Do Diário do Transporte
Por Adamo Bazani
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), Antônio Roque Citadini, acatou o pedido da bancada do PT na Assembleia Legislativa e suspendeu o leilão de concessão à iniciativa privada da linha 5-Lilás do metrô e 17-Ouro do monotrilho. O certame deveria ocorrer nesta quinta-feira (28/09).
De acordo com a representação, as exigências do edital podem restringir a competitividade e, assim, causar prejuízos aos cofres públicos. O conselheiro, com base nas argumentações, enviou à direção da Companhia do Metropolitano (Metrô) uma série de questionamentos que devem ser respondidos em 15 dias. A companhia afirmou que suspendeu o leilão após a determinação e que vai responder os questionamentos do TCE.
Como a análise das respostas dependem do órgão fiscalizador de contas, não há previsão para uma nova data. De acordo com as atuais regras, a empresa ou consórcio que quiserem operar o metrô e o monotrilho devem oferecer, no mínimo, lance de R$ 189,6 milhões.
A duração do contrato é de 20 anos e os vencedores receberão a parte correspondente das tarifas à operação dos dois trajetos e também podem explorar comercialmente as estações.
O valor do contrato é de R$ 10,8 bilhões, correspondentes às receitas tarifárias de remuneração e às explorações comerciais das áreas livres das estações.
A empresa vencedora deve fazer investimentos nesse período de R$ 3 bilhões, entre modernização de espaços e frota nova.
O leilão não envolve a construção das novas estações da linha 5 Lilás e de todo o trajeto do monotrilho, cujos custos serão bancados pelo Governo do Estado.