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A Universidade Estadual Paulista (Unesp) completa 40 anos em 30 de janeiro de 2016. Para celebrar a data, foi criada a página www.unesp.br/40anos, Nesse endereço, é possível encontrar o conceito do logo criado para a ocasião, calendário de eventos, textos, podcasts e fotografias sobre o tema. Professores, servidores técnico-administrativos, alunos e ex-alunos são convidados a participar encaminhando depoimentos. A abertura oficial das celebrações começam nesta sexta-feira (29/1) nas 34 unidades universitárias em 24 cidades paulistas. O encerramento será dia 22 de agosto, na Sala São Paulo, na Capital, às 19 h, com uma Sessão Solene do Conselho Universitário e Festa Comemorativa.

 

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“Ao olhar para esses 40 anos de continuidade positiva, estável e durável de boas implementações acadêmicas, administrativas e políticas, podemos dizer que a Unesp, atualmente, é um exitoso modelo brasileiro de universidade pública, descentralizada e multicâmpus”, acredita Julio Cezar Durigan, reitor da Universidade. “Nossa comunidade trabalhou muito para chegar no atual estágio, em que somos respeitados e conhecidos no Brasil e no exterior.”

Formação de lideranças
A Unesp é responsável aproximadamente por 22% da produção científica do Estado de São Paulo e 8% da produção do Brasil. Ela cumpre seu papel quando, além de produzir o conhecimento, gera pensamento crítico, organiza e articula os saberes e forma pessoas, profissionais e lideranças intelectuais, incorporando, sempre com autonomia, demandas, expectativas e pressões da sociedade e do Estado.

Para Marilza Vieira Cunha Rudge, vice-reitora, um dos motivos desse sucesso é o acompanhamento e o cuidado da gestão do Plano de Desenvolvimento Institucional da instituição, que trabalha sempre com programas e com recursos para indução de ações, que têm metas e indicadores. “Este acompanhamento orçamentário acontece ao longo do ano e tem permitido um crescimento mais robusto da universidade. Trata-se de um processo absolutamente transparente que pode ser acompanhado online”, ressalta. “Quanto á melhor formação de nossos gestores, é preciso destacar a ação da Escola Unesp de Liderança e Gestão, voltada para o aprimoramento dos administradores da universidade.”

Atuação destacada
Criada em 1976, a partir de institutos isolados de ensino superior que existiam em várias regiões do Estado de São Paulo, a Unesp é hoje uma das maiores e mais importantes universidades brasileiras, com destacada atuação no ensino, na pesquisa e na extensão de serviços à comunidade. Mantida pelo Governo do Estado de São Paulo, é uma das três universidades públicas de ensino gratuito, ao lado da USP e da Unicamp, com o diferencial de cobrir todo o Estado se traçarmos círculos de influência de 100 km a partir de cada uma de suas unidades.

 

 

Fonte: Unesp Agência de Notícias (UnAN)

 

 

 

 

 

 

O Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo (USP) iniciará em 28 de março as inscrições para o curso de Mestrado para o ingresso no Programa de Pós-Graduação em Culturas e Identidades Brasileiras. O prazo encerra em 1º de abril.

Para a inscrição, presencial ou à distância, os candidatos deverão preencher o requerimento de inscrição, apresentar cópia do RG, CPF, o diploma do Curso Superior e o histórico escolar, além do currículo vitae (no modelo Lattes).

É exigido também a apresentação de um projeto de pesquisa e a indicação de até dois docentes para sua orientação. O exame de seleção será feito em duas fases: prova escrita e de proficiência em língua estrangeira e avaliação e arguição do projeto de pesquisa e análise do histórico escolar.

Para mais informações acesse o site nesse link.

 

 

Fonte: Agência Fapesp

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Fórum Social Mundial Temático de 2016, realizado entre os dias 19 e 23 de janeiro último, na cidade de Porto Alegre (RS), como os anteriores, também apresentou as mais diversas correntes de pensamento e embates sobre os temas políticos, sociais e econômicos atuais. O evento atraiu pequena presença de políticos, mas grande participação de setores sociais excluídos e mais oprimidos, como os índios, negros e quilombolas. Como era de se esperar, a exemplo do que aconteceu nas edições anteriores, houve inexpressiva cobertura da imprensa brasileira, com o claro objetivo de ignorar o que estava acontecendo.


Foto: Arquivo pessoal
João Paulo Boaventura editada 
João Paulo Dutra (à esquerda) com o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos
- debatedor do FSM 2016, de Porto Alegre (leia matéria sobre ele aqui)


Entre os muitos assuntos abordados, destaco dois em especial: um surpreendente movimento separatista dos estados da Região Sul – que nos fez lembrar as cidades e estados da época grega –, reivindicando autonomia e independência com relação ao resto do País; e outro, que nos diz respeito mais de perto, que é a convergência sobre os direitos da população idosa. Nesse último painel, ressaltamos a presença de um representante de Portugal que relatou a assistência e o respeito aos idosos naquele país.

Outro fato marcante no mesmo debate foi o testemunho de Emerson Lemes. Ele mostrou, em sua palestra, que a Previdência Social do Brasil é superavitária, ao contrário do que se vive dizendo. Como especialista em cálculo atuarial, Lemes afirmou que o nosso sistema não dá prejuízo e tem créditos com o governo, pois, citando apenas os governos militares, lembrou que os recursos advindos da Previdência financiaram a construção da hidrelétrica binacional de Itaipu, a ponte Rio-Niterói (RJ) e a Rodovia Transamazônica (com 4.223 km de comprimento, ligando a cidade de Cabedelo, na Paraíba, a Lábrea, no Amazonas, cortando sete estados brasileiros: Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas).

Ainda no mesmo painel, dois representantes do Governo Federal falaram sobre futuras mudanças que deverão acontecer nas aposentadorias dos brasileiros, por estarmos nos transformando, nos próximos 20 anos, em um país de idosos.

Ressalto, ainda, que durante outras apresentações do FSM ficamos sabendo que apenas 1% da população do Planeta detém 99% dos recursos mundiais!

Saliento, finalmente, que a escultura da Deusa Têmis do Palácio da Justiça, na Praça da Matriz, está sem a venda e a balança, como lhe é característica. Esta maneira de representar a Justiça traduz uma visão premonitória. Sem venda pode-se ver melhor, fugindo da maneira míope de olhar, por exemplo, os direitos dos excluídos. Mais uma vez é Porto Alegre indicando o caminho.


Foto: Divulgação
Têmis POA 
Estátua da deusa Têmis no prédio do Palácio da Justiça de Porto Alegre
 

O fantástico desse encontro foi reviver e revirar todos os assuntos ocultos, fazendo-nos meditar e não esquecer, nem ignorar, nossas diversidades e sua importância.

Vamos aguardar 2017 com esperança e luta para mostrar que um mundo melhor é possível.


 

* por João Paulo Dutra, vice-presidente do SEESP







O uso de agrotóxicos na cultura da soja interfere na expansão da população de libélulas em áreas agrícolas no leste do Estado de Mato Grosso. A conclusão é feita em pesquisa do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP). O pesquisador Daniel Din Betin Negri comparou o desempenho das larvas dos insetos e de girinos (anfíbios), que vivem em ambientes aquáticos, em regiões agrícolas e em áreas preservadas de cerrado. Entre as libélulas, houve coincidência entre os eventos de aplicação de pesticidas e o aumento das taxas de mortalidade das larvas.

O estudo verificou a hipótese do uso e manejo da terra para a produção intensiva de soja resultarem numa redução significativa no desempenho de organismos aquáticos, de acordo com as indicações de sobrevivência, crescimento ou desenvolvimento. “A área de estudo está situada na região das cabeceiras do Rio Xingu, no leste do Estado de Mato Grosso”, aponta Negri. “Trata-se de uma das mais ativas fronteiras de expansão agrícola do mundo, no chamado ´arco do desmatamento´ da amazônia”.

Segundo o pesquisador, as características ideais para o desenvolvimento das larvas de anfíbios e libélulas podem mudar de acordo com a espécie ou família. “Na pesquisa foi considerado como ambiente de referência uma área de cerrado preservado, uma vez que, as espécies e famílias manipuladas estão amplamente distribuídas no cerrado”, observa. “O ambiente agroindustrial pode interferir de diversas maneiras o desempenho dos organismos aquáticos. Basta dizer que nele ocorre o uso intensivo de insumos (agrotóxicos), uma das principais características da lavoura de soja”.

As larvas de libélulas são muito utilizados para determinar o estado de integridade do ambiente aquático, principalmente devido à sua maior sensibilidade às alterações. “Dentro da cadeia alimentar das poças temporárias, elas são predadoras de topo, que costumam ser os primeiros a serem afetados por processos de impacto ambiental, como a produção agrícola”, afirma Negri. “Isso leva a um efeito cascata sobre a comunidade de seres vivos e a redução da riqueza de espécies, podendo prejudicar processos de controle biológico de pragas, menos dependentes de agrotóxicos”.

Importância dos anfíbios
O desempenho de larvas de libélulas foi significativamente influenciado pelo uso e manejo da terra. “A mortalidade de larvas transplantadas para ambientes de cerrado e de pastagens variou entre 50% e 60%, enquanto as larvas em plantações de soja foram rapidamente erradicadas”, ressalta Negri. “A sincronia entre os eventos de aplicação de pesticidas e os padrões temporais de mortalidade sugere que os pesticidas são o principal vetor de alteração ambiental impedindo a colonização efetiva de campos agrícolas por libélulas”.

O desempenho de girinos da espécie Physalaemus cuvieri também foi significativamente influenciado pelo uso e manejo da terra. “Os anfíbios são particularmente importantes para estudo de impacto ambiental, pois apresentam importância trófica, ao mudarem de posição na cadeia alimentar e passarem de herbívoros aquáticos para predadores terrestres, sensibilidade ambiental e risco de extinção”, afirma o pesquisador. “Porém, as respostas de girinos foram em geral menos fortes e menos consistentes que aquelas observadas para libélulas”, afirma o pesquisador. A pesquisa foi orientada pelo professor Luis Schiesari, do IB.

De acordo com Negri, a única forma de criar um sistema agrícola mais permeável aos organismos é por meio da adoção de práticas menos danosas ao ambiente. “Essas práticas visam um uso mais racional e consciente dos agrotóxicos”, observa, “uma vez que os dados experimentais obtidos no estudo sugerem que os organismos aquáticos são rapidamente erradicados da matriz após aplicação de agrotóxicos”.

Além das mudanças no manejo, imprescindíveis para garantir a qualidade e a permeabilidade da matriz, o pesquisador salienta que também há necessidade da elaboração de um plano de longo prazo, focado na construção de uma paisagem com maior heterogeneidade. “Um ambiente heterogêneo é aquele que tem área para conservação e outra para a produção. Isso pode ser conseguido pelo ‘compartilhamento da terra’, adotando-se práticas agrícolas menos impactantes, ou por meio da ‘economia de terra’, que segrega áreas para conservação”, diz. “Ambas as estratégias permitem a formação de ambientes heterogêneos, mas resta discutir em que grau um ambiente é permeável para o movimento da fauna e a persistência dos organismos.

 

Fonte: Agência USP de Notícias

 

 

 

 

 

 

 

 

Projeto realizado numa parceria entre o Laboratório de Sustentabilidade (Lassu) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e o Instituto GEA Ética e Meio Ambiente possibilitou que mais de 17 mil eletroeletrônicos (computadores e impressoras, entre outros) descartados e inservíveis da Caixa Econômica Federal tivessem uma destinação final adequada. A iniciativa, que recebeu o nome de Descarte Legal, é uma das repercussões do Projeto Eco-Eletro, em que catadores ligados a cooperativas de material reciclável receberam treinamento de especialistas da USP para desmontar e separar as peças de eletroeletrônicos de forma segura e rentável.

De acordo com a professora Tereza Cristina Carvalho, coordenadora do laboratório, a iniciativa da Caixa prova que é possível incluir catadores treinados na desmontagem segura de eletroeletrônicos. “Ainda há muita resistência dos produtores e de outros setores da sociedade em incluí-los na logística reversa. Um dos questionamentos é quanto à qualidade da desmontagem. Porém, o sucesso deste projeto mostra o oposto”, observa a coordenadora do LASSU.

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12.305, logística reversa é um “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”. A PNRS destaca o papel dos catadores e das cooperativas nesse processo.

Separar as peças dos eletroeletrônicos para vendê-las é mais rentável que a venda do equipamento bruto, como sucata. Mas a desmontagem precisa ser feita de forma segura, pois alguns componentes podem poluir as pessoas e o meio ambiente. Vale lembrar que eletroeletrônicos levam, em sua composição, elementos tóxicos, como chumbo, mercúrio e cádmio. Já outros componentes podem ser reaproveitados pela indústria, como plástico e metais. Por isso, é necessário treinamento.

Os eletroeletrônicos da Caixa foram entregues a cooperativas de São Paulo, Brasília e Salvador, tendo sido treinadas duas em cada cidade. Recife foi incluída posteriormente. Após o tratamento, as peças foram vendidas e o dinheiro obtido (cerca de R$ 200 mil) foi dividido entre os 76 cooperados.

O projeto foi realizado entre julho de 2013 e junho de 2015 e possibilitou que voltassem para a cadeia produtiva cerca de 4,67 toneladas de alumínio; 1,57 toneladas de chumbo; 59,31 toneladas de ferro; 11,66 toneladas de placas eletrônicas, e 54,43 toneladas de plástico, fechando assim o ciclo de reciclagem. O resultado foi tão positivo que a Caixa decidiu renovar o contrato para o período 2016 e 2017, e ampliar o projeto para todo o Brasil.
Além de liberar os depósitos de eletroeletrônicos inservíveis, economizando cerca de R$60 mil mensais com alugueis, o banco se adiantou à regulamentação da PNRS e recebeu laudo emitido por indústrias recicladoras certificadas, como a Umicore, atestando a destinação final correta dos equipamentos. Sediada na Bélgica, a indústria é referência mundial na extração de metais em materiais como eletroeletrônicos.

Inclusão social
A gerente executiva da Gerência Nacional de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental da Caixa, Laura Ferreira Macedo, destaca a importância das instituições contribuírem e trabalharem com as cooperativas aptas a realizarem o tratamento adequado de resíduos eletroeletrônicos. “Essa área tem atraído cada vez mais o interesse do empresariado. Apesar de terem sido os catadores que lançaram a questão da reciclagem no Brasil, eles poderão ser passados para trás neste processo”, alerta.

Para ela, a fragilidade está no fato de o catador não ter a mesma estrutura, nem tanto domínio do processo quanto os empresários. “O empresariado pode sim atuar no setor. Mas é muito importante pensar em inclusão social e criar mecanismos para que os catadores também participem disso e que as oportunidades sejam para todos.”

Ampliação
Em cada cidade houve a participação de uma Universidade local: a USP, em São Paulo; a Universidade de Brasília, na capital federal, a Fundação Joaquim Nabuco e o ITEP, em Recife e a Universa – Universidade Salgado de Oliveira, em Salvador. “Isso fez toda a diferença, pois ajudou a aumentar a autoestima dos catadores. O fato de estarem frequentando os bancos escolares de uma universidade os deixava muito felizes”, comenta Ana Maria Domingues Luz, do Instituto GEA.

Na nova etapa do projeto, além das quatro cidades, foram incluídas Belém, Fortaleza, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. Mas o foco não se restringirá a equipamentos eletroeletrônicos: os catadores irão trabalhar com mesas, cadeiras, mobiliários e geladeiras.
“Tem estopa, tecido, madeira, parafusos, plástico. Como esses materiais podem voltar para a indústria de reciclagem?”, questiona Laura. “Por isso, este projeto tem um caráter inovador, porque precisaremos desenvolver, junto com essas universidades, todo um conhecimento para criar soluções para essas e outras demandas”, finaliza.

O projeto conta recursos do Fundo Socioambiental da Caixa, que é constituído com 2% do lucro anual do banco e aplicado em projetos na área socioambiental.

 

 

Fonte: Agência USP de Notícias

 

 

 

 

 

 

 

 

A Petrobras Transportes S.A. ou Transpetro, maior processadora brasileira de gás natural e líder em transporte e logística de combustível do país, como se apresenta em seu site, foi crida em 1998, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, numa tentativa de fatiar a Petrobrás para facilitar a venda da estatal.

Naquele momento, a mobilização de organizações sindicais como a CUT e a FUP (Federação Única dos Petroleiros) impediu a privatização da maior empresa do país em faturamento. Mas, se a vontade de uma parte da atual direção prevalecer, o que não ocorreu no governo tucano, pode acontecer agora.

No último dia 15, o diretor financeiro da companhia, Ivan Monteiro, anunciou a possível venda da subsidiária, ação que rendeu críticas dos trabalhadores. Coordenadora do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro) e secretária de Juventude da CUT-SP, Cibele Vieira, explica o papel estratégico que a Transpetro exerce para a cadeia do petróleo.

“Os dutos que levam o petróleo ou derivados aos terminais e refinarias para a distribuição final estão sob responsabilidade da Transpetro. Caso seja vendida, a Petrobrás ficaria refém de uma empresa privada para fazer algo que hoje está sob seu comando e não teria mais o controle sobre o preço da operação. A outra opção é transportar por caminhão, mas é muito perigoso e mais custoso”, explica Cibele.

De acordo com a dirigente, além de se livrar de um ativo importante, a negociação amplia a possibilidade de mais desempregados no setor de petróleo.

“A Transpetro tem hoje em torno de cinco mil concursados e 15 mil terceirizados, um quadro que já está sendo enxugado para ser mais ‘apresentável’ ao mercado. Também por isso, tentaram separar a negociação coletiva em 2015 da que fazemos com a Petrobrás para piorar os acordos. Porque precisarão de quem saiba operar o terminal e um acordo forte para os trabalhadores, como é o da Petrobrás, é considerado um ônus para a venda. Mas para nós não há diferença entre as companhias, são todos petroleiros”, define.

Momento péssimo
Secretário de Comunicação da CUT e dirigente com base no setor petroleiro, Roni Barbosa, afirma que a Central é contrária à venda de qualquer ativo. “Todo o setor do petróleo passa por um momento de crise, está em baixa e esse não é o momento de se desfazer de qualquer empresa. Especialmente aquelas que trazem bastante rentabilidade ao país.”

Balão de ensaio
Diretor do Sindipetro-SP e candidato a suplente na chapa dos trabalhadores ao conselho de administração da Petrobrás, Arthur ‘Bob’ Ragusa acredita que a declaração de Ivan Monteiro foi um balão de ensaio para sentir as reações do mercado e os grupos interessados na aquisição da subsidiária. E também para transformar a negociação em pauta no CA.

“Se esse assunto não estava no conselho e poderia ser rejeitado, após incitar esse debate, corremos o risco muito maior de ver a maioria dos conselheiros decidir pela venda”, definiu.

Da mesma forma que Cibele, Ragusa também acredita que a afirmação tem o objetivo de pressionar a negociação coletiva neste ano.

“Um dos patrocinadores na mudança do modelo de negociação, que sempre foi com o RH (recursos humanos) da Petrobrás, é o Ivan. No ano passado, tentaram limitar o número de dirigentes e tirar mais de 30 cláusulas do acordo coletivo, discutindo um aumento abaixo da inflação e redução de horas extras”, acrescentou, Ragusa.

Outros ativos
Além da Transpetro, o conselho da Petrobrás, que conta com um trabalhador entre nove indicados pelo governo federal e por acionistas minoritários, aprovou a venda e 25% da BR Distribuidora.

Apesar de não estar diretamente ligado ao sistema de produção, esse era o braço da companhia brasileira que poderia interferir no preço definido nos postos de combustível. Ao diminuir o preço na bomba, outros também seriam obrigados a rebaixar para não perder mercado.

O mesmo vale para a Gaspetro, onde a Petrobrás já era sócia minoritária. Neste caso, a questão é ainda mais delicada. A venda de 49% das ações por R$ 1,93 bilhão para o grupo Mitsui é questionada na justiça. Segundo os bancos JP Morgan e Brasil Plural, o valor deveria girar em torno de R$ 5,6 bilhões de reais.

Um levantamento da FUP apontou que, em 2014, a subsidiária obteve um lucro líquido de R$ 1,5 bilhão e, na média dos últimos quatro anos, seu lucro ficou em R$ 1,4 bilhão. Portanto, a abertura de 49% do capital pode levar à perda de R$ 750 milhões.

Além disso, uma ação civil pública impetrada pela FUP trata de conflito de interesses. Diretor-presidente da Vale, Murilo Ferreira foi nomeado para o conselho de administração da Petrobrás e passou a ocupar a presidência justamente quando surgiram as notícias de negócio com a Mitsui, empresa parceira da Vale em uma série de empreendimentos.

Correm notícias nos bastidores também que a Petrobrás teria o interesse de se desfazer das Fafens (Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados) e de sua parte na empresa petroquímica Braskem.

A CUT e as organizações de trabalhadores cobram da presidenta Dilma Rousseff uma resposta às afirmações de Ivan Monteiro sem que o debate tenha passado por instâncias deliberativas como a diretoria executiva e o conselho de administração (CA).

“Dentro da Petrobrás há setores entreguistas que tem muita vontade de repassar o que for possível para a iniciativa privada e alguns diretores se movimentam para isso como porta-vozes dessa estratégia. Alguma medida tem de ser tomada sobre a insubordinação desse diretor, o governo precisa demonstrar firmeza na defesa de um patrimônio que sempre classificou como estratégico para o Brasil. Sob pena de gerar espaço para outros gerentes que se acham donos da companhia que pertence a todos os brasileiros.

 

 

Fonte: CUT

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) consolidou os volumes de produção de veículos da indústria ferroviária brasileira de 2015. O setor entregou 4.683 vagões de carga (75 para exportação), 322 carros de passageiros (78 para exportação), além de 129 locomotivas (6 para exportação), índice histórico de fabricação no Brasil. O faturamento total da indústria ferroviária, incluindo sua cadeia produtiva, ficou em R$ 6,2 bilhões, um crescimento de 10,7 % em relação a 2014, que fechou em R$ 5,6 bilhões.

A indústria brasileira fechou o ano de 2015 com acréscimo de 60% de locomotivas fabricadas, em relação a 2014, em que foram entregues 80 unidades. Estabilidade marcou a produção de vagões, comparada às 4.703 unidades fabricadas em 2014. Já a entrega de carros de passageiros oscilou negativamente frente às 374 unidades de 2014, cuja diferença já está adicionada ao volume previsto para 2016.

As projeções para 2016 apontam para a produção e entrega de 4 mil vagões (50 para exportação), 473 carros de passageiros (72 para exportação) e 100 locomotivas (10 para exportação), com previsão de ligeiro aumento do faturamento total. As exportações de componentes de veículos e de materiais para via permanente serão também alavancadas com a consolidação do câmbio favorável.

“A premente necessidade de novas ferrovias no País e a melhoria das existentes, a partir de primordiais investimentos públicos e privados, demandarão um permanente desenvolvimento local de competências tecnológicas para a produção no Brasil dos veículos e sistemas ferroviários. Capacidade instalada, alta tecnologia e mão de obra especializada não faltam à indústria ferroviária brasileira, que tem dedicado o melhor dos seus esforços para colaborar com o desenvolvimento social e econômico do Brasil, gerando bons empregos e renda ao trabalhador brasileiro e maior produtividade às concessionárias de carga e de passageiros”, enfatiza o presidente Vicente Abate, presidente da Abifer.

 

 

Fonte: Abifer

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apesar da crise global e das consequências de uma orientação equivocada que, a partir de 2003, passou a misturar política com comércio exterior, prejudicando a colocação de produtos manufaturados nos EUA, o maior mercado do planeta, o porto de Santos continua a bater recordes: em 12 anos, praticamente, dobrou sua movimentação de cargas, em função da exportação de commodities, especialmente soja (grãos e farelo), açúcar, milho, álcool e café em grãos. Se não tivesse havido tamanha retração nas vendas de manufaturados e o parque industrial brasileiro continuasse a produzir em ritmo crescente ou ao menos nos níveis anteriores, o País hoje não estaria mergulhado em recessão. Pelo contrário. Seria um oásis que atrairia investimentos do mundo inteiro.

Nesse quadro, o porto de Santos, com certeza, estaria a enfrentar maiores problemas em sua logística em razão de sua infraestrutura deficiente, pois a movimentação de cargas seria ainda maior, mas, convenhamos, é melhor suportar as dores do crescimento do que conviver com facilidades no escoamento trazidas por um período recessivo em que pouco se vende e pouco se compra. 

Seja como for, os números de 2015 divulgados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) apresentaram desempenho acima do esperado, com 119,9 milhões de toneladas passando pelo complexo santista, um aumento de 100% em relação a 2003, quando foram movimentadas 60,1 milhões de toneladas. A marca alcançada é 7,9% superior em comparação com 2014, quando saíram e entraram 111,1 milhões de toneladas pelos terminais santistas.

Obviamente, as commodities foram responsáveis por esse crescimento, o que significa que, nos últimos anos, o País, em vez de se afirmar como nação industrializada, voltou ao estágio de exportadora de matérias-primas, tal como era nos séculos 18 e 19. O açúcar, que sai em contêineres, em sacas e solto, foi a carga mais movimentada, atingindo 18,1 milhões de toneladas, marca 5,3% superior à de 2014. Os principais mercados foram China, Bangladesh e Índia.

Os embarques de soja chegaram a 17,7 milhões de toneladas, crescendo 7,9% em relação ao ano anterior, com vendas principalmente para a China, Tailândia e Coreia do Sul. Café em grãos registrou crescimento de 6,3%, atingindo a marca de 1,6 milhão de toneladas, seguindo para EUA, Alemanha e Itália. Essas três foram as cargas mais movimentadas em valor. O crescimento mais significativo, porém, foi o do milho, que registrou aumento de 76%: 15,7 milhões de toneladas contra 8,9 milhões em 2014.

Em contrapartida, as importações registraram queda de 6,4%: 32,2 milhões de toneladas desembarcadas em 2015 contra 34,5 milhões em 2014. No total, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a participação do porto de Santos no comércio internacional do País foi de 27,3%, com US$ 99 bilhões. Em 2014, essa participação foi menor (25,6%), mas o volume de vendas maior (US$ 116,1 bilhões).

 

 

* por Milton Lourenço, presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC)

 

 

 

 

 

 

 

 

A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) restabeleceu sentença que condenou a empresa Cristal Pigmentos do Brasil a pagar a um operador de processos as verbas trabalhistas devidas sobre 11 meses em que esteve afastado do serviço por doença do trabalho, sem receber auxílio-doença do INSS. O benefício previdenciário não foi concedido no período em razão da demora da empresa em emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).

A empresa tentou despedir o operador em 12/7/2007, mas o Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia se recusou a homologar a rescisão, ao receber relatório médico que comprovou a doença ocupacional (tendinite no ombro) e afastou o empregado das atividades em 4/7/2007. Diante da recusa, a empresa ingressou com ação judicial para efetivar a despedida, mas a sentença não lhe foi favorável, e ainda determinou a emissão da CAT retroativa à data do afastamento. O envio da comunicação, no entanto, só ocorreu quase um ano depois, em 1º/7/2008. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) autorizou o benefício, mas somente a partir da data de entrega do requerimento, porque o pedido aconteceu mais de 30 dias após o afastamento.

Demitido ao retornar às atividades, o operador pediu, na 1ª Vara do Trabalho de Camaçari (BA), o pagamento dos salários referentes ao período em que esteve ausente sem receber o benefício. A empresa, em sua contestação, afirmou que só tinha obrigação de remunerar o empregado nos primeiros 15 dias do afastamento. A partir do 16º, caberia ao INSS sustentar o trabalhador. Quanto à CAT, alegou que sua obrigação de emiti-la decorreu apenas da decisão da Justiça.

 

 

 

Fonte: Notícias do TST

 

 

 

 

 

 

 

O Parque Tecnológico de Santo André deu mais um importante passo para sair de vez do papel. No dia 19 último, foi assinado, pelo governo paulista e a prefeitura do município, o credenciamento, em definitivo, do parque andreense junto ao Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec). Além do complexo andreense, outros seis parques – quatro em Campinas, um em Botucatu e outro em São José do Rio Preto – também receberam a chancela.

Com o trâmite realizado nesta manhã, fica a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC – entidade gestora –, autorizada a receber incentivos fiscais, além de firmar convênios para que possa receber repasses para a execução das obras, além da compra de equipamentos. Um estudo preliminar realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Santo André estimou em R$ 14 milhões o montante inicial necessário para poder viabilizar o projeto. O próximo passo será o envio de um projeto do Executivo para aprovação na Câmara para que seja designado o terreno que pertencia à indústria química Rhodia Têxtil, localizada na região central da cidade, como base tecnológica.

Instalações
Além do terreno de 8 mil m², sendo 5 mil m² de área construída, que pertencia à indústria química Rhodia Têxtil, outros dois locais também foram disponibilizados para implementação do Parque, sendo um de 30 mil m², próximo ao Auto Shopping Global, localizado na Avenida dos Estados, e o outro ainda maior, com 180 mil m², no Campo Grande, na região de Paranapiacaba.

 

 

Fonte: Prefeitura Municipal de Santo André

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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