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Editorial - Lutar pelo desenvolvimento, valorizar a engenharia

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Murilo 01072015 bonecoNo dia 29 de junho, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e o Clube de Engenharia realizam na sede desse último, no Rio de Janeiro, uma atividade de extrema importância para a categoria dos engenheiros, a sociedade e o desenvolvimento. No evento, será lançada a edição “Cidades” do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, que, neste ano de eleições municipais, pretende oferecer aos candidatos a prefeito propostas para a boa gestão das localidades de forma a assegurar qualidade de vida à população e desenvolvimento. Assim, estarão em pauta temas abordados na publicação, como finanças, mobilidade e transporte, saneamento básico, habitação, iluminação e internet pública. A base da discussão é traçar um diagnóstico da situação nesses setores e propor soluções viáveis e que tenham real impacto.

Além da apresentação dessa nova etapa do projeto no qual a FNE vem trabalhando desde 2006 com abordagens diversas do desenvolvimento nacional, uma questão essencial estará na pauta: a necessidade urgente de se resgatar a engenharia na gestão pública. Isso significa fazer com que as funções técnicas sejam ocupadas por profissionais habilitados, inclusive em cargos considerados “de confiança”. O mal não reside em haver nomeações políticas, desde que feitas com transparência e dentro de parâmetros éticos e legais; o problema é que essas não levem em conta também a capacidade da pessoa a ser indicada.

Para se garantir que as administrações disponham dos profissionais necessários a sua boa condução, é preciso que se realizem concursos públicos, oferecendo-se remuneração e estrutura de trabalho compatíveis com as tarefas a serem desempenhadas. Repousando esquecido no Senado está o projeto de lei que institui a carreira pública para engenheiros e arquitetos nas três instâncias – municípios, estados e União. É urgente que o tema seja resgatado e o Brasil encare de frente essa necessidade a bem da qualidade, da segurança e da economia. É preciso fazer bem e de forma planejada; os parcos recursos disponíveis nos cofres públicos não podem ser desperdiçados com improviso e amadorismo. Ainda menos aceitável que gastar irresponsavelmente é expor a população a riscos que a boa engenharia certamente pode evitar.

Essas duas questões centrais na nossa avaliação – valorização da engenharia e dos seus profissionais e desenvolvimento nacional – que darão a tônica desse debate são também o mote do movimento “Engenharia Unida”, que vem se consolidando com a adesão de lideranças de todo o País. O conjunto de profissionais da área tecnológica e suas entidades representativas caminham para formar uma poderosa frente de formulação, mobilização e luta em defesa do Brasil. Vamos dar a nossa contribuição para enfrentar a crise, superar a recessão e construir o País que queremos. Essa é a nossa agenda essencial.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

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