Do Jornal da USP
Os Estados Unidos anunciaram na última sexta-feira (23/03) a suspensão das taxas de 25% sobre o aço importado e de 10% sobre o alumínio importados do Brasil, Coreia do Sul, Austrália, Argentina e União Europeia. A sobretaxa iria entrar em vigor na própria sexta-feira.
Esses países se juntam ao México e Canadá, que desde o início ficaram de fora da cobrança dessas taxas anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
A suspensão vale até 1º de maio, e nesse período os Estados Unidos vão tentar acordos com cada um dos países. As medidas protecionistas de Trump atingem em cheio a China, que pretende reagir.
Para o professor aposentado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da USP, Alberto Borges Mathias, o Brasil será o grande beneficiado de uma hipotética guerra comercial em nível mundial e isso pode alavancar a retomada do crescimento econômico brasileiro.
Segundo o professor, a China investe milhões de dólares nos Estados Unidos e como retaliação pode deslocar esse investimento para o Brasil. A mudança de fornecedor da soja importada pelos chineses dos Estados Unidos para o Brasil pode ser o início desse processo.
Segundo Mathias, o Brasil terá um grande estímulo para retomar de vez o crescimento econômico.