João Guilherme Vargas Netto
Quando se viaja por uma região montanhosa, vencer um cume é descortinar vários outros da cordilheira. O VIII Conse (Congresso Nacional dos Engenheiros) é uma situação assim, a elevada posição alcançada pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e seus sindicados filiados na luta pelo “Cresce Brasil”.
Tivemos a oportunidade de testemunhar a amplitude das relações políticas da entidade, a precisão do livro sobre a sua história e seus projetos, o denodo e a sabedoria dos convidados ilustres e a unidade de ações demonstrada pelos participantes.
Emocionamo-nos também e nos divertimos na Sala São Paulo e em outros ambientes com a música da Orquestra da Câmara da ECA-USP (Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo), com o samba do grupo de Monarco da Portela e com o humorismo brejeiro do artista piauiense Amauri Jucá.
O VIII Conse, cume, faz parte de uma sequência de pontos altos, é um entre eles. Em primeiro lugar, está a própria conjuntura socioeconômica nacional, com emprego, ganhos reais de salários e enfrentamento da crise.
Neste contexto, o movimento sindical dos trabalhadores recupera e afirma seu protagonismo, com suas conquistas, manifestações e greves. O Brasil é o único país do mundo hoje em que os trabalhadores lutam, com possibilidade de vitória, pela redução da jornada sem diminuição de salários.
E, finalmente, a FNE, com o seu VIII Conse, alcança a hegemonia do movimento profissional dos engenheiros, capacitando-os – na conjuntura favorável e com o movimento sindical – a enfrentar as tarefas necessárias que garantam a continuidade do desenvolvimento com distribuição de renda e sustentabilidade e afirmem seu papel na vida brasileira.
Que os ares limpos e a vista magnífica das altas serranias nos confortem em nossa viagem.
João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical do SEESP e da FNE