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Editorial - “Cresce Baixada” e o enfrentamento da crise

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Uma iniciativa extremamente positiva está sendo desenvolvida pelo SEESP, por meio de sua Delegacia Sindical na Baixada Santista, em parceria com as demais entidades representativas de trabalhadores da região: o “Cresce Baixada”, inspirado no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. O movimento visa evitar demissões e reduções salariais e que a recessão se instale de forma irremediável. A ideia forte nessa empreitada é que, apesar de se reconhecer a existência da crise e das dificuldades empresariais, é preciso um pacto para que a solução encontrada não seja o mero corte de pessoal.
Deve-se agir estrategicamente, pensando no futuro e na recuperação, pois a penúria dos trabalhadores em nada ajudará a economia das cidades e o bom desempenho das companhias. Também acertadamente, o “Cresce Baixada” estende o diálogo ao poder público, já que os governos podem e devem agir no sentido de induzir o desenvolvimento.
Com um calendário de atividades para construir esse arco de alianças em prol do emprego, o “Cresce Baixada” deve se reunir novamente no dia 19 de agosto na sede da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), contando com a participação de representantes das prefeituras da região, das entidades empresariais, das universidades e parlamentares, além, é claro, do movimento sindical. A partir dessa plenária, devem ser estabelecidos os passos para envolver os governos estadual e federal nesse esforço.
Entre as dez ações imediatas já defendidas pelo “Cresce Baixada”, a essencial é que as empresas se comprometam a não demitir pelo prazo mínimo de um ano. Destacam-se ainda a sugestão de benefícios fiscais às companhias que mantiverem seu quadro de pessoal, o estímulo aos projetos de obras da região, a preferência à contratação de mão de obra local, a criação de frentes de trabalho pela administração pública e a qualificação profissional. Ainda na pauta, está a ideia de trabalhar pela instalação de indústrias na região que integrem a cadeia produtiva do aço, assim como impulsionar o uso do insumo na construção de moradias.
Na nossa avaliação, a iniciativa é a estratégia de ação correta para enfrentar a crise econômica que atinge o País. É fato que o Brasil está inserido num contexto global complexo e é impossível que passe ao largo das turbulências internacionais. No entanto, internamente, é preciso que sejam tomadas medidas que evitem a recessão, em vez de estimulá-la, seja em nível nacional ou regionalmente. O “Cresce Baixada” é um exemplo virtuoso dessa visão e precisa ser fortalecido e multiplicado pelo Brasil afora.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

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