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MauroLourencodentroAproveitando que despertou para a necessidade de que o País precisa se tornar mais competitivo e, portanto, necessita desatar o nó logístico que impede o seu crescimento, o governo federal deveria também colocar na ordem do dia a questão da cabotagem. Como se sabe, embora conte com uma costa navegável de 7.500 quilômetros de extensão e mais de 30 portos e vários terminais privativos, o Brasil não tem sabido explorar de maneira rentável esse meio de transporte.

Basta ver que hoje esse modal representa apenas 9,6% da matriz brasileira de transporte, número que é extremamente modesto se comparado com os 37% movimentados pela União Europeia e os 48% transportados pela China, segundo dados do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), do Rio de Janeiro. É verdade que, em outros tempos, quando as ligações por rodovia e ferrovia eram bem precárias, a cabotagem, na medida do possível, constituía o meio mais utilizado para o transporte de carga geral e a granel. Mas isso se deu há um século, antes do desenvolvimento do modal rodoviário e da chegada das indústrias automobilísticas.

É certo que o desenvolvimento de um modal não teria necessariamente de significar o estrangulamento de outro, mas a verdade é que foi isso o que ocorreu no Brasil, levando de roldão também o modal ferroviário, com o conseqüente sucateamento da malha que, bem ou mal, unia regiões importantes do País, especialmente no Sudeste.

Hoje, irremediavelmente, em função da incúria de governantes passados, não há outro remédio a não ser tratar de convencer a iniciativa privada a investir nesses dois modais. No caso da cabotagem, seriam necessárias medidas para incentivar a recuperação desse modal que, antes de tudo, é o que menos polui, dado relevante numa época como a nossa que é marcada por uma consciência ambiental que nunca existiu em outros tempos. Sem contar que a cabotagem é também o modal que registra os menores índices quanto ao risco de roubo e avaria de cargas.

É claro que a cabotagem não oferece só vantagens a quem a utiliza. Fosse assim, seria muito mais utilizada. Uma pesquisa do Ilos mostrou que, entre os pontos desfavoráveis desse meio de transporte, estão a concentração de volumes em embarques únicos, a oferta insuficiente de escalas dos navios, o risco de aumento de estoques, o maior tempo de viagem e uma burocracia semelhante à do comércio exterior.

Para o governo, este último obstáculo seria o de maior facilidade de remoção, pois não é admissível que uma mercadoria que não saiu do País seja vista da mesma forma como aquela que vem de fora. Isso foge à luz da razão. Obviamente, para que outros obstáculos sejam superados, seria necessário adotar uma política que combatesse diretamente os problemas de infraestrutura do modal.

Essa política deveria incluir uma série de incentivos a investimentos na capacidade produtiva, na compra de navios novos e na melhoria das instalações portuárias. Além disso, há um entrave há muito apontado pelos armadores que é o alto custo do bunker, combustível utilizado para movimentar as embarcações. Com razão, os armadores pedem um tratamento tributário de combustíveis igual ao dispensado aos navios de longo curso.

É claro que há outros obstáculos, como a escassez de mão de obra qualificada. Mesmo assim, é de assinalar que houve um crescimento médio de 8% nos últimos anos da carga de cabotagem em contêineres, segundo o Ilos. E que essa expansão vem se dando pela intensificação da utilização do contêiner pela indústria, resultado também da melhoria nas instalações portuárias. Em outras palavras: a cabotagem só precisa de um empurrão para que volte a ser um modal em franco desenvolvimento e de futuro promissor.

* por Mauro Lourenço Dias, engenheiro eletrônico, é vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e Logística no Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)


Imprensa - SEESP




edificacaodentroO Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), em razão da tragédia da boate Kiss, em Santa Maria (RS), está iniciando um amplo movimento de conscientização de Prevenção e Segurança em Edificações. Como parte dessa ação, será realizada uma palestra técnica e debate sobre o tema, no instituto, nesta sexta feira (8/02), das 15h às 17h, com o engenheiro Eduardo Linzmayer (professor associado da Escola de Engenharia e Administração Mauá e consultor especialista em Manutenção e de Infraestrutura do Centro de Pesquisas do Instituto Mauá de Tecnologia e da EBL Consultoria). As vagas são limitadas. As inscrições devem ser feitas com Susana Aparecida Rocha telefone, pelo telefone (11) 4239 3134 ou pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.">Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

O objetivo do evento é transmitir os atuais e modernos conceitos de manutenção predial e segurança em edificações com fluxo e concentração de pessoas e usuários, promovendo um debate com os participantes sobre seus atuais problemas e seus reflexos em relação à segurança e aos custos energéticos e operacionais. Será apresentada a metodologia aplicada do GDR (Gerenciamento de Rotina) aplicada na prevenção e controle de defeitos e falhas das edificações.

A palestra terá o seguinte conteúdo programático: 

- Apresentação e introdução à Manutenção Predial e de Facilidades;

- Visão das empresas brasileiras no contexto mundial e o atual cenário;

- A aituação das empresas e os seus problemas de produção e manutenção;

- O que é manutenção? As principais “ferramentas” aplicadas na manutenção predial;

- Discussão e debate sobre os riscos e tragédias ocorridas recentemente; e

- Conclusões e finalização.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP




PetroleirodentroTem sido cada vez mais comum ouvir reclamações de escritórios brasileiros de engenharia que costumavam prestar serviços para a Petrobras e, agora, estão vendo as encomendas rarearem e, consequentemente, dispensando pessoal. Uma das razões, segundo representantes de empresas ouvidos por este blog, seria a crescente utilização de prestadores de serviços em engenharia no exterior.

De acordo com a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), diretores da multinacional brasileira afirmaram que a empresa não possui a mesma experiência que demonstra com a produção de petróleo na construção de unidades de refino, por exemplo. Daí a necessidade de parcerias internacionais. A justificativa foi rechaçada pela associação e por engenheiros ouvidos por este blog que participaram da construção de outras refinarias da empresa.

“Uma das funções sociais da Petrobras é gerar tecnologia aqui, para que aqui se desenvolva capacitação técnica e empregos de qualidade”, explica Fernando Siqueira, vice-presidente da Aepet. “Quando o projeto é feito no Brasil, ele sai em melhores condições para a nossa realidade.” Fernando cita, como exemplo, tanques de armazenamento de petróleo com tetos cônicos para não acumular neve que foram projetados por norte-americanos para uso no Brasil.

Segundo ele, Graça Foster aprofundou a política de encomendar projetos para o exterior (notadamente China, Coreia e Índia) que já existia quando Sérgio Gabrielli era presidente da empresa.

Nos três países citados acima, o custo de mão de obra no setor de serviços é mais baixo que no Brasil – mas a proteção ao trabalhador é menor. E isso reflete no valor final de um projeto.

Este blog fez duas perguntas específicas à Petrobras para buscar entender essa política: 1) Confirmar a informação de que parte do projeto da terceira fábrica de fertilizantes nitrogenados da Petrobras (UFN III) está sendo desenvolvido por um escritório de engenharia fora do país; 2) Em caso afirmativo: não havia escritório de engenharia dentro do país com capacidade para executar o projeto com mão de obra brasileira?

A empresa informou que não iria se manifestar sobre o assunto.

É claro que cada caso é um caso e a escolha por usar parceiras internacionais depende do nível de tecnologia do qual dispõe o país em diferentes áreas. Mas, ao que tudo indica, um componente de força política dos envolvidos  também faz diferença. Dilma Rousseff assinou o decreto número 7.888, em 15 de janeiro deste ano, estabelecendo a necessidade de contratação de 100% de serviços nacionais na ações de mobilidade urbana que fazem parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Isso atende a demandas de empreiteiras brasileiras, grandes doadoras de campanha, mas também contribui com a geração de empregos por aqui.

É estratégico para o Brasil o desenvolvimento de tecnologia própria e de empregos com alto nível de especialização. Como empresa de capital misto, a Petrobras deve responder aos seus acionistas e fazer valer o investimento realizado. Mas, ao mesmo tempo, o critério de resultado econômico global não deve ser o único analisado no momento em que se decide quem fará o projeto.

 

Imprensa – SEESP
Do Blog do Sakamoto - com reportagem de Stefano Wrobeski




MiltonLourencoDe toda a expectativa criada pelo anúncio em dezembro do Programa de Investimentos em Logística, que faz parte do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), de concreto ficou a disposição do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de financiar quase 70% dos novos investimentos privados que serão feitos.

Já é alguma coisa, pois até aqui o governo federal ao longo da história nunca havia dado ênfase a questões logísticas. Mas, de antemão, já se sabe que esses investimentos em infraestrutura vão demorar um bom tempo para serem concretizados. E, portanto, a médio e longo prazo, o setor terá de continuar a contar com a infraestrutura disponível que se tem mostrado insuficiente.

Por isso, seria recomendável que, neste 2013, o governo se preocupasse não só em adotar medidas que favoreçam a desregulamentação da burocracia aduaneira como em aumentar a eficácia da administração portuária, que hoje enfrenta obstáculos levantados pela legislação vigente que se refletem em licitações excessivamente demoradas. Afinal, se as medidas buscam atrair a iniciativa privada para investir na estruturação de novos portos e terminais, não podem as autoridades oferecer ao investidor um cenário inseguro e nebuloso em que o retorno tenha alta taxa de risco.

É preciso deixar claro que a infraestrutura precária provoca aumento de custos, mas não se pode atribuir ao operador logístico qualquer responsabilidade. Ora, o operador logístico não é indutor do crescimento, mas apenas desempenha uma função que resulta da expansão da economia. O que o segmento faz é buscar alternativas menos onerosas e mais rápidas para os seus clientes. E continuará a fazê-lo mesmo que não haja avanços a curto ou médio prazo na infraestrutura logística do País.

Em 2012, o segmento não manteve a média de crescimento entre 10% e 15% dos últimos anos porque o desenvolvimento do País patinou – de um Produto Interno Bruto (PIB) esperado de 4,5%, restou-nos um PIB de 1%. Para 2013, a esperança é que tenhamos um PIB de no mínimo 4%, o que dependerá muito das medidas de estímulo que o governo poderá oferecer ao mercado. Afinal, ninguém irá montar um porto ou um terminal privado, ainda que financiado pelo BNDES, para deixá-lo às moscas. É preciso que haja demanda, ou seja, cargas.

Portanto, apesar da crise internacional, o governo precisa criar condições para o efetivo desenvolvimento do País, o que passa pela abertura de mercados para o produto nacional, com a assinatura de novos acordos comerciais com nações e blocos. Como se sabe, isso só será possível com maiores estímulos à importação de equipamentos que venham a atualizar o parque fabril. Só com produtos manufaturados a preços competitivos será possível reverter a atual tendência que pode levar o Brasil a se tornar novamente um reles país fornecedor de matérias-primas.

* por Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC)


Imprensa - SEESP
Foto da home: Blog Virtual Logística 




ferroviasdentroPara reduzir o custo do frete no transporte de mercadorias e aumentar a competitividade dos produtos brasileiros, o país precisa equilibrar investimentos nos diferentes modais de transportes, reduzindo a predominância de rodovias e ampliando a rede de ferrovias e hidrovias. A avaliação é da senadora Ana Amélia (PP-RS), feita na terça-feira (29/01), em São Paulo, em evento que discutiu a infraestrutura no Brasil.

“O foco ainda está nas rodovias, mas é preciso equilibrar essa equação na infraestrutura, pois, no caso da soja, 30% dos custos ainda são de frete. O Brasil é muito produtivo, mas pouco competitivo”, disse.

A senadora destacou também a importância de aproveitar grandes projetos, como o Trem de Alta Velocidade (TAV), que ligará Campinas (SP) ao Rio de Janeiro. Segundo ela, é uma oportunidade para estimular a inovação e o desenvolvimento, com transferência de tecnologia. 

 

Imprensa – SEESP
Notícia da Agência Senado




CarteiradetrabalhodentroO uso do novo modelo do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho é obrigatório a todos os empregadores que demitirem seus funcionários sem justa causa a partir desta sexta-feira (1º/02). O documento deveria ter se tornado obrigatório em 1º de novembro de 2012, mas a vigência foi adiada devido à baixa adesão das empresas ao termo, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. Com isso, os empregadores tiveram mais de seis meses para se adequar ao novo termo, que foi aprovado em julho de 2012. De acordo com o ministro do Trabalho, Brizola Neto, não há possibilidade de prorrogar o prazo.

Sem o termo de rescisão, nenhum trabalhador pode sacar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ou o seguro-desemprego nas agências da Caixa Econômica Federal. Essa impossibilidade também vale para trabalhadores domésticos que tenham FGTS.

De acordo com um balanço divulgado pela Caixa, em novembro 41% dos empregadores tinham aderido ao novo termo até o período, o que foi considerado um percentual baixo pelo Ministério do Trabalho.

No novo modelo, as verbas rescisórias devidas ao funcionário e as deduções feitas deverão ser detalhadamente especificadas. No documento, também devem constar adicional noturno, de insalubridade e de periculosidade, horas extras, férias vencidas, aviso prévio indenizado, décimo terceiro salário, gorjetas, gratificações, salário família, comissões e multas. Ainda deverão ser discriminados valores de adiantamentos, pensões, contribuição à Previdência e o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). De acordo com o governo, o objetivo é facilitar a conferência dos valores pagos e devidos ao trabalhador.

"O novo termo trouxe mais segurança para as duas partes. Para o trabalhador, porque detalha todos os direitos rescisórios, como valores de horas extras, de forma minuciosa. Consequentemente, o empregador também se resguarda e terá em mãos um documento mais completo, caso ocorram futuros questionamentos, até por parte da Justiça Trabalhista", informou, em nota, o ministro Brizola Neto.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF), Álvaro Silveira Júnior, o novo termo será benéfico para empregadores e trabalhadores.

"À medida que as informações ficam mais claras no documento, há mais segurança e clareza de que a empresa pagou e o trabalhador recebeu. No momento da aposentadoria, muitas pessoas têm problemas por esse tipo de divergência em documentos", disse. 

Para o presidente da CDL-DF, ainda falta informação sobre o novo documento para trabalhadores e pequenos empresários, mas ele acredita que, com o início da obrigatoriedade, as mudanças deverão chegar a conhecimento público.

O novo termo deverá ser impresso em quatro vias, uma para o empregador e três para o empregado – duas delas deverão ser entregues à Caixa para o saque do FGTS e a solicitação do seguro-desemprego.

                                                 

Imprensa – SEESP
Notícia da Agência Brasil




internet-velocidadedentroOs usos das novas tecnologias pelos alunos da Educação para Jovens e Adultos (EJA) não começa nas escolas. Com sua grande e complexa estrutura, a instituição escolar não representa, para estas pessoas, um meio facilitador de interação com as mais recentes inovações tecnológicas. É o que aponta pesquisa da Faculdade de Educação (FE) da USP, que questiona a visão da escola como único e centralizador polo de difusão de conhecimentos, e enxerga na cultura libertária da internet a inspiração para mudanças estruturais na educação, como as “comunidades de aprendizagem”.

A professora Bianca Santana é a autora da dissertação de mestrado Jovens e adultos em processo de escolarização e as tecnologias digitais: quem usa, a favor de quem e para quê? Além de um breve estudo sobre a região, a pesquisadora entrevistou 30 alunos entre os anos de 2011 e 2012, em salas da EJA, desde a alfabetização até o ensino médio, situadas em cinco escolas públicas nos bairros de Brasilândia e Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo, com o objetivo de compreender a relação entre utilização de novos adventos tecnológicos e a escola.

A aplicação dos questionários revelou que, entre os entrevistados, 75% já tinham computador em casa; mais de 50% já haviam concluído curso de informática; 26% tiveram o primeiro acesso a internet realizado em casa, 35% em “lan houses” e apenas 15% haviam acessado a grande rede de computadores nas escolas pela primeira vez. Os principais usos da internet apontados pelos entrevistados foram: realização de pesquisas gerais, utilização de redes sociais e emails, downloads de filmes e músicas, e recreação com jogos online.

Para Bianca, os resultados demonstram que a importância da escola como meio de introduzir novas tecnologias para jovens e adultos da EJA é praticamente nula: “Uma das perguntas feitas era sobre a quem os alunos recorriam quando tinham dúvida na utilização de computadores, e nenhum dos 30 entrevistados respondeu ‘ao professor’. As pessoas que ajudavam a solucionar suas dúvidas eram os amigos, filhos, netos, monitores de lan houses.”

Além de constatar a desarticulação entre usos de novas tecnologias e alunos da EJA, o estudo demonstra outros sintomas da dificuldade de escolarização de adultos: “Hoje o campo da EJA sofre uma dificuldade muito grande nas políticas públicas de educação. Existe pouca valorização da sociedade em geral sobre a EJA, e pouco incentivo para que adultos estejam nas escolas. A EJA é o primo pobre da educação”, relata a professora.

Comunidades de Aprendizagem
Bianca afirma que, seu estudo demonstra como é difícil a implementação de políticas públicas que venham de “cima para baixo”: “Nos escritórios e gabinetes podemos pensar e imaginar as mais diversas, criativas e inovadoras políticas para a educação. Entretanto, quem aplica essas políticas, os professores e os alunos, em última estância, é que de fato conhecem as demandas e as necessidades reais de mudança na educação, o que pode dar certo ou errado.”

Como possível saída para o impasse, Bianca propõe a reflexão acerca das “Comunidades de Aprendizagem”, a articulação das escolas com outros equipamentos de seu entorno: “Se o Telecentro ou mesmo as Lan Houses são lugares onde as pessoas podem aprender sobre novas tecnologias, isso não precisa necessariamente acontecer na escola. As escolas podem ser, no caso da EJA, o local onde os adultos aprendem a ler e escrever, e até mesmo, conhecimentos básicos de informática, mas não podem ser a única fonte de conhecimento.”

Segundo o estudo, mesmo a questão burocrática referente a emissão de certificados por parte da escola poderia ser resolvida. As comunidades de aprendizagem poderiam promover o encontro de profissionais de uma determinada área e interessados em conhecer sobre aquele campo de trabalho. Após o repasse de conhecimentos e saberes, a escola poderia emitir um certificado de formação para os ‘alunos’. Desta maneira, os saberes seriam diversificados, e a responsabilidade única da escola no repasse de conhecimentos dignos de certificação, descentralizada.

 

Imprensa – SEESP
Informação da Agência USP de Notícias




farmacia comprimidosdentroEm 2003, a prestigiosa organização filantrópica Médicos Sem Fronteira (MSF) denunciou à comissão que gerenciava o Tratado de Livre Comércio da América Central (Cafta) uma distorção no preço de remédios. A ONG dizia pagar entre 75% e 99% a menos que o governo da Guatemala pelas mesmas drogas medicinais.

Isso significava que a margem (diferença entre preço de venda e custos de produção no setor) estaria entre 300% e 10 mil%.

Os acusadores davam um exemplo concreto: o preço do ARV 4T (40 miligramas) do Bristol-Myers Squibb para um ano de tratamento na Guatemala era de US$ 5.271 por pessoa, enquanto a MSF pagava US$ 53 pelo correspondente genérico. (É bom deixar claro que esse preço reduzido nunca aconteceria com os pseudogenéricos brasileiros).

Embora a maior das consequências perniciosas dessa obscena margem seja o conjunto de perdas econômicas para governos e sociedade, há outros prejuízos mais sutis, mas não menos deletérios. É apenas natural que esse desmesurado ganho proporcione e exija formas de persuasão, para não dizer corrupção, para manter-se vivo e até mesmo para estender seu campo de atuação.

É preciso, inicialmente, reconhecer a peculiaridade do setor: quem usa o remédio não é quem escolhe e, muitas vezes, não é quem paga. Essa condição dilui responsabilidades e compromissos. O exemplo a seguir vai tornar clara a condição.

A Secretaria estadual da Saúde de São Paulo durante o governo Fleury (1991-1994) emitiu por três meses uma série de pedidos de aquisição de até 20 medicamentos. As drogas eram condicionadas a direitos proprietários. Ou seja, eram medicamentos patenteados. Acontece, porém, que, àquela época, menos de 5% dos medicamentos em uso no Brasil eram produtos patenteados. Os demais tinham o registro de propriedade vencido e eram, portanto, mais baratos. Se o Estado tivesse se restringido à compra de apenas um medicamento patenteado, tudo bem. Mas foram 27 e constituíram a totalidade de compras naquele ano.

Para evitar problemas com as exigências legais de licitação, uma associação de produtores multinacionais de medicamentos atestava que tais produtos não tinham similar nacional e eram, cada um deles, produzidos exclusivamente por certa empresa farmacêutica.

Em seguida, essas empresas vendedoras de medicamentos declaravam que sua representante diante do governo do Estado de São Paulo era uma certa intermediária, sempre a mesma para todas as produtoras. Essa empresa intermediária era propriedade de um indivíduo que, aliás, foi condenado logo depois, no caso dos sanguessugas.

Nenhuma dessas ações, em si, constituiria uma ilegalidade, pois os preços dos medicamentos comprados pela secretaria eram idênticos aos vigentes, aprovados pelo governo federal. A questão era a escolha dos patenteados, em detrimento de versões similares mais baratas.

O conjunto de compras somou cerca de US$ 300 milhões. Os documentos foram todos assinados por bagrinhos. Se prevalecesse, então, a doutrina atual dita domínio do fato do Supremo Tribunal Federal, haveria tubarões na rede.

O esquema só foi e ainda é possível graças à absurda margem de lucro que caracteriza o setor, pois o intermediário poderia ficar com, digamos, 50% ou mais e ainda restaria aos produtores de medicamentos um assombroso lucro.

De acordo com relatórios das próprias empresas que desenvolvem novas drogas e de suas associações, elas despendem até 15% de seu faturamento com pesquisas. Não há, portanto, como justificar essa margem exorbitante praticada pela indústria de medicamentos, principalmente porque se torna uma forma imoral de exploração da doença e do sofrimento humano.

* por ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, 81, físico, é professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha

 

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Artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo – 01/FEV/2013




DesempregodentroA taxa de desemprego do País ficou em 4,6% em dezembro e fechou o ano de 2012 em 5,5%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30/01) e mostram que o índice anual é o mais baixo da série história iniciada em março de 2002. Antes disso, a taxa de 2011 havia sido a menor da série, ao ficar em 6%.

O resultado de dezembro do ano passado também é o menor da série histórica. O recorde anterior havia sido registrado em dezembro de 2011 (4,7%). Em novembro de 2012, o índice ficou em 4,9%.

O IBGE iniciou a série histórica da pesquisa em março de 2002, por isso não há dado consolidado para aquele ano.

Em dezembro de 2012, o Brasil tinha 1,1 milhão de desocupados, 6% a menos do que em novembro, ou menos 72 mil pessoas. Em 2012, os desocupados somaram, em média, cerca de 1,3 milhão de pessoas, 6,1% a menos que em 2011 (1,4 milhão). Na comparação com 2003 (2,6 milhões de desempregados), o contingente de desocupados caiu 48,7%.

A população ocupada, que somou 23,4 milhões em dezembro, ficou estável em relação a novembro e representou aumento de 3,1% em relação a dezembro de 2011.

Já o rendimento médio real do trabalhador caiu 0,9% em dezembro na comparação com novembro e ficou em R$ 1.805. Em relação a dezembro de 2011, no entanto, o rendimento real cresceu 3,2%.

 

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Informação da Agência Brasil




Reportagem da TV Brasil mostra como estão as obras de mobilidade urbana nas cidades que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014. Serão investidos R$ 9 bilhões para melhorar o trânsito nos grandes centros. Apesar dos atrasos, os integrantes do Comitê Organizador garantem que tudo estará pronto antes do início do evento. Acompanhe, a seguir, o vídeo.




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