Lucélia Barbosa
É assim que a gestão Trabalho–Integração–Compromisso, comandada pelo engenheiro Murilo Celso de Campos Pinheiro, encerra a segunda jornada de trabalho à frente do SEESP e começará o novo mandato em 1º de janeiro de 2010.
Nos últimos quatro anos, a diretoria desenvolveu uma série de ações em defesa da profissão e da categoria, garantindo o fortalecimento de sua representatividade e ampliando o número de associados, hoje mais de 50 mil.
Dando prioridade à ação sindical, aprofundou o diálogo com as empresas e sindicatos patronais, evitou demissões, firmou acordos e convenções coletivas e assim conquistou muitas vitórias para a categoria. Exemplo disso foi o resultado das campanhas salariais de 2009, que, apesar da crise financeira global, obteve ganhos reais acima da inflação e manteve cláusulas preexistentes, como as relativas à reciclagem tecnológica e ao piso profissional.
Outro passo importante foi a compra de cinco sedes próprias nas cidades de Bauru, Campinas, Lins, Presidente Prudente e São José dos Campos, que propiciarão melhores condições para atender os engenheiros e bem representá-los. Além disso, a antiga sede na Capital foi reformada e teve seu auditório reinaugurado, e o terreno ao lado foi adquirido. Ambos os espaços integrarão o futuro Complexo Casa do Engenheiro, onde será construída universidade corporativa.
O portfólio de benefícios praticamente dobrou. Hoje os associados podem contar com mais de 190 opções de convênios que dão descontos em produtos e serviços nas áreas de saúde, educação, seguros, lazer e turismo. O Plano de Saúde do Engenheiro continua em franco desenvolvimento e já abrange 30 mil vidas.
Na área de Oportunidades e Desenvolvimento Profissional, o SEESP melhorou as ações de apoio ao orientar os filiados para recolocação no mercado de trabalho, buscar vagas e realizar treinamentos como o “Programa Engenheiro Completo”, criado nessa gestão.
No âmbito jurídico, ofereceu ampla assistência ao impetrar diversas ações a favor do sindicalizado, entre elas a recuperação de perdas com as correções das cadernetas de poupança durante os planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e II e a restituição do IR (Imposto de Renda) para os engenheiros aposentados que pagaram imposto sobre as férias e licenças-prêmio não gozadas.
Atuação política
O SEESP vem atuando não apenas para os interesses corporativos, como também para o bem-estar de toda a população brasileira. Ao longo dessa gestão, tem travado uma série de debates de maneira ampla e democrática, envolvendo outras organizações e os poderes públicos, com o objetivo de levantar problemas e apontar as melhores soluções técnicas para as questões municipais, estaduais e nacionais.
Desenvolveu papel fundamental nas mais importantes discussões do Estado, como no caso do leilão de privatização da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), cancelado em março de 2008, em que o sindicato fez gestões junto a parlamentares, à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e ao Ministério de Minas e Energia, apontando ilegalidades no processo e propondo alternativas.
A diretoria também intensificou ações junto à FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006, que reúne as contribuições da categoria a uma plataforma nacional de desenvolvimento com inclusão social. Para levar tais ideias a todo o Estado, o sindicato criou 19 Conselhos Tecnológicos Regionais, que discutiram as proposições dos engenheiros em cada município, de forma a incentivar o desenvolvimento local nas áreas de transporte, energia, saneamento básico, meio ambiente, comunicação, agricultura e ciência e tecnologia.
Ainda dando continuidade à proposta da FNE, em 2008 o SEESP lançou o “Cresce Brasil Região Metropolitana de São Paulo”, o qual debateu e propôs saídas ao desenvolvimento sustentável dessa área do Estado que congrega 39 municípios e mais de 20 milhões de habitantes.
Conseguiu também somar esforços com o movimento sindical brasileiro ao participar de manifestações e lutar por questões de interesse geral dos trabalhadores, como a redução da jornada, a implementação da Convenção 158 (proibição à demissão imotivada) e a redução da carga tributária sobre os profissionais.
Estabeleceu aproximação com várias entidades, entre elas o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, que reconheceu a competência do SEESP com relação à segurança e saúde do trabalhador.
Firmou ainda parcerias, como a com a VDI-Brasil (Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha), na qual se estabeleceu um termo de cooperação científico-tecnológica assegurando aos filiados de ambas entidades a participação em atividades e cursos promovidos por elas.
Finalmente, teve papel decisivo na criação da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), cujo registro foi oficializado em 9 de outubro de 2008.