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A integração com a academia e a educação em engenharia

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José Roberto Cardoso

 

582Opiniao4A história do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo começou a ser traçada com Roberto Simonsen, o mais jovem engenheiro titulado pela Escola Politécnica de São Paulo, tendo ingressado aos 14 anos e se formado aos 20. Ele foi também empresário, historiador e político. É considerado um dos principais expoentes da indústria no Brasil.


Nos anos 1930, Simonsen foi uma figura central na mobilização dos engenheiros para a criação de uma entidade que pudesse representar a categoria, promovendo a valorização da profissão e lutando por melhores condições de trabalho. Sua influência e prestígio no meio empresarial e político foram determinantes para o sucesso dessa iniciativa.


O SEESP foi oficialmente fundado em 1934, tendo como primeiro presidente o engenheiro Francisco Teixeira da Silva Telles e, desde então, tem desempenhado um papel significativo na representação dos engenheiros em São Paulo, atuando em defesa dos seus direitos e em prol da formação técnica e científica da categoria.

 

Começava aí a parceria longeva entre duas instituições na luta em defesa da engenharia nacional. De um lado a Escola Politécnica de São Paulo, agregada à recém-criada Universidade de São Paulo (USP) no mesmo ano da fundação do “Syndicato Profissional dos Engenheiros Civis e Architectos de São Paulo”, como então foi denominado. Com a EPUSP parametrizando os critérios de qualidade de uma escola de engenharia de excelência e o SEESP parametrizando as melhores condições de trabalho do profissional, a engenharia do Estado de São Paulo se destacou no cenário nacional e ganhou projeção no exterior.


Essa sinergia possibilitou que professores da EPUSP ocupassem postos importantes em sua estrutura organizacional, o que resultou em maior integração com docentes de outras escolas, colimando o estabelecimento de políticas públicas aderentes à educação em engenharia contemporânea.


O espaço do sindicato dedicado à educação se expandiu, sobretudo na última década, quando foram disparados nos anos 2010 os trabalhos que levaram ao lançamento das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) das Engenharias, homologadas em abril de 2019.


Nesse período, através do Conselho Tecnológico do SEESP, foram discutidas as temáticas associadas às novas diretrizes curriculares para formar, de início, uma opinião sólida sobre o novo marco legal educacional concebido pelo Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação (MEC), baseado na valorização da formação por competências e no ensino centrado no estudante. Em seguida, foram dadas contribuições ao Grupo de Trabalho das DCNs com os insights produzidos nas diversas reuniões e encontros entre os representantes do sindicato e das universidades.


A academia teve ainda participação ativa nos trabalhos que levaram ao maior projeto concebido por uma unidade sindical, o “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, para resgatar a profissão da crise do desemprego, através de ações de fomento à reindustrialização e ao aprimoramento da infraestrutura nacional. A iniciativa foi diretriz para o primeiro Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em 2007.


Novas ações em direção a uma nova escola de engenharia continuam sendo discutidas no âmbito do Conselho Tecnológico do SEESP, de modo que professores e dirigentes das instituições de ensino estão convidados a se juntarem a esse esforço na busca da nova escola de engenharia: mais atrativa e agradável para nossos jovens talentos.

 

Cardoso Artigo

 

José Roberto Cardoso é professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP) e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP

 

 

 

Imagem: Freepik / Arte - Fábio Souza | Foto José Roberto Cardoso: Acervo SEESP 

 

 

 

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