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Campanhas salariais difíceis

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 João Guilherme Vargas Netto

 

554OpiniaoAs campanhas salariais neste ano devem ser difíceis, com resultados incertos, por uma série de razões, até mesmo pelo fato de que há eleições gerais no Brasil.


Após dois anos de pandemia, e mesmo com o arrefecimento da doença, suas consequências mantêm-se graves; há uma crise social de desemprego, perda de renda dramática e a inflação que castiga a sociedade. A economia está travada, e os juros altos dificultam a retomada mais efetiva. Há fome no País.


Agências mundiais anunciam problemas em muitos países, agravados pela guerra na Ucrânia e o descontrole das cadeias produtivas e da energia.


Tudo isso leva aqui a campanhas salariais difíceis, com resultados incertos.


O SEESP tem, ao longo de duas décadas, sabido enfrentar nas mais diversas conjunturas o desafio das campanhas salariais dos engenheiros nas empresas e com entidades representativas do patronato.


Os sucessivos seminários de abertura dessas campanhas têm sido realizados, como foi o deste ano, criando parâmetros concretos para a sua boa consecução.


Não será diferente agora, apesar das dificuldades. O sindicato, sem renitências nem relaxamentos, mas com uma condução segura que garanta a defesa dos interesses dos profissionais e o reconhecimento realista da situação das empresas – exceto as posições ideológicas adversas que se escondem atrás das dificuldades para criar maiores ainda –, procura obter resultados que garantam as conquistas dos engenheiros e resolvam os problemas novos, bem como enfrentem o grave entrave da inflação que corrói salários e a confiança social, dificultando a reposição plena das perdas.

 

joao guilherme Artigo

 

João Guilherme Vargas Netto é analista político e sindical e consultor do SEESP

 

 

 


Imagem de destaque – Foto: Beatriz Arruda/Arte: Eliel Almeida

 

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