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Cresce Brasil – Inovação para garantir cidades inteligentes e saudáveis a todos

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Articular uma rede internacional que assegure esse resultado, integrando pesquisas e laboratórios de inovação voltados a soluções em diversas áreas. Esse é objetivo da Conferência Internacional sobre Cidades Inteligentes e Saudáveis, a se realizar entre 27 e 31 de outubro, no Royal Palm Plaza Hotel, em Campinas, São Paulo.

Quem afirma é Fuad Gattaz Sobrinho, vice-presidente para a América Latina da Society for Design and Process Science (SDPS, em português, Sociedade para Ciência de Design e Processos) e presidente da Software Engineering Service (SES, Sociedade de Engenharia de Software) – organizações com que o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) têm convênio de cooperação desde maio último. Membro do Conselho Consultivo dessa última, Gattaz destaca que as duas entidades integrarão as mesas da conferência, ao lado de grandes nomes – entre os quais, foram convidados e aguarda-se a confirmação de 14 prêmios nóbeis na área de ciência e tecnologia. Na sua ótica, a presença da representação desses profissionais liberais é de grande importância, para abordar seu papel na construção de cidades inteligentes e saudáveis e o projeto Brasil Inteligente, que vai ao encontro disso. Ele salienta ainda a fundamental participação dos engenheiros, em todas as áreas.

Promoção da SDPS, a conferência está em sua 18ª edição. Realizada bienalmente, pela primeira vez abordará como tema central cidades saudáveis, que, conforme Gattaz, vai além da sustentabilidade e das muito faladas “cidades inteligentes”. Nessas, explica, as tecnologias destinam-se não para que “a população seja saudável, mas para a competitividade. Geralmente, não são voltadas às necessidades públicas”. De acordo com essa concepção, premiam-se a otimização do tempo, esforço, custo, enquanto a sociedade quase não usufrui dos benefícios. Tem-se boas práticas, mas “ainda para muito poucos”. Os grandes beneficiários, diz o vice-presidente para a América Latina da SDPS, seriam as indústrias. “As diferenças são enormes. Estamos falando em demandas da comunidade e de garantir cidades saudáveis em todos os recantos do País, inclusive utilizando essa inteligência para melhorias nas áreas rurais, não apenas urbanas.” Desse ponto de vista, a proposta, afirma Gattaz, é inédita, “transdisciplinar e transsetorial”. Assim, o público estimado de 500 a 800 participantes deverá ser formado por representantes de universidades e instituições de pesquisa de todo o globo, bem como de governos, iniciativa privada, setor público, entidades diversas, além dos profissionais de várias áreas do conhecimento. “As academias têm que ter um novo posicionamento no mundo, mas também os elaboradores de políticas públicas”, reflete.

A conferência incluirá 13 vetores sob essa lógica. São eles: alimentação saudável, bom relacionamento e amizade, atividade física, bom relacionamento familiar e entretenimento, qualidade do sono, educação, organização de habitações, fé e confiança, segurança, meio ambiente, trabalho, lazer e cultura de paz.


Experiências no País

No mundo, segundo Gattaz, há apenas cinco modelos de cidades saudáveis, todos em comunidades fechadas. No Brasil, experiência pioneira foi realizada em um bairro no município de Hortolândia, interior de São Paulo: o projeto “Viva mais e melhor”, implantado em junho de 2010 pela Prefeitura local. Coordenador do Departamento de Pesquisa da Faculdade Adventista de Hortolândia e membro do Conselho Consultivo da CNTU, Moisés Sanches Júnior apresentará a iniciativa na conferência da SDPS. “Já visualizaram melhorias na idade biológica das pessoas e diminuiu o custo de saúde emergencial, portanto, com resultados socioeconômicos e culturais muito bons”, ressalta Gattaz. Também está em vias de ser implantada essa proposta na cidade paulista de Paulínia. “Essas irradiariam seus exemplos para a maioria dos demais municípios brasileiros, de modo que possam adotar rapidamente tecnologias inteligentes voltadas ao bem público”, defende. A Prefeitura de Campinas é outra que está estudando a adoção de projeto nesse sentido. Para a Capital, dado o seu tamanho, ele acredita que seria possível de início concentrar iniciativas em alguns locais, “de forma distribuída”.

Quanto à constituição de uma rede global de inovação que contribua a esses resultados a partir da conferência, Gattaz propugna que participem organizações como a CNTU, empresas, universidades, governos, profissionais. E que no Brasil, primeiro local a sediar evento sob essa perspectiva, seja instalado um centro internacional que integre os resultados.

As inscrições para a conferência podem ser feitas até sua abertura, no dia 27. A taxa para estrangeiros é de US$ 450,00 e para brasileiros, R$ 350,00 (estudantes pagarão R$ 150,00). Mais informações no site http://www.sdps.com.br/conference.


Por Soraya Misleh

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