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02/05/2011

CANTEIRO

Conselho de Administração do Isitec toma posse
        Em 27 de abril último, durante reunião ordinária do Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia), realizada na sede do SEESP, na Capital, foram empossados os membros do CAD (Conselho de Administração) da instituição. São eles: Murilo Celso de Campos Pinheiro (presidente), Carlos Alberto Guimarães Garcez (vice--presidente), Newton Guenaga Filho, Celso Atienza, Fernando Palmezan e Antonio Octaviano. Este último foi indicado secretário executivo do CAD. Também foi anunciada na ocasião a contratação de assessoria jurídica e discutidas possíveis parcerias e apoios ao projeto. Nesse sentido, Octaviano destacou que é traço distintivo do instituto buscar intensificar a relação universidade-empresa. “Queremos saber qual o programa de ensino ideal para o Brasil do futuro. Queremos perceber a tendência daqui a cinco anos e colar nosso projeto nisso para poder nos antecipar.”

        Em ato simbólico, a chave do prédio que abrigará o Isitec foi entregue no dia 25. O edifício de quatro andares em área de 2.500m2 está situado na Rua Martiniano de Carvalho, 170, e passará agora por reforma e adequações.

 

Diretor do SEESP é homenageado em Gramado
        Durante o 7º Sense (Seminário Nacional de Segurança e Saúde no Setor Elétrico Brasileiro), realizado pela Fundação Coge e diversas empresas do segmento entre 10 e 13 de abril último, em Gramado, no Estado do Rio Grande do Sul, o diretor do SEESP, engenheiro de segurança do trabalho José Manoel Teixeira, foi homenageado, sendo o auditório azul do Hotel Serrano Resort Convenções, que sediou a iniciativa, batizado com seu nome. A distinção foi feita considerando-se seus relevantes serviços prestados à redução de acidentes. À abertura do evento, que ocorre a cada dois anos e aborda temas importantes referentes à área, esteve presente Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do sindicato e da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros).

 

Reunião discute norma para trabalho em altura
        Realizou-se no SEESP, nos dias 26 e 27 de abril, o primeiro encontro técnico para elaboração de norma regulamentadora para trabalho em altura – responsável por aproximadamente 40% das 2,5 mil fatalidades que acontecem em média anualmente. Preocupada com o tema, o pedido de criação de um grupo tripartite com esse objetivo foi feito pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), em novembro último, durante a 63ª Reunião Ordinária da CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente) da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (conforme matéria publicada na edição nº 104 do jornal Engenheiro). Com a solicitação aprovada por esse órgão, ocorreu a reunião inaugural. Estiveram presentes dirigentes do SEESP e da FNE, entre os quais seu presidente, Murilo Celso de Campos Pinheiro e José Manoel Teixeira, além do associado Aguinaldo Bizzo, consultor técnico, bem como representantes do Governo. Como resultado, deve ser redigida minuta para apreciação, num primeiro momento, em consulta pública. O objetivo, informa Teixeira, é que a norma seja concluída e implementada o mais breve possível.

 

Cresce Brasil e a Copa de 2014
        Neste ano, o foco do projeto dos engenheiros será a Copa do Mundo de 2014. Com esse norte, a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e o SEESP inauguram no dia 16 de maio, em São Paulo, a série de atividades que discutirão a preparação e realização da competição no Brasil. As iniciativas ocorrerão nas 12 cidades-sedes do mundial ao longo de 2011 e culminarão com um documento “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” relativo ao tema. Na Capital paulista, terá lugar na sede do sindicato, na Rua Genebra, 25, 1º andar, a partir das 9h. Estão confirmadas as presenças do ministro do Esporte, Orlando Silva; do secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes; e do técnico do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e professor da UFF (Universidade Federal Fluminense) Marco Aurélio Cabral Pinto. Mais informações pelo telefone (11) 3113-2641 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Oportunidades
        Segundo levantamento feito até o dia 26 de abril, a área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de 108 vagas, sendo 102 para engenheiros das diversas modalidades, três para estudantes e três, trainee. Para se candidatar, clique aqui. Mais informações pelos telefones (11) 3113-2669/74.

 

 

 

A taxa de rotatividade no mercado de trabalho formal brasileiro aumentou para 39,96% no ano passado, ante 36,9% em 2009. Foi um sinal para as centrais sindicais reforçarem a pressão sobre o Congresso Nacional para que a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) seja aprovada.

       Os sindicalistas alegam que a rotatividade no País é alta porque as empresas têm liberdade para demitir e contratar quando bem entenderem. A Convenção 158 dificulta as demissões sem justa causa. O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, deputado Silvio Costa (PDT-PE), ainda não nomeou o relator, mas diz ter pressa para colocar o projeto em votação. "Nomeado o relator, com cinco sessões, o que demora no máximo 15 dias, eu coloco o projeto em votação", afirma Costa. Ele argumenta que a escolha está difícil porque todos os 25 parlamentares titulares da comissão, e os 25 suplentes, querem a relatoria.

       "É uma coisa escandalosa", afirma o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), referindo-se à rotatividade. Só no ano passado, segundo ele, houve mais de 15 milhões de demissões. "As empresas reclamam muito do custo da demissão, mas eu acho que elas se acostumaram, para mandar tanta gente embora assim."

       O diretor sindical da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Della Manna, diz que as empresas vão lutar até o fim. "O País não suportaria um negócio desses, pois criaria um ônus trabalhista enorme", diz. Para ele, a eventual aprovação da Resolução 158 garantiria estabilidade no emprego. "Se a empresa não pode demitir, então é estabilidade." O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, retruca: "Não é garantia de emprego. Na verdade, ela estabelece regras para que as empresas tenham de justificar a demissão de trabalhadores para o sindicato, com antecedência".

       Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que o preço da rotatividade está mais caro. No ano passado, o salário médio dos novos contratados foi de R$ 829, valor 7,5% inferior ao salário dos demitidos no mesmo período. Em 2009, a diferença era bem maior, de 11,3%. À margem da disputa das empresas por profissionais qualificados, a faxineira Cleide Marcone Marcelino, 42 anos, está desempregada desde o início do ano. Viúva, com um casal de filhos, Cleide não se encaixa nos padrões exigidos pelas empresas, porque não concluiu o ensino médio.

 

(Fontes: Diap, O Estado de S.Paulo)
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Os candidatos aprovados farão curso de adaptação militar no CIAAR, em Belo Horizonte. O edital e o formulário para inscrição encontram-se disponíveis na internet

        Os engenheiros que desejam ingressar na Força Aérea Brasileira (FAB) como oficial de carreira podem se inscrever para o Exame de Admissão ao Curso de Adaptação de Oficiais Engenheiros (EAOEAR) até 12 maio. Ao todo, foram abertas 23 vagas, distribuídas nas áreas de Engenharia Civil (06), Engenharia Eletrônica (02), Engenharia Elétrica (02), Engenharia Mecânica (05), Engenharia da Computação (06), Engenharia de Telecomunicação (01) e Engenharia Cartográfica (01).

        O processo seletivo é composto por prova teórica de língua portuguesa e de conhecimentos especializados, teste físico e exames de saúde e psicológico. As provas escritas serão aplicadas no dia 19 de junho nas cidades de Belém, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Campo Grande, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Manaus. Para se inscrever, o candidato deve possuir Título de Especialista na área em que pretende concorrer, não poderá ter completado 36 anos até o dia 31 de dezembro de 2012, entre outros pré-requisitos disponíveis no edital.

        A remuneração para o profissional em início de carreira é em torno de R$ 6 mil, sendo que o engenheiro pode chegar ao posto de major-brigadeiro. A FAB ainda oferece outros benefícios como plano de carreira, assistência médica e odontológica, aposentadoria integral, alimentação e moradia.

        Os candidatos aprovados em todas as etapas do concurso farão no CIAAR, em Belo Horizonte, o curso de adaptação militar com previsão para início em 30 de janeiro de 2012. Concluindo o curso com aproveitamento, o novo oficial será nomeado Primeiro-Tenente e incluso no respectivo Quadro, sendo designado para servir em Organização Militar (OM) da localidade escolhida no ato da inscrição, respeitando a sua classificação final.

        “A beleza da carreira militar, o respeito às leis e às pessoas, a estabilidade financeira, a possibilidade de atingir postos de comando e, sobretudo, de exercer a engenharia voltada aos interesses do país”. Estes são os fatores que motivaram o engenheiro civil Adriano Siébra Paes Barreto a ingressar na Força Aérea Brasileira (FAB). Depois de servir por seis anos como oficial temporário, ele decidiu ingressar no Quadro de Oficiais Engenheiros por perceber que a FAB valoriza de forma significativa o seu desempenho. “A Força tem contribuído de maneira importante em meu desenvolvimento profissional. Tive a oportunidade de desenvolver projetos, fiscalizações em diversas áreas afins da engenharia, fatos que estimulam meu aprendizado. Ou seja, a cada dia a Força me proporciona novos desafios que só contribuem para o meu crescimento”, ressalta.

        O edital e o formulário para inscrição encontram-se disponíveis no site do Ciaar. A taxa é de R$ 120,00. Mais informações nos telefones (31) 4009-5014 ou 5066.

 

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        De acordo com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, o Plano Nacional de Erradicação da Pobreza Extrema contemplará 1,5 milhão de famílias que ainda não têm acesso ao Bolsa Família e vivem em condição de pobreza extrema. “Vamos fortalecer os programas de transferência de renda. Nosso grande objetivo é a universalização do Bolsa Família”, disse ela. Atualmente, 13 milhões de famílias recebem o benefício.

        São famílias que ainda não têm acesso ao programa porque moram em locais distantes ou porque, mesmo em grandes centros urbanos, não têm acesso à informação, disse a ministra. “Às vezes, a pessoa se sente tão excluída que nem entende que isso é um direito dela. Portanto, nosso trabalho é ir atrás dessas pessoas.”

        Nessa busca, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome terá ajuda das demais pastas, para que o governo consiga incluir as famílias nos programas de transferência de renda. “Como anunciou a presidenta Dilma [Rousseff], a ideia é ter sucesso até 2014. Temos de nos preparar para receber essa população que estará entrando no Cadastro Único [sistema de informação sobre famílias que podem ser incluídas em programas sociais]”, afirmou Tereza.

        Outro objetivo do plano é ampliar e qualificar os serviços públicos que o Estado brasileiro oferece, como saúde, educação e assistência social. Segundo a ministra, uma parcela importante da população pobre não tem acesso total ou parcial a tais serviços. Isso ocorre porque os serviços que são apresentados não são adequados a essa população. “Vamos repensar tais serviços para que cheguem a essas pessoas”, disse a ministra.

        Com o lançamento do plano, serviços que hoje são oferecidos a apenas uma parcela da população de baixa renda, como o recente programa de acesso a medicamentos para tratamento de hipertensão e diabetes, deverão chegar à população em pobreza extrema. De acordo com a ministra, das quatro doenças que mais atingem a população em pobreza extrema no mundo, duas são exatamente a hipertensão e o diabetes. “Apesar de a população padecer desses males, e os medicamentos serem distribuídos gratuitamente, eles não estão chegando a essas pessoas. Vamos ter de montar uma estratégia para garantir que esse e outros serviços que oferecemos cheguem a essa população.”

        O Plano de Erradicação da Pobreza Extrema também prevê o aumento da mão de obra qualificada no Brasil. Para Tereza Campello, embora o país cresça de forma sustentável, ainda há falta de mão de obra especializada. “Nossa população do Bolsa Família continua não tendo acesso a essas oportunidades. Portanto, estamos organizando um conjunto de ações que envolvem qualificação e outras ações importantes”, concluiu a ministra.

 

Daniella Jinkings, Nádia Franco, Agência Brasil
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Nota Técnica do instituto, intitulada "Aeroportos no Brasil: investimentos recentes, perspectivas e preocupações", foi debatida em audiência pública da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). Parlamentares não pouparam críticas ao atraso nas obras para Copa.

        Dos 20 maiores aeroportos brasileiros, 14 funcionaram acima do limite em 2010, e mesmo se as obras planejadas pela Infraero visando a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 forem concluídas, não atenderão o aumento previsto no volume de passageiros em 13 aeroportos, que continuarão defasados. Entre os anos de 2003 e 2010, esse movimento saltou de 71 milhões de passageiros por ano para 154 milhões, um crescimento de 117% em oito anos.

       Esse é o resultado de um estudo apresentado terça-feira (26), em audiência pública da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). A Nota Técnica, intitulada "Aeroportos no Brasil: investimentos recentes, perspectivas e preocupações", foi elaborada pelos técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Carlos Álvares da Silva Campos Neto e Frederico Hartmann de Souza.

        Campos Neto disse que não é preciso esperar 2014 para que os problemas dos aeroportos apareçam. As deficiências já seriam perceptíveis hoje. Ele observou que, após a queda do avião da GOL, não houve um esforço significativo para saná-las.

        O técnico do Ipea assinalou que, de acordo com dados da própria Infraero, os investimentos programados são insuficientes e devem ter o mesmo percentual de aplicação dos anos anteriores.

         - O plano de investimentos da Infraero não vislumbra uma projeção adequada para o aumento da demanda - afirmou.

        O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), José Márcio Monsão Mollo, apresentou um estudo feito pela entidade que chegou à mesma conclusão da Nota Técnica do Ipea. Segundo ele, a situação dos aeroportos brasileiros é "quase insolúvel" para Copa do Mundo e Olimpíadas.

        Mollo salientou que houve aumento no volume de passageiros, dobrando a cada sete anos, e no número de aeronaves, enquanto os aeroportos continuaram do mesmo tamanho. Ele também não acredita que as obras planejadas sejam concluídas a tempo de atender a demanda da Copa do Mundo.

        O coordenador da Unidade Gestora da Copa do Governo do Estado do Amazonas (UGP Copa), Miguel Capobiango Neto, disse que o projeto básico da reforma do aeroporto de Manaus já foi apresentado e com um incremento orçamentário de R$ 100 milhões, totalizando R$ 496 milhões.

        Estão previstos oito novos fingers, mas não está prevista a ampliação da pista nem do pátio de aeronaves. Para ele, o aumento da demanda de passageiros exige uma revisão do plano aeroviário da Infraero.

       A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse ter estranhado as informações divulgadas pela Infraero no ano passado sobre as obras no aeroporto de Manaus, uma vez que não se confirmaram. Ela observou que o projeto básico entregue é apenas uma parte e que já viu outros iguais, com projeções e números diferentes.

        - Assim fica muito difícil. Que algo está errado no setor aeroviário, eu não tenho dúvida. O que me assusta são os dados técnicos sobre os prazos dessas obras. Não podemos atrasar nem meia hora. Eu seria uma péssima aliada se fechasse os olhos e dissesse que está tudo bem - afirmou.

       A presidente da CI, senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), disse que a previsão é de um colapso nos aeroportos a curto prazo, pois no momento o caos impera no setor aéreo brasileiro.

       O senador Mário Couto (PSDB-PA) lembrou que o relatório final da CPI do Caos Aéreo, elabora pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO), "foi rasgado e jogado no lixo pela maioria governista".

        Ele disse que, mesmo sabendo da situação dos aeroportos, o governo Lula não tomou qualquer providência. O senador também solicitou que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, seja convocado para ser cobrado pelas promessas feitas há quatro anos e não cumpridas.

        - Quatro meses é pouco tempo de governo para opinar. Mas, acho que a presidente Dilma [Rousseff] é muito devagar. Se não fosse a Copa do Mundo, sequer se falaria em reforma de aeroportos - lamentou.

 

Por Ricardo Icassatti,
na Agência Senado
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        A votação da proposta que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, de autoria dos ex-deputados e hoje senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), pode acontecer no segundo semestre deste ano. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), na manhã de quarta-feira (27), em resposta à reivindicação das centrais sindicais.

        Representantes das centrais se reuniram com o presidente da Câmara, em café da manhã realizado na residência oficial, para apresentarem a pauta de reivindicação relativa ao Dia do Trabalhador - 1º de Maio. Eles querem a votação no Congresso da redução da jornada de trabalho e ainda do fim do fator previdenciário; da regulamentação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que proíbe a demissão imotivada; e do trabalho terceirizado.

        "Eu recebi a pauta e vamos dialogar também com o setor empresarial e, quem sabe, no segundo semestre nós possamos avançar em ações destinadas a melhorar a qualidade do trabalho no Brasil", disse Maia, após o encontro.

        Sobre a votação da redução da jornada de trabalho, cujo projeto está em tramitação há 15 anos na Câmara, ele disse que "não é uma matéria simples. Isso precisa ser dialogado com o setor empresarial e é preciso que sejam feitos ajustes. Há um longo caminho a ser perseguido no sentido de estabelecer os consensos e acordos necessários para a votação desta matéria", disse Maia. "Qualquer um estaria mentindo se dissesse que é simples colocar em votação na Câmara um projeto que reduz a jornada de trabalho", completou.

        O deputado Assis Melo (PCdoB-RS), que também é membro da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), manifestou esperança de que ainda este ano seja votada a redução da jornada de trabalho. E até brincou dizendo que "pode ser que este ano, que o projeto adquiriu maioridade, a gente possa votá-lo", em comparação ao direito dos jovens de votar aos 16 anos.

Mais pressão
        O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), disse que os trabalhadores vão intensificar a pressão no Congresso pela aprovação da redução da jornada de trabalho. "Sabemos que não é fácil. Reduzir a jornada de trabalho é uma luta de
classes", disse o deputado e líder sindicalista, anunciando para o dia 2 de maio uma mobilização das centrais sindicais em todo o País em defesa da proposta.

        "Nada é fácil no Congresso", concordou o presidente da CUT, Artur Henrique. "Não dá para discutir só a pauta do governo e dos empresários. Esse foi o principal recado para Marco Maia", afirmou o presidente da CUT após o encontro.

        Marco Maia e os sindicalistas acertaram a criação de uma comissão especial para discutir os projetos em tramitação na Câmara que tratam da regulamentação do trabalho terceirizado no País.

        Maia acenou também com a votação, em breve, do projeto que prevê igualdade no trabalho entre mulheres e homens, garantindo as mesmas oportunidades de acesso e de salário. Esse projeto já esteve para ser votado em março, durante a semana de comemoração ao Dia da Mulher.

        Além do deputado Paulo Pereira da Silva, participaram do encontro os presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique; da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto; e da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah; o secretário de Política Sindical e Relações Institucionais da CTB, Joílson Antonio Cardoso; entre outros dirigentes das centrais.

 

(Fonte: Diap, Portal Vermelho, com Agência Câmara)
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O mercado de defesa está crescendo no Brasil e, com ele, a necessidade de uma mão de obra especializada em novas tecnologias para atuar na indústria aeroespacial. Esse tipo de profissional, no entanto, ainda é escasso no País.

     Empresas como a Embraer e a Helibras, envolvidas em programas complexos de desenvolvimento de aeronaves, helicópteros e sistemas de segurança e defesa estão sendo obrigadas a se mobilizar e a investir mais na formação de talentos e na especialização dos funcionários.

     Iniciado em 2001, o Programa de Especialização em Engenharia (PEE) da Embraer, por exemplo, já formou mais de mil profissionais. Depois de reduzir suas atividades em 2009 por conta da crise, ele está sendo ampliado agora com a formação de novas turmas no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), parceiro no desenvolvimento do curso.

     Segundo a Embraer, o investimento no programa aumentou consideravelmente, passando de R$ 2,8 milhões em 2010 para R$ 6,7 milhões este ano, valor que deverá ser mantido em 2012. Em fevereiro, foi iniciada uma turma com 57 engenheiros recém-formados e, em agosto, haverá a seleção de mais 60 alunos - a média por ano deve ser de 100.

     Para Diogo Jundi Toyoda, que foi aluno do PEE e hoje trabalha como engenheiro de desenvolvimento de produto da Embraer, o programa proporcionou uma visão bastante ampla da aeronáutica. Atualmente, isso o ajuda a entender melhor os desafios da sua área e a oferecer soluções mais eficientes para a empresa.

     Na Helibras, a produção de 50 helicópteros EC-725 no Brasil - um contrato de € 1,847 bilhão -, envolve um processo gradual de transferência de tecnologia, que exigirá a contratação de mais 500 empregados até 2012, o dobro do número atual. Segundo o presidente da Eurocopter, Lutz Bertling, a contratação de mão de obra qualificada será fundamental para dar suporte ao crescimento da produção de aeronaves para o mercado civil e para cumprir os contratos com o Ministério da Defesa. Essa será a primeira vez que a Eurocopter implementará uma linha de montagem de um helicóptero tão sofisticado fora da França ou da Alemanha.

     A área de engenharia da Helibras assumiu a responsabilidade de montar a nova equipe. "A Eurocopter está firmando convênios envolvendo a Helibras, a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e uma universidade francesa para a troca de conhecimentos e treinamento", diz Richard Marelli, diretor do programa EC-725 no Brasil.

     Uma das principais referências no País na formação de engenheiros aeronáuticos, o ITA também tem sido solicitado pelas empresas para ampliar a oferta de cursos. Segundo o reitor da instituição, brigadeiro Reginaldo dos Santos, o instituto quer lançar uma nova pós-graduação em engenharia aeroespacial. O programa, que irá integrar vários grupos de pesquisa do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), está sendo avaliado pela Capes e a expectativa é de que ele seja aprovado este ano.

     Em 2010, o ITA lançou o curso de graduação em engenharia aeroespacial, oferecendo 10 vagas para o vestibular realizado no final de 2010. O novo curso, segundo o reitor, foi um pedido não só da indústria, mas dos institutos de pesquisa como o Inpe e o DCTA, que ao longo dos últimos anos vêm perdendo cientistas por conta de aposentadorias e da transferência para a iniciativa privada. A Vale Soluções em Energia (VSE), do grupo Vale, também renovou o seu contrato com o ITA para a realização de mais um mestrado profissionalizante na área de turbinas a gás.

     Outro doutorado que começa em breve no ITA é na área de infraestrutura aeronáutica. Ele dará continuidade ao projeto de expansão nos cursos de graduação. O objetivo é dobrar o número de vagas das atuais 120 para 240 por ano. As obras nas instalações do ITA, segundo Santos, devem começar em 2012 e a previsão é que consumam R$ 60 milhões. "Vamos aumentar as vagas em 20%."

     A empresa sueca Saab, que atua nos segmentos de defesa, aviação e segurança civil, inaugura em maio um centro de pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia em São Bernardo do Campo (SP). "Estamos negociando várias cooperações acadêmicas entre as universidades suecas e as indústrias brasileiras. Além disso, criamos um curso de especialização em engenharia de defesa no ITA, nos mesmos moldes do PEE da Embraer", diz o vice-presidente de tecnologia da Saab, Pontus de Laval.

     O centro tem a participação de empresas como a Volvo, Vale, Inventia e de agências governamentais da Suécia, além de institutos de tecnologia como o Royal Institute e a Chalmers University.

 

Candidatos do Nordeste se destacam no ITA
     Considerada a escola mais difícil e concorrida do País, o ITA estimulou a criação de cursos preparatórios direcionados ao seu nível de exigência. Para o vestibular de 2010, mais de 7.600 estudantes concorreram as 120 vagas oferecidas, uma média de 65 candidatos por vaga.

     Em São José dos Campos (SP), o curso Poliedro mantém a posição de liderança no ranking dos que mais aprovam no ITA nos últimos 15 anos. Entre as unidades de São José dos Campos e São Paulo, o Poliedro tem hoje um total de 450 alunos que se dedicam exclusivamente ao vestibular do ITA. "A inteligência não é fator primordial para a aprovação. O que importa é a confiança que o aluno tem em si mesmo e o quanto ele batalha", afirma o proprietário do Poliedro, Nicolau Arbex Sarkis.

     Uma particularidade que tem chamado a atenção dos organizadores do vestibular nos últimos anos é a grande quantidade de alunos oriundos do Nordeste e, especialmente, do Ceará. A região, curiosamente, foi berço do fundador do ITA, o brigadeiro Cassimiro Montenegro Filho e também do reitor, o brigadeiro Reginaldo do Santos. Ele, inclusive, lidera a lista dos 22 alunos que, em toda a história da escola, receberam a menção honrosa Summa Cum Laude, conferida aos que tiveram média geral acima de 9,5 em todo o curso.

     Dos 120 aprovados no vestibular de 2010, 30 são de Fortaleza (CE) e um total de 40, da região Nordeste. O estado também apareceu em quarto lugar em número de inscritos (633) para o vestibular do ITA de 2010, atrás de São Paulo (1.567), Rio de Janeiro (896) e São José dos Campos (720). Um dos principais responsáveis pelo grande número de aprovados cearenses nos últimos 15 anos é o colégio Farias Brito, de Fortaleza.

     "Existem escolas que preparam para a vida; outras, para desafios como vestibulares e olimpíadas. Nós fazemos as duas coisas", diz o superintendente Tales de Sá Cavalcanti.

     Em 2010, segundo ele, o Farias Brito teve um dos maiores índices de aprovação nos vestibulares mais concorridos do País. "Foram 35 alunos no IME (Instituto Militar de Engenharia) e 14 no ITA." A escola obteve nota 597,53 no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009 - a média no País foi 500.

     Régis Prado Barbosa, por exemplo, estudou no Farias Brito desde a educação infantil e hoje está no ITA. Foi o único brasileiro a conquistar medalha de ouro em uma competição internacional de matemática, realizada na Bulgária, em 2010. "Na 38ª Olimpíada Internacional de Física no Irã, a Sociedade Brasileira de Física (SBF) selecionou os cinco melhores alunos do País. Destes, quatro foram alunos do Farias Brito", orgulha-se.

     A excelência dos cursos de engenharia do ITA, com a formação de profissionais diferenciados e a certeza de um emprego depois de formado, tem forte apelo no Ceará desde os anos 1990. "Os cursinhos locais fazem uma divulgação maciça das aprovações na escola e usam isso para atrair novos alunos. Do lado do estudante, entrar na instituição é sinônimo de ascensão social, ainda mais para quem mora no Nordeste", diz.

     Dos aprovados no vestibular 2010/2011, 87% estudaram em escolas privadas e 13% em colégios militares. Mais de 74% dos candidatos fizeram, em média, dois anos de cursinho e têm cerca de 20 anos. Em geral, aproximadamente 50% dos candidatos fazem a opção para estudar como civis e a presença feminina tem variado entre 5% e 8% a cada ano. Em 2011, seis mulheres foram aprovadas.

 

(Valor Econômico)
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       Praticamente sete em cada 10 empresas públicas criaram algum produto ou processo nesse período, segundo a Pesquisa de Inovação nas Empresas Estatais Federais 2008, divulgada quarta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as empresas privadas, de acordo com a última Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec) do IBGE, a relação cai para quatro em cada dezena.

        O estudo sobre inovação nas estatais foi feito em parceria com os ministérios da Ciência e Tecnologia e do Planejamento e analisou, pela primeira vez, as empresas federais isoladamente. Ao todo, foram investigadas 72 companhias públicas, de um total de 118 acompanhadas pelo Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest).

        De acordo com a gerente responsável pela pesquisa, Fernanda Vilhena, esse resultado reflete o padrão de inovação observado nas estatais federais, mais voltado para pesquisa e desenvolvimento (P&D), geralmente em parceria com universidades. "O grande diferencial é que as empresas, sobretudo as industriais, promovem a inovação muito baseada na compra de máquinas e equipamentos. Já nas estatais federais, o padrão de inovação é voltado para pesquisa e desenvolvimento dentro da própria empresa e, também, com arranjos cooperativos com universidades. Isso é muito interessante e acabou determinando o resultado positivo de inovação nessas companhias", disse ele.

        A pesquisa também revelou que, entre as estatais inovadoras, 27,8% lançaram algum produto novo no mercado nacional e 29,2% implementaram processo inédito, também direcionado ao mercado interno. Nas empresas privadas, esses percentuais são 4,4% e 2,4%, respectivamente.

        Vilhena ressaltou que essa diferença pode ser explicada, além do volume maior de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, pelo monopólio que algumas estatais exercem em determinados setores, como o de energia. "Essas empresas são muito intensivas em pesquisa e desenvolvimento, o que gera muito processo inovador. No caso dos produtos, as estatais, muitas vezes, são as únicas ofertantes de um produto. Então, ao lançar um produto novo, ele é automaticamente novo para o mercado".

        A pesquisa também destacou que o apoio do governo, por meio de bolsas de fundações de amparo à pesquisa e dos incentivos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), impulsionou as inovações nas empresas estatais. Já em relação aos entraves para implementar processos inovadores, o estudo revela que as dificuldades são mais evidentes nas companhias públicas. Mais da metade (57,1%) enfrentaram pelo menos um obstáculo de importância alta ou média para inovar, especialmente relacionado à burocracia da administração pública. A dificuldade para se adequar a padrões, normas e regulamentações e a rigidez organizacional foram citados por 64,2% delas. Já para o conjunto de empresas privadas ouvidas pela Pintec, os maiores obstáculos foram os elevados custos da inovação (57,1%), os riscos econômicos excessivos (65,6%) e a escassez de financiamento (51,4%).

 

(Agência Brasil)
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Em 25 de abril foi lançada em cinco capitais brasileiras – São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Brasília e Campo Grande – a campanha nacional “Banda larga é um direito seu! Uma ação pela Internet barata, de qualidade e para todos”

         Com a adesão de inúmeras entidades da sociedade civil, o objetivo é pressionar o Executivo para que evolua nas decisões sobre o tema, de modo a garantir a universalização do acesso – como propugna o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, iniciativa da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros).

         Atualmente, este não chega a 5% nas classes D e E, como destacou Veridiana Alimonti, do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) durante a atividade na Capital paulista, sediada no auditório do SEESP, que também endossa a campanha.

         Com uma avaliação de que o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), lançado pelo Governo Federal em maio de 2010, é um avanço, porém insuficiente, as diversas organizações pretendem pressionar o Executivo para que haja mudanças importantes, por exemplo quanto à velocidade de Internet prevista – de 512kB. E assim se assegure que o mote dessa ação seja alcançado – com o serviço barato, de qualidade e para todos, portanto. Para Sérgio Amadeu, professor da UFABC (Universidade Federal do ABC), essa infraestrutura é um direito humano fundamental numa sociedade da informação. A maior carência encontra-se nas periferias. “É preciso banda larga inclusive para aumentar o ritmo de superação da pobreza. A rede de comunicação digital ajuda a reduzir as desigualdades”, vaticinou. Na sua ótica, o mercado fracassou em levar o serviço para todo lugar, em função do modelo de negócios. Assim, é essencial ter essa infraestrutura sob controle público. Nesse sentido, para ele, a decisão do Governo de revitalizar a Telebrás e incluí-la no contexto é correta.

 

Interesse público
         Membro da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, o deputado federal Newton Lima (PT-SP) destacou que a participação popular será crucial à universalização da banda larga de qualidade e a preços módicos. “Nada acontece sem pressão. Se não houver, as dificuldades serão grandes, talvez intransponíveis”, alertou. Ele anunciou que foi aprovada a criação de subcomissão sobre banda larga, a qual contará com sua coordenação, enquanto proponente, e deverá ser instalada nos próximos dias. “É imperioso e vital trazer a sociedade civil para participar. Vou me comprometer desde já a propor que esse fórum e entidades que o compõem sejam ouvidos logo nas primeiras reuniões para ter embasamento programático.”

         Para João Brant, do Coletivo Intervozes, bastaria que a banda larga fosse tratada como regime público para haver a universalização, controle de tarifas, transferência e reversibilidade de bens. Na sua concepção, contudo, não é o que vem ocorrendo. “O cenário é muito complicado, inclusive tem havido transferência de recursos públicos para a iniciativa privada sem licitação para telefonia rural”, ratificou. Segundo ele, a proposta é uma remodelagem do setor de telecomunicações. “O PNBL pode ser um excelente avanço, mas em consonância com o interesse público. Não dá para ficar no improviso.” Beatriz Tibiriçá, a Beá, do Coletivo Digital, enfatizou: “Temos que pressionar para que essa oportunidade de negócios reverta em prol da sociedade.”

         Ponto positivo, como relatou Altamiro Borges, o Miro, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, é que em audiência no dia 20 de abril com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, este – após ouvir as críticas dos representantes de entidades presentes – afirmou que a presidente da República, Dilma Rousseff, teria declarado a intenção de investir mais R$ 1 bilhão por ano na Telebrás e que a velocidade de Internet de 512kB seria insuficiente. “Podemos considerar isso uma vitória do nosso movimento.” O lado negativo é que Bernardo, segundo contou Borges, descartou a possibilidade de o PNBL ser implantado em regime público. “A batalha promete ser longa, e o desafio é envolver os movimentos sociais nessa luta, que interessa a todos.”

 

(Soraya Misleh)

 

 

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