logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

×

Atenção

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 69

A senadora Ana Amélia (PP/RS) – que recebeu o presidente do SEESP e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Celso de Campos Pinheiro, no dia 15 de julho último – deu parecer favorável, como relatora na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 13/2013, do deputado José Chaves, que acrescenta parágrafo único ao art. 1º da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, caracterizando como essenciais e exclusivas de Estado as atividades exercidas por engenheiros, arquitetos e engenheiros agrônomos, ocupantes de cargo efetivo no serviço público federal, estadual e municipal. A matéria será o primeiro item da pauta da reunião da CAS na quarta-feira (07/08), que começa às 9h.
 

A parlamentar, no seu voto favorável, destacou que a iniciativa é digna de elogios “por seu intento de valorizar profissionais da maior importância para o progresso de um país”. E prossegue afirmando que sem o trabalho valoroso desses profissionais “o desenvolvimento econômico seria impensável, e as políticas públicas, todas voltadas em última instância para o bem-estar social, não poderiam ser levadas a efeito”. 
 

Amélia avalia, ainda, tendo a perspectiva de um futuro mais próspero para o país, que se torna necessário “cada vez mais contar com esses profissionais, responsáveis pela edificação de uma infraestrutura que permite o desenvolvimento em todos os sentidos, incluída a sustentabilidade e todas as políticas com vistas a levar o Brasil a se tornar um país de primeiro mundo”. 
 

Por fim, a senadora observa que enquadrar as atividades dos profissionais como carreiras típicas de Estado é uma questão de inteira justiça e que, com essa caracterização, poderão eles contar com proteções especiais a serem garantidas em lei, resultando em mais segurança e tranquilidade no exercício de suas tarefas. 
 

“Sem o trabalho preeminente dos engenheiros, arquitetos e engenheiros agrônomos, o desenvolvimento econômico, a erradicação da pobreza e o estabelecimento de políticas públicas promotoras do bem comum seriam impossíveis. No âmbito desta Comissão, portanto, o projeto merece acolhida”, relatou no seu voto.
 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP

A tática de alardear notícias ruins, mesmo que sem amparo na realidade, desde que feita com insistência e sem respostas adequadas, tem funcionado em favor de teses contrárias aos interesses dos trabalhadores e do povo, a ponto de alguns oportunistas já falarem em desindexação do salário mínimo, reforma na Previdência e regulamentação da terceirização em bases precárias.

De fato, o ambiente de pessimismo exagerado – criado pela imprensa, pelo mercado financeiro e por parte dos concessionários e potenciais concessionários de serviços públicos, todos inconformados com a intervenção do governo sobre suas margens de lucro – agravado pelas manifestações de rua, influenciam negativamente a percepção dos empresários e dos consumidores sobre a situação da economia.

Um quadro de insegurança como o atual – com desorientação política e desarranjo social – contamina negativamente as expectativas dos agentes econômicos e o ambiente de negócios, levando ao travamento da economia.

Com isto, os indicadores econômicos – que continuam positivos e sob controle, como a inflação, o emprego e o aumento real dos salários – passam a perder consistência e densidade, podendo, caso o governo não reaja adequadamente, entrar em rápido declínio, com reflexos irrecuperáveis até a renovação de governo em 2015.

É nesse contexto, que setores da imprensa, sob o pretexto de combate à inflação, começam a levantar teses para eliminar políticas públicas que beneficiam os assalariados, como a política de aumento real do salário mínimo, o reajuste automático dos benefícios previdenciários e a paridade de atualização salarial entre servidores ativos e aposentados e pensionistas.

A premissa para sustentar suas propostas absurdas é de que a inflação não será debelada enquanto não forem desindexados salários e benefícios sociais, como os mencionados. Mas não falam dos contratos do setor privado com o governo – como os das concessionárias de serviço públicos, por exemplo – que são atualizados sempre com base na inflação passada.

Ou seja, se for para beneficiar a população e o povo assalariado, com reposição de poder de compra de seus salários e benefícios, a indexação é nociva ao processo de combate à inflação, mas se for para aumentar os ganhos do capital é válido, porque, do contrário, o governo estaria desestimulando os investimentos e intervindo na margem de lucros das empresas.

É esse o ambiente político que se vive no país. Uma disputa sobre o papel do Estado na economia. Há setores – da mídia, do mercado e da oposição – que não engolem o fato de o governo, ainda que por um curto período, ter tido domínio sobre a agenda econômica, que sempre foi dos credores ou dos rentistas. Para eles, o governo não pode regular nem os serviços que concede ao setor privado.

O que dá certo conforto é que, enquanto a presidente Dilma estiver no exercício do atual mandato, dificilmente essas propostas prevalecerão. Mesmo que sejam aprovadas no Congresso, ela veta. O risco, entretanto, é que o Congresso, com maioria conservadora, derrube eventuais vetos a projetos que suprimam, reduzam ou flexibilizem direitos dos trabalhadores e servidores.

Para estancar essa sangria, entretanto, é fundamental e urgente que o governo se rearticule e reaja a essas investidas com objetividade e clareza de propósito, porque se continuar perdendo legitimidade na velocidade que as pesquisas vêm indicando, nem veto a presidente terá mais condições de manter no Congresso.

 

* Antônio Augusto de Queiroz é jornalista, analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Este artigo foi originalmente publicado na página do Diap.

O programa de televisão do SEESP, o Jornal do Engenheiro (JE), desta semana, aborda um tema polêmico para a sociedade, a energia nuclear. O entrevistado é o coordenador do Centro de Proteção Ambiental para uso da Energia Nuclear e professor do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP), José Eduardo Martinho Hornos. Segundo ele, a despeito de qualquer rejeição e preconceito contra o modelo energético, o futuro está no núcleo. “Queiramos ou não será a energia que vai ser utilizada pelos nossos descendentes.” Por isso, ele defende a preparação da sociedade para usar essa matriz energética e não negá-la ou torná-la uma inimiga do meio ambiente.

O JE traz, em reportagem, o destaque de algumas das campanhas nacionais lançadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), neste ano, como a dos odontologistas, sobre a necessidade de uma política nacional que levante a autoestima a partir da saúde bucal dos brasileiros. E a dos economistas com o foco na mobilidade urbana.

O quadro “No Ponto”, com o presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro, fala-se sobre a questão a “importação” de mão de obra qualificada no país, como a dos profissionais de engenharia. Pinheiro observa que a solução para o problema começa e termina com uma educação melhor, mais qualificada, democrática e para todos.

Tudo isso e muito mais você confere no JE na TV que é exibido às segundas-feiras, às 19h30, na capital paulista, nos canais 9 (NET), 72 (TVA) e 186 (TVA Digital) ou pela internet (neste link) no mesmo dia e horário. O programa é transmitido para mais 40 municípios paulistas e de outros estados conforme grade variada, confira aqui.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP




A falta de engenheiros não é problema exclusivo do Brasil. Ela afeta também os Estados Unidos onde quase metade dos alunos que entra no curso não se forma. A razão disso é a maneira com que a engenharia é ensinada hoje, que pouco tem do verdadeiro processo por trás do ofício e que não gera profissionais inovadores. A opinião é de Richard K. Miller, engenheiro e presidente da Franklin W. Olin College of Engineering, instituição americana que propõe um ensino diferente da profissão.

Miller vem ao Brasil para participar, nesta terça-feira (29/07), de um debate na escola de negócios Insper, com a qual a Olin possui parceria. O professor vai falar sobre inovação, algo que julga ser essencial quando o assunto é o que precisa mudar na formação de engenheiros. Para ele, um engenheiro é alguém que visualiza algo que nunca existiu e que faz de tudo para transformar isso em realidade. Desse modo, disciplinas como matemática e ciências são importantes, mas não devem ser o fundamento do ensino.

"Os engenheiros não são recrutados por sua visão, mas por suas notas em matemática. Talvez não estejamos atraindo as pessoas certas, nem ensinando o conteúdo ideal", diz. Exemplo disso, além dos altos índices de evasão, é a incapacidade de atrair mais mulheres para a área - ele estima que apenas 20% dos alunos americanos de engenharia sejam do sexo feminino. Na Olin, onde as aulas têm um formato de laboratório, a turma que vai começar em setembro tem 54% de mulheres.

Para desenvolver a capacidade de inovar, Miller afirma que é preciso investir na multidisciplinaridade e ensinar além daquilo que é possível de acordo com as leis naturais, como acontece hoje. No entanto, é fundamental também mostrar o que é viável economicamente - como é ensinado nas escolas de negócios -, e o que é desejável, cultural e socialmente - como se aprende em disciplinas de humanas. "É preciso expor as pessoas a essas ideias de uma só vez."

Para atrair mais pessoas - e com o perfil certo - para a engenharia, Miller diz que usa a vontade que o jovem tem de mudar o mundo. "Digo a eles que podemos encontrar maneiras práticas para que façam isso."

 

Fonte: Jornal Valor Econômico – 29/07/2013




A Assembleia da República de Portugal vota nesta segunda-feira (29/07) um pacote de projetos de lei que permitirá ao governo aumentar a jornada de trabalho dos funcionários públicos (de 35 para 40 horas semanais) além de tornar mais fácil a dispensa de contratados. Pela proposta, os servidores públicos que forem retirados do atual posto de trabalho terão até um ano de mobilidade, com salário reduzido, para conseguir nova colocação. Terminado o prazo, o governo poderá demitir.

A intenção já anunciada pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho é dispensar 30 mil funcionários públicos. O corte faz parte das medidas estruturais de redução de despesas acordadas no programa de ajuda financeira externa.

O governo português quer este ano e no próximo reduzir a despesa pública em 4,7 bilhões de euros (mais de R$ 14 bilhões). O corte também implicará enxugamento nos gastos sociais, como educação e saúde (áreas com o maior número de funcionários públicos), aposentadorias e o seguro-desemprego (com taxa oficial de 18%).

Conforme exigência da Troika (formada pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia), o governo precisa reduzir o constante déficit orçamentário (em mais de 6% no último ano) que agrava a dívida pública (próxima a 130% do Produto Interno Bruto) e reduz a confiança do mercado financeiro nos títulos do Tesouro português.

Até a divulgação do Orçamento do Estado deste ano, o governo tentou equilibrar as contas públicas com aumento de impostos. Com a recessão, que já dura mais de dois anos e meio, a atividade econômica diminui e a arrecadação não é suficiente para equilibrar a receita e a despesa do Estado.

A votação, que abre a última semana de trabalho dos deputados portugueses antes das férias de agosto, deverá ser acompanhada pelos sindicatos dos funcionários públicos que farão protestos em frente à Assembleia da República.

Além das críticas aos cortes e ao ajustamento financeiro do Estado estabelecido com a Troika, os manifestantes deverão protestar contra a nova ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque (ex-secretária do Tesouro), que, após negar conhecimento das condições de empréstimos de empresas estatais portuguesas, foi desmentida pela equipe de transição do ex-primeiro-ministro José Sócrates, que antecedeu Passos Coelho.

Os contratos assinados no governo anterior são do tipo swap – têm cláusulas que predeterminam os juros dos empréstimos, independente da situação do mercado financeiro. Quando os juros sobem, o devedor está protegido contra a alta; mas quando os juros descem (como ocorre desde a crise financeira internacional), a remuneração do empréstimo fica elevada e influencia as despesas do Estado.

Apesar da desconfiança contra a ministra, da impopularidade dos cortes de despesa na área social e da demissão dos funcionários públicos, a Assembleia da República deverá renovar na terça-feira (30) o voto de confiança no primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.


Fonte: Agência Brasil




Pesquisa em andamento intitulada 'O outro na cidade: deficiência, acessibilidade e saúde em Presidente Prudente-SP', da doutoranda Natália Cristina Alves, sob orientação de Raul B. Guimarães, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Prudente, parte do princípio que o acesso aos serviços de saúde pode ser visto como uma forma de compreensão dos processos de produção e reprodução dos espaços urbanos contemporâneos, especialmente, por que o uso e apropriação da cidade podem revelar inúmeras formas de exclusão e desigualdade social.

Tal situação seria ainda mais perceptível quando se trata de pessoas com algum tipo de deficiência, que precisam se locomover em busca da saúde pelo espaço urbano. O objetivo da pesquisa é entender como se concretiza a mobilidade e a acessibilidade do portador de deficiência ao sistema de saúde de Presidente Prudente, de forma a captar as estratégias e os contextos geográficos desses sujeitos.

Para tanto, pretende-se discutir e analisar a deficiência do ponto de vista geográfico, além de basear o trabalho através da pesquisa qualitativa a respeito do acesso e acessibilidade tomando como referência a vida cotidiana das pessoas com deficiência(s) moradoras de Presidente Prudente.

Ao se fazer esse recorte temático, pretende-se demonstrar, portanto, que é possível uma compreensão mais clara das desigualdades de saúde-doença no espaço urbano, uma vez que os sujeitos representam e concebem tal espaço, de forma singular.

Publicações do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), com dados preliminares da amostra do Censo 2010, revelam que o Brasil conta com um índice de 23,9% de pessoas com deficiência, aproximadamente 45,6 milhões de pessoas. Em Presidente Prudente-SP, o número da população residente que possui alguma deficiência visual, auditiva, motora ou mental/intelectual investigadas, é de 21.4% de seus 207.610 habitantes.

Ao fazer o mapeamento das deficiências para Presidente Prudente, constata-se a existência de um maior contingente desta população nas áreas periféricas e longe dos estabelecimentos de saúde da cidade. Tais indicadores, junto ao mapeamento feito com dados do Censo 2010 Georeferenciados à base cartográfica da cidade de Presidente Prudente no Programa MapInfo Professional 10.0 fizeram perceber que o acesso pode influenciar na apropriação dos espaços da saúde. Esse debate remete à articulação entre o que o sistema de saúde oferece aos sujeitos e como os sujeitos respondem por esta oferta.

Assim, foi possível detectar algumas características da distribuição geográfica da população de pessoas com deficiência, além de ser possível perceber que existem diferenças espaciais que refletem na acessibilidade aos serviços de saúde.

'Dessa forma, podemos considerar a acessibilidade uma característica importante no uso do território pelos transeuntes, o que explica as condições de desigualdade no uso de serviços de saúde de grupos populacionais específicos', afirmam os pesquisadores.

'Conclui-se daí que somente verificando as condições sócio espaciais pode-se compreender a situação de vida das pessoas, ou seja, as capacidades das pessoas podem ser apreciadas conforme as condições de facilitação ou de limitação relacionadas às suas práticas sócio espaciais no espaço urbano. Esses fatores possibilitam, portanto, práticas sociais múltiplas, que determinaram peculiarmente a representação do processo saúde-doença, sua manifestação sintomática, e sua reprodução objetiva e subjetiva', dizem.
 

Fonte: Unesp




Proposta de Emenda à Constituição (PEC 286/13) em análise na Câmara permite que o cidadão apresente projetos de lei ao Congresso Nacional com mais facilidade. Também possibilita aos eleitores a indicação de mudanças na Constituição Federal.

A PEC, de autoria do senador Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, diminui o número de assinaturas necessárias para a apresentação de projetos de lei de iniciativa popular. Também permite que propostas de emenda à Constituição sejam apresentadas por cidadãos - o que atualmente não é possível.

Hoje, para começar a ser analisado no Congresso, um projeto de iniciativa popular precisa das assinaturas de pelo menos 1% do eleitorado nacional, o que significa algo em torno de 1,4 milhão de pessoas. Com a PEC, essa exigência cai para 0,5%, ou seja, 700 mil assinaturas, distribuídas por, pelo menos, cinco estados, com não menos de 0,1% dos eleitores de cada um deles.

No caso das propostas de emenda à Constituição de iniciativa popular, a exigência vai ser a adesão de 1% do eleitorado, também distribuído por cinco estados, com pelo menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles.

Rollemberg justifica sua proposta: "Nós estamos ampliando os instrumentos da democracia participativa, sintonizados com as manifestações de rua de todo o Brasil, que exigem uma participação maior das pessoas na formulação da política. As manifestações demonstraram uma critica contundente à política, como está sendo feita, aos políticos de uma forma geral e aos partidos políticos.”

A PEC também permite a apresentação de emendas, pelos cidadãos, aos projetos que já estão sendo analisados na Câmara e no Senado. Além disso, autoriza que as assinaturas para a apresentação das proposições de iniciativa popular sejam colhidas pela internet.

Porém, o coordenador do Centro de Democracia Participativa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Leonardo Avritzer, faz uma ressalva:"Uma das coisas que tem sido muito criticada no Brasil em relação à iniciativa popular de lei é que, às vezes, você precisa alcançar um milhão, 1,2 milhão de assinaturas, e ela entra no Congresso Nacional como se fosse um projeto de lei de um parlamentar qualquer. Na verdade, seria importante não só ela ser mais utilizada e mais fácil, mas que ela também tivesse algumas prerrogativas especiais na sua tramitação no Congresso Nacional.”

Para tentar resolver esse problema, a PEC define que as propostas de iniciativa popular que chegarem ao Congresso e receberem o apoio de, pelo menos, um partido político, não poderão ser suspensas e vão tramitar com prioridade, mesmo que a pauta esteja trancada por alguma medida provisória.

Fonte: Agência Câmara de Notícias




Um documento escrito na capitania de São Paulo no início da década de 1770, época em que a Coroa Portuguesa propunha uma ampla reorganização de todo o território a sudoeste da Colônia, recomendava agir com “método e arte”.

A recomendação, título de obra lançada por Maria Fernanda Derntl, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB), remete à tentativa da metrópole de organizar modos de conduzir a expansão urbana, enquanto experiências e circunstâncias locais exigiam constantes arranjos e adaptações.

Em meados do século 18, o processo de demarcação de fronteiras do território brasileiro estava em curso e era preciso mapear, defender e povoar novas áreas. A capitania de São Paulo, objeto de estudo de Derntl durante doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, com Bolsa da FAPESP, também passou por transformações importantes, com uma crescente presença da administração portuguesa na modificação de seus espaços.

O resultado foi um movimento intenso de fundação de vilas e povoações a partir de 1765, processo que desencadeou uma série de problemas analisados pela autora – como a fixação de núcleos urbanos em uma sociedade marcada por deslocamentos constantes e a instalação de vilas estáveis onde antes havia somente aglomerados mais frágeis (pousos ao longo dos caminhos, aldeamentos de índios, sítios rurais e povoados litorâneos).

Com isso, apesar de a metrópole ter renovado as diretrizes geopolíticas de seus territórios, os administradores locais tinham de lidar com práticas sociais, tensões, contradições, negociações, alianças e concessões.

Derntl buscou estabelecer, com base em documentos escritos (cartas régias, atas de fundação e cartas de membros da administração portuguesa) e imagens (mapas, plantas e desenhos), correlações entre determinações e demandas de cada situação, abordando a política urbanizadora como uma “ação desenvolvida num contexto de conflitos mais do que como produto de um projeto predelineado por autoridades metropolitanas ou alheio a realidades do lugar”.

O livro tem três abordagens principais. Na primeira delas, a autora trata do movimento de urbanização no reino e em regiões luso-americanas, de modo a situar a capitania de São Paulo dentro de um movimento mais amplo de urbanização.

Na segunda, Derntl salienta os problemas que condicionaram a expansão urbana na capitania, em especial durante a administração de Morgado de Mateus (1765-1775).

Na terceira abordagem, a ênfase está no processo de implantação de núcleos urbanos na capitania de São Paulo, com o recrutamento de povoadores, a busca de sítios e a definição de traçados.


Fonte: Agência Fapesp




Tramita no Senado Federal, o Projeto de Lei Suplementar (PLS) 87/10, do ex-senador e atual deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que regulamenta a contratação de serviços de terceiros. O projeto recebeu parecer favorável na forma de substitutivo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no dia 17 último. A data coincide com o último dia dos trabalhos legislativos, antes do recesso parlamentar. E tal qual o relatório Arthur Maia (PL 4.330), a proposta de Azeredo mantém a possibilidade da ‘pejotização’.

Três curiosidades chamam atenção em relação a este projeto. A primeira é que a matéria ficou mais de dois anos sem parecer, tendo como última relatora, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO). Tanto na Câmara quanto no Senado, o conteúdo converge com as premissas patronais. A segunda é que a matéria somente será apreciada na CCJ, em decisão terminativa. Ou seja, sendo aprovada e não havendo recurso vai para a Câmara dos Deputados.

E a terceira é o descumprimento do acordo de interrupção na tramitação de matérias relacionadas ao tema, já que as centrais sindicais discutem em conjunto com o governo, o setor empresarial e o Legislativo, no grupo quadripartite, o modelo de regulamentação da terceirização.

Observem que não se trata de uma coincidência este parecer igual ao do projeto na Câmara. Trata-se, pois, de uma articulação da bancada empresarial que fecha o cerca em torno do tema e dificulta mais ainda uma negociação em bases razoáveis, do ponto de vista do movimento sindical.

Parecer
O substitutivo nada muda o texto em discussão na Câmara dos Deputados. Contempla as premissas apoiadas pelo setor patronal como a terceirização na execução de serviços inerentes a qualquer atividade da contratante (meio e fim) e a responsabilidade subsidiária como regra e solidária como exceção.

Leia a íntegra do parecer


Fonte: Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)



A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, pediu agilidade ao Congresso Nacional para aprovação dos dispositivos que vão integrar o novo marco regulatório das atividades de pesquisa e desenvolvimento no país. Atualmente pelo menos cinco propostas tratam do assunto. “O Brasil está perdendo muito tempo. Ou a gente reverte isso logo ou vamos ter um descompasso muito grande”, disse Nader, em entrevista a jornalistas durante a 65ª Reunião Anual da SBPC, que ocorre no Recife.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Inovação, como ficou conhecida, por exemplo, atualiza o tratamento das atividades da área. Ainda a ser discutida na Câmara dos Deputados, a medida formaliza o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que vai coordenar as ações de entidades públicas e privadas e fomentar a colaboração, ao permitir compartilhamento de recursos humanos e equipamentos.

Outro texto que tramita no Congresso é o Projeto de Lei 2.177/2011, que prevê a elaboração do Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Entre os pontos da nova lei, estão a criação de ambientes cooperativos de pesquisa e de geração de produtos inovadores e a flexibilização do regime de dedicação exclusiva de pesquisadores vinculados a entidades públicas. Desmembradas desse projeto, estão as propostas de duas novas leis: uma para o acesso à biodiversidade do país e outra para tratar das fundações de apoio à pesquisa das universidades.

“O planejamento é que se consiga ter isso votado até agosto. Estou otimista, mas disseram que isso [aprovação dos dispositivos] não vai acontecer até o fim do ano. Porque, se não acontecer, não vamos conseguir ano que vem, em período eleitoral”, avaliou.

Compras de insumos
Outro ponto é a discussão de uma nova lei para a criação de Regime Diferenciado de Contratação (RDC) para educação, ciência e tecnologia voltado para compras de insumos e equipamentos. “Não vale para construção, mas já é um grande ganho. Nós, educação e ciência, vamos chegar ao nível da Copa do Mundo e das Olimpíadas, finalmente. A gente espera que o governo realmente mande [a proposta de lei ao Congresso] porque vai facilitar a nossa vida”, argumentou.

Helena Nader disse que uma das características do Novo Brasil, tema da reunião deste ano, é a mobilização da sociedade, mas destacou que ainda falta pressão da população sobre os parlamentares com propostas claras e específicas. “A gente tem que pressionar. Não precisa sair nesse quebra-quebra, acho que a manifestação foi boa, mas a gente não pode continuar quebrando as coisas. Temos que agora ter pautas e levar documentos", concluiu.

Os debates da 65° Reunião Anual da SBPC terminam hoje (26). No período da manhã, o ministro da Integração, Fernando Bezerra participa da palestra Política Nacional de Desenvolvimento Regional e Pacto pela Inovação, às 10h30.

A próxima reunião da SBPC ocorre em Rio Branco, no Acre. A Universidade Federal do Acre (UFAC) deverá sediar o encontro entre os dias 20 e 27 de julho. O evento é promovido desde 1948, com a participação de representantes de sociedades científicas, autoridades e gestores do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia para difundir os avanços da ciência e debater políticas públicas para área.


Fonte: Agência Brasil




Receba o SEESP Notícias *

agenda