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Com a chegada do RIC, cada cidadão passa a ser reconhecido nacionalmente por um único número, vinculado diretamente às suas impressões digitais e registrado em um chippresente no cartão

         Em 2011, 2 milhões de brasileiros poderão substituir a cédula do Registro Geral (RG) pelo cartão de Registro de Identidade Civil (RIC). Com a chegada do RIC, cada cidadão passa a ser reconhecido nacionalmente por um único número, vinculado diretamente às suas impressões digitais e registrado em um chip presente no cartão. O novo documento foi lançado hoje (30), em Brasília, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.
         Segundo Barreto, a nova identidade é um dos mais modernos documentos de identificação do mundo. “Com o RIC, o Brasil ingressa no século 21. A identidade atual completou 27 anos sem muitas mudanças. O novo RIC é mais moderno, traz tecnologia de ponta, é mais seguro e mais prático. No futuro, esse documento também integrará o CPF, o título de eleitor e muitos outros documentos. Além disso, há possibilidade de fazer transições bancárias com o novo cartão.”
         A nova identidade é um cartão magnético com impressão digital e chipeletrônico, incluirá nome, sexo, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade, assinatura, impressão digital do indicador direito, órgão emissor, local e data de expedição e de validade.
         De acordo com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowsky, o novo documento de identificação é a prova de fraudes e evita que uma mesma pessoa seja identificada por mais de um número de registro em diferentes estados da Federação ou que o cidadão seja confundido com uma pessoa de mesmo nome.“Os resultados [do RIC] são de extrema relevância. Essas vantagens poderão contribuir para mitigar os graves prejuízos para o estado e para os cofres públicos, pois evita crimes”, afirmou.
         A substituição da carteira de identidade será feita, gradualmente, ao longo de dez anos. As primeiras cidades que receberão o projeto piloto no próximo ano serão Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, Hidrolândia (GO), Ilha de Itamaracá (PE), Nísia Floresta (RN) e Rio Sono (TO).
         Os cidadãos contemplados nesta etapa inicial receberão uma carta indicando a possibilidade de troca do RG pelo RIC, além do local onde o novo documento poderá ser retirado. A implementação da nova identidade não compromete a validade dos demais documentos de identificação.
         A emissão do RIC em 2011 será custeada pelo Ministério da Justiça, o cidadão não precisará pagar pela troca. Segundo o ministério, o investimento no primeiro ano será de cerca de R$ 90 milhões. Para os próximos anos, o comitê gestor do RIC vai definir a origem dos recursos que vão custear as emissões, sendo possível, inclusive, parcerias público-privadas e financiamentos internacionais.

 

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        O Centro de Estudos da Metrópole (CEM), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da Fapesp, está com processo aberto para seleção de recém-doutores a serem incorporados por meio de bolsas Fapesp e CNPq de pós-doutoramento
        A seleção será feita em duas etapas. Na primeira, ocorrerá a análise do curriculum vitae do candidato e do seu projeto de pesquisa. Nessa seleção, serão tomados em conta o perfil e trajetória do candidato, tanto quanto a qualidade científica da proposta apresentada, sempre tendo em vista sua articulação às linhas de pesquisa do CEM, que podem ser encontradas no site www.centrodametropole.org.br.
        Os candidatos pré-classificados na primeira etapa serão convocados para uma entrevista com a comissão de seleção. O número final de selecionados, até o máximo de três bolsas de pós-doutoramento, dependerá da avaliação do mérito das propostas e do desempenho dos candidatos nas entrevistas.
        O prazo para envio de propostas termina no dia 15 de janeiro de 2011 (data de postagem no correio ou de envio pela internet). O resultado da primeira fase será divulgado até o dia 31 de janeiro de 2011, quando serão indicados os candidatos selecionados para entrevista, que será feita na sede do CEM, em data a ser indicada no momento da divulgação dos resultados da primeira etapa.
        O início do auxílio dependerá da finalização do processo de concessão da bolsa pelo órgão financiador. As propostas podem ser enviadas pela internet para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo correio para o CEM (R. Morgado de Mateus 615, Vila Mariana, 04015-902, São Paulo, SP). Solicita-se que, nesse último caso, as propostas sejam enviadas aos cuidados de Mariza Nunes, na Secretaria do CEM. Em caso de dúvidas, ligar para (11) 5574-0399.
        A vaga está aberta a brasileiros e estrangeiros. O selecionado receberá Bolsa de Pós-Doutorado da Fapesp, no valor de R$ 5.028,90 mensais.
        Outras vagas de Bolsas de Pós-Doutorado, em diversas áreas do conhecimento, estão no site Fapesp-Oportunidades, em www.oportunidades.fapesp.br.

 

(Agência Fapesp, 29/10)
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        A nova ministra do Planejamento, Miriam Belchior, de 54 anos, assumiu hoje (3) a função implementando mudanças na pasta. A coordenação-geral do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o monitoramento do programa Minha Casa, Minha Vida ficarão sob responsabilidade do Planejamento. Miriam avisou, porém, que pretende trabalhar em consonância com os demais integrantes do governo, em especial da área econômica.
        A coordenação-geral do PAC será administrada por uma estrutura própria, a partir de uma secretaria específica. O titular da pasta será Maurício Muniz, que trabalhava na área de coordenação do PAC na Casa Civil. Assessores de Miriam Belchior informaram que a nova secretaria atuará em parceria com outras áreas que também têm vínculos com o programa.
        Segundo Miriam Belchior, suas prioridades incluem aperfeiçoar e dar continuidade à execução dos programa sociais já existentes. No caso do programa Minha Casa, Minha Vida, que se destina a facilitar a compra de imóveis para famílias de baixa renda e é administrado pelo Ministério das Cidades, terá um monitoramento específico do Planejamento. Os detalhes ainda estão sendo definidos.
        No discurso, Miriam reiterou que trabalhará com “absoluta consonância” e “sintonia” com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. A cerimônia de posse reuniu parlamentares e ministros, além dos governadores da Bahia, Jaques Wagner, do Ceará, Cid Gomes, e de Sergipe, Marcelo Déda.
        A nova ministra participou dos oito anos de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela foi responsável pela coordenação do PAC, cuja área era ligada à Casa Civil, diretamente vinculada à Presidência da República. Miriam Belchior sucede Paulo Bernardo, que assume o Ministério das Comunicações.
        Ao transmitir o cargo para Miriam, Bernardo afirmou que a política do governo Lula “deu certo porque criou um mercado de massas e plano de consumo com controle de gastos públicos”. A nova ministra acrescentou que o objetivo dela é “melhorar a gestão”, garantindo a estabilidade econômica.
        Emocionada, a nova ministra lembrou do marido Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André (em São Paulo), encontrado morto em 2002. Segundo Miriam Belchior, se o marido dela estivesse vivo, estaria presente no governo da presidenta Dilma Rousseff. “[Quero agradecer a Celso Daniel] pelo legado administrativo e intelectual [que ele deixou]”, afirmou a nova ministra.

 

(Ivanir Bortot, Renata Girardi, Agência Brasil)
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O resultado da política de infraestrutura adotada pelo Brasil pode ser traduzida em números, após a retomada dos leilões de concessões em áreas como geração de energia elétrica, telecomunicações, estradas, ferrovias e petróleo e gás.

        A matriz energética brasileira cresceu, entre 2003 e 2010, 25% na comparação com o que havia sido feito até 2002. Ao parque gerador energético, foram acrescidos 27,9 mil megawatts (MW) de energia – uma ampliação equivalente a cerca de 35% em relação ao quadro apresentado em 2002. Com isso, a capacidade energética total do país foi ampliada para 110 mil MW.
        Onze usinas hidrelétricas estão em construção, o que resultará em um acréscimo total de 8.79 mil MW ao sistema brasileiro. Com a retomada das obras de Angra 3, um investimento de R$ 9,9 bilhões, mais 1,5 mil MW deverão ser agregados. Entre 2003 e 2010, 21,8 mil quilômetros de novas linhas de transmissão foram instalada, ampliando em 30% a quantidade de linhas existentes em 2002.
        Apenas no PAC foram executados investimentos de R$ 619 bilhões, até dezembro de 2010. Isso representa 94,1% dos R$ 657,4 bilhões previstos para o período 2007-2010. Só com empreendimentos já concluídos foram gastos R$ 444 bilhões – ou 82% dos R$ 541,8 bilhões previstos para o período, aplicados em todo o território brasileiro.
        Entre as obras destacadas pelo governo durante o balanço de quatro anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estão duas das maiores hidrelétricas do mundo (Santo Antônio e Jirau), e as eclusas de Tucuruí, no Pará, além dos 6.377 quilômetros de rodovias e dos 909 quilômetros de ferrovias, previstos para serem concluídos até o fim do mandato do presidente Lula.
       Ao todo, há 1.359 quilômetros de ferrovias aprovados pelo governo federal, tanto para bitola larga, mais adequada para o transporte de grandes cargas, como para o de bitola estreita.
       O documento destaca, ainda, a descoberta de 12 novos campos de petróleo e gás; as 12 novas plataformas que entrarão em operação até o fio deste ano; e os 3.776 quilômetros de gasoduto construídos durante o governo Lula. Eram cerca de 5,7 mil quilômetros do início do mandato. Até o final, a previsão é de que estejam concluídos mais de 9,3 mil quilômetros.
        No setor elétrico, o maior mérito do governo Lula foi o de ampliar e interligar o sistema elétrico do país, inclusive agregando a ele usinas termelétricas. Interligado, o sistema evita problemas de desabastecimento de energia causados pela baixa do nível de água das represas, já que a seca de uma região pode ser compensada pelas chuvas de outra.
        Um dos maiores destaques do governo Lula no setor de comunicações foi a criação do Sistema Brasileiro de TV Digital e as primeiras licitações para o Plano Nacional de Banda Larga, que pretende tornar acessível ainternet de alta velocidade a regiões que ainda não têm acesso a esse tipo de serviço.
        Há, ainda, os avanços no campo da telefonia. Segundo a Anatel, em 2003 havia 46,4 milhões de linhas de telefonia móvel. Em 2009 esse número já estava em 173,9 milhões. A densidade desses tipos de telefones também ampliou, de 26,2 para 90,5 por 100 habitantes.

 

(Pedro Peduzzi, Agência Brasil)
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Dados são da Agência Boliviana de Informações (ABI). Presidente Evo Morales disse ainda que outra prioridade é a construção do Aeroporto Internacional de Chimoré em Cochabamba

        O presidente da Bolívia, Evo Morales, confirmou ter recebido os recursos do governo do Brasil para a construção da Estrada de Villa Tunari, que liga a cidade de Cochabamba a San Ignacio de Moxos, no município de Beni. Segundo ele, o Brasil vai financiar cerca de US$ 332 milhões da obra. As negociações foram firmadas entre Morales e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Felizmente [o comando do] Banco do Brasil assinou o financiamento para Villa Tunari-San Ignacio de Moxos. Portanto, este ano vamos iniciar a construção da estrada", disse Morales, lembrando que o acordo para a execução da obra foi firmado com Lula em agosto de 2009.
        Os dados são da Agência Boliviana de Informações (ABI). Morales disse ainda que outra prioridade do governo é a construção do Aeroporto Internacional de Chimoré em Cochabamba – uma das principais cidades da Bolívia. No local, deverá ser instalada uma base da Força Aérea Boliviana para o treino de pilotos de helicóptero. De acordo com o presidente, o objetivo é que com a construção desse aeroporto, em Cochabamba, algumas viagens internas na Bolívia sejam encurtadas, como as que ligam as cidades de Cochabamba a Santa Cruz de la Sierra e também o trajeto entre Mayu Montero e Cristal.

 

(Renata Giraldi Repórter da Agência Brasil)
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        Sancionada no final do ano (29) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei 12.353, que trata da participação de empregados nos conselhos de administração das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e demais empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto "foi importantíssima para os trabalhadores", disse Jacy Afonso, diretor do DIAP e da executiva nacional da CUT.
        A nova lei nasceu por demanda e ação das centrais sindicais e "atendeu demanda histórica dos trabalhadores", destacou Afonso. Foi um compromisso de Lula, que não queria que outro governo simplesmente revogasse esta demanda do movimento sindical. Em razão disso encaminhou para apreciação do Congresso o projeto de lei, a fim de que se transformasse numa questão de Estado.
        Para Afonso, a lei, ao ser implementada, permitirá ao trabalhador, por meio do sindicato, ter "visão estratégica", destacou, pois este "percebe o debate na empresa", agregou. O diretor do DIAP também acrescentou que essa participação pode contribuir com a solução dos problemas da empresa.
        "O conselheiro não substitui o sindicato", chamou a atenção Jacy Afonso. Essa participação agrega mais força à organização dos trabalhadores já que esse representante contribui com a fiscalização da empresa. São os olhos dos empregados em setor estratégico da corporação.

O conteúdo da lei
        O artigo 2º da Lei 12.353 prevê que "os estatutos das empresas (...) deverão prever a participação nos seus conselhos de administração de representante dos trabalhadores, assegurado o direito da União de eleger a maioria dos seus membros".
        E o parágrafo 1º, do artigo 2º, determina que "o representante dos trabalhadores será escolhido dentre os empregados ativos da empresa pública ou sociedade de economia mista, pelo voto direto de seus pares, em eleição organizada pela empresa em conjunto com as entidades sindicais que os representem".
        "O representante dos empregados está sujeito a todos os critérios e exigências para o cargo de conselheiro de administração previstos em lei e no estatuto da respectiva empresa", estabelece o parágrafo 2º da lei.
        "O Conselheiro de administração representante dos empregados não participará das discussões e deliberações sobre assuntos que envolvam as relações sindicais, renumeração, benefícios e vantagens, inclusive matérias de previdência complementar e assistenciais, hipóteses em que fica configurado o conflito de interesse". Este dispositivo é também para resguardar o "poder nogocial" dos sindicatos.
        O Ministério do Planejamento "editará as instruções necessárias ao cumprimento do disposto nesta lei", indica o artigo 7º da norma.

Origem e tramitação
        A nova lei nasceu do projeto de lei (PL 3.407/08) do Executivo e teve tramitação relativamente rápida no Congresso, sendo aprovada conclusivamente pelo Senado (PLC 61/10), mais especificamente pela Comissão de Assuntos Sociais (mérito) e teve como relator o senador Paulo Paim (PT-RS), cujo parecer favorável foi aprovado no colegiado em 15 de dezembro.
        A proposição foi apreciada também pela Comissão de Constituição Justiça e Cidadania, cujo parecer favorável foi emitido pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC).

Clique aqui e conheça a íntegra da Lei 12.353, de 28 de dezembro de 2010

 

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       Os ministros da presidenta da República, Dilma Rousseff, foram empossados ja no dia 1º de Janeiro no Palácio do Planalto, logo após o recebimento dos cumprimentos das autoridades estrangeiras que vieram assistir à posse. Dilma recebeu um a um para a assinatura do termo de posse e, logo depois, todos posaram para a primeira foto oficial da equipe de governo.
       Tradicionalmente o primeiro ministro a tomar posse é o da Justiça, por ser a pasta mais antiga. Por isso, José Eduardo Cardozo foi o primeiro a assinar o termo, seguido de Antonio Palocci, chefe da Casa Civil da Presidência da República.
       Entre os 37 ministros, nove são mulheres: Miriam Belchior, do Planejamento; Iriny Lopes, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres; Mária do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos; Ana de Hollanda, da Cultura; Ideli Salvatti, da Secretaria de Aquicultura e Pesca; Helena Chagas, da Secretaria de Comunicação Social; Luiza Helena de Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; e Izabella Teixeira, do Meio Ambiente.
       Vários ministros empossados hoje fizeram parte da equipe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: Antonio Palocci, que foi ministro da Fazenda; Gilberto Carvalho, que foi chefe de gabinete do ex-presidente e volta como secretário-geral da Presidência; Luís Inácio Adams, advogado-geral da União; Jorge Hage, controlador-geral da União; Wagner Rossi, da Agricultura; Guido Mantega, da Fazenda, que começou no governo Lula como ministro do Planejamento e ocupou a presidência do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES); Nelson Jobim, da Defesa; Fernando Haddad, da Educação; Orlando Silva, do Esporte; Izabella Teixeira; Edison Lobão, de Minas e Energia; Carlos Lupi, do Trabalho; Alfredo Nascimento, dos Transportes; Alexandre Padilha, que ocupava a Secretaria de Relações Institucionais e, agora, assume o Ministério da Saúde.

Confira no infográfico da Agência Brasil os ministros do novo governo e a localização dos ministérios

 

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        A informação foi dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, após despachar com o presidente, no Palácio do Planalto, no início da tarde. O áudio da conversa com os jornalistas foi divulgado pela assessoria do ministro.
        Mantega disse que encontrou o presidente satisfeito com o desempenho da economia em seus oito anos de governo. Segundo o ministro, ele destacou o recorde das exportações brasileiras, que devem ultrapassar US$ 200 bilhões neste ano, e o fechamento de mais de 1 milhão de contratos para construção de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.
        O ministro ressaltou também que o cenário econômico está amplamente favorável à continuação do crescimento sustentado do país. Citou, como exemplo, o fato de a inflação estar sob controle, apesar das pressões inflacionários observadas no início deste ano e nos últimos meses, em grande parte devido aos aumentos de preços dos alimentos.
        Ele afirmou que “não há condições da inflação sair da meta”, cujo centro é 4,5%, podendo flutuar entre 2,5% e 6,5%. De acordo com o boletim Focus, divulgado na última segunda-feira (27) pelo Banco Central, a expectativa dos consultores financeiros da iniciativa privada é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano em 5,90%.
        Mantega disse ainda que as expectativas são de redução do nível de atividade em 2011, comparado a este ano, que terá crescimento entre 7,5% e 7,7%. Mas salientou que também haverá redução dos gastos públicos para cumprimento integral da meta de superávit primário (economia para pagamento dos juros da dívida).
        “Cumpriremos o superávit primário estabelecido para 2011, e a relação dívida/PIB [Produto Interno Bruto], que está levemente acima de 40%, vai fechar o ano que vem abaixo de 38%, certamente. Poderemos fazer mais do que a meta”, afirmou.

 

(Edição: Nádia Franco)
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Equipamento permitirá ao Inpe gerar previsões de tempo mais confiáveis, com maior prazo de antecedência e de melhor qualidade, ampliando o nível de detalhamento para 5 quilômetros na América do Sul e 20 quilômetros para todo o globo.

         O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) inaugurou terça-feira (28/12), no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), em Cachoeira Paulista (SP), o supercomputador Tupã.
         Com o nome do deus do trovão na mitologia tupi-guarani, o sistema computacional é o terceiro maior do mundo em previsão operacional de tempo e clima sazonal e o oitavo em previsão de mudanças climáticas.
         Não apenas isso. De acordo com a mais recente relação do Top 500 da Supercomputação, que lista os sistemas mais rápidos do mundo, divulgada em novembro, o Tupã ocupa a 29ª posição. Essa é a mais alta colocação já alcançada por uma máquina instalada no Brasil.
Ao custo de R$ 50 milhões, dos quais R$ 15 milhões foram financiados pela FAPESP e R$ 35 milhões pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio da
         Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o sistema foi fabricado pela Cray, em Wisconsin, nos Estados Unidos.
         O Tupã é capaz de realizar 205 operações de cálculos por segundo e processar em 1 minuto um conjunto de dados que um computador convencional demoraria mais de uma semana.
         Com vida útil de seis anos, o equipamento permitirá ao Inpe gerar previsões de tempo mais confiáveis, com maior prazo de antecedência e de melhor qualidade, ampliando o nível de detalhamento para 5 quilômetros na América do Sul e 20 quilômetros para todo o globo.
         A máquina também possibilitará melhorar as previsões ambientais e da qualidade do ar, gerando prognósticos de maior resolução - de 15 quilômetros - com até seis dias de antecedência, e prever com antecedência de pelo menos dois dias eventos climáticos extremos, como as chuvas intensas que abateram as cidades de Angra dos Reis (RJ) e São Luiz do Paraitinga (SP) no início de 2010.
         "Com o novo computador, conseguiremos rodar modelos meteorológicos mais sofisticados, que possibilitarão melhorar o nível de detalhamento das previsões climáticas no país", disse Marcelo Enrique Seluchi, chefe de supercomputação do Inpe e coodernador substituto do CPTEC, à Agência Fapesp.
         Segundo o pesquisador, no início de janeiro de 2011 começarão a ser rodados no supercomputador, em nível de teste, os primeiros modelos meteorológicos para previsão de tempo e de mudanças climáticas. E até o fim de 2011 será possível ter os primeiros resultados sobre os impactos das mudanças climáticas no Brasil com dados que não são levados em conta nos modelos internacionais.

Modelo climático brasileiro
         De acordo com Gilberto Câmara, diretor do Inpe, o supercomputador foi o primeiro equipamento comprado pela instituição de pesquisa que dispensou a necessidade de financiamento estrangeiro.
         "Todos os outros três supercomputadores do Inpe contaram com financiamento estrangeiro, que acaba custando mais caro para o Brasil. O financiamento da Fapesp e do MCT nos permitiu realizar esse investimento sem termos que contar com recursos estrangeiros", afirmou.
         O supercomputador será utilizado, além do Inpe, por outros grupos de pesquisa, instituições e universidades integrantes do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climática (Rede Clima) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas.
         Em seu discurso na inauguração, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, destacou a importância do supercomputador para o avanço das pesquisas realizadas no âmbito do Programa Fapesp de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, que foi concebido para durar pelo menos dez anos, e para a criação do Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global (MBSCG).
         O modelo incorporará os elementos do sistema terrestre (atmosfera, oceanos, criosfera, vegetação e ciclos biogeoquímicos, entre outros), suas interações e de que modo está sendo perturbado por ações antropogênicas, como, por exemplo, emissões de gases de efeito estudo, mudanças na vegetação e urbanização.
         A construção do novo modelo envolve um grande número de pesquisadores do Brasil e do exterior, provenientes de diversas instituições. E se constitui em um projeto interdisciplinar de desenvolvimento de modelagem climática sem precedentes em países em desenvolvimento.
         "Não tínhamos, no Brasil, a capacidade de criar um modelo climático global do ponto de vista brasileiro. Hoje, a Fapesp está financiando um grande programa de pesquisa para o desenvolvimento de um modelo climático brasileiro", disse Brito Cruz.
         Na avaliação dele, o supercomputador representará um avanço na pesquisa brasileira em previsão de tempo e mudanças climáticas globais, que são duas questões estratégicas para o país.
         Impossibilitado de participar do evento, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, gravou um vídeo, exibido na solenidade de inauguração do supercomputador, em que declarou o orgulho da instalação no Brasil do maior supercomputador do hemisfério Sul.
         "Com esse supercomputador, o Brasil dá mais um passo para cumprir as metas de monitoramento do clima assumidas internacionalmente e entra no seleto grupo de países capazes de gerar cenários climáticos futuros", disse.

 

(Elton Alisson, Agência Fapesp)
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