O Fórum Cresce Baixada Santista realiza plenária, nesta sexta-feira (11/03), às 10h, na sede da Agência Metropolitana (Agem), em Santos. O presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, Newton Guenaga Filho, observa que a atividade pretende repensar a questão do emprego na região, buscando alternativas de modelos econômicos. A empresa Usiminas, principal empregadora local, nos quatro últimos meses, demitiu 50% de seu efetivo próprio e isso trouxe reflexos para outras empresas que dependiam da siderúrgica. “A região já está sentindo o reflexo dessas dispensas que tendem a piorar ainda mais com o término do dinheiro das indenizações trabalhistas”, advertiu.
A categoria dos engenheiros, informa Guenaga, também foi atingida com a decisão da siderúrgica, cuja matriz é em Ipatinga (MG). “Até o momento 60 profissionais foram dispensados”, informa.
Foto: Arquivo
Fórum Cresce Baixada foi formado no ano passado a partir do anúncio das demissões
na Usiminas. Reunião do dia 10 de setembro de 2015, na Agem.
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Santos (Sintracomos), que representa os operários de várias empresas terceirizadas, também manifesta seu inconformismo com a decisão da empresa. Para Luiz Carlos Andrade, vice-presidente do sindicato, a região não pode ficar refém de empresas, mas precisa ter um projeto econômico que combine desenvolvimento e sustentabilidade.
Nesse sentido, Guenaga aponta, por exemplo, discutir a instalação de indústrias navais e de material ferroviário, além da proposta de utilização do aço brasileiro nas estruturas habitacionais. "Propostas não faltam, mas sua aplicação depende da mobilização", salienta Guenaga.
Para agravar ainda mais a situação, Andrade declara que, além das demissões na Usiminas, o setor perdeu quase 12 mil empregos formais na área predial. Endossando a posição do dirigente do SEESP, o vice-presidente do Sintracomos diz que ficar parado ou de braços cruzados vendo as coisas acontecerem criará um caos ainda maior na Baixada Santista. “Estamos aqui para discutir saídas urgentes, por isso ninguém pode ficar omisso desse debate, da sociedade ao poder público. Estamos todos no mesmo barco”, conclama.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP