileiras e estrangeiras para exporem como é o trabalho dentro das corporações, apresentar oportunidades e processos seletivos para estágios. Também Goiás, cujo coordenador é o engenheiro sanitarista e ambiental AquilaLevindo, está com projetos nesse sentido. Entre eles, o “Quase engenheiros: primeiros passos para o mercado de trabalho”, para suporte ao desenvolvimento profissional e elaboração de currículos; e o “Quase engenheiro e agora?”, para auxiliar o estudante no planejamento de sua carreira.

Núcleos no Brasil

Acre
Coordenação: Taynara Bastos Trindade
Jovens associados: Aproximadamente 1.500
Criação: Outubro de 2015
Contato: (68) 9239-7823 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Amazonas
Coordenação: Saulo Pereira de Souza
Jovens associados: 423 – Criação: Janeiro de 2016
Contato: (92) 99304-5291

Ceará
Coordenação: Kayuby Mota de Sousa
Jovens associados: 200 – Criação: Abril de 2017
Contato: (88) 99945-2776 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Distrito Federal
Em planejamento após próxima eleição de diretoria em agosto de 2017
Contato: Pedro Ivo, (61) 99985-8250

Goiás
Coordenação: AquilaLevindo
Jovens associados: 18
Criação: 2015
Contato: (62) 8228-1586 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Maranhão
Coordenação: Felipe Raposo
Jovens associados: Aproximadamente 30
Criação: Setembro de 2016
Contato: (98) 99130-6869

Mato Grosso
Coordenação: Noé Rafael da Silva
Em implantação – previsão: início do segundo semestre de 2017
Contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Pará
Responsável: Eugênia Von Paumgartten, presidente do Senge
Em implantação
Contato: (91) 99146-8878 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Piauí
Responsável: Antonio Florentino, presidente do Senge
Em implantação – previsão: segundo semestre de 2017
Contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Rio Grande do Sul
Em planejamento após próxima eleição de diretoria no segundo semestre de 2017
Contato: Diego MizetteOliz, (51) 3230-1605 / 99684-7874 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Roraima
Coordenação: Lilian Carla de Souza Cruz Silva
Em implantação desde junho de 2017
Contato: (95) 98103-6553

Santa Catarina
Coordenação: Jean Hening
Criação: 2016
Contato: (47) 98908-5756

São Paulo
Coordenação: Marcellie Dessimoni
Jovens associados: 3.841
Criação: 2015
Contato: (11) 99783-9292 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

* Interessados em participar ou obter mais informações sobre as ações e organização em outros estados podem contatar o Núcleo Jovem Engenheiro da FNE pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou whatsapp (11) 99783-9292.

 

Matéria publicada no jornal Engenheiro, da FNE, Edição 182, de julho de 2017
Texto de Soraya Misleh
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

 

Fátima Có*

Nossas profissões – a engenharia e a agronomia – estão presentes em praticamente todas as coisas e atividades do cotidiano. Da água que bebemos à lâmpada que acendemos, do carro que nos transporta à comida que chega à mesa, tudo tem, inerente, a técnica e o talento de agrônomos e engenheiros de todas as modalidades.

Muitas vezes, contudo, a importância do nosso trabalho não é percebida. Todos estão tão acostumados com as facilidades do dia a dia que deixam de reconhecer a ciência e o trabalho que há por trás delas. Nesse “alheamento”, perde o profissional da área tecnológica, que também deixa de ser reconhecido e, consequentemente, valorizado.

No Brasil não é raro a engenharia ser lembrada apenas na falta de alguma dessas facilidades, ou, pior, apenas em situações de acidentes e catástrofes – quando a ponte cai, a barragem rompe, o edifício desaba ou o frigorífico é interditado.

Dado esse contexto, se desejamos a tão procurada valorização profissional, é necessário que, ao invés de aguardarmos passivamente o momento dos próximos problemas e escândalos – e eles infelizmente ainda acontecem –, busquemos todos a ampla e contínua divulgação do valor e do orgulho que temos de nossas profissões.

Seja nos pequenos espaços de convivência ou por meio de grandes campanhas, precisamos nos posicionar e mostrar ao mundo o que fazemos e os bons resultados de nosso trabalho. Precisamos lembrar às pessoas que a engenharia é o oxigênio da inovação e está no centro do desenvolvimento de qualquer país.

A Lei 5.194/66, que regula o nosso exercício profissional, traz explícito logo no seu primeiríssimo artigo que as profissões dos engenheiros e agrônomos são caracterizadas pelas “realizações de interesse social e humano”. Isso pode parecer uma obviedade, mas é ponto importante a destacar. O que acontece é que, às vezes, foca-se demais na técnica e nas formalidades e esquece-se do mais importante: pensar nos impactos do nosso trabalho para a sociedade.

A técnica e o senso de servir às pessoas não podem andar dissociados. Por isso a importância de humanizar ao máximo nossas ações. Pensar não só na sustentabilidade econômica de nossos negócios, obras, produtos, serviços, mas, principalmente, nas sustentabilidades social e ambiental. Já dizia Gilberto Freyre que “sem um fim social, o saber será a maior das futilidades”. Quando nossas profissões são exercidas sob bases humanistas, pelo bem comum e o desenvolvimento sustentável, os resultados são muito mais relevantes e positivos para todos.

E é aliando essa consciência – interna – sobre nossa responsabilidade e missão no mundo com a divulgação – externa – da importância e imprescindibilidade de nosso trabalho que pavimentamos a estrada para o reconhecimento de nosso valor.

Fato é que a valorização de nossas profissões não veio e não virá por decreto. Quando a sociedade entender que estamos a serviço do seu bem-estar, não precisaremos “impor” nossa presença. Reconhecidos como necessários, seremos naturalmente “convidados” a participar e a ocupar o lugar que merecemos: no centro das decisões que dizem respeito ao desenvolvimento das nações e à melhoria da qualidade de vida no planeta.

 


Fátima Có é engenheira civil, ex-presidente do Crea-DF e diretora de Assuntos do Exercício Profissional da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE)

 

 

 

 

 

A semana deverá ser politicamente tranquila, pois o Congresso Nacional entra em recesso a partir desta terça-feira (18/07) e só retoma os trabalhos no dia 1º de agosto. Com o recesso, reduz-se consideravelmente a atividade política em Brasília.

Desse modo, a votação da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer fica para agosto. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), agendou para o dia 2 de agosto a apreciação da decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Vai ser, portanto, um período de grande expectativa, o retorno das atividades parlamentares.

Hoje, a tendência seria de rejeição da denúncia da PGR. Mas até agosto podem surgir fatos novos e ninguém sabe o que pode acontecer até lá. Pior para o governo, que desejava que o plenário da Câmara votasse a matéria antes do recesso. Portanto, a vitória de Temer foi parcial.

Está prevista para esta segunda-feira (17), a leitura no plenário da Câmara dos Deputados do parecer aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça que recomenda a rejeição da denúncia contra Temer. A sessão não deverá ocorrer por falta de quórum.

Temer opera
O presidente reuniu os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Mendonça Filho (Educação) e o deputado Paulo Abi-Ackel no sábado (15). O deputado é autor de relatório favorável ao presidente na CCJ da Câmara, que analisou a denúncia contra o presidente.

Reforma trabalhista
Ainda nesta semana, o presidente Temer e o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, se reúnem com representantes de centrais sindicais para discutir mudanças na reforma trabalhista.

Para garantir a aprovação do texto sem alterações no Senado — o que forçaria o retorno da matéria à Câmara — o governo se comprometeu a fazer ajustes na chamada reforma por meio de medida provisória.

As negociações envolvem, entre outros temas, a possibilidade de dispensa do apoio sindical na negociação de acordo trabalhista em empresas com mais de 200 empregados; limites ao trabalho intermitente; veto ao trabalho de mulheres grávidas e lactantes em lugares insalubres; limites à terceirização; e contribuição sindical.

Movimentos sociais
Os movimentos sociais agendaram para quinta-feira (20) ato em todo o país em defesa do ex-presidente Lula, por Fora Temer e Diretas Já.

Até sexta-feira (21), o juiz Sergio Moro deve definir quando o ex-presidente Lula prestará novo depoimento sobre a compra de terreno pela Odebrecht para construir o seu instituto.

Comissão Representativa
Na última quinta-feira (13) foram indicados pelos partidos os parlamentares que comporão a Comissão Representativa do Congresso Nacional para o período de recesso. Composta por deputados e senadores, a comissão funciona durante o recesso e exerce as atribuições de caráter urgente que não possam aguardar o início do período legislativo.

Os integrantes do grupo são escolhidos separadamente em cada Casa, respeitando-se a proporcionalidade partidária.

Na Câmara, os 17 deputados titulares são Alex Canziani (PTB-PR), Antonio Bulhões (PRB-SP), Carlos Henrique Gaguim (Pode-TO), Celso Jacob (PMDB-RJ), Hildo Rocha (PMDB-MA), Roberto Balestra (PP-GO), Rodrigo Maia (DEM-RJ), Carlos Zarattini (PT-SP), José Guimarães (PT-CE), José Rocha (PR-BA), Ronaldo Fonseca (PROS-DF), Victor Mendes (PSD-MA), Antonio Carlos Mendes Thame (PV-SP), Izalci Lucas (PSDB-DF), Tereza Cristina (PSB-MS), Weverton Rocha (PDT-MA) e João Derly (Rede-RS).

No Senado, os seis titulares são os senadores Waldemir Moka (PMDB-MS), Romero Jucá (PMDB-RR), Dalírio Beber (PSDB-SC), João Capiberibe (PSB-AP), Cidinho Santos (PR-MT) e Alvaro Dias (Podemos-PR). Os suplentes são Elmano Ferrer (PMDB-PI), Edison Lobão (PMDB-MA), Cristovam Buarque (PPS-DF) e Romário (Podemos-RJ).

 

Notícia do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

Transformar resíduos em recursos, substituir matérias-primas tóxicas por insumos saudáveis, migrar de processos impactantes para produção sustentável: estas são algumas das metas que norteiam as reflexões mais avançadas no campo da atividade agroindustrial. São também diretrizes do Projeto Temático “Agroindustrial wastes and their potential use as appropriate materials for housing and infraestructure (Agrowaste)”, coordenado pelo engenheiro Holmer Savastano Junior, professor titular da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (FZEA-USP), em Pirassununga.

Fruto de um acordo de cooperação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) com a Agence Nationale de la Recherche (ANR), da França, o projeto reúne pesquisadores da USP e do Departamento de Química da Université des Antilles (UA), instalada no departamento ultramarino francês de Guadeloupe (Guadalupe), no Caribe.

“Desenvolvemos duas linhas de pesquisa: uma com compósitos de matriz inorgânica, explorando o acréscimo de cinzas de queima de biomassa e de fibras de biomassa em matriz de cimento Portland, para a produção de placas planas ou onduladas de fibrocimento; outra com compósitos de matriz orgânica, explorando a utilização de fibras e partículas de biomassa aglomeradas por resina vegetal, para a produção de placas destinadas à fabricação de embalagens, paletes e mobiliário”, disse Savastano à Agência Fapesp.

Na “linha inorgânica”, a solução pesquisada visa obter um produto alternativo ao cimento-amianto. E, na “linha orgânica”, o objetivo é buscar alternativa aos aglomerados baseados em resinas fenólicas. Ambas as matérias-primas – o amianto e as resinas fenólicas – são consideradas cancerígenas. Especialmente no caso da fibra de amianto, existe hoje uma tendência mundial à proibição, já acatada por 69 países, em atendimento a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, vários estados e municípios vetaram o uso, mas o processo de proibição em todo o território nacional se arrasta no Supremo Tribunal Federal (STF).

Proibidas em diversos países, mas ainda não no Brasil, as resinas fenólicas também estão, por assim dizer, com seus dias contados. E, neste caso, deve-se considerar, além da toxicidade do produto, também a insustentabilidade da produção, petróleo-dependente.

“O cimento-amianto foi utilizado durante décadas. E, ao longo desse período, a indústria se adaptou perfeitamente a ele. Parecia uma solução técnica imbatível, principalmente pelo baixo custo. Mas o impacto sobre a saúde exige agora a busca de outras fibras de reforço menos tóxicas. Nosso projeto já gerou resultados com potencial de transferência tecnológica para empresas. O fibrocimento pode se prestar à fabricação de telhas onduladas, placas planas para divisórias e outros componentes para a construção civil. O que fizemos não foi a simples substituição da fibra. Foram necessários e realizados vários ajustes ao processo produtivo, em parceria com empresas fabricantes de fibrocimento no Brasil. Por exemplo, em relação a métodos específicos de cura do cimento”, afirmou Savastano.

 

Comunicação SEESP
Notícia da Agência Fapesp/José Tadeu Arantes
Para ler a reportagem completa clique aqui

 

 

 

 

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realiza, desde o dia 16 até 22 de julho próximo, a 69ª edição de sua Reunião Anual, em Belo Horizonte (MG), no campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com o tema “Inovação – Diversidade – Transformações”, a atividade terá cerca de 240 atividades durante toda a semana, com a participação de pesquisadores renomados do Brasil e exterior, e gestores do sistema estadual e nacional de C&T. O evento marcará as celebrações dos 90 anos da UFMG.

A programação científica, que inclui atividades da SBPC Inovação, da SBPC Afro e Indígena e da SBPC Cultura, contará com 69 conferências, 01 ciclo de conferência, 82 mesas-redondas, 55 minicursos, 16 sessões especiais, 05 assembleias, 02 reuniões de trabalho e 06 encontros.

As reuniões anuais da SBPC têm como objetivos debater políticas públicas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação e difundir os avanços da Ciência nas diversas áreas do conhecimento. Para tanto, além da programação científica, o evento tem também atividades reunidas em programações paralelas, como SBPC Jovem, SBPC Cultural e ExpoT&C.

Dezenas de instituições como universidades, institutos de pesquisa, agências de fomento e entidades governamentais apresentarão novas tecnologias, produtos e serviços na ExpoT&C, um pavilhão climatizado de 4600 m2, onde ficarão abrigados os estandes dos expositores, com programações diversas e lançamentos de livros. 

Outra atividade, que acontece pelo quarto ano consecutivo, é o “Dia da Família na Ciência”, realizado sempre no último dia do evento. Desta vez, contará com uma programação voltada para a interação com a comunidade, mostrando que a ciência faz parte do dia-a-dia das pessoas. As atividades serão desenvolvidas nas tendas da ExpoT&C e da SBPC Jovem no sábado, dia 22 de julho. 

Considerado o maior evento científico da América Latina, a Reunião Anual da SBPC é gratuita e aberta ao público. 

>> Algumas atividades terão transmissão ao vivo pelo site do evento  em http://ra.sbpcnet.org.br/belohorizonte/

Comunicação SEESP
Informação da assessoria de imprensa da SBPC

 

 

 

 

Aumentar a competitividade brasileira com as fábricas inteligentes, que usam tecnologias físicas e digitais na produção, é um dos desafios imediatos do setor privado e tema do fórum "Indústria 4.0: A era da manufatura avançada", que acontece, na quarta-feira (19/07), das 8h às 13h, na capital paulista, na sede da organizadora do evento, a American Chamber of Commerce for Brazil (Amcham), na Rua da Paz, 1.431, Chácara Santo Antônio. 

O impacto que a informatização das fábricas traz à economia será debatido pelo diplomata e economista Marcos Troyjo, da Columbia University (EUA), e Rodrigo Damiano, diretor da PwC.  Troyjo detalha as competências mais recomendadas aos profissionais para adaptação ao novo cenário e Damiano aborda as vantagens competitivas do uso de tecnologias como sistemas ciber-físicos, internet das coisas, computação em nuvem e outras nas indústrias. 

Troyjo também modera o painel sobre a Indústria 4.0 no Brasil. Os painelistas são Márcio Girão, diretor de inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e Fernando Pimentel, presidente do conselho de administração da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). 

As indústrias que adotam tecnologias digitais no Brasil participam do painel seguinte. Dividindo experiências e acertos no processo, estão Daniel da Rosa, CEO da Thyssenkrupp, Celso Luis Placeres, diretor de engenharia de manufatura da Volkswagen, Edouard Mekhalian, diretor-gerente da KUKA Roboter, e Marcio Mariano Jr., CEO da startup Forsee.

 

Comunicação SEESP
Informação da assessoria de imprensa do evento

 

 

 

 

 

Clemente Ganz Lúcio*

O primeiro semestre de 2017 já é passado e a fada da confiança, essa criação do mercado, fugiu ou nem apareceu. Sem o mágico pó deste ser alado, empresários e governo tupiniquins não foram encantados para tomar a decisão de investir para que o País retomasse o crescimento, com geração de emprego.

Ao longo de 2015 e 2016, o atalho parlamentar para afastar a presidente da República justificava-se, como remédio custoso e amargo, para mobilizar a fada da confiança que encantaria o mercado para transformar a dinâmica econômica do País.

Um ano de mandato tampão e o que o governo entrega para a nação é uma inflação girando na casa dos 3% ao ano, louvada como resultado da robustez da política econômica, e o crescimento trimestral de 1% do PIB, puxado pela safra agrícola, que, no segundo trimestre, já acabou.

A inflação baixa é um sintoma de uma economia que se encontra na UTI. Recessão, à beira da depressão, derruba qualquer inflação. As mais altas taxas de juros do planeta alimentam os fáceis e vultosos lucros do mercado financeiro e as fadas jogam a economia no abismo. O resultado concreto é que o País convive com os menores níveis de investimentos públicos e privados das últimas décadas; famílias e empresas endividadas e arrochadas pelos juros escorchantes; desemprego de 14 milhões de pessoas, aumento da informalidade, precarização e arrocho salarial; queda de -9% do PIB per capita; receita fiscal descendo a ladeira e grave crise das contas públicas; empresas fechando; ativos econômicos à venda por “preço de banana”. Nesse cenário, daqui a pouco, o governo comemorará deflação!

A crise política só se agrava com novas revelações da extensão da corrupção que, há décadas, delapida o erário. Há um imbróglio político considerável que empurra a economia para o pântano. Agora vem o novo argumento, daqueles acostumados com atalhos, de que a economia está se descolando da política e que é preciso alimentar a confiança com as reformas, para dar tração ao crescimento. O atalho tomado em 2016 conduz o desenvolvimento do País para o abismo.

Temos que olhar para frente e construir o futuro, motivo pelo qual, já dizia Marx, o sentido da vida é a luta! Garantir que as eleições façam a renovação de governos e parlamentos, com mandatários qualificados para o diálogo social e preparados para articular acordos em torno de um projeto de desenvolvimento nacional, será um enorme desafio. Um novo governo que assuma com grande apoio no Congresso, que tome decisões céleres e corretas, na perspectiva da retomada do crescimento, da arrumação da economia, do Estado e do governo, ao longo de 2019. A economia respondendo com a confiança do investimento, que é oriunda da visão concreta de formação de demanda futura, de decisões e inciativas corajosas em termos de política econômica e industrial. O investimento público puxando com força a retomada. Nesse breve quadro de tarefas e desafios, se cumpridos à risca, poderemos torcer para que 2020 venha a ser um ano de retomada. Até lá, resistir, resistir, resistir e lutar para viabilizar e sustentar uma longa e dura transição.

A resistência exige impedir que o governo destrua, desmobilize e venda os ativos essenciais para conduzir a estratégia de desenvolvimento do País, bloqueando as múltiplas iniciativas que tentam descaracterizar as instituições que sustentam a formação de capacidade produtiva nacional.

Lá na frente, haverá uma longa luta para a reconstrução dessas capacidades institucionais e para a reversão de decisões desastrosas, evidentemente, se a escolha das urnas apontar nessa direção e, portanto, for efetivamente portadora de legitimidade para reconstruir um projeto de desenvolvimento nacional. Essa é e será uma disputa central para os trabalhadores, da qual a luta deve ser a fada do encantamento!

 


Clemente Ganz Lúcio, técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)

 

 

 

 

 

João Guilherme Vargas Netto*

Na medida em que o movimento sindical dos trabalhadores foi se institucionalizando durante a história do capitalismo, alcançando legislações protetoras do trabalho e garantidoras do direito de greve e da organização sindical, a “linha” da correlação de forças na sociedade ultrapassou e sobrepujou a “linha” das relações do trabalho em cada empresa individual e mesmo em cada relação pessoal de trabalho.

Este é um fato constatado em todos os países, respeitadas as peculiaridades de cada história nacional; a correlação de forças entre o capital e o trabalho é menos desfavorável a este na vida social institucionalizada do que em cada empresa em que ele se exerce.

Um dos efeitos mais nefastos da deforma trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional e promulgada sem vetos por Temer é exatamente a de puxar para baixo a “linha” da correlação de forças na sociedade (nas relações de trabalho) e de aproximá-la, para pior, das relações de força em cada empresa, nos locais de trabalho e nas relações entre os indivíduos trabalhadores e o patronato.

Ao fazer isso, a deforma passa a exigir para o respeito aos direitos, em cada empresa e em cada relação individualizada, um nível de conflito maior do que o anterior, porque libera o “espírito animal” do empresário todo poderoso em seu domínio e o isenta de se impor limites. A negociação coletiva, os sindicatos e a Justiça do Trabalho se apequenam.

Essa constatação foi a do senador Fernando Collor que, ao votar contra a deforma, descreveu a linha histórica do avanço da legislação trabalhista brasileira e afirmou “que esta reforma trabalhista terá somente um efeito: a volta do clima de intranquilidade da classe trabalhadora”.

Mesmo durante a quarentena de 120 dias, o patronato excitado e açodado vai querer “aplicar” a lei; prevejo mesmo que as profissões de “classe média” serão as primeiras a enfrentarem este rolo compressor devido às características próprias de seus empregos, de sua representação sindical e do patronato que as explora.

O movimento sindical deve se preparar, desde já, para o enfrentamento. Em cada sindicato a direção e as assessorias jurídica e de comunicação devem estudar com precisão os efeitos da deforma e listar, por exemplo, as cinco maiores agressões no cotidiano dos trabalhadores que ela provocará em cada uma das categorias representadas. Devem determinar também quais contramedidas são necessárias em cada empresa, nas negociações sindicais e na Justiça com a finalidade de resistir em defesa de condições de trabalho menos lesivas e correspondentes às expectativas dos trabalhadores.

A resistência é a palavra de ordem.

 


João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical

 

 

 

 

 

 

Nunca tantas pessoas foram assassinadas no mundo em defesa do meio ambiente como em 2016. A liderança do ranking que mapeia esse tipo de violência, mais uma vez, é do Brasil: foram 49 mortes no ano passado, divulgou a organização Global Witness nesta quinta-feira (13/07).


Indígena protesta em Brasília em prol de demarcação de terras. Foto: Reuters.

O pesquisador Carlos Alberto Feliciano, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), publicou uma série de artigos sobre a violência no campo. Ele calcula que, desde o ano 2000, cerca de 1 milhão de famílias já sofreram ameaças em decorrência de conflitos. "Vão desde despejo, destruição da colheita e da casa e ameaças físicas", detalha Feliciano.

A tendência é negativa, alerta o pesquisador. "O agronegócio precisa, até 2026, segundo dados divulgados pelo próprio setor, de 15 milhões de hectares. Para se expandir assim, haverá avanço sobre as terras de alguém. Então, a tendência é que essa violência aumente."

>> Leia reportagem completa aqui

 

Notícia DW
Comunicação SEESP

 

Os profissionais da siderúrgica de Cubatão (SP), em assembleia, no dia 11 de julho último, na sede da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, decidiram pela aprovação da proposta da Usiminas para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho. Segundo o presidente da regional, Newton Guenaga Filho, após duas rodadas de negociação, a companhia apresentou proposta com os itens econômicos e sociais. Foi oferecida a mesma proposição aos metalúrgicos da empresa, que também aprovaram o acordo. O dirigente informa que um dos grandes avanços da proposta foi o aumento da licença maternidade, dos atuais 120 dias para 180 dias. 

Entre outros itens, o acordo aprovado prevê reajuste salarial de 4,5%, sendo 4% retroativo à data-base, 1º de maio, e 0,5% a partir de setembro próximo; e abono de R$ 1.500,00 a ser pago em cinco dias após a assinatura do acordo, o que foi realizado nesta quinta-feira (13). Guenaga destaca uma questão importante que foi preservada na proposta atual, qual seja a garantia do pagamento do piso salarial dos engenheiros, conforme a Lei 4.950-A/66. Além disso, foi mantida a cláusula de garantia de emprego na pré-aposentadoria. "As demais cláusulas sociais também foram renovadas nos moldes atuais."


Foto: Reginaldo Noccioli/Delegacia Sindical da Baixada Santista
Após apreciação, profissionais aprovam acordo em assembleia, na sede da regional.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP

 

 

 

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