Candidato ao Governo de São Paulo, Laércio Benko (PHS) participou nesta terça-feira (19) do ciclo de debates “A engenharia, o Estado e o País”, promovido pelo SEESP, em sua sede. Colocando-se na disputa como um nome que representa a tentativa de “construir a nova política”, ele afirmou: “O objetivo é trazer São Paulo para o século XXI.” Para tanto, prometeu reforma administrativa, reduzindo os cargos comissionados e as secretarias estaduais das atuais 25 para apenas quatro: gestão pública, segurança pública, desenvolvimento sustentável e qualidade de vida. Saúde, por exemplo, integraria essa última. “Tem dinheiro carimbado para essa área e educação, o problema é a forma totalmente equivocada com que é gasto. Investindo em saneamento básico, vamos gastar menos em saúde”, sinalizou Benko. Entre os problemas a serem resolvidos, o despejo da quase totalidade do esgoto gerado em Guarulhos in natura nos córregos. A educação será objeto de seu primeiro ato se eleito. “Vou acabar com a progressão continuada.” No transporte, disse, “devemos ter o compromisso de construir oito a dez quilômetros por ano de metrô. Contamos hoje com o instrumento da PPP (parceria público-privada) hoje que torna isso possível”. Salientou, assim, ser a favor das privatizações, exceto no caso da Sabesp, “feita não para dar lucro, mas água”. A CPI dessa empresa na Câmara Municipal de São Paulo, como informou, foi instalada hoje, através de um requerimento feito por ele, um dos vereadores que a integram, no início de 2013. Na segurança pública, o candidato do PHS prometeu “padrão CSI” (referência ao seriado norte-americano que prioriza a investigação). E comentou: “É fazer cumprir a lei.” Para Benko, o discurso sobre “maioridade penal” não passa de peça publicitária. “Se diminuirmos de 18 para 16 anos de idade, não vai resolver nada. Daqui a pouco teremos maternidade de segurança máxima.”
Foto: Beatriz Arruda
Candidato destacou papel da engenharia no planejamento das ações governamentais
Frisando a aliança oficial de sua candidatura em âmbito nacional com a Coligação Unidos pelo Brasil, que tinha como presidenciável Eduardo Campos e, com seu falecimento, Marina Silva, o postulante ao Governo paulista destacou o papel da engenharia ao planejamento de curto, médio e longo prazo das ações. O objetivo com isso, de acordo com sua fala, é efetivar políticas de Estado, “e não de governo”. Ele foi categórico: “Precisamos de menos burocratas e mais engenheiros na máquina pública."
Ao final, Murilo Pinheiro, presidente do SEESP, passou às suas mãos a publicação "Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento - Novos desafios", versão atual do projeto da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) ao desenvolvimento sustentável nacional com distribuição de renda.
Imprensa SEESP
Soraya Misleh