logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

Administrator

Administrator

         Entre os dias 6 e 11 de fevereiro, aconteceu em Dakar, no Senegal, a 11ª edição do Fórum Social Mundial. Tendo estreado em Porto Alegre, em 2001, o encontro continua a ser espaço privilegiado para ecoar as reivindicações dos povos e permitir importantes trocas entre as entidades e movimentos (leia nota na página 8). Realizada pela segunda vez na África – a primeira foi no Quênia, em 2007 –, esta versão do FSM lançou luz sobre as questões do continente, nem sempre visíveis ao restante do mundo. A necessidade de assegurar à região democracia, desenvolvimento e soberania política foi colocada em pauta inclusive pelo ex--presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que dividiu a mesa com o presidente senegalês, Abdoulaye Wade.

        Na ocasião, defendeu um projeto de aprimoramento da agricultura para assegurar a autossuficiência em produção de alimentos. Tema fundamental e de importância especial para a numerosa delegação brasileira que foi a Dakar foi a diáspora de milhões de africanos levados para as Américas e a escravidão a partir da Ilha de Goré, um entreposto de tráfico humano, hoje patrimônio histórico de dolorosa memória.

        Como não poderia deixar de ser, as revoltas que tomaram as ruas da Tunísia e em seguida do Egito tiveram destaque na agenda do FSM 2011. Por um lado, demonstram a possibilidade de uma mudança real, em que pese todas as incertezas sobre o que virá a seguir nesses países após a derrubada dos ditadores Ben Ali e Hosni Mubarak. Por outro, suscitam certa perplexidade pela aparente espontaneidade dessas ações, que não tiveram lideranças claras ou conexão formal com os partidos e movimentos organizados.

         Temas distantes para o mundo ocidental, como a disputa pelo Saara ocidental, cujo domínio marroquino é contestado pelo movimento que reivindica a independência do território, ou a luta das mulheres que clamam por paz em Casamance, no sul do Senegal, ganharam a atenção dos ativistas de todo o mundo.

        O fórum deu voz ainda às tradicionais lutas sociais, como a das mulheres, dos trabalhadores, dos migrantes, dos povos indígenas, dos sem-terra, daqueles que lutam por educação, saúde e preservação ambiental. Assunto de grande importância, que vem ganhando também corpo no Brasil, foi a mobilização pela democratização da comunicação, a liberdade de expressão e o acesso à informação. O tema, que reúne os ativistas da mídia independente e dos movimentos sociais, ganhou as ruas durante a marcha de abertura e foi objeto de seminários e debates.

         Com público estimado de 75 mil participantes de 132 países, de acordo com a organização, o FSM mais uma vez parece ter mostrado sua relevância para as lutas sociais. Está claro que não substitui a ação política das organizações e indivíduos do planeta, mas funciona como um catalisador dessa energia transformadora, renovando esperanças para os que sonham com um mundo melhor para todos.

 

 

Silvana Guarnieri

        Mais um ano, e com ele as chuvas de verão, mais ou menos intensas, mas sempre presentes neste período. Com elas, os sacos de lixo boiando nos rios, córregos, piscinões, sem falar das doenças que acompanham tais situações. A população fica à mercê desses estragos, prejuízos econômicos e perigos que afetam áreas inteiras de várzeas, geralmente ocupadas por populações de baixa renda, que brigam por sua sobrevivência e de sua família.

        É evidente que, com a repetição do caos, temos que pensar de que forma vimos tratando o nosso lixo e o que podemos fazer para solucionar tais problemas ou pelo menos minimizá-los.

        Naturalmente, lidar com a dinâmica da geração de resíduos em grandes cidades não é nada fácil, mesmo com boa disponibilidade de recursos financeiros e materiais. Apesar de termos equipamentos, tecnologia e pessoal capacitado, a sistemática da operação muda em função do tráfego, horários de rush, áreas de pedestres etc. Assim, há necessidade de alterações na forma de execução, revendo até mesmo como acondicionar, tratar e destinar os resíduos sólidos.

         Com certeza, a implantação de uma coleta seletiva mais eficiente e de maior abrangência territorial faz-se necessária, pois através dessa é possível a reciclagem de diversos materiais, trazendo muitos benefícios econômicos e ambientais. Isso deverá ser feito com procedimentos de acondicionamento e recolhimento adequados e sob a gestão pública. Hoje é muito grande a ingerência de coletores particulares de resíduos recicláveis que, devido a condições sociais adversas, deixam grandes volumes nas vias e logradouros públicos. Esses, por não estarem acondicionados e não serem recolhidos com regularidade, prejudicam o bem-estar da população.

        A informação sobre horários e frequências de coleta é fundamental para o bom desempenho do sistema, mas somente isso não basta. Poder contar com os munícipes, respeitando as regras necessárias, para o melhor desempenho do sistema torna-se imprescindível. Como os custos não são baixos, nada mais natural que haja regras para o melhor aproveitamento dos recursos e uma efetiva fiscalização, além de evitar as taxas elevadas que recaem sobre o contribuinte.

        São necessárias ainda avaliações constantes sobre os processos técnicos e educativos para se buscar melhorias. Há muito também que se fazer no sentido de educar e conscientizar ambientalmente a população para o problema.

        De todo modo, não é possível que se mantenha a atual precariedade nesse serviço em pleno século XXI, com uma legislação considerada das melhores do mundo e um Plano Nacional de Resíduos Sólidos que demonstra a capacidade pensante sobre o tema e a necessidade de se preservar a vida. Fala-se tanto e age-se tão pouco!

 

Silvana Guarnieri é presidente da Delegacia Sindical do SEESP no Grande ABC

 

 

Rita Casaro

        A largada para a nova etapa da iniciativa voltada ao desenvolvimento nacional foi dada na reunião da Diretoria Executiva da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), realizada em Teresina, em 28 de janeiro último. O “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, ao longo de 2011, estará voltado ao que pode representar uma grande oportunidade de avanço na infraestrutura urbana dos municípios brasileiros: as obras previstas para cada uma das 12 cidades-sedes escolhidas para os jogos da Copa do Mundo de 2014. “Nosso interesse está no legado que isso pode deixar ao País.

        É importante que tudo seja feito da melhor forma possível, com planejamento e transparência, mas também que tenha utilidade após a Copa”, salienta o presidente da federação e do SEESP, Murilo Pinheiro.

        De acordo com o plano de trabalho aprovado pela Diretoria, a nova empreitada da FNE, que terá o engajamento dos sindicatos filiados, será desdobrada em três centros de formulação: a) as tarefas exigidas para a preparação e realização do evento, principalmente em termos de infraestrutura; b) as necessidades locais e regionais para que sejam cumpridas a contento; e c) o saldo econômico, social, cultural e estrutural que a Copa venha a proporcionar ao País.

        A exemplo de como foi produzido o primeiro manifesto, ainda em 2006 – depois atualizado e ampliado –, os temas considerados essenciais (mobilidade urbana; energia; telecomunicações; segurança; recursos humanos; estrutura portuária e aeroportuária; saneamento; hotelaria e turismo; estádios e estruturas de apoio; e financiamento) terão notas técnicas elaboradas por especialistas e serão debatidos em seminários que acontecerão nas capitais que abrigarão os jogos. Tais eventos devem ocorrer entre os meses de março e novembro, segundo calendário a ser definido em fevereiro. Ao final do processo, as propostas da FNE serão editadas em material gráfico e eletrônico para ampla distribuição em todo o País, “dando materialidade à contribuição dos engenheiros brasileiros para o sucesso de uma empreitada de largo fôlego, como é a realização de uma Copa do Mundo de futebol”, salienta o documento “O Cresce Brasil e a Copa de 2014”. Além disso, espera-se, no decorrer do processo, assegurar o envolvimento direto de todos os atores públicos e privados relacionados com o evento, através da participação nos 12 acontecimentos regionais programados. Objetivo fundamental ainda é garantir que as discussões e decisões sobre a realização da Copa sejam um momento, por excelência, para o fortalecimento da agenda nacional do crescimento econômico e do desenvolvimento brasileiro.

        Ainda em 28 de janeiro, durante a solenidade de posse da Diretoria do Sindicato dos Engenheiros do Piauí, tal intuito recebeu reforço com a participação do representante do Ministério do Esporte, Joel Benin, que falou em nome do titular da pasta, Orlando Silva. Segundo ele, “a realização da Copa de 2014, assim como das Olimpíadas de 2016, está sintonizada com o movimento da FNE pelo desenvolvimento”. “Faremos com que o Brasil se fortaleça ainda mais com esses eventos”, afirmou.

 

 

Soraya Misleh

        Instrumento econômico para estimular a conservação do meio, o pagamento por serviços ambientais deve se tornar lei em âmbito federal ainda neste semestre. A expectativa é apontada pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), segundo o qual já houve entendimentos que permitem avanços nesse sentido.

         De autoria do relator Jorge Khoury (DEM-BA), substitutivo ao Projeto de Lei nº 792/2007 e apensados, que institui política nacional relativa ao tema, foi aprovado em 1º de dezembro último na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. A proposta será agora analisada pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania em caráter conclusivo.

         A matéria cria o ProPSA (Programa Federal de Pagamento por Serviços Ambientais) e define critérios para remunerar iniciativas de preservação, mediante recursos oriundos de um fundo federal específico a esse fim, a ser implementado pelo governo. Segundo conta Teixeira, as fontes a alimentá-lo serão várias. “A maior parte (até 40%) virá da Lei do Petróleo, mas também de dotações do Orçamento Geral da União, de convênios com órgãos e entidades das administrações públicas, de doações inclusive de pessoas físicas e de empréstimos de instituições nacionais e internacionais”, detalha. Ele destaca ainda a aprovação de emenda de sua autoria cujo objetivo é que priorização no pagamento seja dada ao agricultor e empreendedor familiar. O deputado frisa que a medida não exclui nenhum tipo de proprietário, mas leva em conta “tendências e diagnósticos que apontam que o que leva ao desmatamento é a agricultura de baixo valor agregado”.

         Para Raul Silva Telles do Valle, advogado do Programa de Política e Direito do ISA (Instituto Socioambiental) e coorganizador de livro publicado por essa entidade que apresenta subsídios para políticas de compensação por serviços ambientais, intitulado “É pagando que se preserva?”, essa iniciativa vem superar uma falha grave encontrada no Direito Ambiental brasileiro. “Nossa legislação, embora bastante avançada, baseia-se na tentativa de evitar condutas consideradas equivocadas, que causem danos ao ambiente e à sociedade, mas pouco trouxe quanto a mecanismos de indução a boas práticas”, ressalta. Consequentemente, o que se tem são normas como o Código Florestal, com baixa eficácia, que foram “pouco ou mal-aplicadas”. Nesse contexto, como continua Valle, é importante que se incorporem leis que tragam incentivos, categoria na qual se enquadra a relativa ao pagamento por serviços ambientais. Tal, de acordo com o advogado, se bem aplicado, pode ser um fator decisivo a que muitos proprietários rurais venham a recuperar ou manter suas áreas com floresta ou biodiversidade, por exemplo.

        Na sua ótica, ainda, justifica-se quando a conservação se torna economicamente inviável, como no caso dos pequenos produtores, cuja opção seria sobreviver ou respeitar a lei. No caso, subsidiá-los seria a alternativa. A favor, portanto, da emenda apresentada por Teixeira, ele lembra contudo que tal encontra resistência da bancada ruralista, com pareceres contrários nas comissões de Meio Ambiente e da Agricultura. Além de exigir que não se foque nesse público prioritariamente, “inclui uma possibilidade bastante perigosa, de se pagar por plantio direto, algo que tem escala e não precisaria de apoio de recursos públicos”. Impedir que o PL passe no Legislativo dessa forma requer, para o advogado, mobilização.

Iniciativas
        Referência em pagamento por serviços ambientais, o município mineiro de Extrema foi o primeiro do Brasil a instituir a medida. Conforme Aurélio Padovezi, coordenador de restauração ecológica da ONG TNC Brasil (The Nature Conservancy), as remunerações inaugurais foram dadas ao final de 2007 considerando-se sete microbacias prioritárias. “O projeto tem diversos benefícios. Um deles é reconhecer economicamente o papel do proprietário rural enquanto gerador de serviços ambientais e ator fundamental para a manutenção da qualidade de vida.” Além de contribuir ao desenvolvimento sustentável, resultou em contratação de pessoal qualificado, como os engenheiros, já que “quase todos os projetos precisam de mão de obra especializada tanto para coordená-lo como para executá-lo”. A administração municipal destina 6% de seu orçamento ao pagamento.

        O impacto da implementação no município, mediante contratos firmados entre a Prefeitura e esses agentes por quatro anos – com possibilidade de renovação –, é sentido não apenas localmente. Segundo Padovezi, os cidadãos de São Paulo também usufruem da maior preservação. Isso porque ali encontra-se uma das principais nascentes do Rio Jaguari, que alimenta o sistema Cantareira e vai abastecer 50% da população residente na Capital.

        A implementação do instrumento vem pipocando em todo o Brasil. Neste Estado, já há uma lei própria, aprovada no ano passado. A previsão é de instituição da medida a partir deste ano, com projetos pilotos em pelo menos um município por bacia hidrográfica, lembra Valle. Também deverá ser destinado dinheiro do orçamento paulista para remunerar a preservação.

 

 

Lucélia Barbosa

        Segundo o levantamento feito em 2010 pelo MCT (Ministério da Ciência e da Tecnologia), com a colaboração da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), 65% da população brasileira interessa-se por ciência, superando temas populares como esportes (62%) e arte e cultura (59%). O resultado divulgado em janeiro mostrou um salto em relação a 2006, quando o assunto chamava a atenção de 41%.

        Intitulada “Percepção pública da ciência e tecnologia no Brasil”, a pesquisa ouviu cerca de 2 mil pessoas, em várias regiões do País. O objetivo foi medir o interesse, grau de informação, atitudes, visões e conhecimento que os brasileiros têm da ciência e tecnologia e, a partir disso, elaborar políticas públicas, conforme informa Ildeu de Castro Moreira, coordenador do estudo e diretor do Depdi (Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia) do MCT.

        Entre os fatores que contribuíram para o interesse ter se expandido, Moreira destaca a maior presença no cotidiano das pessoas. “O Brasil teve nos últimos anos crescimento econômico com ascensão social de várias camadas que tiveram mais acesso à informação. Além disso, a mídia passou a divulgar mais as questões da ciência e da tecnologia”, salienta. A atuação dos meios de comunicação quanto à ciência foi avaliada na enquete. Cinquenta e dois por cento dos entrevistados estão satisfeitos com a divulgação feita pela TV dos temas científicos e 46,3% aprovam a cobertura dos jornais. Entretanto, a maior razão para a insatisfação é a pequena quantidade de matérias disponíveis sobre o assunto.

Destaques
        Para 83% dos entrevistados, meio ambiente é o tema mais relevante, seguido de medicina e saúde, que atrai a atenção de 81%. Segundo os participantes, as áreas de maior importância para o desenvolvimento do País são medicamentos (32%), agricultura (15%), mudanças climáticas (14,8%), energia solar (14%) e biocombustíveis (6%).

        Os brasileiros avaliaram também a posição da ciência nacional em relação a outros países. Ao todo, 49,7% disseram que o segmento está num patamar intermediário. 

        Na visão de 51%, a pesquisa científica é essencial para o desenvolvimento da indústria. Para 31%, o progresso da ciência brasileira não é maior porque os recursos são insuficientes. Nesse sentido, 68% dos consultados responderam que o governo deve aumentar as inversões na pesquisa científica e tecnológica e 72% acreditam que as empresas privadas brasileiras também deveriam investir mais nessa área.

        Outra constatação importante é que 42,3% dos participantes declararam que a ciência traz mais benefícios para a sociedade do que malefícios; 38,9%, que o segmento traz apenas benefícios. Saúde e prevenção de doenças foram o maior ganho citado, somando 26% das respostas. Além disso, para 30% dos entrevistados, o desenvolvimento científico e tecnológico levará a uma diminuição das desigualdades sociais no País.

Desafios
        Apesar da compreensão quanto à importância do tema, apenas 8,3% dos consultados visitaram algum museu ou centro de C&T nos últimos anos. “Esse número dobrou com relação a 2006. Existe um movimento grande, mas o índice está muito abaixo da média europeia hoje, em torno de 20%”, comenta Moreira. Entre as razões mencionadas, a principal é a inexistência desses espaços na região de residência, problema apontado por 36,8% dos entrevistados. “Esses dados são importantes porque ajudarão a traçar uma política pública visando criar mais planetários, museus de ciências e observatórios, especialmente nas periferias”, afirma.

        Além disso, a grande maioria dos brasileiros tem pouco conhecimento sobre o tema. Das 2.016 pessoas entrevistadas, 81,9% foram incapazes de citar uma instituição científica do Brasil e 87,6% não souberam indicar o nome de um cientista importante.

        Para o diretor do MCT, a principal causa desse problema está na educação. “A escola brasileira não discute a ciência. Não existe um livro didático no Brasil que trate o tema adequadamente. A pesquisa mostra um grande desconhecimento sobre a história da ciência e da tecnologia nacional. Temos que somar esforços para mudar esse quadro”, conclui.

 

 

15/02/2011

CANTEIRO

Oportunidades
         Segundo levantamento feito até o dia 9 de fevereiro, a área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de 51 vagas, sendo 48 para engenheiros das diversas modalidades, duas para estudantes e uma, trainee. Para se candidatar, clique aqui. Mais informações pelos telefones (11)3113-2669/74.

 

EcoSP será no Anhembi este ano
        Já começaram os preparativos para o V EcoSP (Encontro de Meio Ambiente de São Paulo). A se realizar neste ano de 7 a 9 de novembro, a atividade se expandiu e agora terá lugar no Complexo Parque Anhembi. As plenárias técnicas ocorrerão no Auditório Elis Regina e a feira ambiental, no Salão de Exposições (Hall Nobre 3). A entrada para o evento se dará pela Av. Olavo Fontoura.
          Promovida pelo SEESP e FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), a iniciativa integra o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – capitaneado por essa última entidade, que propugna pelo desenvolvimento sustentável do Brasil com inclusão social. Assim, tem colocado em pauta temas fundamentais a essa construção, tais como energias alternativas, reúso de água, destinação de resíduos sólidos e novas tecnologias à preservação do meio. Em breve, as inscrições para a quinta edição estarão abertas no site www.ecosp.org.br.

 

Engenheiros da Usiminas conhecem SEESP
         Em 31 de janeiro último, o presidente estadual do sindicato, Murilo Pinheiro, e o da sua delegacia na Baixada Santista, Newton Güenaga Filho, ministraram palestra a 32 novos engenheiros contratados pela Usiminas (antiga Cosipa) na região. Na preleção, apresentaram a entidade, as vantagens de ser associado e de fortalecer sua representatividade e a história do movimento desses profissionais na empresa. Os admitidos integram um grupo de 80 trabalhadores da categoria que passam a engrossar o time da companhia nacionalmente.

 

Representantes da entidade no Crea
          No dia 27 de janeiro, foram empossados os 52 representantes do SEESP no Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo), como titulares e suplentes, nas seguintes câmaras especializadas: Engenharia Civil – Cyro Raphael Monteiro da Silva e Breno Botelho Ferraz do Amaral Gurgel; Martim Cesar e Helton Alves da Costa; Ricardo José Coelho Lessa e André Sierra Filho; Henrique Di Santoro Júnior e Emerson Sampieri Burneiko. Engenharia Mecânica e Metalúrgica – Yoshihide Uemura e Renato Trabali Veneziani; Celso Rodrigues e José Eduardo Horta Celso; Darci Rodolfo Alves Rossi e Itamar Rodrigues; José Manoel Teixeira e Maurício Cardoso Silva; Odair Bucci e José Roberto Campos da Veiga; Sérgio Scuotto e José Luis Raymundo; Laerte Conceição Mathias de Oliveira e Walter Antonio Orsatti; Antonio Carlos da Silva Santos e Luis Francisco da Silva Lopes; Mário Kazuo Sato e João Alberto Bargel; José Istenes Eses Filho e Antonio Fioravanti. Engenharia Elétrica – Antonio Roberto Martins e Marcos Queiroz Marques; Rubens Lansac Patrão Filho e Victor Di Santis; Henrique Monteiro Alves e Safwat Fouad Selim Khouzan; João Paulo Dutra e Mário Edison Picchi Gallego; Osvaldo Passadore Júnior e Francisco Alvarenga Campos; Jayme de Oliveira Bezerra Nunes e José Luiz Poles. Engenharia Química – Cleleni Maria Ávila Lobo e Paulo Wanderley da Silva; Luiz Fernando Napoleone e Geraldo Hernandes Domingues; Jorge Moya Diez e Nizar Qbar; Jorge Joel de Faria Sousa e João Henrique Castanho de Campos; Arnaldo Santos Pinto Junior e Clamer Dimas Fernandes Faria. Grupo de Engenharia de Segurança do Trabalho – Carlos Alberto Guimarães Garcez e Lourenço Juliani.

 

IES do sindicato agora é oficial
         A criação do Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia), iniciativa que terá como entidade mantenedora o sindicato, foi oficializada em assembleia realizada no dia 18 de janeiro último. Com o início de suas atividades como IES (Instituição de Ensino Superior) previsto para o ano de 2012, após o credenciamento junto ao Ministério da Educação, deve ainda em 2011 promover cursos de curta duração. Para o presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, a ideia é “criar uma instituição que se tornará paradigma para o País”.

 

Legislação do Sistema Confea/Crea
         A Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Alta Paulista realizou, em 28 e 29 de janeiro, o Seminário de Legislação do Sistema Confea/Crea. A iniciativa teve entre os apoiadores o Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e discutiu as resoluções 1.024 e 1.025 do Confea (Conselho Federal). A primeira determina a obrigatoriedade da adoção do Livro de Ordem para todas as obras e serviços da área tecnológica. Já a segunda disciplina novos procedimentos para emissão da CAT (Certidão de Acervo Técnico). Ambas passaram a valer a partir de 1º de janeiro último. A Delegacia Sindical do SEESP em Marília esteve representada no evento.

 

 

O cabo de fibra ótica ligará a capital amazonense a Santa Helena, na fronteira com a Venezuela.

        O projeto foi acertado pelos governos do Brasil e venezuelano em 2008 e concluído agora. Foram dois anos para superar as dificuldades de atravessar a selva amazônica e reservas indígenas.

        O Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, participou da solenidade de lançamento da banda larga por fibra ótica na região amazônica, o que vai possibilitar o acesso à internet para maior número de pessoas.

        Antes da implantação do novo sistema de fibra ótica, a velocidade ofertada em Manaus variava entre 300 a 600 kbps, a preços que atingiam até R$ 400. Com o projeto agora em operação, a velocidade ofertada será de 1 mbps já disponível, com plano de evolução para internet ainda mais rápida a curto prazo e os preços irão variar entre R$ 39,90 a R$ 69,90 dependendo da velocidade.

        Com esta linha, a operadora vai oferecer o acesso à internet pelos mesmos preços para pequenas cidades de Mucajaí, Iracema, Caracanaí, Rorainópolis, Nova Equador, Nova Colina e Presidente Figueiredo, em Roraima.

 

(Com informações da Ascom do Ministério das Comunicações)
www.fne.org.br

 

 

       Um perfeito entrosamento com o Ensino é o desejo de todos os ligados à ciência, tecnologia e inovação. Na última quinta-feira (10), na reunião do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti) um dos assuntos mais discutidos foi justamente a valorização do ensino. O Consecti, inclusive, construirá uma pauta da área a ser encaminhada ao ministro Aluizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia.

       Segundo o anfitrião da reunião, o Secretário de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, Gastão Ramos, um defensor do ensino público de qualidade não fosse ele um ex-aluno de escolas do GDF e formado pela Universidade de Brasília (UnB), seu desejo veio ao encontro de muitos outros secretários, que defendem a tese de que as universidades estaduais devem estar ligadas à ciência e tecnologia e não à educação, como ocorre na maioria dos Estados.

       A reunião nacional do Consecti, realizada na sede da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), antecede o Fórum anual da entidade, previsto para a última semana de março - que deve eleger a nova diretoria da entidade - e serviu como encontro entre os Secretários de Estado que assumiram em janeiro. E ao se apresentar formalmente aos colegas, Gastão Ramos lembrou que a ciência e a tecnologia trabalham com a tríplice hélice.

       "A universidade tem a ideia; a indústria transforma esta ideia em produto; e o governo faz com que este produto chegue à população e melhore sua condição de vida", disse ele, acrescentando que um próximo encontro do Consecti, em Brasília, terá como uma das atividades uma visita às instalações do Parque Tecnológico Capital Digital.

       "Sempre digo que o Parque Tecnológico de Brasília não será apenas um parque tecnológico na capital do Brasil. Ele será o parque tecnológico do Brasil."

       O encontro da Consecti foi presidido pelo secretário de Ciência e Tecnologia do Ceará, René Barreira, e teve a participção do presidente da rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nélson Simões, da presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Lucia Mello, do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnlógico (CNPq), Glaucius Oliva, e do diretor de Tecnologia da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Eugênio Kaszkurewicz.

 

(Secretaria de C&T do Distrito Federal)
www.cntu.org.br

 

 

 

        A redução do nível de desemprego registrada nos últimos cinco anos e o aumento da taxa de ocupação, com uma sensível melhora na renda obtida pelos trabalhadores, não só não foi suficiente para eliminar as desigualdades sociais, como as ampliou entre os desempregados das seis principais regiões metropolitanas do país. 

        Segundo técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), enquanto nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife a taxa de desemprego geral caiu 31,4% de dezembro de 2005 ao mesmo mês de 2010, entre os 10% mais pobres o desemprego cresceu 44,2%.

        Além disso, cresceu também a desigualdade entre os 10% que ganham mais e os 10% que ganham menos. A partir dos dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os técnicos do Ipea constataram que a diferença nas taxas de desemprego dos dois grupos, que em 2005 era de 11 vezes, passou a ser de 37 vezes em 2010. 

        Enquanto o percentual de desempregados entre os trabalhadores mais bem remunerados baixou de 2,1% para apenas 0,9% do total, entre os mais pobres o índice subiu de 23,1% para 33,3%, um resultado melhor do que o registrado entre os anos de 2007 e 2009, mas ainda muito aquém do verificado entre os do primeiro grupo. 

        Como consequência deste quadro, a participação dos trabalhadores mais pobres no índice de desemprego cresceu de 37,4% para 45,2% no mesmo período. Já entre os 20% de maior rendimento, o total de pessoas sem trabalho baixou de 7,8%, em 2005, para 6% em 2010. 

        Os responsáveis pelo estudo divulgado quinta-feira (10), disseram que a pobreza está cada vez mais relacionada ao desemprego e não à má remuneração. Segundo o estudo, é necessário avançar em políticas públicas capazes de reduzir as desigualdades sociais produzidas pelas diferenças de rendimento. 

        Por outro lado, quando desempregados, os trabalhadores com menor poder aquisitivo passaram a encontrar um novo serviço mais rapidamente que os mais bem remunerados. Em dezembro de 2010, o tempo médio de procura por trabalho para o desempregado entre os que ganham menos foi de 248,3 dias, enquanto em dezembro de 2005 era de 341,4 dias. Já entre os que ganham mais, o tempo de procura subiu de 277 para 320,6 dias, em média.

 

(Agência Brasil)
www.cntu.org.br

 

 

 

 

Receba o SEESP Notícias *

agenda