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EDITORIAL - Boas negociações à vista

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Com a realização do 12º Seminário das Campanhas Salariais , realizado em 22 de março último, os engenheiros paulistas tiveram a largada oficial das negociações coletivas, visando acordos e convenções para este ano.

Como atestaram as falas dos especialistas e representantes de empresas presentes ao evento, há boas perspectivas de conquistas salariais para 2012, tendo em vista o horizonte de crescimento econômico. Assim, a exemplo do que se registrou em 2011, quando cerca de 86% das negociações obtiveram ganhos reais, além de recomposição da perdas, buscaremos resultados compatíveis com o cenário nacional e a situação vivida pelas empresas.

É essencial que os avanços materiais registrados no País traduzam-se em ganhos àqueles que são os grandes responsáveis pelos resultados positivos, ou seja, os trabalhadores. Dessa forma, além de aumentos que melhorem efetivamente as condições de vida de todos, exigem-se aprimoramento das condições de trabalho e ainda acesso à qualificação profissional permanente, tema essencial aos engenheiros.

Juntamente com as reivindicações específicas referentes a cada setor ou empresa nos quais os engenheiros atuam, estarão na agenda nessa temporada das campanhas salariais temas que unificam o movimento sindical como um todo. Entre esses, estão a redução da jornada para 40 horas semanais e o debate em torno do trabalho decente. Incluída ainda a batalha pela isenção do imposto de renda sobre PLR (Participação nos Lucros e Resultados), abonos e adicional de férias, atualmente em trâmite no Congresso Nacional, importante para que a tributação injusta não mine as conquistas asseguradas às mesas de negociação.

Outro ponto de ação comum, a luta contra a desindustrialização, agrega inclusive o setor patronal, aliado no pleito pela redução dos juros e mudança da política cambial que favorece as importações. Ainda relevante nesse campo é a necessidade de inovação e avanço tecnológico para elevar o valor agregado da produção brasileira. Espera-se que a ação conjunta sirva inclusive para facilitar o diálogo entre capital e trabalho.


Eng Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente







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