Quando, em 2011, o SEESP criou o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), a ideia era dar realidade às discussões que vinham sendo travadas no âmbito do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. Estava em pauta a necessidade de se formarem mais profissionais qualificados para dar conta dos desafios do desenvolvimento nacional, mas, sobretudo, qual o perfil e as competências que esses quadros técnicos deveriam ter. Na nossa avaliação, construída após inúmeras discussões com a categoria em todo o Brasil, especialistas e representantes do setor produtivo,o engenheiro precisa ir além de uma essencial sólida formação técnica. Ele deve ser capaz de empreender e inovar, independentemente do setor em que esteja atuando, compreender a realidade sociopolítica e econômica à sua volta e no mundo, produzir de forma colaborativa, saber se comunicar e, principalmente, assimilar a ideia da aprendizagem constante e para a vida toda.
O projeto de ensino do Isitec foi, portanto, desenvolvido sob esse prisma; a preocupação em torno desses parâmetros envolveu da infraestrutura ao treinamento e capacitação de professores e funcionários. A proposta é inovar na forma de aprender, fazer com que os estudantes absorvam o conhecimento de fato e tenham noção de seu sentido prático.
Iniciadas as aulas em 23 de fevereiro último, esse modelo vem se mostrando um sucesso. A grade curricular que soma 4.620 horas de carga obrigatória, superior ao exigido pelo Ministério da Educação (MEC), além das matérias exatas e técnicas,inclui disciplinas da área de humanidades que são consideradas essenciais à formação de profissionais e cidadãos completos, como história, sociologia e linguagens. Os 50 estudantes matriculados dedicam-se ainda a atividades extracurriculares.
Segundo relatos de discentes e professores (leia a reportagem “Engenharia de Inovação encanta alunos e professores”), a experiência de lecionar e estudar no Isitec tem sido incrivelmente satisfatória e atingido os resultados planejados. Em vez de se intimidarem frente aos cinco anos em período integral que têm pela frente, os estudantes vivem a aventura incomparável da descoberta e do conhecimento de alto nível. A direção e o corpo docente, por sua vez, comprovam na prática a possibilidade de uma forma inovadora de lecionar, sem que se abra mão da qualidade da formação.
Para nós do SEESP, entidade que criou o Isitec e é sua mantenedora, a satisfação de verificar o acerto da nossa decisão e ousadia nesse projeto é extrema. O esforço agora é manter o padrão para que, em cinco anos, tenhamos os primeiros engenheiros de inovação do Brasil aptos a dar a sua contribuição ao País.
Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente