Em 25 de setembro último, o sindicato abriu suas portas na Capital para comemoração especial de seus 85 anos – completados no dia 21 do mesmo mês. “Uma história de trabalho e conquistas”, como aponta título de livro produzido pela BB Editora, lançado no ensejo (disponível em https://bit.ly/2m7Ehex). Marcou a data também homenagem aos ex-presidentes desde 1980, bem como ao atual, Murilo Pinheiro, ante público representativo que lotou o auditório, incluindo engenheiros, dirigentes sindicais, lideranças e autoridades.
Após exibição de vídeo institucional comemorativo (https://bit.ly/2lnoRCy), a cerimônia foi aberta pela coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP, Marcellie Dessimoni. Uma fala simbólica de que o sindicato completa 85 anos com olhos no futuro. “Sou uma das mais jovens no nascer desse novo ciclo, ano em que o SEESP começa a trilhar novas perspectivas, em passos junto àqueles que estão há mais tempo nessa estrada. Temos grande potencial para contribuir e muito mais para aprender”, disse ela. E destacou: “O partido que predomina aqui é o da engenharia. Esse é o local da inovação, tecnologia, trabalho, na busca por crescimento sustentável. Vamos continuar a levantar nossas bandeiras em defesa dos engenheiros, pela valorização profissional e por uma sociedade mais justa.” Ela concluiu: “Somente conhecendo de onde viemos podemos vislumbrar para onde vamos.”
Reconhecimento
Os 85 anos do SEESP demonstraram a sinergia entre visão de futuro e valorização da história, representada pelo reconhecimento a quem pavimentou esse caminho e segue a consolidá-lo. Coube, nessa direção, a Celso Atienza, vice-presidente do SEESP – o “mais antigo”, conforme suas palavras –, anunciar as homenagens a Murilo e aos ex-presidentes Antonio Octaviano (gestão 1983-1986), Allen Habert (1986-1989), Esdras Magalhães dos Santos Filho (1992-1995), Ubirajara Tannuri Felix (1995-1998) e Paulo Tromboni de Souza Nascimento (1998-2001). A homenagem também se estendeu a Horacio Ortiz (1980-1983) e Rutênio Gurgel Bastos (1989-1992), in memoriam. Atienza lembrou a longa história de lutas e conquistas, frisando o protagonismo da entidade em questões da sociedade e de interesse da categoria – sobretudo a partir do Movimento de Renovação em 1980.
Representando os ex-presidentes à homenagem, Octaviano resumiu os 85 anos da entidade e destacou contribuições fundamentais a cada gestão. Citou ainda as lideranças que inauguraram essa trajetória, em 1934, evidenciando que se confunde com a história do município, do Estado e do País.
“Se a sociedade avança, a engenharia tem boa parte da contribuição”, ressaltou no ensejo Ivani Contini Bramante, desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) – 2ª Região. Na mesma linha, o ex-ministro da Defesa, Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, frisou: “Não há construção, desenvolvimento e perspectiva nacional sem engenharia nacional.”
Já o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, William Campos, salientou que “o evento representa a união da classe que demonstra sua pujança”. E complementou: “É impossível governar o Estado e o País sem os engenheiros”, indicando que o SEESP simboliza a democracia nacional.
União e desenvolvimento também foram destaque na fala de Paulo Guimarães, presidente da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea, que lembrou da contribuição fundamental do sindicato, ao aderir ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – iniciativa da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), à qual o SEESP é filiado, lançada em 2006 e atualizada permanentemente. Sob a ótica de que “unidos somos mais fortes”, Guimarães reiterou o compromisso da Mútua com essa plataforma que reúne proposições ao desenvolvimento sustentável com inclusão social.
Por seu turno, o ex-governador de São Paulo Marcio França apontou a importância da “defesa do coletivo” na conjuntura atual em que são vários os ataques inclusive aos trabalhadores e ao movimento sindical. “As dificuldades, por outro lado, têm o grande mérito de produzir soluções”, acredita. Nesse contexto, ainda, o também ex-governador do Estado Geraldo Alckmin destacou dois grandes desafios mundiais a serem enfrentados: “o esmagamento do mundo do trabalho pelo capital” e a perspectiva de agravamento da concentração de renda. “O caminho é fortalecer as instituições. O sindicato foi importante nestes 85 anos e será muito mais, no sentido de trabalharmos juntos, por uma sociedade mais justa e fraterna. Vida longa ao SEESP!”
Murilo apresentou o livro comemorativo e concluiu: “Vamos à luta, vamos seguir presentes em todas as discussões, por uma cidade, Estado e País melhores. Juntos faremos a diferença.”
Também saudaram a atividade os presidentes de centrais sindicais Adilson Araújo (CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Antonio Neto (CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros), Ricardo Patah (UGT – União Geral dos Trabalhadores) e Danilo Pereira da Silva (Força Sindical-SP), além dos vereadores paulistanos Eliseu Gabriel e Caio Miranda (ambos do PSB).
Por Soraya Misleh