Os estudantes do curso de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, Renata Camillo e Renato Nunes Moraes, desenvolveram o Sistema Automático de Umidificação de Parques (SAUPA), o qual busca estabelecer um nível de umidade relativa do ar confortável, de maneira inteligente, no ambiente onde estiver instalado. O sistema monitora o local, processa os dados, interpreta o ambiente e, a partir disso, toma uma decisão operacional. O projeto foi o vencedor da primeira edição do desafio “Telit Cup Brasil”, promovido pela empresa Telit Solutions Wireless, no dia 15 de maio e possibilitou aos estudantes a possibilidade de viajarem a Las Vegas (Estados Unidos), entre os dias 6 e 10 de setembro, com o objetivo de vivenciarem uma grande experiência nas áreas de empreendedorismo, tecnologia e inovação.
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A competição teve como objetivo incentivar e promover projetos científicos na comunidade universitária que possibilitassem soluções para a melhoria da qualidade de vida no ambiente urbano por meio da aplicação de conceitos de inovação e empreendedorismo relacionados à internet das coisas. Em setembro, os alunos embarcarão para os Estados Unidos a fim de participar da “Telit DevCon 2015″ e do “CTIA Super Mobility 2015″, eventos mundiais de inovação. Lá, eles pretendem apresentar a solução e ter a chance de atrair investidores para o negócio.
A ideia do sistema surgiu como um projeto visando a participação na competição nacional após muita pesquisa com o professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC, Edson Gesualdo, que foi o orientador do trabalho. Os estudantes também consultaram a professora do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP, em São Carlos, Luciana Bongiovanni Martins Schenk, que foi responsável pelo projeto de revitalização do Parque do Kartódromo “Antenor Garcia Ferreira”, em São Carlos. Ela apresentou aos alunos a demanda por um sistema inteligente de umidificação para espaços públicos, que fosse eficiente para a população e não causasse desperdício de água.
Analisando essa demanda, os estudantes constataram que criar uma solução para o problema também atenderia os principais quesitos da competição: inovação e qualidade de vida. “Muitas pessoas deixam de frequentar os espaços públicos para fazer suas atividades físicas por causa da insalubridade do tempo seco”, comenta Renata. O SAUPA é constituído de sensores instalados em pontos estratégicos que captam a temperatura e a umidade do ar dentro da área de monitoramento e fazem com que o sistema aja automaticamente, diferente dos umidificadores para redução de sensação térmica que geram uma nuvem de água pulverizada para amenizar o calor do corpo do usuário quando acionados manualmente — equipamentos como esses já são utilizados em alguns parques como, por exemplo, o Ibirapuera, em São Paulo.
Sensoriamento
O sensoriamento ocorre por intermédio de uma lógica do sistema que atua de forma autônoma: ao identificar o baixo nível de umidade do ar, ela ativa ventiladores com vapor de água no ambiente até regularizá-lo, e a operação é repetida sempre que o nível abaixar. Todo o sistema funciona com uma rede sem fio, e o investimento total para a implantação gira em torno de R$50 mil para uma área aproximada à do Parque Dom Pedro II, localizado na capital paulista. A solução também disponibiliza o acesso a um aplicativo para o sistema Android com informações sobre temperatura e umidade do ar no local, assim o usuário pode acompanhar quando o sistema está funcionando. Os alunos afirmaram que é possível integrar mais tecnologia, por se tratar de um projeto constituído em módulos, como um sensor de radiação solar para medir o nível de raios UVA e UVB.
“Esse módulo serviria como informação aos usuários e conscientização do uso de protetor solar, bonés e chapéus, quando a radiação estiver em níveis considerados de risco a saúde”, explica Renata. Para a avaliação dos jurados, foi construído um protótipo da rede de sensores com a central de informações e os umidificadores operando automaticamente em tempo real. Todo o desempenho pôde ser acompanhado por meio do acesso aos dados disponibilizados no site e no aplicativo SAUPA. Moraes comenta que há outros detalhes para aperfeiçoar o sistema com o objetivo de adequá-lo a um produto comercial. “Ainda estamos amadurecendo a ideia”, ressalta. O sistema tem como público-alvo prefeituras e subprefeituras, além de organizações esportivas, empresas com o perfil sustentável e fabricantes de protetores e bloqueadores solares.
Para os alunos, conquistar o primeiro lugar no desafio foi muito gratificante. Moraes avalia que o prêmio reconhece toda a dedicação e o objetivo alcançado na prática. “O projeto saiu do ponto zero, foi muito trabalho até conseguir tirar algo do papel, como um projeto promissor que pode funcionar e ser útil”, comemora. Renata ainda comentou que esse é o primeiro passo para a vida profissional da dupla. “A gente aprendeu muito e correu atrás de tudo para transformar a ideia em um protótipo. Acredito que o prêmio é muito importante e um diferencial pela notoriedade da empresa. Os contatos que iremos fazer em Las Vegas serão de grande relevância para nós”.
Para o professor, a compreensão adequada por parte dos estudantes, o cumprimento do regulamento da Telit no projeto, a capacidade de agregar outros dispositivos ao sistema e a escolha do tema foram os destaques que levaram os alunos à vitória. “Esse projeto satisfaz as exigências da Empresa, é de fácil instalação, apresenta real benefício às pessoas que utilizam as áreas urbanas e tem potencial econômico”, descreve Gesualdo. Ele também ressalta que há sempre uma grande satisfação quando seus alunos realizam um projeto que os destacam no cenário nacional. “Isso mostra o quanto os estudos abrem essas possibilidades, dando-os conhecimento e autoconfiança. Isso destaca também nosso departamento e a Escola”.
Fonte: Agência USP de Notícias
Mais de 300 pessoas participaram, no dia 4 de agosto último, do lançamento do Fórum de Desenvolvimento Econômico Sustentável (FDES), uma iniciativa da Prefeitura Municipal de São José dos Campos, do Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento (IPPLAN) e do grupo São José 2030.
A proposta do fórum é promover o envolvimento de todos os setores da sociedade em um diálogo sobre o futuro do município e da região. “Estamos vivendo uma realidade desafiadora para o desenvolvimento de São José dos Campos, que é uma cidade predominantemente industrial. A indústria vem crescendo muito menos que o setor de serviços, o que é, inclusive, uma tendência global. Temos que aproveitar o potencial dos serviços, mas sem abrir mão dos investimentos industriais. Para isso, a união da sociedade civil, do empresariado e do poder público é fundamental”, disse o prefeito na abertura do evento.
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Público participa, em peso, do lançamento de fórum que discutirá o desenvolvimento da cidade
“Temos aviões brasileiros voando em mais de 90 países. Mas não podemos depender exclusivamente da Embraer. Precisamos de novos investimentos e novas ideias”, acrescentou o engenheiro Ozires Silva, idealizador do grupo São José 2030.
Na opinião do prefeito, São José dos Campos tem tudo para superar os desafios decorrentes da conjuntura econômica atual. “Temos logística privilegiada, mão de obra qualificada e, principalmente, alta qualidade de vida. São José é uma cidade empreendedora. Cabe a nós transformar essa energia empreendedora da população joseense em investimentos e novos negócios”, afirmou.
“Temos trabalhado bastante a competitividade do ambiente empresarial de São José dos Campos para atrair novos investimentos, mas também para fortalecer os negócios já existentes. Temos que ser a melhor opção”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia.
Durante o lançamento do FDES, o economista Antônio Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, apresentou uma palestra sobre as perspectivas da economia brasileira. “Nossa produção industrial está estagnada desde 2009. Em 2013, a participação do Brasil nas exportações mundiais de manufaturados atingiu apenas 0,69%”, destacou.
Para Delfim Netto, o país precisa investir muito mais em infraestrutura. “As Parcerias Público-Privadas (PPP) são, inclusive, ferramentas muito importantes nesse sentido”, ressaltou o prefeito. Delfim insistiu em que o país não deve se deixar tomar pelo pessimismo. “Somos uma nação de 200 milhões de habitantes que é a sétima economia do planeta. O Bolsa Família é um dos melhores projetos de inclusão social do mundo. Temos instituições fortes, e podemos voltar a crescer”, finalizou.
FDES
O Fórum será composto por um grupo de representantes da sociedade civil, governo e setores produtivos, convidados a estudar e debater temas como educação, infraestrutura, nova economia e resiliência ambiental, entre outros. A proposta é consolidar uma Agenda de Propostas para o desenvolvimento sustentável de São José dos Campos e da região.
O FDES terá um corpo de 20 membros coordenadores permanentes. Os demais participantes serão convidados livremente para participar de eventos temáticos ou Grupos Temáticos de Trabalho. Eles se reunirão ao longo do ano, promovendo palestras e debates abertos à população.
O Fórum traz para São José dos Campos um modelo de governança contemporâneo, que já ocorre em algumas cidades do país e do mundo, cujo objetivo é a construção coletiva de propostas para o desenvolvimento limpo e criativo, envolvendo os diversos setores da sociedade e o governo na busca da melhoria de vida para toda a população.
Fonte: Prefeitura Municipal de São José dos Campos
A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região garantiu a um aposentado o direito de isenção no pagamento do imposto de renda apesar de sua doença não estar na lista de contempladas pela liberação tributária. Ao justificar sua decisão, o juiz federal João Batista Lazzari, afirmou que "a finalidade da liberação é não sacrificar o contribuinte que padece de moléstia grave e que gasta demasiadamente com o tratamento”.
Convocado para atuar no tribunal, o relator explicou que o aposentado é portador de miastenia gravis, doença que se confunde com a esclerose múltipla — esta no rol de isenção. Por isso entendeu que o aposentado tem o direito à isenção. O autor da ação foi diagnosticado com a doença em fevereiro de 2014. Ele ajuizou ação após o seu pedido de liberação de pagamento de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) ter sido negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Como a ação foi julgada improcedente em primeira instância, o autor recorreu ao TRF-4. Segundo ele, a doença é incapacitante e causa significativa redução na esperança de vida. A União sustentou que a legislação tributária deve ser entendida de forma literal, não sendo possível sua interpretação extensiva.
Porém, seguindo o voto do relator, a 1ª Turma do TRF-4 concedeu o direito à isenção ao trabalhador e obrigou a União a ressarcir o autor dos valores descontados desde o início da concessão do benefício previdenciário.
A miastenia gravis é um distúrbio neuromuscular crônico que tem como principais manifestações a fraqueza muscular, o cansaço excessivo, a falta de ar e a dificuldade para mastigar e engolir. A doença não tem cura, mas conta com tratamento pra atenuar os sintomas. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-4.
Fonte: Consultor Jurídico
Os desafios são grandes, mas o movimento sindical já superou outros momentos de crise e irá superar o atual. O papel dos dirigentes nessa conjuntura é crucial. O momento requer mudança de postura e atitude frente à crise. Quem não se adequar ao novo momento será atropelado pela base.
Os brasileiros, em geral, e os trabalhadores, em particular, conviveram na última década com um ambiente de perspectivas e de esperanças — no qual houve ascensão social, oportunidade escolar crescente, redução das desigualdades — e experimentaram a sensação de terem sido cortejados pelo comércio e pelos bancos, graças ao acesso ao emprego e à renda.
Com a interrupção momentânea desse ciclo, provocada pela estagnação da economia, aquele ambiente no qual o dirigente sindical apresentava-se como protagonista — e sua luta era por aumento real e melhoria de condições de trabalho — tende a ser de resistência, tanto pela investida patronal sobre os direitos trabalhistas, quanto pela necessidade de preservar os empregos.
O dirigente sindical, nessa nova realidade, terá que se comportar, em sua plenitude, como representante. E o representante precisa ter clareza que quando alguém delega a outrem para representá-lo, o faz com base em um programa, exige prestação de contas e pede alternância no poder sempre que se sente excluído e ameaçado pelas decisões e ações de quem o representa ou lidera.
Nesse novo cenário, a cobrança da base em relação ao dirigente sindical será bem maior, o que exigirá dele legitimidade para o exercício pleno da liderança na adversidade, o que pressupõe não apenas preparo e disposição para o trabalho, mas também humildade para ouvir, dialogar e receber críticas.
Será demandado em duas frentes: nas lutas corporativas, voltadas para o interesse específico da categoria, como mobilizações, negociações, greves, e nas lutas institucionais, cobrando políticas públicas de proteção aos trabalhadores, cujos direitos estão sob ameaça pela pressão empresarial, pela intensificação do neoliberalismo e também pelo conservadorismo do Congresso Nacional.
Para tanto necessita: 1) desenvolver novas habilidades, 2) ter consciência plena de seu papel político, 3) ter domínio sobre os interesses gerais dos trabalhadores e dos problemas, demandas e reivindicações da base, 4) se comunicar com eficiência, e 5) liderar pelo exemplo, adotando boas práticas, pautando-se por princípios éticos e ampliando a transparência na entidade.
Os novos tempos também virão acompanhado de novos desafios e um deles, entre outros, será uma maior qualificação para intervir na nova realidade. Por exemplo, voltar a fazer análise de conjuntura será um deles, para não reproduzir a análise da mídia ou dos analistas a serviço do poder econômico.
A propósito, o DIAP está concluindo uma cartilha sobre análise de conjuntura para ajudar na leitura da realidade — que passou a ser muito complexa, especialmente pela quantidade excessiva de informações — e na identificação de tendência que possam influenciar positiva (oportunidade) ou negativamente (ameaça) os interesses e direitos dos trabalhos e de suas entidades representativas.
Por último, registrar que o governo, que antes exercia certo protagonismo na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores, embora retoricamente compromissado com sua defesa, perdeu boa parte das condições objetivas de fazê-lo, basicamente por três razões.
A primeira é que não dispõe mais de margem fiscal para atender aos interesses empresariais — via desonerações, renuncias, incentivos creditícios e tributários — como forma de evitar que eles buscassem manter ou ampliar suas margens de lucros sobre os direitos dos trabalhadores.
A segunda é que houve troca na coordenação política do governo e o novo responsável pela relação com o Congresso tenta separar o que é assunto do governo e assunto dos partidos e da sociedade. E as relações de trabalho não estão explicitamente entre os temas de interesse do governo, exceto quando a proposição for de sua iniciativa.
A terceira é que o setor empresarial está representado no governo por ministros empoderados, que representam setores da atividade econômica em suas Pastas, com compromisso explícito com a flexibilização das relações de trabalho. São eles: 1) Joaquim Levy, na Fazenda, representa o sistema financeiro privado; 2) Katia Abreu, na Agricultura, representa o agronegócio; 3) Armando Monteiro, no Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, representa o empresariado urbano e industrial; e 4) Afif Domingos, na Micro e Pequenas Empresas, representa o comércio e serviços.
Os desafios são grandes, mas o movimento sindical já superou outros momentos de crise e irá superar o atual. O papel dos dirigentes nessa conjuntura é crucial. O momento requer mudança de postura e atitude frente à crise. Quem não se adequar ao novo momento será atropelado pela base.
* Antônio Augusto de Queiroz, jornalista, analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)
Para discutir e deliberar sobre a proposta apresentada pela AES Eletropaulo, em reunião no dia 3 de agosto último, para a celebração do Acordo Coletivo de Trabalho 2015, o SEESP convoca os engenheiros da empresa para assembleias nesta quinta-feira (6/8), às 9h (segunda convocação), na Sala SA, na sede da empresa, em São Paulo (Rua 25 de Janeiro, 320, Luz); e às 13h30 (segunda convocação), na sede da empresa em Barueri – Sala 4 D.
A empresa apresentou o que chamou de “sua última proposta”, considerando que após vários encontros e avanços não ter mais condições de melhorar os itens abaixo: carreira do engenheiro: ficou estabelecido o prazo de 120 dias, após a assinatura do acordo coletivo de trabalho de 2015, para apresentação do resultado do estudo a ser elaborado pela companhia; liberação de dirigente sindical: a empresa concorda com a liberação de um engenheiro para o exercício de suas atividades junto ao SEESP, sem prejuízo de sua remuneração, benefícios e adicionais, se houver; e Plano de Incentivo à Aposentadoria (PIA): ficam mantidas as condições pré-estabelecidas, podendo aqueles que se aposentarem, por atividade especial, ou seja, pelo código da previdência “B 46”, fazer sua opção a qualquer momento.
Em relação aos itens econômicos, reajustes (retroativos a junho de 2015): salarial de 8,20%; vale-alimentação - 14,52%; demais benefícios e tabelas de participação - 8,2%; e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) - 7,6%, com antecipação de R$ 5.000,00, a ser pago no próximo dia 12 de setembro.
Imprensa SEESP
A realização em Lisboa, em junho, do primeiro fórum organizado pela União dos Exportadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) marcou o nascimento de um mercado comum que, apesar de todas as dificuldades que se apresentam para viabilizá-lo, surge como o terceiro maior bloco mundial a nível econômico, levando-se em conta o Produto Interno Bruto (PIB) de cada parceiro, a população e número de consumidores. Basta ver que o bloco representa um PIB agregado superior a US$ 2,5 bilhões e mais de um milhão de empresas.
Além dos mercados internos, é de se levar em conta as diferentes regiões econômicas que estão associadas aos nove países-membros da CPLP (Brasil, Portugal, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial e Timor-Leste), num total de 86 nações, o que equivale a um universo superior a 260 milhões de consumidores para um mercado potencial de 1,8 bilhão de habitantes, o que se traduz em número impensável de negócios.
Esse mercado já existia em potencial, mas faltava um organismo que pudesse viabilizar, estimular e promover esse intercâmbio. E, ao que parece, esse será o papel da União dos Exportadores e da Confederação Empresarial da CPLP, que nasceram depois da primeira reunião de chefes de Estado realizada, em 2014, em Díli, capital do Timor-Leste. Em função desses esforços, acaba de ser constituída oficialmente a União de Bancos, Seguradoras e Instituições Financeiras da CPLP (UBSIF-CPLP), que representa um passo decisivo para a cooperação financeira entre as nações do bloco.
Entre os países-membros da CPLP, Brasil e Portugal estão num estágio mais avançado de desenvolvimento, enquanto os países africanos e o Timor-Leste, se estão em fase embrionária, apresentam muitos recursos naturais e oferecem igualmente muitas oportunidades. Seja como for, o fato de se poder usar o português como o idioma nos negócios representa uma economia significativa nos custos, o que estimula a competitividade dos produtos.
É de se ressaltar que o fórum realizado em Lisboa permitiu que mais de 1.500 homens de negócios ali reunidos pudessem conhecer a situação empresarial de cada país, suas carências, seu sistema financeiro e jurídico e outras peculiaridades. Além disso, conheceram também os instrumentos que a CPLP criou para ajudá-los a fazer negócios, como, por exemplo, a marca CPLP, que conta com o portal Connect CPLP. Desde então, a marca CPLP começa a servir como um selo de qualidade reconhecido a nível mundial para produtos dos países-membros.
Existe também o Observatório da CPLP, que exibe os projetos de cada Estado-membro e as licitações que serão abertas. Dessa maneira, o sonho de José Aparecido de Oliveira (1929-2007), idealizador e fundador da CPLP à época em que comandava a Embaixada do Brasil em Lisboa entre 1992 e 1994, começa a se tornar realidade.
* por Milton Lourenço, presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC)
O presidente do sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi Miguel Torres e o assessor de imprensa Jorge Pires visitaram a Folha de S.Paulo.
Esta iniciativa, que deveria ser mais costumeira no movimento sindical, revela a preocupação do dirigente em informar aos meios de comunicação, sempre que possível e das mais diversas formas, o andamento da crise em seu setor, as dificuldades por que passam os trabalhadores representados e as medidas de resistência que o sindicato anda tomando.
Há, no gesto, o repúdio ao “escondimento” dos problemas e uma clara opção pela transparência.
Recentemente foi publicado que o presidente Miguel havia se reunido junto com outros dirigentes com o ex-presidente Lula e que pretende se reunir com o ex-presidente Fernando Henrique logo que ele retorne de suas férias no exterior. Aqui a preocupação, além das mencionadas na visita à Folha, é a de articular uma ampla frente em defesa dos empregos e dos direitos dos trabalhadores, contra a desindustrialização, em particular do ramo metalúrgico bastante afetado pela crise e pelo ajuste econômico, mas não só de agora.
Posso dar o testemunho que o presidente Miguel, em suas funções também na Força Sindical e na confederação dos Metalúrgicos, tem sido incansável na defesa da unidade de ação das centrais e do movimento sindical.
Em sua base tem realizado um trabalho de mobilização, junto com os diretores da entidade, atendendo às exigências dos trabalhadores e buscando para eles as melhores soluções, em geral, procurando preservar empregos e defender, com a queda dos escorchantes juros a própria atividade das empresas.
Não considero o Miguel um dirigente melhor que outros; considero apenas que está fazendo o que deve ser feito como dirigente sindical e sem politiquices.
* Por João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal realizou mais uma audiência pública para discutir o projeto de regulamentação da terceirização (PLC 30/2015). Foi no dia 31 de julho último, em Boa Vista (RR). Representantes das centrais sindicais no estado denunciaram o avanço de ataques precarizantes das condições dos trabalhadores, pedindo greve geral para evitar situações graves como em países latinos onde a terceirização já atingiu a muitos.
O presidente do colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que a falta de fiscais do Trabalho enquanto cresce o número de empresas terceirizadas no país é algo cada vez pior para os trabalhadores brasileiros. Segundo o senador, seriam necessários nove mil fiscais do trabalho, enquanto apenas duas mil atuam. Para o parlamentar nem a ditadura militar praticou tamanhos ataques contra os direitos dos trabalhadores brasileiros. No evento desta sexta-feira foi lida e aprovada a Carta de Roraima contra a terceirização.
Integrante da Comissão de Direitos Humanos do Senado, o senador Telmário Mota (PDT-RR) foi enfático ao pedir apoio da bancada de senadores de seu estado para garantir a defesa dos direitos dos trabalhadores. “Parabenizo essa atitude do senador Paim de levar a CDH Senado a todos os estados, incluindo nossa Roraima. Esperamos da nossa bancada federal que tenham o mesmo compromisso que estamos tendo com os trabalhadores. Sabemos que é necessário terceirizar alguns setores, mas a forma que o projeto [PLC 30/215] propõe, desrespeitando as leis trabalhistas, não é aceitável, porque prejudica a classe trabalhadora”, discursou.
Prefeitura e estado terceirizam
Fabiano Xavier, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) de Roraima, afirmou que a precarização do trabalho em si leva a total prejuízo dos trabalhadores. “Conquistas feitas até hoje seriam rasgadas com a CLT, conduzindo a condição de trabalho análogo escravidão”, disse.
Representante do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracon), Lourival Gomes, afirmou que são as obras públicas que mais têm realizado terceirizações no estado. “Vemos inúmeras obras da prefeitura e governo estadual nessas condições”, declarou.
Fonte: Agência Senado
Um novo método de aplicação para combate biológico à vespa-da-madeira reduz os custos dessa atividade a quase pela metade. A inovação é a utilização de um hidrogel para aplicar o nematoide Deladenus (Beddingia) siricidicola, inimigo natural dessa vespa que é considerada a principal praga do pínus no Brasil. O método simplificou a aplicação convencional que utiliza uma gelatina e demanda muito mais mão de obra, tempo e estrutura.
Esse novo tipo de aplicação, que possibilita uma redução de 46,5% nos custos e 66,7% no tempo de execução da atividade, foi desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Florestas (PR) com apoio do Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais (Funcema), que desde 1989 investigam métodos de combate à vespa-da-madeira pelo manejo integrado de pragas (MIP).
Usualmente, para inoculação do nematoide nas árvores atacadas, é preparada uma gelatina com doses do nematoide, o que envolve diversos trabalhadores nas atividades de pré-aplicação, além de infraestrutura como batedeira elétrica, gelatina e água gelada e fervente.
"O preparo do inóculo dessa maneira exige treinamento do pessoal, estrutura física e disponibilidade de tempo. No entanto, devido à necessidade de maior rendimento das operações e à escassez de mão de obra, a redução dos custos nas atividades florestais é fundamental para qualquer empresa", explica a pesquisadora da Embrapa Florestas, Susete do Rocio Chiarello Penteado. No novo processo, utilizando hidrogel em substituição à gelatina, o método é simplificado, uma vez que basta misturar as doses de nematoide com água e hidrogel em um saco de plástico e a solução estará pronta para uso.
A pesquisadora conta que o desenvolvimento da nova tecnologia para a substituição da gelatina por outro espessante objetivou facilitar o preparo, com otimização do processo de inoculação e padronização da atividade. Aliado a essas características, o novo espessante deveria proporcionar, também, a redução dos custos do processo e manter a eficácia no controle da praga. Segundo Susete, entre os diversos espessantes testados, o hidrogel revelou o menor custo, não afetou a sobrevivência do nematoide e apresentou maior estabilidade quando armazenado em geladeira.
Praticidade e rendimento
O diretor-executivo da Associação Paranaense das Empresas de Base Florestal (Apre), Carlos Mendes, elogiou a praticidade do novo material. "Tínhamos uma tecnologia sem dúvida mais trabalhosa e sujeita a erros. Agora, com o hidrogel, a mistura certamente é feita com mais segurança e rapidez e a probabilidade de erros é muito menor," disse Mendes, informando que muitas empresas avaliaram positivamente o produto e ressaltaram o seu rendimento operacional.
Uma das empresas que já utiliza a inovação é a Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil. No Paraná e Santa Catarina, as áreas de plantios de pínus somam 145 mil hectares, e a área com risco de ataque da praga (idade superior a sete anos) é de aproximadamente 55 mil hectares. Desde março de 2015, a empresa vem adotando a inoculação com hidrogel em 6.276 hectares. O diretor florestal da empresa, José Totti, informa que a Klabin realizou a substituição total da gelatina pelo hidrogel por causa da facilidade do processo de preparo em testes realizados pela Embrapa Florestas. "Os benefícios dessa substituição foram o aumento do rendimento operacional e a facilidade no preparo, manuseio e transporte do inóculo no campo," narra Totti.
A praga
A vespa-da-madeira é a principal praga dos plantios de pínus no Brasil e está presente em aproximadamente dois terços da área de 1,6 milhão de hectares plantados no País.
As espécies de pínus plantadas no Brasil hoje atendem às mais diversas indústrias de base florestal, como papel, celulose, laminadoras, serraria, movelaria, energia, resinas entre outros. No entanto, o fornecimento de matéria-prima de boa qualidade para a sustentação deste negócio pode ser colocado em risco, devido aos severos danos provocados pela vespa-da-madeira, praga originária da Europa, Ásia e norte da África que foi registrada pela primeira vez no Brasil em 1988.
Prejuízos
O uso de agentes de controle biológico, associado ao manejo florestal adequado, tem permitido a redução dos danos provocados pela praga. Utilizando-se corretamente as medidas de prevenção e controle existentes, é possível reduzir as perdas em pelo menos 70%, e manter a praga sob controle. "Em 2014, o programa de combate à vespa-da-madeira apresentou benefícios econômicos no valor de R$ 209,5 milhões na forma de prejuízos evitados com o uso da tecnologia, se contarmos somente a contrapartida da Embrapa", afirma o analista Joel Penteado Júnior, da Embrapa Florestas. A adoção do MIP tem se mostrado a melhor alternativa de combate à praga. E, quando bem conduzido, o uso do nematoide chega a níveis próximos a 100% de parasitismo na vespa, o que significa que os novos insetos que nascem estão parasitados pelo nematoide e deixam de ser uma ameaça à planta.
Fonte: Embrapa
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, esteve, no dia 1º de agosto último, no Instituto de Medicina Física e Reabilitação (IMREA), em São Paulo (SP). A visita ocorreu a convite da secretária de Estado (São Paulo) dos Direitos da Pessoa Humana com Deficiência, Linamara Rizzo Battistela, e teve o objetivo de discutir oportunidades de cooperação entre os governos federal e estadual para ampliar a tecnologia e inovação para a medicina de reabilitação e para o esporte paralímpico.
O IMREA integra a estrutura acadêmica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e a Rede de Reabilitação Lucy Montoro, criada pelo Governo do Estado de São Paulo.
Durante a visita, a secretária apresentou ao ministro o projeto de parceria para a criação de um laboratório de tecnologia assistiva, que funcionaria com base no IMREA e no Centro Paraolímpico Brasileiro. A ideia é aproveitar o esporte de alto rendimento praticado pelos atletas paralímpicos para desenvolver tecnologias e inovações para aperfeiçoar os processos de reabilitação. "Vamos conhecer o desempenho dos atletas para saber como podemos melhorar as ações de reabilitação e os equipamentos voltados para o tratamento", observou Linamara.
À secretária, o ministro disse que projetos que tenham como objetivo melhorar a qualidade do atendimento e do tratamento dos pacientes com deficiência física são de grande interesse para o MCTI. "Trata-se de um projeto de grande importância por combinar a prática do esporte de alto rendimento, saúde e ações de pesquisa", disse, acrescentando que o desenvolvimento da tecnologia assistiva também contribui para que as empresas fabricantes de equipamentos de reabilitação aperfeiçoem seus processos de produção, com vistas à melhoria do bem-estar das pessoas portadoras de deficiência.
A construção do Centro Paraolímpico Brasileiro também partiu de uma cooperação entre os governos federal e estadual, estabelecida entre o ministro Aldo Rebelo, à frente da pasta do Esporte, e a secretaria comandada por Linamara. O projeto foi concebido em 2012 e as obras do prédio começaram em 2013. O centro, que será o maior da América do Sul dedicado ao esporte paralímpico, deve ser inaugurado em breve.
Durante a reunião, Linamara elogiou o empenho do ministro na condução do projeto do centro. "Ministro, o centro é o seu legado para o País e foi um exemplo de como o estado e a federação conseguem trabalhar de maneira muito sinérgica", disse Linamara.
Acompanhado da secretária, Aldo Rebelo conheceu as instalações da unidade. Visitou os ginásios terapêuticos de fisioterapia, de terapia ocupacional (adulto e infantil), de condicionamento físico, além da área de internação, o Laboratório de Robótica e Neuromodulação aplicados à reabilitação e a oficina de órteses e próteses
Também participaram da visita ao IMREA a diretora executiva do instituto, Margarida Miyazaki, o professor Arturo Forner-Cordero da Escola Politécnica da USP e representantes de empresas fabricantes de equipamentos para tratamento e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência física.
Fonte: MCTI