Representativo, rico em conteúdo, articulado sindical e politicamente e vibrante. Assim foi o VIII Conse (Congresso Nacional dos Engenheiros), promovido pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) nos dias 24, 25 e 26 de setembro, em São Paulo. O sucesso, fruto do esforço coletivo nacional da categoria organizada pelos seus sindicatos e pela federação, demonstra o acerto do trabalho que vem sendo realizado pelas nossas entidades. Evento mais importante do calendário da FNE, o Conse acontece obrigatoriamente a cada três anos. Tendo tomado a decisão de ampliar sua ação para além das funções corporativas e organizativas, a entidade vê no seu congresso nacional a oportunidade de travar os debates que interessam estrategicamente à categoria, assim como ao conjunto dos trabalhadores e da sociedade brasileira.
Dessa forma, a programação, brilhantemente desenvolvida pelos palestrantes e participantes, pautou-se pelos temas prementes da atualidade. Simbolicamente, a abertura solene, realizada na magnífica Sala São Paulo, reuniu as principais autoridades dos três poderes da República para afirmar a relevância da engenharia ao desenvolvimento nacional e bem-estar da população. Na sequência, passando às atividades no Novotel Jaraguá, tiveram lugar as discussões sobre desenvolvimento sustentável, em seus diversos aspectos (leia aqui).
Um importante balanço do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado durante do VI Conse, em 2006, foi feito pela sua coordenação, com a participação muito especial do professor Carlos Lessa, cuja contribuição à iniciativa foi inestimável. Ainda no âmbito desse importante trabalho, a discussão sobre a Copa 2014 e os legados que o evento esportivo pode e deve deixar à sociedade. Os desafios do País após a conferência Rio+20, com a importante presença do ministro Gilberto Carvalho, e o fundamental debate sobre soberania e desenvolvimento nacional, contando com as análises do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, da economista Ceci Juruá e do engenheiro Marco Aurélio Cabral Pinto, completaram o programa.
Finalizando os trabalhos, os delegados de todo o País elegeram a próxima diretoria da FNE, que comandará a entidade entre 2013 e 2016, e definiram suas diretrizes operacionais, políticas e sindicais, num valioso debate.
Ao cumprir essa agenda, tanto abrangente quanto profunda, a FNE e seus sindicatos filiados fortalecem-se para dar continuidade à batalha de defender a categoria, buscando valorização dos engenheiros por meio de remuneração justa, melhores condições de trabalho, qualificação profissional e inserção social. Também mantêm sua posição privilegiada para contribuir com o desenvolvimento nacional e a construção de um País justo e soberano.
Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente