Comunicação SEESP*
Na terça-feira (2/8), o SEESP marcou presença no Encontro de Comunicação contra a privatização da Sabesp. Na ocasião, foi criado um coletivo de comunicação em defesa da companhia pública, e foi aprovado um conjunto de propostas que ficarão sob a responsabilidade do coletivo.
A atividade aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), e foi uma iniciativa da entidade com o apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e dos Trabalhadores Sem-teto (MTST), Comitês Populares de Luta, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Intersindical e o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.
Participaram do encontro, juntamente com o SEESP, representantes do Sindicato dos Urbanitários (SINTIUS), Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), Conlutas, Associação Profissionais Universitários Sabesp (APU), PT Centro, PT Brasilândia, Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), União da Juventude Socialista (UJS), e assessores dos parlamentares Luana Alves, Guilherme Boulos, Emídio de Souza e Neno.
Fotos: Sintaema
Além da criação do coletivo, foi proposto a construção de abaixo-assinados e de um plebiscito sobre o tema, e a produção coletiva na criação e disparo simultâneo de pautas. A expertise dos trabalhadores da Sabesp também foi colocada à disposição dos comunicadores como fontes jornalísticas para a produção de matérias. O Sintaema também disponibilizou as peças de divulgação produzidas pela comunicação da entidade até o momento e a estrutura de carro de som para atividades em defesa da Sabesp.
Somaram-se às sugestões a criação de estratégias online, parceria com influencers, organização de um banco de imagens e um festival de música. Entre as ações iniciais estão a criação de uma identidade visual para o coletivo e a organização de uma coletiva de imprensa com veículos da mídia periférica para pautar a defesa da Sabesp.
O objetivo dessas ações são dialogar com a população trazendo à tona as consequências da privatização da Sabesp ampliando a luta em defesa da água e do saneamento.
Na visão do presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, é fundamental explicar às pessoas o que está realmente em jogo, “fornecendo informações técnicas e financeiras de forma transparente e acessível e permitindo que a opinião pública julgue adequadamente o que é melhor para a vida das pessoas e o desenvolvimento local”, afirmou em artigo publicado em sua coluna semanal.
A empresa tem desempenho exemplar, com índice de 100% de abastecimento de água nos 372 municípios em que opera, somando 28,4 milhões de pessoas; a coleta de esgoto alcança 90%, sendo 77% com tratamento. A expectativa é atingir a universalização até 2030, antecipando em três anos o prazo determinado pela Lei 14.026/2020.
“Aspecto crucial na atuação da Sabesp pela universalização é o mecanismo do subsídio cruzado que permite levar o serviço aos municípios menores sem encarecer a tarifa”, frisou Murilo em seu texto. A estratégia pode ser descartada se a gestão do saneamento básico for vista como negócio, “já que as empresas que assumirem as concessões terão interesse apenas nos setores considerados lucrativos”, alertou o presidente.
A excelência no serviço e a estrutura da Sabesp estão em xeque com o modelo de privatização indicado pelo governo estadual.
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*Com informações do Sintaema.
