Comunicação SEESP
Diretora da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Liedi Bernucci participou na tarde desta quarta-feira (10/11) do programa No Ponto com Murilo Pinheiro. A transmissão online ocorre quinzenalmente pelos canais do Youtube e Facebook do SEESP.
No bate-papo com Bernucci, o presidente do sindicato frisou que ela foi a primeira mulher a assumir o comando da Poli-USP há 3,5 anos. A diretora de uma das principais escolas de engenharia do País revelou sua felicidade com o que denominou “balanço positivo”, fruto de um trabalho coletivo. Isso a despeito de todas as dificuldades enfrentadas em meio à pandemia de Covid-19 e “ataques à ciência e à educação”.
Além das adaptações durante todo o período em que o distanciamento social se impôs como necessidade, em que “a escola não deixou ninguém de fora”, garantindo doações de computadores e modems para assegurar internet a alunos mais vulneráveis poderem seguir com os estudos, a Poli-USP também deu contribuições fundamentais à sociedade.
Exemplo destacado por Bernucci foi o desenvolvimento do respirador de baixo custo Inspire, entregue a hospitais de todo o País gratuitamente para ajudar a salvar vidas. A escola, segundo ela, agora prepara a comemoração de mil unidades fabricadas. “Foi uma mobilização incrível da comunidade politécnica, com trabalho voluntário”, celebrou.
Perguntada por Murilo sobre a atuação na busca por atrair mais meninas para a engenharia, Bernucci lembrou que quando ingressou na graduação em engenharia da Poli-USP, em 1977, havia apenas 4% de mulheres.
“Hoje são 20%. Ainda é pouco. Vejo o exemplo do MIT [Massachusetts Institute of Technology] e de outras escolas dos Estados Unidos em que houve movimento para atraí-las.” Na primeira instituição, conforme a diretora, elas representam hoje 38% do total de estudantes da área; em outras universidades “de primeira linha” no mesmo país, chegam a 50%. “Não há engenharia em que não caiba também a mulher. Precisamos demonstrar que cabem todos”, concluiu.
Ao final, Bernucci destacou a importância de se formarem engenheiros para o futuro, ante “desafio enorme” pela frente, como a necessidade de cumprir as metas para fazer frente às mudanças climáticas.
Confira o No Ponto com a participação de Liedi Bernucci na íntegra: