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       Reconhecido mundialmente por desenvolver avanços tecnológicos, o setor de petróleo e gás brasileiro vem se destacando e garantindo ao País a excelência na exploração em grandes profundidades. O segmento é caracterizado também pela grande quantidade de riqueza gerada e pela criação de empregos.
      Com a recente descoberta de petróleo na camada do pré-sal, a tendência é que mais oportunidades surjam para sua exploração e profissionais terão que se qualificar para enfrentar o desafio de atuar no setor.
       Pensando nisso, a Unisanta (Universidade Santa Cecília) acaba de lançar o curso de pós-graduação lato sensu “Engenharia de estruturas navais para petróleo e gás”.
       O objetivo da especialização é oferecer aos engenheiros conhecimentos teóricos e práticos da área necessários para coordenar, executar e acompanhar as etapas de projetos e construção naval e offshore, dentro das normas de qualidade, segurança, saúde e preservação ambiental.
       A primeira turma terá início em agosto próximo, com aulas às terças e quintas-feiras, das 19h às 22h30. Com carga de 432 horas, o término está previsto para outubro de 2011, e o custo será de 18 parcelas de R$ 480,00.
       Mais informações no site www.unisanta.br/posgraduacao, pelo telefone (13) 3202-7104 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

 

 

 

 

05/07/2010

CURSOS

CAMPINAS
Extecamp (Escola de Extensão da Unicamp – Universidade Estadual de Campinas)
Faculdade de Engenharia de Alimentos
Site: www.extecamp.unicamp.br
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Telefone: (19) 3521-3886
• Gestão da qualidade. Para discutir os aspectos industriais que influenciam na qualidade em sistemas produtivos. Entre os temas, processos e clientes, evolução e filosofias da qualidade, sistemas de garantia, planejamento estratégico, gerenciamento por diretrizes e análise de valor. Com carga de 30 horas, o curso será ministrado de 17 de julho a 14 de agosto, aos sábados, das 9h às 16h. O preço é de R$ 750,00.

SANTO ANDRÉ
FSA (Fundação Santo André)
Site: www.fsa.br
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Telefone: (11) 4979-3300
• MBA Executivo – Administração para engenheiros. Para formação e desenvolvimento de quadros gerenciais para empresas privadas ou setores governamentais. O curso capacitará os participantes para desenvolver projetos multidisciplinares, gerenciar situações de conflitos e ter habilidades em negociações. Além disso, propiciará uma visão estratégica das áreas de marketing, gerenciamento de projetos, gestão empresarial e enfrentamento dos novos desafios como responsabilidade social, produção mais limpa e normatização. Com carga de 360 horas, a especialização será ministrada às segundas e quartas-feiras, das 19h às 23h. As inscrições vão até 30 de julho, e o custo é de 20 parcelas de R$ 479,25, incluindo a matrícula.

SÃO PAULO
AEA (Academia de Engenharia e Arquitetura)
Site: www.aeacursos.com.br
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Telefone: (11) 2626-0101
• Código de Obras do Município de São Paulo – Lei e decreto – Interpretação com cases. Para facilitar a interpretação dos profissionais que pretendem apresentar projetos para aprovação na Secretaria da Habitação da Prefeitura Municipal de São Paulo. Os participantes terão acesso às informações necessárias para a viabilidade legal do seu empreendimento. Os estudos serão acompanhados de cases, cujas abordagens possibilitarão melhor fixação do conteúdo. A atividade acontece no dia 24 de julho, das 9h às 18h, e o custo é de R$ 490,00.

Pece (Programa de Educação Continuada) – Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo)
Site: www.pecepoli.org.br
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Telefone: (11) 2998-0000
• Gestão e tecnologias ambientais. Para capacitar profissionais das diferentes áreas da engenharia a atuarem com gestão ambiental, prevenindo os impactos decorrentes das atividades técnicas, e atingir a sustentabilidade. O curso abordará toxicidade em efluentes industriais, sistemas de tratamento de água e de abastecimento e esgotos, controle da poluição do ar, uso racional e reúso da água, legislação ambiental e desenvolvimento de auditorias ambientais. Com carga de 420 horas, a especialização acontecerá duas vezes por semana, das 19h30 às 22h30, e os dias podem variar de acordo com a disciplina ministrada. As inscrições vão até o dia 8 de julho, e o custo é de 24 parcelas de R$ 801,00.

 

 

05/07/2010

CANTEIRO

FNE participa de conferência das cidades
       Com o tema “Avanços, dificuldades e desafios na implementação da política de desenvolvimento urbano” e o lema “Cidade para todos e todas com gestão democrática, participativa e controle social”, realizou-se em Brasília, entre os dias 19 e 23 de junho último, a 4ª Conferência Nacional das Cidades. A iniciativa contou com a participação de cerca de 3 mil pessoas, das quais aproximadamente 2.500 delegados. Várias autoridades políticas prestigiaram o evento. Ponto alto foi a assinatura pelo presidente Lula do Decreto 7.217/2010, que regulamenta a Lei do Saneamento (nº 11.445/07).
       A FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) esteve presente com 15 delegados no segmento dos trabalhadores. Na ocasião, houve a eleição para o Concidades (Conselho Nacional das Cidades), e a entidade manteve seu assento como titular. Também apresentou moção pela assistência técnica pública e gratuita, a qual foi aprovada pelo plenário. Representando essa organização na Comissão Executiva Nacional de tal fórum, Laerte Conceição Mathias de Oliveira, que compôs as mesas de abertura e encerramento, destacou que “a conferência reafirmou a necessidade de o sistema nacional de desenvolvimento urbano ser implementado com urgência, bem como a importância da participação da sociedade civil organizada na discussão e constituição de políticas públicas”.

Desaposentação: melhoria do benefício previdenciário
        Em convênio com o escritório de advocacia Noronha Gustavo Advogados, o SEESP possibilita aos engenheiros contribuintes da Previdência Social interessados ajuizarem ação de desaposentação ou troca de benefício. A finalidade é permitir que o segurado venha a obter uma remuneração melhor, nas situações em que tenha efetuado contribuições posteriores à aposentadoria ou pretenda a mudança de regime. Com a desaposentação, este não deixa de receber o benefício mensal até a decisão judicial. Julgada favorável a ele, o valor será majorado e haverá ainda o pagamento da diferença acumulada desde a data de propositura da ação. Contatos e informações pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., telefones (11) 3101-2887, em São Paulo, e (19) 3295-3573, em Campinas.

Oportunidades
        Segundo levantamento feito até dia 29 de junho último, a área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de vagas para engenheiros nas seguintes modalidades e quantidades assinaladas: civil (três) e mecânica (duas). Para se cadastrar e inserir seu currículo, clique aqui. Mais informações pelo telefone (11) 3113-2666.

Para contratar estagiários
       O SEESP, por intermédio de sua área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional, firmou convênio com o Ciee (Centro de Integração Empresa--Escola) através do qual será facilitada a contratação de estagiários nas inúmeras áreas da engenharia por empresas cadastradas no sindicato. Entre as vantagens, desconto de 36% sobre o valor da contribuição institucional vigente, que ficará em R$ 60,16. O Ciee auxiliará ainda no recrutamento e na administração do programa de estágio, oferecendo atendimento personalizado. As companhias interessadas devem contatar diretamente o Ciee, na Rua Tabapuã, 540, Itaim Bibi, São Paulo/SP), telefone (11) 3046-8222 ou no site www.ciee.org.br, e comprovar seu cadastramento no SEESP. Já estudantes precisam inserir seu currículo neste site, em Oportunidade Profissional. Mais informações pelo telefone (11) 3113-2666.

Dirigente do SEESP em Rio Claro é homenageado
        No dia 11 de junho último, a Aeal (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Limeira) homenageou, durante jantar de posse de sua administração, o presidente da Delegacia Sindical do SEESP em Rio Claro e chefe de unidade do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) em Limeira, Maxwell Wagner Colombini Martins, com o título de Personalidade de Destaque de 2009.

Sede própria em Marília
       Como parte de sua política de fixação no Interior, o SEESP adquiriu mais uma sede própria, desta vez em Marília. Em localização central, a sala comercial de 60m2 em que hoje está estabelecida a delegacia sindical na região, na Rua Carlos Gomes, 312, conj. 12, passa agora a fazer parte do patrimônio da entidade. A escritura foi assinada em 22 de junho pelo seu vice-presidente estadual, João Carlos Gonçalves Bibbo.

 

 

Iniciativa é da Agência Nacional de Águas (ANA). Recursos estimados para toda a implementação são de R$ 95 milhões, até 2015

      Disseminar o conhecimento sobre as águas de superfície no Brasil é o objetivo do Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas (PNQA) e do seu portal (http://pnqa.ana.gov.br). Lançadas nesta quarta-feira (30), as políticas públicas em questão visam recuperar a qualidade ambiental nos rios e reservatórios e, em conjunto com os órgãos gestores estaduais de recursos hídricos, ampliar a Rede Nacional de Monitoramento.
       Os recursos estimados para toda a implementação são de R$ 95 milhões, até 2015. Nesta quarta-feira também foi assinado acordo de doação de U$ 800 mil do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para Agência Nacional de Águas (ANA), entidade que faz a gestão do programa. O restante do recurso virá, segundo o Diretor da ANA, Paulo Varela, do próximo Plano Plurianual da União que terá dotação orçamentária para águas de superfície.
       O portal da qualidade das águas consolida informações disponíveis em 3,3 mil estações de tratamento da água da ANA e de instituições parceiras cadastradas na base de dados do HidroWeb.
       Gráficos e mapas fornecem o caminho para aqueles que desejam conhecer sobre o processo de degradação e depuração dos rios. Para o especialista em recursos hídricos, Paulo Libânio, "a informação pode gerar um ciclo virtuoso onde avaliação produz conhecimento que produz ação e que por sua vez produz novamente avaliação, numa onda crescente de qualidade."
       O presidente da ANA, Vicente Andreu, comentou o tema que está em destaque no cenário político atual, o Código Florestal. "A proposta de redução das áreas de proteção permanente (APPs) hídricas para os rios de pequeno porte é contraditória.", afirmou o presidente, destacando que os menores rios são os que mais precisam de cuidados.

 

Assessoria de Comunicação do MMA, 1/7
www.fne.org.br

 

 

       Os países latino-americanos podem demorar muito para recuperar os indicadores sociais de antes da crise econômica mundial de 2008, afirmou hoje (1º) o representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para a América Latina e o Caribe, José Graziano da Silva. Ele ressaltou que existe uma relação profunda entre a economia e a fome. “Os países não têm uma institucionalidade para enfrentar o tema de segurança alimentar. Não têm leis nem instituições, mas também não têm um sistema tributário de arrecadação que permita ter políticas sociais como o Bolsa Família, Fome Zero”, afirmou hoje (1) o representante da FAO à Agência Brasil durante o lançamento da campanha 1billionhungry (1 bilhão com fome, na tradução literal), na abertura da 17ª reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
       Segundo ele, um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) apresentado hoje (1) em Nova York aponta que a América Latina levou 24 anos para recuperar os indicadores sociais perdidos durante os anos 80, quando houve um aumento significativo da dívida externa de grande parte dos países da região.
       “Só no início dos anos 2000 esses países conseguiram atingir a renda per capita e outros indicadores sociais da década de 80. Não podemos esperar 24 anos para poder recuperar esses indicadores, disse.
       O objetivo da campanha 1billionhungry é chamar a atenção dos governos e da sociedade para o problema da fome.
      Um site foi criado para que as pessoas conheçam a campanha e preencham o abaixo-assinado para cobrar dos governantes a adoção de políticas com foco na erradicação da fome.
       Para a FAO, se o ritmo da redução do problema for mantido, o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir pela metade, até 2015, o percentual de pessoas que passam fome não será alcançado.
       De acordo com o representante do FAO, na área de segurança alimentar, o Brasil serve de exemplo para o restante da América Latina e também para o Continente Africano. “Estamos fazendo uma grande força para levar à África os principais programas do Brasil de combate à fome”, disse.

 

www.cntu.org.br

 

 

       O ministro das Cidades, Marcio Fortes, ressaltou hoje (1º) que o governo está trabalhando para reconstruir as cidades atingidas pelas enchentes em Alagoas e Pernambuco. Ele falou sobre o assunto na saída do programa de rádio Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.
       De acordo com Fortes, as casas dos municípios atingidos serão reconstruídas por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. “Temos o programa Minha casa, Minha Vida que vai ser usado e temos os recursos que já foram repassados para os dois estados para que eles possam tomar iniciativas mais imediatas”, afirmou. Fortes citou como exemplo a cidade de Branquinha, em Alagoas, que foi totalmente destruída pelas chuvas.
       O ministro disse ainda que os governadores e prefeitos já estão iniciando o levantamento de tudo o que foi destruído como casas e vias urbanas. Além disso, todos os recursos liberados emergencialmente serão fiscalizados e os governadores vão se responsabilizar pelo uso desse dinheiro.
       Segundo informações do Ministério da Integração Nacional, já foram liberados para Alagoas e Pernambuco R$ 50 milhões, no total.

 

Roberta Lopes, Repórter da Agência Brasil
www.fne.org.br

 

 

 

 

 

       Branquinha (AL) – Com a experiência de ter trabalhado em desastres causados pelas chuvas, como os que ocorreram no Rio de Janeiro, em Santa Cartaria e no Maranhão, além de atuar no terremoto que devastou o Haiti no início do ano, o cabo Roberto de Lima, do Corpo de Bombeiros de São Paulo, comparou os estragos provocados pelas enchentes nos municípios alagoanos com o tsunami que, em 2004, matou quase 300 mil pessoas na Indonésia.
      “Nunca vi algo como aqui. Foi um tsunami”, descreveu o militar durante o trabalho de busca das sete pessoas que ainda estão desaparecidas na cidade de Branquinha, em Alagoas, a 80 quilômetros de Maceió. “No Maranhão [ano passado], o rio subiu e alagou as cidades. Aqui foi uma catástrofe”, acrescentou.
       A comparação com as ondas gigantes também é feita por outros moradores da cidade, que relataram à Agência Brasil que tiveram que sair correndo de suas casas no início da madrugada do domingo (19). “Foi o aviso das rádios que salvou muita gente”, disse Amaro Cael da Silva, que teve a casa destruída pela enchente. Segundo ele, por volta das 20h do último sábado (19) ocorreu a primeira “tromba d'água”, que não provocou estragos. “Mas a segunda, uma hora depois, veio e levou tudo. Ganhei na loteria por estar vivo”, afirmou.
       O Corpo de Bombeiros de São Paulo enviou à Branquinha 32 militares e quatro cães farejadores. O estado ainda está colaborando com as vítimas da tragédia com uma equipe médica formada por três médicos e três enfermeiros do Grupo de Resgate e Atendimento de Urgência. O trabalho de busca aos desaparecidos é feito por três equipes. Uma faz a procura no rio, outra acompanha pelas margens e a terceira percorre a cidade com os cães farejadores.
       Emocionada ao lembrar do dia em que teve que deixar a casa às pressas, a dona de casa Ione Cabral dos Santos contou que só conseguiu escapar porque decidiu ajudar a filha, que está grávida. “Saí logo com ela quando a água estava começando a entrar em casa. Meu filho decidiu ficar e teve que subir no telhado”, relatou com lágrimas nos olhos. “Ele ficou das 11 da noite até a manhã do outro dia no telhado”.
       A prefeita de Branquinha, Renata Moares, suspeita que a tragédia que atingiu o município não foi provocada apenas pela chuva. De acordo com ela, enchentes já ocorreram na cidade, mas nunca foram tão devastadoras como a do último fim de semana. “É preciso que seja investigado se não houve queda de uma barragem até para que a gente possa dar explicações para população”, disse.

 

Ivan Richard, Agência Brasil
www.cntu.org.br

 

 

 

Renascido, setor deve contratar gente suficiente para lotar três Maracanãs até a Copa do Mundo no Brasil

       Rio de Janeiro - A verdadeira revolução vivida pelo Brasil na indústria naval está multiplicando empregos em terra firme. O país, que já foi o terceiro maior construtor de navios na década de 1970, viu o setor praticamente falir nas duas décadas seguintes. Hoje, os estaleiros comemoram a retomada do crescimento. O sucesso é puxado principalmente pelo setor petrolífero, impulsionado pelas descobertas no pré-sal, e também pela decisão do governo de impulsionar o transporte marítimo e fluvial, que há muito estava esquecido, substituído pelo transporte rodoviário.
       Nos últimos dez anos, os empregos diretos gerados na área pularam de 1,9 mil em 2000 para 46,5 mil em 2009. Em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, os postos de trabalho diretos devem chegar a 60 mil e os indiretos, a 240 mil, gente suficiente para lotar três estádio como o Maracanã. Os dados são do relatório Cenário 2010 – 1º Trimestre, do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval). O relatório completo pode ser acessado na internet.
       A continuidade deste crescimento deverá recolocar o Brasil entre os países líderes na construção naval mundial, graças à decisão do governo de privilegiar os investimentos em estaleiros nacionais, segundo informou o ministro dos Portos, Pedro Britto. Ele previu que, em pouco tempo, o Brasil deverá disputar mercados com potências asiáticas que hoje dominam a construção naval, tanto de navios quanto de plataformas. “Nós temos que estar preparados para competir com os gigantes da área naval que hoje dominam o mercado, como a Coreia do Sul, a China e o Japão. Para isso, é preciso desenvolver nossas competências para disputarmos em igualdade de produtividade, com mão de obra qualificada”, frisou.
       Além da força impulsionada pelas descobertas de petróleo na plataforma continental brasileira, o ministro ressaltou a decisão de se investir em outra matriz de transporte, retomando a vocação natural do país para utilizar os mais de 8 mil quilômetros de costa e a extensa rede de rios. “O Brasil tem mais de 40 mil quilômetros de vias interiores navegáveis. Nós precisamos investir em cabotagem [navegação costeira]. Atualmente, só 13% do transporte brasileiro são feitos por hidrovias. Nos próximos 15 anos, precisamos mudar isso para 29%, o que vai reduzir o custo de transporte e os impactos no meio ambiente”, avaliou.
       Para evitar gargalos justamente na área que administra, Pedro Britto lembrou da necessidade de mais investimentos nos portos, que precisam ser modernizados, e, principalmente nas vias de acesso. “Os investimentos que estão sendo feitos na dragagem dos 20 maiores portos brasileiros e no reequipamento dos portos menores vão reforçar a posição brasileira de transferir grande parte do transporte rodoviário - que hoje detém 58% da movimentação de cargas no país - para hidrovias e navegação de cabotagem. Com isso, a cadeia logística se tornará muito mais competitiva e o país vai poder exportar com menor custo”, disse o ministro.
       Um exemplo desse tipo de iniciativa é a decisão da Petrobras de investir em transporte hidroviário, como informou na semana passada o presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Segundo ele, a estatal estará recebendo até a próxima quarta-feira (30) propostas de empresas interessadas em participar da licitação para a construção de 20 navios empurradores e 80 barcaças. Os comboios, que serão construídos por um estaleiro da região, vão atuar na no transporte de gasolina e álcool combustível na Hidrovia Tietê-Paraná, com potencial para substituir 40 mil viagens de caminhões por ano. O início das operações está previsto para 2012. A construção das embarcações deve gerar três mil empregos.

 

Vladimir Platonow, Agência Brasil
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O assunto está entre os temas que serão abordados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na viagem que fará em julho ao Continente Africano, liderando uma missão de autoridades e empresários brasileiros.

       A dedicação do governo brasileiro de convencer outros países a adotar o padrão de TV digital nipo-brasileiro pode resultar na adesão de 17 países do Continente Africano. O assunto está entre os temas que serão abordados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na viagem que fará em julho ao Continente Africano, liderando uma missão de autoridades e empresários brasileiros.
       De acordo com o assessor especial da Presidência da República para o assunto, André Barbosa, os técnicos que foram escalados pelos 11 países africanos ligados à Comissão para o Desenvolvimento da África Austral (Southern Africa Develop Commission - SADC) já fizeram testes preliminares e deram aval ao sistema nipo-brasileiro. O padrão Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial (ISDB-T) foi criado no Japão e tem sido desenvolvido de forma conjunta com o Brasil.
       “Funcionou perfeitamente. Agora, [os técnicos] vão apresentar as conclusões aos ministros. A Europa sabe que vai perder essa concorrência porque nosso sistema é muito melhor [que o padrão europeu DVBT]”, disse Barbosa à Agência Brasil.
       “Não tínhamos a menor dúvida de que, ao comparar o nosso padrão com o europeu, os técnicos africanos chegariam à conclusão de que o nosso é melhor. Foi com essa certeza que trabalhamos para convencê-los a fazer essas análises”, explicou o assessor.
       Segundo ele, a superioridade do padrão nipo-brasileiro se deve principalmente ao potencial de interatividade. “Para os africanos, nosso padrão será muito mais interessante, principalmente porque associa a TV digital a uma interatividade que, no caso do padrão europeu, é muito mais limitada”.
      Barbosa argumenta que o tipo de interatividade proporcionada pelo padrão ISDB-T é interessante para países que, como a maioria dos africanos e alguns latino-americanos, possuem estrutura razoável de broadcasting televisivo mas não têm, ainda, a internet de banda larga implantada.
       Além disso, o padrão europeu apresenta, segundo Barbosa, falhas na conexão com celulares. Sabendo disso, os europeus criaram um outro sistema mais moderno, o DVBT 2, mas que só foi implantado na Inglaterra. “O problema é que o DVBT 2 é muito caro, principalmente para os padrões africanos”. O assessor explica que o novo sistema europeu custa cerca de 240 euros para o telespectador, enquanto o sistema brasileiro sai por cerca de R$ 200 (menos de 100 euros).
      A previsão é de que a decisão final sobre o padrão a ser adotado pelos países africanos que participam das negociações seja tomada a partir de setembro, após a apresentação das conclusões na próxima reunião da SADC. “Apesar de não haver nenhuma obrigação de que a decisão seja tomada em bloco, acreditamos que esta seja a tendência, uma vez que, até pela proximidade, esses países precisam ter seus sistemas em condições de ser integrados”, avaliou Barbosa. “Nossa expectativa é a de convencer todos os 11 países ligados ao bloco. Mas com a influência deles nos países vizinhos, é possível que o sistema seja adotado por cerca de 15 países, podendo chegar a 17, abrangendo também países como Quênia, Tanzânia e Guiné Equatorial”.
      Com sede em Botswana, o bloco da SADC escalou técnicos de quatro países - Botswana, África do Sul, Namíbia e Moçambique – para fazer a avaliação.
       Segundo Barbosa, a missão presidencial prevista para o início de julho será reforçada pela participação de empresários brasileiros nas negociações com possíveis parceiros econômicos, principalmente no Quênia, na Tanzânia, em Zâmbia e na África do Sul.
       “O presidente Lula levará empresários brasileiros para discutir o assunto. E para reforçar, o governo brasileiro entregará aos ministros desses países uma carta compromisso - assinada pelos ministérios das Relações Exteriores e das Comunicações - garantindo a transferência de tecnologia e a abertura de royalties, além da apresentação de estudos de viabilidade de uso do espectro [de radiofrequência] e da canalização [do sinal digital]”, disse o assessor da Casa Civil.
       Moçambique e Botswana já receberam as cartas compromisso. Tanzânia, Quênia, Zâmbia e Guine Equatorial receberão em breve. O documento garante, ainda, a doação de laboratórios para produção de material audiovisual, fornecimento de recursos humanos brasileiros e treinamento de pessoal. “Certamente o presidente Lula abordará o assunto nas reuniões que terá com os presidentes africanos”, disse Barbosa. “Mas este não será o principal tema da pauta de conversações”, acrescentou o assessor.

 

Pedro Peduzzi, Repórter da Agência Brasil
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