Marcellie Dessimoni
Unindo a criatividade com o trabalho em equipe, o Núcleo Jovem Engenheiro (NJE) do SEESP, ciente da sua responsabilidade com o presente e futuro do País, vem reunindo jovens acadêmicos, recém-formados e profissionais da área tecnológica para que, juntos, possam contribuir com o desenvolvimento nacional.
Ao mesmo tempo, os jovens engenheiros se envolvem no diálogo construtivo e inovador diante da nova Agenda Global indivisível e integrativa (Agenda 2030), da qual o Brasil é signatário juntamente com 193 países. O compromisso é desenvolver os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), 169 metas e mais de 231 indicadores, baseados em quatro dimensões – social, ambiental, econômica e institucional –, o que desafia a humanidade a repensar os modelos atuais e entrar em uma nova era.
Nossos recursos naturais, em sua grande maioria, são finitos. Portanto, é importante frear os retrocessos sociais e ambientais. “É dos engenheiros que o mundo precisa para evitar a destruição da biodiversidade, a catástrofe climática e o alastramento da pobreza. Devemos olhar para o desenvolvimento sustentável não apenas como uma atividade orientada pelo mercado, mas para o bem social e o interesse público”, afirmou em palestra e entrevista o economista Jeffrey Sachs, professor da Universidade de Columbia (EUA) (confira aqui).
Sob esse ponto de vista, acredito que é urgente e necessário fazer algo a mais, principalmente os profissionais da área tecnológica, pois as mudanças decorrentes das novas tecnologias ainda não alcançaram o seu ápice. Pelo contrário, essa é uma evolução exponencial que tende a levar o mundo à era robótica, da inteligência artificial.
Enquanto isso não se torna realidade em todos os países, os jovens engenheiros brasileiros inspiram pessoas para se engajarem nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável através do “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento – Itaim Paulista” – o qual integra o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, iniciativa da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) que tem a adesão do SEESP. O bairro paulistano que sofre com constantes alagamentos e enchentes fica em região marcada pela exclusão social, onde não há expectativa de emprego formal, o aparato educacional é escasso e os recursos financeiros são mínimos diante da demanda escolar. Faltam incentivo e investimento em espaços de cultura e lazer, são elevados os índices de violência e de gravidez precoce, o que leva jovens mulheres a interromperem seus estudos. Um retrato de inúmeras cidades e bairros brasileiros que necessitam de ações eficazes por parte do governo e da sociedade.
O projeto “Cresce Brasil – Itaim Paulista” está enquadrado em dez dos 17 ODS, contribuindo para o alcance das metas até 2030, com o propósito de melhorar a qualidade de vida das pessoas e do planeta.
Marcellie Dessimoni é engenheira ambiental e sanitarista e pós-graduanda em Gerenciamento de Resíduos Sólidos pelo Centro Universitário Senac. É coordenadora dos núcleos Jovem Engenheiro do SEESP e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE)