Agência Sindical
Crescem as dificuldades governistas para levar a voto a Reforma Administrativa – PEC 32. Deputados temem “votar e não voltar”, como pregam entidades do funcionalismo. Outro temor da Câmara é de se desgastar, caso aprove, e o Senado depois rejeite a matéria.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), segundo o Valor Econômico, sinaliza que a reforma “permanecerá na gaveta até que haja mobilização dos interessados em aprová-la”. Mas isso só deve ocorrer após as eleições de 2022. Bolsonaro, candidato à reeleição presidencial, também teme se queimar.
A reforma, feita de cima pra baixo, tromba em obstáculos. Juízes e promotores ficaram de fora, sob pretexto de que seria inconstitucional tratar dessas categorias via Legislativo. Mudanças previdenciárias específicas a policiais atendem à bancada da bala, mas contrariariam metas originais da PEC 32.
André Santos, assessor parlamentar, com larga experiência no Congresso, vê o governo “tirar o pé da reforma administrativa e dar mais atenção à PEC dos Precatórios”. A administrativa seria antipática e levaria à perda de votos.
Em jantar no dia 13 de outubro, na residência do ministro Ciro Nogueira (PP-AL), da Casa Civil, com a presença de Arthur Lira, teria se decidido engavetar a matéria, segundo disse Paulinho da Força (SD-SP), durante encontro com sindicalistas, dia 15, em Guarulhos.
Responsabilidade - “Todo o esforço das entidades é pra que prevaleça a responsabilidade e os interesses da sociedade sejam preservados”, afirma Antonio Carlos Fernandes Lima Junior, presidente da Conacate e coordenador do Movimento Basta! De todo modo, ele assegura: “Não baixaremos a guarda”.