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Estamos em uma conjuntura de resistência em que as más notícias vão se acumulando e as boas passam a ser raras.

Demissões e dificuldades vão se somando no cotidiano dos trabalhadores e transformando sua apreensão em algo bem mais forte, que pode ser previsto de maneira muito vaga, porque tem a característica do intempestivo.

Para que a apreensão se materialize em protesto e este acerte o alvo, será preciso modificar, com urgência, as formas de luta adotadas até agora.

No período do protagonismo, com a conjuntura favorável, o movimento sindical funcionava essencialmente como pressão organizada, como lobby. As manifestações, positivas em seu esforço unitário, eram manifestações de dirigentes sindicais e de ativistas, que buscavam com suas bandeiras a visibilidade social midiática e davam respaldo às intervenções das lideranças em seus contatos e reuniões em Brasília e em outras capitais com as esferas de poder.

Agora, não. Com o “salve geral” em curso é preciso recalibrar nossos instrumentos de análise e de mobilização. O desconforto de hoje, se materializado amanhã em verdadeiras explosões, precisará de algo mais que as bandeiras e palavras de ordem para ser orientado e dirigido pelas organizações sindicais.

Em 2013, por exemplo, o movimento sindical foi ausente das manifestações e foi, até mesmo, hostilizado por elas. Como dirigir manifestações de trabalhadores com motivações semelhantes às dos jovens em 2013 e com a impetuosidade, explosividade e imprevisibilidade daquelas?

Estas cogitações reforçam o empenho pela unidade na base em todas aquelas questões que afligem os trabalhadores hoje, aonde o calo dói.

Reforçam o empenho em escutar os trabalhadores e atentar para os mínimos sinais precursores da avalanche e preparar – as direções, os ativistas, os delegados sindicais e o conjunto da base – para os tempos duros de resistência, sem politiquices.


 

* por João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical










Sessenta jovens empreendedores do mundo inteiro estarão no Brasil, de 6 de julho a 6 de agosto, participando da 9ª edição do programa Guerreiros Sem Armas (GSA), do Instituto Elos (www.institutoelos.org). Eles passarão pela experiência de viver e atuar em comunidades da Baixada Santista e aprenderão, na prática, a mobilizar pessoas para realizar ações em diferentes contextos. Nos últimos 15 anos, o instituto formou 403 jovens de 37 países diferentes, que atuaram em parceria com 21 comunidades na Baixada Santista.


Foto: Divulgação
Jovens guerreiros Prainha 
Jovens em outra edição dos Guerreiros sem Armas, na Prainha, em Guarujá
 

Os participantes de todas as edições do programa Guerreiros Sem Armas fazem parte de uma rede mundial de jovens empreendedores sociais que atuam localmente para transformar comunidades e que já promoveram ações como o movimento Oasis Santa Catarina (https://vimeo.com/17337520), o Movimento Oasis Caribe (http://www.oasiscaribemovement.com/) e o GSA Madrid (www.gsamadrid.net), entre outras experiências de longo prazo. 

Realizado desde 1999, o Guerreiros Sem Armas oferece uma experiência profunda de transformação com várias etapas de aprendizado, a partir de uma série de instrumentos que facilitam o trabalho em comunidade. Ao final da vivência em 1999, jovens executaram, junto com os moradores, um trabalho em sistema de mutirão: houve a construção de centro comunitário, de uma creche, de uma praça comunitária e parque infantil com brinquedos em bambu, a eliminação de lixão em regiões estratégicas e a montagem de um posto de coleta seletiva do lixo a revitalização de um atracadouro para barcos.

Por meio do programa, jovens têm contato com tecnologias para transformação de realidades em qualquer lugar do mundo. São no mínimo 290 horas de formação em 3 comunidades da Baixada Santista com uma equipe experiente de facilitadores e consultores. Além dos 60 participantes na formação, o programa acolhe cerca de 500 pessoas ao longo de todo o processo: são moradores das comunidades, representantes do poder público, do comércio local, de universidades, escolas e muita gente que participa espontaneamente do processo.

No GSA o jovem faz parte de uma jornada de aprendizados e desafios além da etapa vivencial na comunidade. Participa de palestras temáticas, oficinas, atividades vivenciais ministrados por vários tipos de lideranças, a exemplo de jogos das tradições indígenas, danças circulares, entre outras experiências.

Depois de uma experiência tão intensa, a maioria dos jovens volta a suas cidades e países dispostos a empreender ações e projetos. Eles recebem acompanhamento durante 18 meses através de encontros virtuais e discussão de projetos, com o intuito de formar uma comunidade de atuação em escala global.



Fonte: Assessoria Cais das Letras e Ana Lima Comunicação








O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, na madrugada desta quarta-feira (1º/7), o texto da comissão especial para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal (171/93). Foram 303 votos a favor, quando o mínimo necessário eram 308. Foram 184 votos contra e três abstenções.

A discussão, no entanto, ainda não se encerrou, avisou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele lembrou que o Plenário ainda tem de votar o texto original da proposta ou outras emendas que tramitam em conjunto.

“Eu sou obrigado a votar a PEC original para concluir a votação ou o que os partidos apresentarem. No curso da votação, poderão ser apresentadas várias emendas aglutinativas. A votação ainda está muito longe de acabar, foi uma etapa dela”, disse Cunha.

Ainda não há data para a retomada da discussão. Eduardo Cunha disse que a proposta poderá voltar à pauta na semana que vem ou, se isso não for possível, no segundo semestre. Antes do recesso, o Plenário ainda precisa votar o segundo turno da PEC da Reforma Política.

A proposta rejeitada reduziria de 18 para 16 anos a maioridade penal para crimes hediondos, como estupro, latrocínio e homicídio qualificado (quando há agravantes). O adolescente dessa faixa etária também poderia ser condenado por crimes de lesão corporal grave ou lesão corporal seguida de morte e roubo agravado (quando há uso de arma ou participação de dois ou mais criminosos, entre outras circunstâncias). O texto original, que pode ir à votação, reduz a maioridade para 16 em todos os casos.

A decisão apertada – faltaram 5 votos para aprovar a proposta – foi recebida com gritos por deputados e manifestantes das galerias, que cantaram “Pula, sai do chão, quem é contra a redução” e outras palavras de ordem. A sessão chegou a ser suspensa pelo presidente da Câmara para que as galerias fossem esvaziadas.

O relator da proposta, deputado Laerte Bessa (PR-DF), lamentou o resultado. “Infelizmente, nós perdemos. Eu fico triste, como parlamentar, e mais ainda como cidadão”, disse o deputado.

Bessa avaliou que as chances de vitória na PEC original são reduzidas. “O acordo foi feito com base nesse substitutivo”, explicou.

Reforma do ECA
O debate da PEC foi acirrado. Foram mais de três horas de discussão em um Plenário dividido, mas com uma opinião em comum: todos os discursos reconheceram que o Brasil enfrenta problemas no controle da criminalidade e que o Congresso precisa ampliar o debate.

Para os deputados contrários à PEC, a solução não está no julgamento de menores entre 16 e 17 anos como adultos, mas na revisão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para aumentar o tempo de internação do jovem infrator no sistema atual de medida socioeducativa.

Para o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), a revisão do ECA deve ser prioridade da Câmara. “Agora é dialogarmos para, imediatamente, colocarmos em funcionamento a comissão especial de reforma do ECA. O governo apresentou uma proposta que amplia o prazo de internação, coloca mais rigidez para quem utiliza menores para cometer crimes contra a vida e separa os que cometem crimes contra a vida dos demais”, disse.

O deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) lembrou que, nos últimos dez anos, o Congresso aprovou diversas leis aumentando o tempo de pena de diversos crimes, mas ainda assim a violência não diminuiu. “O que reduz a violência é a certeza da aplicação dessa pena. Para oferecer ao Brasil uma solução adequada, é preciso fazer um diagnóstico. E vai se chegar à conclusão de que ela é fruto da exclusão”, disse.

Para o líder do Pros, deputado Domingos Neto (CE), uma reforma no ECA poderia garantir a aplicação mais rápida de uma pena ao adolescente infrator, já que o processo é mais rápido do que o previsto no Código Penal. “Se punido pelo Código Penal, um jovem poderia estar solto em um ano e meio por progressão da pena, mas, se mudarmos o ECA, ele poderá cumprir pena de até 8 anos”, disse.

Domingos Neto afirmou ainda que a mudança legal precisa vir acompanhada de investimentos do governo federal nas instituições de internação.

Educação
Os deputados do PT, contrários ao texto, enfatizaram o discurso de que o jovem precisa de mais educação. “Não ofereçam a desesperança dos presídios, que não têm melhorado a vida de ninguém, a jovens que podemos resgatar”, apelou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) ressaltou que a redução da maioridade penal vai na contramão das experiências mundiais e não tem estudos a seu favor. “A reincidência entre os que cumprem pena no sistema prisional é de 70%, enquanto a reincidência entre os que cumprem medida socioeducativa é de apenas 36%”, disse.

Deputados também demonstraram preocupação com o efeito da regra em outras normas em vigor, como a idade mínima para dirigir, leis sobre exploração sexual e a proibição da venda de bebidas alcoólicas para menores. A preocupação foi levantada pelo deputado Glauber Braga (PSB-RJ). “Precisamos avaliar o valor da repercussão que essa decisão pode ter sobre outras áreas do mundo do direito – como a ampliação do direito de dirigir a partir dos 16”, disse.


* Saiba como votou cada deputado nessa matéria aqui.



Fonte: Agência Câmara de Notícias








Dentro do programa Engenheiro Empreendedor do SEESP, estão abertas inscrições para o curso “Sucesso em negociação em tempo de crise”. Com a economia brasileira em crise, nunca foi tão importante conhecer e aprender as técnicas de negociação. Com as mudanças da economia, alteraram-se substancialmente as margens de lucro em nosso país. Hoje, cada centavo é disputado e todos precisam estar ainda mais preparados e aperfeiçoados em suas técnicas de negociar. Confira, a seguir, mais informações sobre a atividade.

OBJETIVOS

Aumentar a segurança e melhorar os resultados obtidos nas negociações.  Corrigir erros e posturas de cada negociador. Persuadir e influenciar pessoas, aumentando o seu poder de negociação.

A QUEM INTERESSA

A todos os profissionais que tenham contato com clientes ou fornecedores, e que precise aprofundar seus conhecimentos sobre técnicas e estratégias de - Conceitos fundamentais da negociação.

PROGRAMA

- Conceitos fundamentais de negociação

- Estratégias e táticas de negociação

- Programação neurolinguística

- Armadilhas psicológicas e erros comuns

- A importância da negociação na atualidade

- Negociação para vencer ou convencer?

- Prática da confiança na negociação

- Como superar objeções

METODOLOGIA

A metodologia é ativo-participativa que tem como princípio básico a aprendizagem pela ação, ou seja, uma forma de aprendizagem com conhecimento imediato de resultados.

DURAÇÃO: 03 HORAS

REFORÇO POSITIVO

Os participantes recebem um curso em áudio Negociação de Sucesso.

Durante 15 semanas recebem textos de conceitos e motivações para uma negociação de sucesso.

CONSULTOR
Salvador Balaguer

Engenheiro mecânico graduado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), com pós-graduação em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é diretor da Balaguer Treinamentos S/C Ltda.

Trata-se de uma empresa que opera no desenvolvimento organizacional e trabalha com os grupos numa metodologia participativa, utilizando ferramentas, conceitos e abordagens que estimulem o “caminho da descoberta”, evitando a mera transmissão de soluções prontas. Foi professor por 12 anos na Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp), Fundação Vanzolini e Pontifícia Universidade Católica (PUC)-Campus de Campinas. Foi gerente da General Motors do Brasil SA, na Divisão Industrial e de Recursos Humanos. Atua como consultor/facilitador de empresas dos mais diferentes ramos, portes e origens em processos de planejamento estratégico, profissionalização, transformação e ética empresarial, gestão empreendedora, liderança e recursos humanos.

VALOR

R$ 70,00 ou R$ 60,00 para sócios quites com o SEESP

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES

Pelo telefone (11) 3113-2641 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.








A Câmara dos Deputados, informa o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), poderá votar a urgência para a tramitação do Projeto de Lei (PL) 1.358/15, anexado ao PL 1.222/11, dos deputados Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e Mendonça Filho (DEM-PE), acresce parágrafo ao artigo 13 da Lei 8.036, de 11 de maio de 1990, dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A matéria trata da remuneração dos depósitos efetuados nas contas vinculadas do fundo, mudando o atual índice de correção das contas do fundo – Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano. O objetivo é garantir o mesmo reajuste da caderneta de poupança.



Imprensa SEESP









Os engenheiros da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-SP), que estão em campanha salarial, se reúnem em assembleia nesta quarta-feira (1º/7), às 19h (segunda convocação), na sede do SEESP, em São Paulo (Rua Genebra, 25, Bela Vista). Na pauta: avaliação e deliberação sobre a segunda rodada de negociação com a empresa, realizada no dia 29 de junho último, com vistas à assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2015; e definição dos próximos passos da campanha salarial com possibilidade, inclusive, de deflagração de greve.

Na primeira reunião de negociação, no dia 26 último, a companhia apresentou o índice de 5% de reajuste salarial, que foi rejeitado, na hora, pelo sindicato. Ainda nesse encontro, o SEESP retomou as discussões sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e o piso salarial da categoria, assuntos pendentes do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2014. A empresa voltou a afirmar que possui apenas três engenheiros e que não exerce atividade que necessite ser desenvolvida pelo profissional, utilizando como argumento um questionário encaminhado aos supervisores de áreas. O SEESP rebateu as alegações e reforçou que o entendimento adotado pela CET é distorcido e o pleito da categoria de enquadramento em uma carreira exclusiva é legítimo, além de estar de acordo com a legislação.

Após intenso debate, a companhia mudou o discurso e manifestou interesse em resolver a questão em trabalho conjunto com o sindicato. Por isso, serão realizadas reuniões entre a gerência de Recursos Humanos (GRH) da empresa e três engenheiros indicados pelo SEESP das áreas de Operação, Sinalização e Planejamento. A empresa irá levantar quantos efetivamente ela considera como engenheiro e quantos estão com o salário inferior ao piso da categoria.

Com relação ao piso salarial do engenheiro de segurança do trabalho, a CET está optando por redução da jornada de trabalho de 8 horas diárias para 6 horas diárias com adequação do piso salarial dos engenheiros de acordo com a legislação.




Edição Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP









 

Em assembleia realizada no dia 26 de junho último, os engenheiros confirmaram a decisão do SEESP, rejeitando a proposta salarial da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) para o Acordo Coletivo de Trabalho 2015, apresentada na quarta reunião de negociações com empresa em 22 de junho último, conforme divulgado no Boletim SEESP – Edição Emae nº 03/2015.

A categoria deliberou, ainda, entrar em estado de greve e declarar a assembleia aberta em caráter permanente até o término da campanha salarial, com vistas a levar suas reivindicações para apreciação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), 2ª Região de São Paulo, dentro do dissídio econômico com ameaça de greve.


 

Imprensa SEESP







Recuperar a atividade produtiva é fundamental ao crescimento socioeconômico sustentável do País, que vive um processo de desindustrialização. A conclusão ficou evidente durante o seminário “O desafio de reindustrializar o Brasil”, realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), por meio de seu Departamento de Conjuntura Econômica na sede do SEESP, em São Paulo, na tarde do dia 29 de junho. Não obstante, entre os palestrantes, expressaram-se diferenças entre o diagnóstico de o porquê desse cenário nacional e as ações para reverter tal quadro. Participaram como expositores os economistas Antonio Corrêa de Lacerda, coordenador do Programa de Estudos Pós-graduados em Economia Política da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Maílson da Nóbrega, ministro da Fazenda entre janeiro de 1988 e março de 1990 e atualmente consultor na área, além de Anita Kon, coordenadora do Grupo de Pesquisas em Economia Industrial, Trabalho e Tecnologia do Programa de Estudos Pós-graduados em Economia Política da PUC/SP.


Foto: Beatriz Arruda
CNTU 29JUN2015 editada 
Mesa do seminário que discutiu a reindustrialização do País, organizado pela CNTU, no dia 29 de junho 


Como lembrou o presidente da CNTU à abertura, Murilo Celso de Campos Pinheiro, o evento vai ao encontro da postura da entidade de contribuir com proposições a questões importantes à sociedade brasileira, entre elas a premência da reindustrialização de modo a assegurar a produção de bens e serviços com maior valor agregado, geração de empregos de qualidade e aumento da produtividade para que haja a retomada do desenvolvimento. O diretor da entidade e coordenador do seu Departamento de Conjuntura Econômica, Waldir Pereira Gomes, lembrou no ensejo que “a fotografia da economia é preocupante. O PIB tem variação negativa próxima de 1,5% e a perspectiva é de crescimento pífio em 2016. A inflação, mais perversa às classes de rendas mais baixas, está em torno de 9% ao ano e cresce o desemprego, em 7,8%, sobretudo entre os mais jovens.”

Diante desse panorama, Lacerda foi categórico: “O desafio de reindustrializar o Brasil é estrutural. Nos últimos dez, 15 anos, vimos evoluir grande mercado de consumo, mas isso não foi acompanhado de desenvolvimento industrial – e não por falta de capacidade física para atender a demanda. Aproveitando o boom de commodities, nos acomodamos enquanto sociedade de consumo, e não de produção e investimento.”

Essa situação levou a um encerramento de tal ciclo, que chegou a culminar na geração de emprego e renda, segundo explicou ele. Com a queda global do mercado de commodities e a mudança da política cambial norte-americana – resultando na desvalorização do real em relação ao dólar e inibindo as importações –, frisou: “Este ano, temos uma recessão que deve se estender até 2016.” Para complicar, Lacerda apontou a forma equivocada com que se propôs o ajuste fiscal, com “elevação brutal da taxa de juros”. E completou: “um convite à especulação e desestímulo à produção e ao investimento”.

Na sua análise, o País ficou mais dependente de fontes públicas de financiamento, particularmente do Banco Nacional de Desenvolvimento e Social (BNDES), o qual contudo “tem seus limites”. Ele ratificou: “A única fonte de longo prazo está com os braços atados. E a situação adversa aumentou o déficit de conta corrente. Como consequência, o PIB vai cair 2% este ano e o investimento, perto de 10%.”

Os indicadores conjunturais da indústria, diante das escolhas feitas, são muito negativos. No geral, a queda é de 5% e em bens de capital, 10%, de acordo com Lacerda. Mas ele foi enfático: “O Brasil tem todas as condições de reverter esse processo. É preciso ajustar os macropreços, com a redução da taxa de juros, mas é fundamental promover mudança estrutural. A política industrial tem que ser de Estado, de longo prazo. O País tem uma demanda reprimida enorme do ponto de vista de investimentos em logística e infraestrutura, é preciso carrear recursos privados.”

Criticando os interesses partidários acima dos nacionais e certa “má vontade” com o atual governo federal, Lacerda concluiu: “Espero que o terceiro turno das eleições termine logo para que a gente volte a trabalhar, senão não vai haver reindustrialização.”

Mais produtividade e inovação
Para Maílson da Nóbrega, todavia, a chave para a reindustrialização não passa por rever os macropreços ou por definir uma política industrial, mas por ampliar a produtividade na indústria e, com isso, sua competitividade. Na sua visão, requer capacitar a mão de obra, resolver o “caótico sistema tributário” e questões como logística. Além disso, elevar acordos de comércio com outros países, abrir espaço ao investidor privado para ampliar a infraestrutura e realizar a reforma trabalhista. Ele se posicionou ainda a favor da terceirização, inclusive para atividades-fim, como forma de incrementar a produtividade na indústria – argumento que foi rebatido por sindicalistas na plateia e por Lacerda. “O desafio é restaurar a competitividade no setor, danificada por uma série de erros no passado. A reindustrialização será consequência natural, e depende de liderança, diagnóstico e gente competente.”

Anita Kon reiterou que “não temos condições de competir com preços e escala” devido às deficiências em logística. Para ela, é preciso uma política industrial que integre questões de micro, macro e mesoeconomia, de curto, médio e longo prazos, bem como os setores público e privado. Tal política deve ainda, conforme Kon, pensar saídas para problemas como a baixa taxa de inovação. “As condições de pesquisa e financiamento são muito tímidas, e o coeficiente de importação de tecnologia é muito elevado.” Isso tem a ver, também na sua ótica, com o baixo nível de formação de mão de obra. “É necessário qualificá-la.”

 

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP

 

 

 

 

 

 

 

 

Os engenheiros da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) realizam assembleia nesta segunda-feira (29/6), às 18h30, para discussão e deliberação sobre os próximos passos da mobilização dos engenheiros e dos arquitetos em relação à campanha salarial de 2015.

No dia 26 último, em audiência de conciliação do dissídio econômico com ameaça de greve, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), 2ª Região de São Paulo, a empresa não avançou em sua proposta. Portanto, não foi possível conciliação entre as partes. O tribunal apresentou uma proposta de conciliação e convocou nova audiência para o próximo dia 15 de julho.

Os sindicatos dos engenheiros e dos arquitetos comprometeram-se a não paralisar as atividades enquanto perdurarem as negociações. E a empresa assumiu o compromisso de não realizar demissões no mesmo período. Destacamos os principais pontos colocados pelo TRT: reajuste salarial de 8,29%, extensível aos benefícios, retroativo a 1º de maio, correspondente ao Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas (IPC-Fipe), mais 1% de aumento real a título de produtividade; e sugeriu, ainda, que a EMTU encaminhe aos órgãos próprios de deliberação do Estado a proposta de fixação do piso salarial dos engenheiros e dos arquitetos, em conformidade com a Lei nº 4.950-A/66.

 

 

Imprensa SEESP

 

 

 

 

 

 

 

Acontece nos dias 28 e 29 de agosto próximo, em São Bernardo do Campo, o Seminário Internacional Participação Cidadã, Gestão Democrática e as Cidades no Século XXI, uma promoção da Prefeitura local com apoio da Universidade Metodista de São Paulo e que trará como participantes, entre outros, o ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente do Uruguai José Mujica, além dos atuais ministros da Saúde, Arthur Chioro, da Educação, Renato Janine Ribeiro, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto. Mais informação pelo telefone (11) 4348-1000.

28 de Agosto
Das 14h15 às 16h, mesa-redonda
· Participação Cidadã, Cidades e Insurgências Urbanas
Participantes
Miguel Rossetto, ministro da Secretaria-Geral da Presidência
Antonio Bonfatti, governador de Santa Fé (Argentina)
Mino Carta, revista Carta Capital
Jeroen Klink, Universidade Federal do ABC
Tarcisio Secoli, secretário Serviços Urbanos de São Bernardo

Das 16h30 às 18h30, mesa-redonda
· Desafios e Perspectivas da Participação no Século XXI
Participantes
Yves Cabannes, University College London
Giovanni Allegretti, Universidade de Coimbra
Jairo Jorge da Silva, prefeito de Canoas/Rede Brasileira de Orçamento Participativo
Evelina Dagnino, Universidade de Campinas

Das 19h às 20h, palestra
· Sociedades Dissidentes, Futuro e Construções Coletivas
Renato Janine Ribeiro, ministro da Educação

29 de agosto
Das 9h30 às 11h, mesa redonda
· Projeto Protagonistas da Participação, Emergência de Saberes, Ações Anticíclicas e Novas Propostas
Participantes
Arthur Chioro, ministro da Saúde
Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo
Nilza de Oliveira, secretário de Orçamento e Planejamento de S.Bernardo
Victor Arroyo, São Bernardo

Das 11h30 às 13h, mesa redonda
· A importância da Participação Cidadã na América Latina
Participantes
Luiz Inácio da Silva, ex-presidente do Brasil
José Mujica, senador e ex-presidente do Uruguai

- 13h, Livro dos Protagonistas
Uma reflexão sobre a participação cidadã a partir da perspectiva dos seus protagonistas.



 

Rosângela Ribeiro Gil
Com informações da Universidade Metodista de São Paulo








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