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O Parque Tecnológico e o Cecompi (Centro para Competitividade e Inovação) de São José dos Campos (SP) estão em contato com a Missão Espacial Canadense. Tal parceria tem como objetivo buscar o desenvolvimento do setor espacial de ambos países. Entre as principais metas estão a percepção estratégica da concorrência e as tendências do mercado para novos negócios entre Brasil e Canadá. Outras vantagens são a possibilidade de expansão de networking e acesso a informações privilegiadas que contribuem para a maturidade e competitividade das empresas.

“A relação comercial entre Brasil e Canadá é de extrema importância nos diversos setores, principalmente no aeronáutico, pois ambos países possuem indústrias de grande importância desta área no cenário mundial e com grandes oportunidades de ampliarmos os negócios para os dois países”, destacou Marcelo Sáfadi, diretor de planejamento do Parque Tecnológico e diretor executivo do Cecompi.

Segundo o diretor comercial do Consulado do Canadá, Alex Krell, há o interesse das empresas canadenses em fechar negócios no Brasil e das empresas brasileiras fazerem negócios no Canadá, “contudo queremos construir pontes para alavancar projetos de pesquisa e desenvolvimento entre as empresas dos dois países, e que juntas elas possam conquistar não apenas estes dois mercados, mas outros pelo mundo”.

 

Com informações do Parque Tecnológico de São José dos Campos

 

 

 

 

 

 

As mudanças climáticas globais impõem riscos às cidades e levam à necessidade de desenvolver planos de adaptação. Mas de que modo cidades como São Paulo, que contam com tantos outros problemas de infraestrutura e desenvolvimento, podem desenvolver uma capacidade adaptativa que permita responder eficientemente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas?

Encontrar respostas para essa pergunta é um dos objetivos de umapesquisa conduzida por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da University of Michigan (UM), com financiamento da universidade norte-americana em conjunto com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Segundo as coordenadoras do projeto, as professoras Gabriela Marques Di Giulio, da Faculdade de Saúde Pública da USP, e Maria Carmen Lemos, da School of Natural Resources and Environment da UM, a crescente compreensão de que ações de mitigação não serão suficientes para evitar os impactos climáticos tem levado a um aumento no número de cidades no mundo que apresentam planos de adaptação, reconhecendo os riscos associados às mudanças climáticas e os impactos nos seus sistemas socioecológicos.

Apesar disso, há muitas outras em situação de risco que pouco têm feito. E os motivos são limitações econômicas, institucionais ou políticas, que reduzem a capacidade de prover serviços básicos, infraestrutura e suporte às suas populações.

Di Giulio e Lemos, que apresentaram a pesquisa no dia 28 de março na Fapesp Week Michigan-Ohio, que ocorre até 1º de abril nas cidades de Ann Arbor e Columbus, nos Estados Unidos, apontam que pesquisas têm identificado recursos e estruturas de governança que aumentam as chances de uma adaptação bem-sucedida. E compreender como esses recursos interagem positiva e negativamente é essencial para construir cidades mais resilientes e sustentáveis.

“São Paulo, por exemplo, que é nosso foco de pesquisa, faz parte do C40 Cities Climate Leadership Group [rede de megacidades comprometida com os desafios envolvidos nas mudanças climáticas globais] e é uma das poucas megacidades que contam com uma política municipal sobre mudanças climáticas globais, instituída em 2009, ainda que a maioria dos objetivos não tenha sido atingida”, disse Di Giulio.

Segundo ela, em São Paulo o desafio é integrar políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas com políticas de moradia, saneamento, planejamento urbano, gerenciamento de recursos hídricos e mobilidade urbana. “Trata-se de uma região metropolitana com alta heterogeneidade em termos de acessos a recursos, níveis de pobreza e capacidade de interagir com as mudanças climáticas”, disse.

A pesquisa se baseou em métodos qualitativos, que incluem revisão da literatura científica, pesquisa documental – análise de pesquisas de opinião pública, conteúdo jornalístico, documentos e dados socioeconômicos –, entrevistas com atores e grupos sociais e reuniões técnicas e científicas, explicou Di Giulio.

O projeto colaborativo apoiado pela Fapesp e pela UM conta, além de Di Giulio e Lemos, com mais dois pesquisadores no Estado de São Paulo e um em Michigan. Os pesquisadores já realizaram quatro missões no projeto desde outubro de 2014, que incluíram a realização de um seminário, um workshop e encontros em São Paulo e em Michigan.

Entre os resultados do projeto, Di Giulio mencionou a publicação de artigos como Building adaptive capacity in the megacity of São Paulo, Brazil: urgencies, possibilities and challenges, apresentado em 2015 na RC21 International Conference, International Sociological Association, na Itália, e “Megacidades e mudanças climáticas: um enfoque interdisciplinar sobre o município de São Paulo”, a ser publicado este ano como capítulo de um livro.

Outras cidades brasileiras
Os pesquisadores analisaram políticas urbanas recentes em São Paulo, entre as quais intervenções específicas em sistemas de mobilidade, moradia e iniciativas de infraestrutura sustentável, mas consideram que essas e outras medidas não têm sido descritas como ações de adaptação às mudanças climáticas.

O projeto continua com o desenvolvimento do CiAdapta (Cidades, Vulnerabilidade e Mudanças Climáticas), uma abordagem integrada e interdisciplinar para analisar ações e capacidade de adaptação. O novo projeto, com duração até 2017, é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O CiAdapta envolve seis capitais brasileiras: São Paulo, Manaus, Fortaleza, Vitória, Curitiba e Porto Alegre.

 

 

 

Fonte: Heitor Shimizu, de Michigan | Agência Fapesp

 

 

 

 

 

 

Diante de plenário lotado e representativo, ocorreu, na noite desta segunda-feira (28/03), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a posse solene da diretoria da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), à qual Murilo Celso de Campos Pinheiro foi reconduzido à Presidência. A gestão 2016-2019 iniciou-se oficialmente em 16 do mesmo mês. Ministros de Estado, secretários nacionais, estaduais e municipais, senadores, deputados, vereadores, desembargadores e procuradores da Justiça abrilhantaram a cerimônia, que reuniu cerca de 1.800 pessoas. Prestigiaram o evento, ainda, entre outras personalidades, presidentes dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia e Agronomia (Confea/Creas), diretores da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), de federações por ela representadas, do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) e de sindicatos de engenheiros de todo o País, de associações, centrais sindicais, entre outras organizações. No ensejo, foi lançado o projeto “Engenharia unida”, convocando a ação coesa da categoria no enfrentamento dos desafios atuais.


Fotos: Beatriz Arruda
FNE Posse 28MAR2016 publico editada 
Público lotou Plenário em solenidade de posse da diretoria da FNE
 

Pinheiro saudou os sindicalistas e autoridades presentes, dedicando agradecimento especial aos que o acompanham ou passarão agora a acompanhá-lo na empreitada junto à FNE. “Sinto-me imensamente privilegiado em estar, mais uma vez, fazendo um discurso de posse como presidente da Federação Nacional dos Engenheiros. Sinto-me também responsável em contribuir com as discussões e ser exemplo do que estamos buscando com o trabalho sério e comprometido com os engenheiros e a sociedade em geral”, frisou. Assim, enfatizou: “Diante do cenário social, político e econômico que o Brasil atravessa e considerando os reflexos da crise internacional, é obrigatório que tenhamos em mente a necessidade de resgatar o País de uma paralisia que o sufoca, ameaça seriamente as possibilidades de avanço e agrava as condições de vida da população brasileira, que hoje já vem sofrendo, principalmente com o desemprego. Temos como grande desafio manter a categoria dos engenheiros unida, forte, qualificada e empenhada em trabalhar para superar tais crises. E a FNE vem cumprindo seu papel de debater e elaborar propostas para colaborar com a retomada do desenvolvimento.”


FNE Posse28MAR2016 Autoridade editada
Autoridades prestigiaram cerimônia na Assembleia Legislativa de São Paulo


Explicitando a atuação da federação nesse sentido, Pinheiro ressaltou: “Temos defendido a implantação de uma política industrial efetiva, que nos traga ganhos de produtividade, um essencial desafio a ser vencido no Brasil, apontando a necessidade de alterações na macroeconomia que favoreçam a produção e o avanço tecnológico em vez do rentismo. É preciso também que haja investimentos na infraestrutura impulsionados pelo Estado. Essas propostas, que são factíveis, integram um movimento constante de valorização profissional, de destacar os engenheiros como protagonistas do desenvolvimento.”


FNE Posse 28MAR2016 Presidente editada
Murilo Pinheiro: "É preciso questionar o que está errado e aplaudir o que tem sido feito de bom."


Afirmou ainda a premência de se formar cada vez mais massa crítica para fomentar as discussões e participar na construção de um projeto para o País – a FNE apresenta à sociedade o “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, que completa agora dez anos e se debruça em 2016 sobre o tema “Cidades”. Pinheiro foi categórico: “É preciso questionar o que está errado e aplaudir o que tem sido feito de bom. É assim que estamos conduzindo essa entidade que levanta as bandeiras da valorização profissional, da defesa dos direitos adquiridos pelos trabalhadores, do reconhecimento dos engenheiros, do empenho pela remuneração justa, plano de carreira nas empresas, qualificação de excelência. Queremos continuar defendendo o Brasil e seus cidadãos, apoiando a investigação, o devido processo legal e a punição daqueles que agem contrariamente aos propósitos nacionais. Porém, é preciso muito cuidado para que as grandes instituições e empresas que há décadas impulsionam o crescimento e desenvolvimento não sejam desmanteladas, causando prejuízos aos trabalhadores e à sociedade.”

As autoridades
Presidindo a sessão, o deputado estadual Campos Machado (PTB) homenageou Pinheiro por sua atuação à frente da FNE e salientou: “Nas mãos dos engenheiros e engenheiros está o futuro deste País.” Na sua concepção, a engenharia unida encontrará o caminho para a retomada do crescimento e desenvolvimento nacional. Também expressando seu reconhecimento à categoria, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) destacou: “O que o Brasil mais precisa é de infraestrutura. Sem isso, não tem como chegar a primeiro mundo e temos muito o que caminhar. A FNE é exemplo da busca por união nacional para construir o País que sonhamos e queremos.”

Ministro das Cidades, Gilberto Kassab fez uma saudação “a todos os engenheiros, na pessoa do presidente Murilo. Nossa presença neste ato é um reconhecimento ao seu talento, desprendimento, vocação e espírito público”. E afirmou: “Contamos sempre com nossa engenharia, uma das melhores do mundo. Tenho certeza que muito vão contribuir ao desenvolvimento das cidades, Estado e País.” Indicando a crise que atinge fortemente o setor da construção civil, com dados alarmantes, o deputado estadual por São Paulo Ramalho da Construção (PSDB) seguiu também nessa direção: “Vamos dar as mãos para reinventar o Brasil que merecemos. Para girar a roda do desenvolvimento, contamos com vocês, engenheiros!” Também parlamentar paulista, Itamar Borges (PMDB) concluiu: “A engenharia unida é o que precisamos. Tem papel fundamental para somar forças e recolocar o País nos trilhos.”

Outro que prestou homenagens e reconhecimento aos profissionais da área foi o secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Arnaldo Jardim, ele próprio engenheiro. A categoria, como disse, assiste “com inquietude a crise ética, econômica e política por que passa o Brasil. Mas o engenheiro, profissional da construção, quer olhar não pelo retrovisor, mas o farol ligado à frente. Com o Cresce Brasil e agora a Engenharia Unida, a FNE aposta na busca pela mobilização e unidade para se construir um projeto nacional.” Também homenageou a diretoria empossada o presidente do Confea, José Tadeu da Silva: “O conselho representa 1,250 milhão de profissionais e 350 mil empresas. Em nome deles, saúdo vocês. E vamos virar essa página, com engenharia, mais crescimento e mais desenvolvimento, como prega o ‘nosso’ projeto (referindo-se ao ‘Cresce Brasil’).” Trazendo mensagem do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, seu vice, Márcio França relatou as obras e investimentos que vêm sendo feitos no Estado e reconheceu: “O engenheiro é o profissional do desenvolvimento. Temos a esperança e expectativa que vocês vão ajudar o País a voltar a crescer com inovação e dignidade.”
 

Diretoria da FNE - Gestão 2016-2019
FNE Posse 28MAR2016 Diretoria editada 

Presidente
Murilo Celso de Campos Pinheiro

Vice-presidente
Carlos Bastos Abraham

Diretor Administrativo
Manuel José Menezes Vieira

Diretor Administrativo adjunto
Disneys Pinto da Silva

Diretor Financeiro
Antonio Florentino de Souza Filho

Diretor Financeiro adjunto
Luiz Benedito de Lima Neto

Diretor de Relações Internas
José Luiz Bortoli de Azambuja

Diretor Operacional
Flávio José Albergaria de Oliveira Brízida

Diretora de Relações Institucionais
Thereza Neumann Santos de Freitas

Diretores Regionais
Norte – Maria Odinéa M. Santos Ribeiro
Nordeste – Modesto F. dos Santos Filho
Sudeste – Clarice M. de Aquino Soraggi
Centro-Oeste – Gerson Tertuliano
Sul – Edson Kiyoshi Shimabukuro

Diretores Representantes na Confederação
Titular - Sebastião A. da Fonseca Dias
Suplente – Wissler Botelho Barroso

Diretores de Departamentos 

Relações Internacionais
Francisco Wolney Costa da Silva

Relações Acadêmicas
José Ailton Ferreira Pacheco

Negociações Coletivas
Tadeu Ubirajara Moreira Rodriguez

Assuntos do Exercício Profissional
Maria de Fátima Ribeiro Có

Conselheiros Fiscais 

Efetivos
Antônio Ciro Bovo
José Carlos Ferreira Rauen
Lincolin Silva Américo

Suplentes
Celso Atienza
Cláudio Henrique Bezerra Azevedo

 

* Confira mais fotos do evento aqui 

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo instituiu o Grupo Gestor Estadual do Plano Setorial da Agricultura (GGE), que definirá as diretrizes do Programa Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC) paulista. O objetivo do plano é incentivar a adoção de práticas tecnológicas e sistemas de produção sustentáveis pelos produtores rurais para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. 

O grupo, que será oficialmente instalado no dia 5 de abril, será responsável por elaborar e apresentar as diretrizes, orientar a implantação e estabelecer as prioridades para o atendimento, que estejam de acordo com a Política Estadual de Mudanças Climáticas, integrar todas as ações, programas e linhas de financiamento existentes à prática de agricultura sustentável e articular as atividades junto aos órgãos públicos e privados e à sociedade civil. O trabalho envolverá ainda a realização de eventos para difundir as ações do plano, bem como capacitar os técnicos e produtores para o seu desenvolvimento.

O Grupo Gestor do Plano Setorial da Agricultura (GGE) é composto pelo secretário Arnaldo Jardim e por membros da Assessoria Técnica do Gabinete, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgãos ligados à pasta.

Também integram o grupo representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), das Secretarias paulistas do Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos, Energia e Mineração, Justiça e da Defesa da Cidadania, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação; Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp); Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp); Universidade Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq); Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (Fetaesp); Observatório ABC da Fundação Getúlio Vargas (FGV); do Banco do Brasil; da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp); e da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). 

 

 

Fonte: Agência Fapesp

 

 

 

 

 

 

A recessão poderá ser longa se a prioridade não for a retomada do crescimento. As consequências serão ainda mais desastrosas, comprometendo mais uma vez o potencial de desenvolvimento da sociedade brasileira. Os principais fatores que sustentam o crescimento econômico do País e a capacidade de transformá-lo em desenvolvimento social estão em nossas mãos.

No “Compromisso pelo Desenvolvimento”, as Centrais Sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB) e associações e entidades sindicais de representação dos empregadores (CNI, Anfavea, Fenabrave, Abimaq, Abiquim, Abit, Instituto Ethos, Sinaenco, Anfir, entre tantas outras) firmaram acordo cuja prioridade são medidas para promover o crescimento da economia brasileira.

É urgente retomar o investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, concluir e retomar obras, avançar nos projetos elaborados e investir em novos. A flexibilidade fiscal (déficit) é necessária para o aporte direcionado de recursos púbicos para o investimento, com o BNDES fortalecido e um ambiente regulatório equilibrado e com segurança jurídica.

Além do investimento em grandes obras e na construção habitacional, deve-se aportar recursos de liberação rápida para obras de contratação célere, que gerem muita ocupação, como, por exemplo, saneamento, limpeza urbana, calçamento. O setor da construção contrata muita gente e mobiliza extensa cadeia produtiva. Por isso, é fundamental destravar o setor de construção.

Da mesma forma, é estratégico retomar e ampliar os investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas. Essa inciativa repercute no setor de construção, industrial e naval.

Também é necessário mobilizar o desenvolvimento produtivo (agricultura, indústria, comércio e serviços) para investimentos de adensamento das cadeias produtivas e de reindustrialização do País. O Compromisso deve criar espaços setoriais e locais para debates e formular propostas de desenvolvimento produtivo.

A estratégia de desenvolvimento produtivo deve considerar uma política cambial que favoreça as empresas competitivas, para que reocupem espaços na agenda exportadora, bem como possam fazer a substituição de importados.

As Olimpíadas e o câmbio criam uma oportunidade única para avançar na estruturação da política de desenvolvimento do turismo que, distribuído em todo o território nacional e a partir de grande potencial natural, é um grande empregador e arrecadador de divisas.

Para gerar capacidade de resistência diante da crise, são necessários, em condições emergenciais, financiamento de capital de giro para as empresas, renegociação de dívidas das famílias, bem como crédito para o investimento privado e o consumo.

Os desafios são enormes, mas o Brasil tem plenas condições de ser protagonista do próprio desenvolvimento econômico e social. Tem capacidade produtiva reunida na força dos empresários e dos trabalhadores, um grande estoque de capital produtivo e muito recurso natural. Nossas mazelas são oportunidades para investimentos, para uma produção que cria riqueza e renda para superar a pobreza e a desigualdade.

O Brasil pode muito se houver compromisso que crie projetos e tome inciativas. O diálogo é o melhor caminho para fortalecer compromissos e um grande instrumento para promover transformações.

 

* Clemente Ganz Lúcio é diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)

 

 

 

 

 

 

 

 

O Mercosul, criado a 26 de março de 1991, chega à marca dos 25 anos, senão como uma iniciativa coroada de êxito, pelo menos como um empreendimento que alcançou mais pontos positivos que negativos. Reunindo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, países fundadores, e Venezuela, que completou seu processo de adesão em 2012, o bloco constitui, sem dúvida, a mais abrangente iniciativa de integração regional já implementada na América Latina.

Mantém como estados associados ou estados parte Chile, Peru, Colômbia, Equador, Bolívia, Guiana e Suriname e abrange 72% do território da América do Sul, espaço equivalente a três vezes a área da União Europeia; 70% da população sul-americana (275 milhões de habitantes) e 77% do Produto Interno Bruto (PIB) da América do Sul (US$ 3,18 trilhões de um total de US$ 4,13 trilhões).

Com tamanha capacidade produtiva, bem que o Mercosul poderia ter avançado mais. E, se não o fez, culpa não cabe apenas ao Brasil, mas a todos os países-membros que, governados por regimes presidencialistas centralizadores, mostraram-se reféns da mentalidade atrasada e da falta de visão global que tem caracterizado seus líderes, que sempre se deixaram levar por interesses de grupos que, em vez de buscarem a livre competição, procuraram se abrigar sob o guarda-chuva do protecionismo.

Ainda agora o governo argentino, que parecia ter deixado para trás essa mentalidade com o presidente Mauricio Macri, deu mostras de que continua aferrado a políticas protecionistas, que tornam a integração sul-americana lenta e seus resultados frustrantes. A Argentina ampliou a lista de itens importados que exigem licenças não automáticas para entrada no país. A medida, que engloba produtos metálicos, de ferro, de aço, laminados e máquinas, entre outros, afetando especialmente o setor automotivo, é uma tentativa de contenção do superávit brasileiro no primeiro bimestre.

Mesmo com esses problemas, isso não significa que o Brasil poderia estar em situação mais confortável, se o Mercosul não existisse. Acusar o Mercosul de constituir o principal obstáculo para que o País tivesse assinado maior número de acordos com outras nações ou blocos é desconhecer os meandros da política econômica brasileira. Os principais opositores à assinatura de novos acordos compõem setores bem influentes em Brasília: são as indústrias pouco competitivas que impedem esses acordos e não os parceiros do Mercosul.

É preciso reconhecer que essas indústrias não são competitivas porque querem, mas também vítimas de um mal chamado custo Brasil, que as torna incapazes de competir no mercado externo. Sem contar o receio de europeus e norte-americanos com a competitividade do agronegócio brasileiro e argentino. Como se sabe, em todo o mundo, o setor agrícola é o mais protegido por tarifas altíssimas e barreiras sanitárias.

Seja como for, em 2015, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil exportou para o Mercosul US$ 18 bilhões, dos quais US$ 15,7 bilhões em produtos industrializados, importando US$ 12,2 bilhões, dos quais US$ 9,9 bilhões em produtos industrializados. O Mercosul representou apenas 9,4% dos US$ 191,1 bilhões referentes ao total das vendas externas.

Os números mostram que o Mercosul ocupa uma posição pouco expressiva em relação ao porte da economia brasileira, atuando ainda como união aduaneira em fase de consolidação, longe de alcançar a terceira e última fase da integração, que seria o de mercado comum autêntico. Se, à guisa de balanço, não se pode deixar de reconhecer que, neste quarto de século, evoluiu bastante, forçoso é reconhecer que ainda há muito que avançar.

 

* Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC)

 

 

 

 

 

 

 

Acumulam-se as evidências da severa e prolongada recessão na economia brasileira com seus efeitos nefastos na renda dos trabalhadores e no emprego, embora não homogênea em seus desdobramentos.

Este é o fundamento das dificuldades a serem enfrentadas pelo movimento sindical, agravadas pelo clima de desconstrução política provocada pelos defensores do impeachment presidencial e pelos episódios da Lava Jato.

A mídia, excitada ao extremo, noticia com insistência a deterioração do quadro econômico, mas seu partido editorial não é o da superação da crise e sim o da defesa do impeachment como condição necessária e suficiente para isso; quer o “reboot”.

A opinião pública (ou, melhor dizendo, a opinião publicada) vai ao delírio e não percebe o fundo do quadro; grita “Barrabás”!

Assim como os protagonistas políticos precisam de excitação para conduzirem suas campanhas, o movimento sindical – que representa parcela majoritária e apreensiva da opinião pública – precisa de bom senso e reflexão.

Suponha-se, por exemplo, que a presidente seja destituída e que o setor politicamente dominante seja modificado, mesmo que não radicalmente. Pelos vários programas já apresentados (e nenhum deles depende do voto popular) deverá se seguir uma fase de duro arrocho econômico e social com medidas que agridem os direitos dos trabalhadores, suas conquistas e provocam o desmanche da distribuição de renda com a abolição da política de ganhos reais do salário mínimo e diminuem a participação do Estado nas áreas de saúde, educação e previdência.

Esta alternativa não combate a recessão; apoia-se nela e na desconstrução política para modificar a correlação de forças no Estado e diminuir o seu papel social, nacional e soberano, abaixar salários e fortalecer os rentistas.

Neste hipotético quadro futuro, o movimento sindical será desafiado a lutar em condições mais desvantajosas do que as que experimenta hoje.

Portanto, na conjuntura atual, convulsionada, é essencial que o movimento se agrupe desde já em torno da plataforma produtivista do Compromisso pelo Desenvolvimento que oferece uma base unitária e exequível de superação da crise econômica e poderá ser amanhã uma plataforma de resistência a qualquer programa de arrocho, desmanche social e desindustrialização.

 


* João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical







Em reunião realizada em 14 de março último com o presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes da Silva Junior, o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, reafirmou reivindicações dos engenheiros da empresa, como a aplicação do piso salarial conforme a Lei 4.950-A/66 e a garantia de emprego, repudiando, por isso, as demissões sem negociação com os sindicatos. O encontro também contou com a participação de outros diretores e o jurídico do sindicato.


Foto: Karen Blanco/SEESP
EMTU 14MAR2016 
Murilo Pinheiro (à dir.) reafirma necessidade da valorização profissional dos
engenheiros da EMTU ao presidente da empresa (ao centro) 


Para Pinheiro, a empresa deve implantar um procedimento administrativo que possibilite a participação do empregado e dos sindicatos no processo de discussão, preventivo à formalização de demissões, bem como uma análise da reestruturação do processo interno de avaliação dos trabalhadores.

O presidente da empresa informou que a EMTU é favorável à implantação do piso salarial dos engenheiros, por isso encaminhou ao Conselho de Defesa dos Capitais do Estado (Codec), órgão ligado à Secretaria da Fazenda, documentação com a fundamentação técnica do pleito do SEESP. 


 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP










Desde maio de 2015 a vila de Paranapiacaba tem recebido série de obras de restauro em locais como os galpões das oficinas de manutenção, do almoxarifado da antiga São Paulo Railway, da garagem das locomotivas, que abrigará a estação do Expresso Turístico que liga a estação da Luz a Paranapiacaba. Estes trabalhos, realizados com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, envolvem também a participação de mão de obra de profissionais especializados como restauradores e arqueólogos.


Foto: Prefeitura Municipal de Santo André
Paranapiacaba
 Após pesquisa o restaurador Sidnei encontrou a cor mais próxima da original de prédio próximo à garagem das locomotivas


O restaurador Sidnei José Fischer é um destes profissionais contratados pelo Consórcio Restauro Vila de Paranapiacaba, responsável pelas obras. Entre os trabalhos já realizados pelo profissional está a pesquisa pictórica, estudo para conhecer a cor mais próxima do original das construções que passam por recuperação. Um dos locais que recebeu a pesquisa está um prédio localizado ao lado da garagem das locomotivas. “Para a gente este trabalho é um verdadeiro sonho. Não estou aqui pelo dinheiro, mas pela importância que este trabalho de restauro. Com certeza é algo que tem de ser preservado”, afirmou. Ainda de acordo com Sidnei, a pesquisa será realizada também em outros locais.

Outro trabalho desenvolvido é o de pesquisa arqueológica. Para tanto foi contratada uma equipe de profissionais que atualmente atuam na vila. Para o trabalho, são abertos poços testes, com área de 1 metro quadrado, onde arqueólogos buscam materiais que possam estar enterrados nas áreas onde são realizadas as obras e que possam contribuir no resgate da história local. Já nos primeiros dias, na área da garagem das locomotivas, foram encontrados componentes de locomotivas e vidros, entre outros objetos. Assim como o trabalho do restaurador, a pesquisa arqueológica será realizada também em outros locais que passam por restauro.

O secretário de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense, Ricardo Di Giorgio, destacou a importância destes trabalhos realizados atualmente na vila de Paranapiacaba. “Eles precisam ser comemorados e compartilhados, pois trata-se de um momento histórico, que permitirá às futuras gerações conhecer melhor esse patrimônio de nossa cidade e de nosso estado”, comentou.

Patrimônio histórico
A Secretaria de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense é responsável pela administração de 55% do território de Santo André e compreende, além da histórica vila ferroviária de Paranapiacaba, a área de proteção e recuperação dos mananciais do município.

Paranapiacaba, considerada patrimônio histórico nacional, foi construída por uma companhia inglesa a partir de 1860, quando da implantação da ferrovia pioneira no Estado de São Paulo, que ligou o porto de Santos à Jundiaí. A Parte Baixa da Vila foi comprada pela Prefeitura de Santo André em 2002. A atual Administração pretende voltar a investir no local para preservar o seu patrimônio histórico e natural e explorar o seu potencial turístico.

 

 

Fonte: Prefeitura Municipal de Santo André

 

 

 

 

 

 

No dia 22 último, a Prefeitura de São José dos Campos apresentou a empresários e comerciantes da cidade projeto Novo Centro. A proposta é levar segurança e novos atrativos de lazer e convivência às pessoas, prevendo a requalificação e modernização da região central de São José, com intervenções urbanas e paisagísticas nas avenidas Madre Tereza, Rua Rui Dória, Travessa João Dias, Praça Padre João, Travessa Cândido Portinari e Avenida Nove de Julho, além da Praça da Matriz.


Foto: Beto Faria/PMSJC
SaoJose centro 
Empresários participam de apresentação de projeto de revitalização do centro da cidade
 

As obras preveem nivelamento e troca de piso, a colocação de novos bancos, lixeiras, luminárias de LED e bicicletário. Além da restauração de equipamentos. Algumas ruas ganharão um boulevard com alargamento da calçada, garantindo movimentação noturna nas imediações do Cine Teatro Benedito Alves, que também está sendo revitalizado. Em frente ao prédio será implantado um chafariz de piso, com jogos de água e luz.

Essa área estará ligada com a Travessa João Dias, que irá receber nivelamento do passeio, novo layout de pisos, bancos para descanso, iluminação e paisagismo. Após a implantação, a travessa será um dos principais percursos de acesso pelo Centro, interligando a área comercial à Avenida São José.

A Avenida Nove de Julho terá uma ciclovia com largura de 2,8 metros e realocação do canteiro central, preservando as árvores do local. No trecho ao lado do Parque Vicentina Aranha será instalado um deck de madeira, com equipamentos de apoio como bancos, bebedouro e bicicletário.

A Avenida Madre Tereza, na continuidade da Avenida São José também terá novos passeios, com implantação bancos, decks de contemplação, iluminação com barras de LED, quiosques e ciclovia. A intenção é incentivar o uso do local também no período noturno e aos finais de semana.

As obras do Novo Centro serão realizadas pela empresa Stemmi Engenharia e Construções, de São José, com fiscalização da Secretaria de Obras e apoio da Secretaria de Planejamento Urbano. O projeto foi desenvolvido respeitando todas as diretrizes legais e alinhado ao Plano de Mobilidade Urbana, que estimula o uso de transporte coletivo e de veículos não motorizados, como bicicletas.

O investimento da prefeitura no projeto do Novo Centro é de R$ 8,6 milhões, uma economia de 11,4% em relação ao valor previsto em edital para obra.



 

Fonte: Prefeitura Municipal de São José dos Campos












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