Agência Sindical
A Petrobras anunciou terça-feira (16/5) mudança na política de preços dos combustíveis. Não será mais utilizada a paridade de preços de importação (PPI), implementada por Temer (MDB) e mantida por Bolsonaro (PL). O anúncio da mudança foi feito pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates.
O valor da gasolina cairá R$ 0,40 o litro. O diesel terá redução de R$ 0,44. O gás de cozinha baixará 21,3%, representando economia de R$ 8,97 por botijão de 13 quilos.
A empresa alega que “os reajustes continuarão sendo feitos, evitando o repasse automático de aumentos de preços internacionais do petróleo, variação cambial e custos de importação”.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) comemora o fim do PPI. Segundo o coordenador geral da entidade, Deyvid Bacelar, o brasileiro deixará de pagar pelos combustíveis como se fossem importados. “Com a nova política, o Brasil terá gás de cozinha, gasolina e diesel mais baratos, porque os custos nacionais de produção, em Reais, entrarão na composição dos preços”, explica.
No cálculo anterior, a Petrobras considerava em dólar o valor do petróleo no mercado global e custos logísticos como fretamento de navios, taxas portuárias e uso dos dutos internos para transporte.
“A Petrobras tem grande parque de refino e utiliza majoritariamente petróleo nacional que ela mesma produz. Assim, com a nova política, reduz-se também a instabilidade de preços ao consumidor”, afirma o dirigente.
Para Bacelar, a PPI assombrou por quase sete anos os brasileiros. Ele comenta: “O gás de cozinha custava em média R$ 55,35, um dia antes da implantação do PPI, em outubro de 2016. A gasolina era vendida a R$ 3,65. O diesel custava R$ 3,00. Hoje, o gás está em R$ 108,13, a gasolina custa R$ 5,52 e o diesel é vendido por R$ 5,65”.