Da Agência Sindical
O Brasil exporta ao ano 4,7 milhões de toneladas de aço para os Estados Unidos. Só perde para o Canadá, que exporta 5,8 milhões. A exportação brasileira é uma das grandes fontes de receita para a economia nacional. Por isso, a taxação ao aço e ao alumínio, anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump preocupa o sindicalismo e foi objeto de avaliação na reunião das centrais sindicais, no dia 2 de março último, na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na capital paulista.
Segundo o jornal O Globo, as restrições de Trump podem resultar em perdas de até US$ 3 bilhões anuais à economia brasileira. As centrais, em nota oficial, criticam o protecionismo dos Estados Unidos e alertam para o risco aos empregos nos setores taxados.
Diz a Nota: “O anúncio causa enorme preocupação de que as exportações brasileiras de aço e alumínio serão afetadas, com diminuição da produção e dos empregos. É importante o governo buscar negociação com o governo americano e acionar a Organização Mundial do Comércio, visando diminuir os impactos da adoção da tarifa imposta pelos Estados Unidos.”
Liberalismo de gaveta
A Agência Sindical ouviu Pedro Afonso Gomes, presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo. Ele ironiza a atitude estadunidense, dizendo que o liberalismo norte-americano “só vai até a página 10”. Depois disso, ele reforça, “o país tenta proteger seu mercado, preservar os empregos locais e também atrair empresas dispostas a produzir aço e outros produtos acabados dentro do território americano”.
Assinam a nota os presidentes das seis centrais e duas confederações: Paulo Pereira da Silva, da Força Sindical; Vagner Freitas, da CUT; Ricardo Patah, da UGT; Adilson Araújo, da CTB; José Calixto Ramos, da Nova Central; Antonio Neto, da CSB; Miguel Torres, da CNTM/Força; e Paulo Cayres, da CNM/CUT.