logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

Cresce Brasil – Protagonismo e inovação no campo, apesar dos entraves logísticos

Avalie este item
(0 votos)

Como parte do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) realizou, em conjunto com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), o seminário “Inovação, segurança alimentar e logística”, em 4 de agosto último, na sede do SEESP, na capital paulista.

À abertura, o coordenador do “Cresce Brasil”, Fernando Palmezan, salientou a importância da agricultura para a economia do País, dizendo que se deve aproveitar a expertise alcançada no setor para outras atividades. Posição reforçada pelo secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim: “Sem ela, não conseguiríamos sobreviver a uma conjuntura tão adversa de quase quatro anos de recessão.”

Para acompanhar essa virtuosidade, como aposta ele, o Estado de São Paulo se prepara em quatro questões cruciais: agricultura sustentável, em que se deve conciliar produção e preservação; diversidade fundiária e de cultura, promovendo-se a convivência da agricultura de escala com a familiar ou do pequeno e médio agricultor; inovação; e garantia de alimentação saudável.

Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e presidente da Associação Brasileira de Engenharia Agrícola (Sbea), Paulo Estevão Cruvinel observou que ao País está colocado o desafio de ajudar o mundo a pensar a agricultura para atender à expansão da demanda por alimentos. A Organização das Nações Unidas (ONU) indica que em 2023 a população total do planeta poderá chegar a aproximadamente 8 bilhões de habitantes. O campo precisa, constatou ele, cada vez mais, trabalhar com dois conceitos básicos: segurança alimentar (direito de acesso a todas as pessoas ao que é produzido) e do alimento (garantia da qualidade). O Brasil, continuou, é o que melhor apresenta área disponível à agricultura, com mais de 400 milhões de hectares (ha) – hoje a agropecuária nacional, cuja produção é “baseada em ciência, conhecimento e informação”, ocupa pouco mais de 50 milhões de ha.

Luís Fernando Ceribelli Madi, diretor técnico de Departamento do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), esboçou sua preocupação com os dados mundiais, destacando que hoje no Brasil 84% da população vive nas cidades e em 2020 o índice será de 90%. Nesse quadro, apontou que a indústria de alimentos brasileira experimenta desafios e oportunidades. “É uma área que movimenta 1,7 milhão de empregos no País. Somos o segundo exportador mundial de alimentos processados em volume e detemos 45% da participação no mercado global de açúcar.”

 

Gargalos a superar
Se o Brasil surpreende o mundo com a produção de mais de 230 milhões de toneladas de grãos, como salientou Luiz Antonio Pinazza, consultor técnico da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), por outro lado, sofre ainda com obstáculos logísticos, entre esses falta de locais para armazenamento e infraestrutura precária para o escoamento das safras. “Assim como temos de identificar as nossas oportunidades, e é o que estamos fazendo com muita pesquisa e ciência, precisamos fazer o mesmo com a parte logística”, asseverou.

Essa situação crítica também fez parte da exposição de Thiago Guilherme Péra, coordenador do grupo de pesquisas e extensão agroindustrial de logística da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP): “Tanta produção e exportação exige uma logística eficaz e eficiente.” Na contramão do que ocorre em países desenvolvidos, o escoamento da produção agrícola brasileira se dá, em grande parte, ainda pelas rodovias, menosprezando o potencial de outros modais, mais seguros, regulares e sustentáveis, como o ferroviário e o hidroviário.

Leia cobertura completa.

 

Rosângela Ribeiro Gil. Colaborou Jéssica Silva

 

Recursos hídricos e agricultura sustentável em debate

A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) levou para a programação da 74ª Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (Soea), realizada em Belém (PA) entre 8 e 11 de agosto, o debate técnico sobre recursos hídricos e agricultura sustentável. A mesa-redonda aconteceu no dia 10 e contou com a participação de Edson Eiji Matsura, professor titular da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (Feagri/Unicamp), e de Rui Machado, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Matsura destacou a diversidade regional existente no Brasil – que possui área irrigada de 6 milhões de hectares e 72 milhões de hectares de área plantada – no que diz respeito ao recurso hídrico considerado o mais relevante, ou seja, o advindo das precipitações. Já Machado enfatizou a importância de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para garantir a sustentabilidade da agricultura e a segurança alimentar. Os avanços tecnológicos no setor, apontou, foram os principais responsáveis pelo aumento da produtividade no País, que saltou de 57,9 milhões de toneladas de grãos por hectare em 1991 para 141,6 milhões em 2010.

Leia mais.

Adicionar comentário

Receba o SEESP Notícias *

agenda