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João Guilherme Vargas Netto*

Em sua história secular o movimento sindical jamais teve uma verdadeira estratégia, exceto a da fixação intuitiva de funções na produção em que o poder dos operários era evidente e decisivo.

O sindicalismo é ação de resistência – a resistência dos trabalhadores à exploração capitalista – e como tal não contém em si os elementos que pudessem configurar uma verdadeira estratégia subversiva, autônoma e de longo prazo que almejasse uma mudança radical da sociedade. O sindicalismo é produto do capitalismo e convive com ele.

Exemplos evidentes dessa carência estratégica são a incapacidade histórica e estrutural do movimento de organizar os desempregados, bem como as dificuldades históricas e estruturais para garantir a unidade do próprio movimento.

Já a tática é, por excelência, o elemento valorizado na ação sindical. A tática diz respeito às formas de luta e de organização dos trabalhadores e suas modificações de acordo com a conjuntura, com a experiência aprendida e acumulada e com a correlação de forças nas empresas e na sociedade.

As táticas adequadas são diferentes em um ambiente econômico de crescimento ou de recessão, em uma situação em que cresce o emprego ou em que há desemprego crescente, quando há inflação ou não ou se um sindicato em especial, ou um conjunto deles, alcança relevância ou protagonismo social.

A busca da unidade de ação é o elemento essencial para determinar as táticas consideradas válidas em relação aos seus resultados: unir sempre, dividir jamais, como dizem os metalúrgicos de São Paulo.

Nesse terreno puramente pragmático não há como se falar em táticas universalmente válidas ou em “obrigações” táticas.

Essas lições teóricas podem nos ajudar a compreender melhor a tática sindical atual que prevê uma nova greve geral no dia 30 de junho na sequência das vitoriosas manifestações do 15 de março, da greve geral de 28 de abril e da marcha a Brasília do 24 de maio.

A efetivação dessa nova e desafiadora greve e de sua data deve levar em conta os inúmeros fatores táticos mutáveis de acordo com a conjuntura e exige das direções sindicais uma responsabilidade aguçada, inteligente e tempestiva.

As manifestações previstas para amanhã, dia 20 de junho, além do seu papel de “esquenta”, podem proporcionar também os elementos objetivos para a confirmação ou não da greve do dia 30.

Para se evitar o malfadado “um passo à frente, dois passos para trás” é preciso, como ensinou Bolívar, pulso firme e tato delicado. 

 


João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical

 

 

 

 

O desafio de retomar o desenvolvimento nacional, com saídas imediatas à crise brasileira, vai exigir do País um grande esforço de valorização da sua engenharia. As obras paradas, as políticas que reduzem a contratação de conteúdo local nas licitações do petróleo e a falta de investimento em infraestrutura vão na contramão das soluções debatidas pela Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, criada no ano passado. Pelo contrário, essas restrições aprofundam a crise e preocupam legisladores e profissionais. Estes serão assuntos discutidos em audiência pública convocada para esta quarta-feira (21/6), às 14h30, pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, atendendo solicitação do presidente da frente, Ronaldo Lessa (PDT-AL). 

O vice-presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Carlos Abraham, integrante da mesa, levará as preocupações e as contribuições dessa entidade que apontam para a importância estratégica da área para reversão do quadro de estagnação econômica. Desde 2006, a FNE tem mobilizado os profissionais para o diagnóstico e apresentação de propostas factíveis para problemas estruturais, por meio do projeto "Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento". Neste ano, com o agravamento da situação política e econômica do País e seus impactos sobre os engenheiros, a federação vem liderando o movimento Engenharia Unida, com encontros e articulações pelo desenvolvimento nos vários estados brasileiros. Servem de subsídio para tanto esses debates, atividades legislativas e plataformas de ação da frente parlamentar. 

A audiência reunirá, além de deputados e senadores e de dirigentes da FNE, representantes da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Terá transmissão online a partir das 14h30 em e-Democracia.

 

Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Reprodução de notícia da Redação FNE

 

 

 

 

 

 

Nesta segunda-feira (19/6), das 19h às 21h, o historiador Juan Cano falará sobre “O Brasil desde a janela do trem”, palestra em que apresentará apontamentos sobre o estudo arqueológico das Oficinas da Companhia Paulista em Jundiaí. O evento acontecerá no auditório do Centro de Controle Operacional (CCO), na Estação Brás da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

O workshop abordará as mudanças que a ferrovia trouxe para o Estado de São Paulo nos âmbitos cultural, social e ambiental. O pesquisador utilizou como estudo de caso as oficinas da Companhia Paulista de Estradas de Ferro em Jundiaí que, para ele, são um elemento de grande protagonismo na fala, tanto para explicar como a arqueologia trabalha com os vestígios da ferrovia como para refletir sobre a circulação internacional de ideias, pessoas e coisas que explicam o lugar ocupado pelo Brasil num mundo globalizado.

A quinta palestra do ciclo projeto Memória Ferroviária é aberta aos empregados da CPTM e ao público. Para participar gratuitamente, basta se inscrever pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

As palestras com especialistas celebram os 25 anos da CPTM e os 150 anos da São Paulo Railway Company (SPR), primeira ferrovia de São Paulo.

Palestrante
Licenciado em História da Arte, mestre em Arqueologia e Patrimônio e doutor em Arqueologia, Juan Cano é pesquisador da cultura material da industrialização e das ferrovias e coordenador dos levantamentos arqueológicos no projeto Memória Ferroviária da Universidade Estadual Paulista (Unesp). 

 

 

Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Reprodução editada de notícia da CPTM

 

 

 

 

 

Termina no próximo dia 20 de junho as inscrições para o processo seletivo do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec). A instituição de ensino mantida pelo SEESP, credenciada junto ao Ministério da Educação, iniciou suas atividades em 2015 com a primeira graduação em Engenharia de Inovação no Brasil. Ainda dá tempo, portanto, para os interessados fazerem a inscrição (saiba como aqui). São oferecidas bolsas integrais e parciais, e o postulante pode usar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para isenção na taxa.

O professor e diretor de graduação José Marques Póvoa salienta que o curso procura inovar também no ambiente de aprendizado. Por isso, descreve, as aulas “estão baseadas no método ativo-colaborativo, em que o professor atua muito mais como um mediador”. Para essa metodologia, prossegue ele, as salas de aula têm mesas-redondas com cadeiras em que os estudantes e também os docentes se sentam para interagir, dialogar e aprender.

Ele faz um convite: “Seja a mudança que você quer ver no mundo! Se capacite para atuar positiva, construtiva e proativamente. Venha cursar Engenharia de Inovação no Isitec e seja protagonista dessas mudanças.”

>> Leia a entrevista completa do professor sobre o curso aqui

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP

 

 

 

 

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, informa o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), seguiu o roteiro acertado na semana passada. O relator da reforma trabalhista-sindical (PLC 38/17), senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), leu o relatório favorável à proposta. Coube à oposição ler, em seguida, os votos em separado pela rejeição do projeto. Na próxima terça-feira (20/06), o colegiado votará a matéria. Item único da pauta.

O parecer do relator, pela aprovação projeto, chancela o texto aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), com recomendações para que a Presidência da República vete pontos como a questão da gestante e lactante em ambiente insalubre, o serviço extraordinário da mulher, o acordo individual para a jornada 12 por 36, o trabalho intermitente, a questão dos representantes dos empregados e a negociação do intervalo intrajornada. Leia mais

Oposição
Entre os parlamentares da oposição é unanimidade que a reforma retrocede em relação ao direito do trabalho, que levará o país às condições de trabalho do século 19, quando não havia qualquer forma de proteção legal para os trabalhadores.

É recorrente a opinião que, avançando a reforma trabalhista-sindical, na forma como foi aprovada pela Câmara, “abre caminho para a revogação da Lei Aurea”, na definição do senador Paim.

Votos em separado
Foram apresentados quatro votos em separado pela rejeição do projeto. Um do senador Paulo Paim, outro do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um terceiro da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e o quarto, da senadora Lídice da Mata (PSB-BA).

Serão todos rejeitados, na medida em que a maioria do colegiado vai aprovar o parecer do relator e vai rejeitar, ainda, os destaques apresentados pela oposição.

O passo seguinte será a votação do relatório, na próxima terça-feira (20). Depois, o projeto será examinado (leitura do relatório e votos em separado) pela CCJ, no dia 21, que o votará no dia 28. A matéria deverá estar pronta para votação, em plenário, entre os dias 4 e 5 de julho.

Correlação de forças
Na CAS, o quadro vai ser mais adverso que na CAE, onde a proposta foi aprovada, no dia 6 de junho, por diferença de apenas três votos (14 a 11). Dos 21 membros da comissão, os trabalhadores deverão contar com apenas sete votos.

São eles, os senadores Hélio José (PMDB-DF), os quatro titulares do Bloco Parlamentar da Resistência Democrática (PDT / PT), Ângela Portela (PDT-RR), Humberto Costa (PT-PE), Paulo Paim (PT-RS) e Paulo Rocha (PT-PA). E, ainda, dos dois senadores que compõem o Bloco Parlamentar Socialismo e Democracia (PPS / PSB / PCdoB / Rede) Lídice da Mata (PSB-BA) Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

>> Leia ou ouça as notas taquigráficas da reunião

 

Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Com informações do Diap

 

 

 

 

 

A medalha de bronze se destaca no peito de quatro estudantes que comemoram a conquista alcançada na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). É início da noite de sábado, 10 de junho, e a alegria de Eduardo Fernandes, Guilherme da Luz, Matheus Barbirato e Richard Fowler invade o palco do salão de eventos da USP, em São Carlos. Alunos do sétimo ano da escola estadual Coronel Franco, de Pirassununga, esses estudantes só estão aqui hoje por causa de uma história que começou três anos atrás.

Naquele tempo, a robótica não tinha invadido a escola. Mas a coordenadora pedagógica Kátia Schimidt enxergou que participar da OBR era uma oportunidade imperdível: conseguiu um kit emprestado com a professora Roseli Romero, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Era 2014 e a escola conseguiu, pela primeira vez, participar da competição. Kátia se lembra das lágrimas invadindo o rosto no momento em que assistiu aos estudantes da Coronel Franco conquistando medalhas de prata e de bronze.

De lá para cá, muita coisa mudou. Em 2015, a robótica tomou conta da escola de vez. Com a obtenção de 57 kits, por meio de doações, as aulas de “Tecnologia e Sociedade”, ministradas pela professora Flávia de Oliveira, alcançaram 300 crianças. O trabalho começa no sexto ano, quando os alunos têm aulas de programação com jogos. No ano seguinte, começam a montar os próprios robôs e a programá-los. “O projeto transformou a escola. Professores de diferentes áreas do conhecimento aprenderam a fazer robôs. Muitos deles enfrentaram dificuldades e, a partir dessa experiência, passaram a enxergar os alunos de outra forma”, explica Kátia. “Geralmente, o aluno que é indisciplinado tem, na verdade, dificuldade de aprendizagem. Quando ele é estimulado a desenvolver suas habilidades e competências, tal como nos projetos de robótica, acaba se engajando no aprendizado e a indisciplina diminui”, completa a coordenadora pedagógica.

Kátia ressalta também que, ao estimular os alunos a colocarem a mão na massa e buscarem novos conhecimentos para superarem os desafios que surgem ao montar e programar os robôs, existe um ganho adicional: o protagonismo dos estudantes passa a ser valorizado. “Aconteceu uma mudança pedagógica. Hoje, muitos estudantes me procuram para apresentar seus projetos e ver como podem colocá-los em prática dentro da escola”, conta a coordenadora. Os resultados impactaram o Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp), um dos principais parâmetros para avaliar a qualidade do ensino na rede estadual paulista. Criado em 2007, o índice estabelece metas que as escolas devem alcançar ano a ano. Desde que a robótica invadiu a Coronel Franco, essas metas são superadas.

“Meu interesse pela robótica nasceu depois que eu comecei a ver o pessoal montando os robôs. Eu sempre gostei de montar e desmontar coisas e quis participar”, diz Eduardo Fernandes. “Tem que ter calma com o robô. Ele vai obedecer o que você mandou ele fazer. Então, precisa programar à risca”, ensina o estudante. Antes de saber que conquistaria uma medalha de bronze, ele confirmou que voltará à OBR: “Gostei muito de participar. Eu não sabia que era tão tenso colocar o robô na pista”.

A robótica surpreende
No primeiro andar do salão de eventos da USP, em São Carlos, a mãe de Luiz Henrique da Silva acompanha atenta o desempenho do filho, que tem 15 anos. Lá embaixo, Luiz e sua colega de equipe estão sentados na mesa fazendo ajustes no robô. “Ele ficou muito nervoso porque não deu nada certo na primeira rodada da competição”, conta Lucimara Ferrante da Silva.

Toda a família veio acompanhar a estreia de Luiz na OBR: a mãe, o pai e os irmãos Mateus da Silva, de 10 anos, e Gisele da Silva, de 5 anos. “Foi a primeira vez que eu não precisei cobrar o Luiz para estudar. Ele me surpreendeu muito”, revela Lucimara. Ela conta que o filho sempre gostou de robôs, de brincar com Lego e que fez até uma pasta com o material de estudo.

O pequeno Mateus quer seguir o exemplo do irmão mais velho. Acompanhou Luiz durante algumas fases da montagem do robô e aprendeu a mexer com os fios e soldá-los. No futuro, ele tem certeza de onde quer estar: competindo na OBR.

O técnico da equipe, Emerson Gajardoni, analista de suporte em informática na unidade 108 do Centro Educacional SESI, em São Carlos, diz que Luiz é muito curioso e que os estudantes da equipe ficaram encantados quando conseguiram fazer o robô acender as luzes: “Eu também aprendi muito. Nunca tinha trabalhado com equipamentos eletrônicos e tive que comprar livros e analisar os componentes para ver quais se encaixavam melhor”.

O estudante Renan Sachetto – da escola Sesi Joelmir Beting, em Tambaú – descreve, com maestria, o encanto de assistir ao funcionando, pela primeira vez, do robô que colocou no mundo: “É como ver seu filho andando de bicicleta pela primeira vez. É uma alegria e uma felicidade que não dá para descrever”. A professora Roseli Romero, coordenadora da etapa regional da OBR em São Carlos, compreende bem como é essa emoção: “Quando o robô começa a se movimentar, a gente fica com medo, com as mãos prontas no ar para socorrê-lo, como a gente faz com o filho que dá as primeiras pedaladas”.

A robótica mobiliza
Um robô que tem até certidão de nascimento. Assim é Asimov, que conquistou a medalha de ouro para a equipe de seus criadores. “Ele surgiu de um desenho que fizemos no caderno durante uma aula chata”, explica Felipe Visioli, de 16 anos, que está no segundo ano do ensino médio na unidade 407 do Centro Educacional SESI, em São Carlos. Ele e sua colega de sala, Audreih dos Santos, ficaram tão felizes com aquele esboço que logo quiseram construir um protótipo.

Primeiro, fizeram uma versão com Lego, depois montaram em papelão, a seguir, construíram a primeira versão em MDF, contratando o serviço de uma empresa que faz impressão a laser em São Carlos. A cada etapa do processo, foram remodelando o projeto inicial, aprimorando o design de Asimov. Na última e derradeira fase, ficaram dois dias trabalhando no Fab Lab do Sesi, um espaço em que a instituição disponibiliza vários equipamentos de última geração aos estudantes, em São Paulo. Lá, eles usaram a impressora a laser para cortar as peças em MDF da versão final do robô. “Precisamos elaborar o projeto dele em 3D e usar ferramentas que não conhecíamos como os softwares AutoCAD e Fusion 360”, revela Felipe.

O esforço valeu a pena. Com a colaboração de Luiz Rodrigo Neto, que ficou responsável por programar o robô, a equipe conquistou o primeiro lugar no nível II da OBR durante a etapa regional e, junto com mais 120 times, vai disputar a etapa estadual da competição, em São Bernardo do Campo, dia 9 de setembro.

Mostrando a apostila em que registraram todo o processo de criação de Asimov, uma verdadeira certidão de nascimento, os estudantes explicam que o nome do robô é uma homenagem a Isaac Asimov, um escritor russo de ficção científica e de obras científicas, que se tornou famoso com livros como "Eu, Robô". Ele criou as famosas Três Leis da Robótica, princípios para permitir o controle e limitar o comportamento dos robôs.

A robótica transforma
Entrevistas realizadas com professores e participantes da OBR demonstram que a competição contribui para que os estudantes se tornem mais persistentes, criativos, educados e colaborativos. Os resultados dessas entrevistas estão no artigo Brazilian Robotics Olympiad: A successful paradigm for science and technology dissemination, publicado no ano passado no International Journal of Advanced Robotic Systems.

Para obter os resultados do estudo, os pesquisadores encaminharam questionários a estudantes e professores que já participaram da OBR. Segundo os 389 professores que responderam o questionário, 72% dos alunos que participam da modalidade prática ampliam suas habilidades de cooperação e trabalho em equipe; 68% demonstram mais interesse e motivação; e 62% tornam-se mais dedicados.

Já 68% dos 536 estudantes que responderam o questionário afirmam que a OBR ajudou a escolher o curso de graduação. Daqueles que já estavam matriculados em um curso universitário, 99% estão nas áreas de ciências, tecnologia e engenharia. "Um dos objetivos da Olimpíada é, justamente, incentivar os alunos a escolher uma dessas áreas", afirma Rafael Aroca, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), um dos autores do artigo e coordenador nacional da OBR.

“Em vez de ficarmos forçando as crianças a aprenderem matemática, física, química, português e outras matérias, sem uma aplicação prática, nós invertemos o processo”, explica o professor Flávio Tonidandel, do Centro Universitário FEI. “O método de ensino que usamos na robótica é assim: primeiro vem a aplicação prática. Os estudantes vão aprender matemática, física, química, português e as outras matérias para resolver os desafios que aparecerão nessa aplicação”, completa.

De acordo com ele, o sucesso dessa nova abordagem pedagógica, que não se restringe à robótica, tem contribuído efetivamente para que o número de participantes da OBR cresça ano a ano. Em 2012, a OBR contabilizou 300 equipes inscritas na competição em todo o Brasil. Em 2013, esse número subiu para 800. Em 2014, foram 1,9 mil equipes e, em 2015, chegou-se a 2,5 mil. No ano passado, 2,9 mil equipes se inscreveram e, este ano, houve 3.375 inscrições.

A coordenadora Kátia não tem dúvida de que essa nova abordagem pedagógica tem alto poder transformador. “Se investíssemos mais na robótica nas escolas, mudaríamos todo o ensino no país. Para isso, é necessário mais boa vontade do que recursos financeiros”, finaliza.

 

Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Reprodução de texto da Assessoria de Comunicação ICMC - USP

 

 

 

 

 

Murilo Pinheiro * 

A volta da economia a uma trajetória de crescimento passa pelo fortalecimento da presença do Estado como indutor do investimento em infraestrutura. Sem essa retomada pelo governo federal do seu papel de dinamizador das obras de caráter estrutural e estruturante, o país corre o risco de repetir uma expansão episódica, marcada por altos e baixos.

A importância do investimento na melhoria da vida da população brasileira é o tema central da publicação Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento – Cidades, um projeto que vem sendo conduzido pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) desde 2006.

Em sua versão mais recente, o Cresce Brasil apresenta um diagnóstico dos principais problemas das cidades e as soluções a serem adotadas para aumentar a qualidade de vida da população. No documento, aponta-se, por exemplo, que serão necessários R$ 273 bilhões até 2033 para reposição e expansão de sistemas de fornecimento de água e de esgoto sanitário.

Em outro tema relevante, o Cresce Brasil aborda os avanços disponíveis para aprimoramento da iluminação pública por meio da tecnologia LED. O uso em larga escala desses sistemas pode gerar redução de até 50% na despesa com energia elétrica das prefeituras brasileiras.

No segmento da moradia, o documento lembra que há uma carência de mais de 5,8 milhões de domicílios no país, um número que considera tanto as famílias que não possuem moradias como aquelas que moram em edificações inadequadas. O conteúdo desse documento pode ser acessado no endereço virtual www.crescebrasil.org.br.

Ao apontar a necessidade de investimento em segmentos distintos, o Cresce Brasil lista alternativas de gestão das contas públicas de forma a se criar as condições para os gastos de capital. Nesse sentido, o documento recomenda gestão financeira voltada para a ampliação da base de arrecadação.

No atual cenário, em que é notória a necessidade de expansão do investimento, os engenheiros chamam a atenção para o risco da paralisação de milhares de obras públicas espalhadas pelo país. Os cerca de 5 mil canteiros abandonados Brasil afora são o retrato de um duplo prejuízo: primeiro, pela perda de verbas públicas; segundo, pela falta que tais obras concluídas representam para a população.

Com o país arcando com os custos de uma pesada recessão, a retomada das obras públicas ajudaria a formar novas frentes de trabalho, gerando emprego, renda. A medida também contribuiria para dinamizar a microeconomia em diversas localidades, transmitindo uma mensagem positiva de recuperação da infraestrutura nas mais diferentes áreas.

Ao defender o resgate dessas obras, a Federação Nacional dos Engenheiros reafirma a postura e o trabalho do Movimento Engenharia Unida em prol do desenvolvimento e do aumento da qualidade de vida dos brasileiros. Esse alerta e o apelo para que esses empreendimentos sejam reiniciados são contribuições que a engenharia e os engenheiros têm a dar nesse momento de recuperação da economia.

 


Murilo Pinheiro, presidente do SEESP, da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais (CNTU). Artigo publicado, originalmente, no site Congresso em Foco, em 13/06/2017

 

 

 

 

 

O reconhecimento de uma atividade como especial não depende apenas da legislação, sendo necessário também analisar o ambiente ao qual o trabalhador foi submetido. Assim entendeu a desembargadora Marisa Santos, da 9ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e MS), ao reconhecer como especial o tempo de trabalho de um homem nas companhias do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e de Saneamento Básico do estado de São Paulo (Sabesp).

A ação foi movida pelo autor porque o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) não reconhecia essas atividades como especiais por falta de previsão expressa na legislação como trabalhos perigosas ou em ambientes insalubres.

Ele comprovou que ficava exposto a tensão elétrica superior a 250 volts, bem como a hidrocarbonetos e outros compostos de carbono.

Para comprovar a natureza especial das atividades, o autor juntou formulários específicos emitidos pelo Metrô e pela Sabesp, indicando a exposição à tensão elétrica. O INSS argumentou que isso não provava a natureza especial das atividades.

Para a relatora do caso, a atividade especial pode ser reconhecida mesmo sem previsão legal, “bastando a comprovação da exposição a agentes agressivos por prova pericial, conforme já de há muito pacificado pelo extinto TFR na Súmula 198”. Explicou ainda que a lei a ser aplicada ao caso deve ser a vigente à época da prestação do trabalho.

Sabesp
“Tal entendimento visa não só amparar o próprio segurado contra eventuais alterações desfavoráveis perpetradas pelo Instituto autárquico, mas tem também por meta, induvidosamente, o princípio da segurança jurídica, representando uma garantia, ao órgão segurador, de que lei nova mais benéfica ao segurado não atingirá situação consolidada sob o império da legislação anterior, a não ser que expressamente prevista”, complementou a desembargadora.

Para justificar a decisão, a magistrada ressaltou que as atividades exercidas próximas à tensão superior a 250 volts e a hidrocarbonetos constam em legislação que valeu até 5 de março de 1997 (Decreto 2.172/97). “Ocasião em que passou a ser obrigatória a apresentação do laudo técnico ou do PPP para comprovação da efetiva exposição a agente agressivo”, finalizou. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-3.

 

Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Reprodução de texto do site Revista Consultor Jurídico

 

 

 

 

 

O lodo é um resíduo rico em nutrientes. Proveniente das estações de tratamento de esgoto, normalmente é descartado em aterros sanitários, sem que suas qualidades sejam aproveitadas. Pensando nisso, o professor e pesquisador Roberto Lyra Villas-Bôas, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu, estuda o lodo de esgoto para compostagem.

Durante o processo de compostagem, as temperaturas chegam a mais de 70ºC, neutralizando patógenos que poderiam causar algum tipo de mal ao ser humano ou a animais. Ele e sua equipe, em conjunto com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), estudam os benefícios que a prática em larga escala pode trazer à agricultura e ao meio ambiente, bem como a economia que ela gera. Funcionários da Sabesp e pesquisadores da Unesp analisam a perda de nitrogênio no composto.

O lodo de esgoto também é utilizado em forma de substrato para mudas de diversas espécies. A Estação de Tratamento de Esgoto (ETA) da Sabesp, em Botucatu, parceira no projeto, situa-se dentro da universidade, na Fazenda Lageado.

 

https://www.youtube.com/watch?v=a_-w_ALoD4c&feature=youtu.be

 

Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP

 

 

 

 

Os engenheiros da empresa Desenvolvimento Rodoviário (Dersa) se reúnem em assembleia, nesta terça-feira (13/06), às 18h30 (segunda convocação), para discutir e deliberar sobre a campanha salarial, na sede do SEESP, na capital paulista (Rua Genebra, 25, Bela Vista). Já foram realizadas rodadas de negociação entre o sindicato e a empresa, que apresentou o que ela definiu como "proposta final".

Os profissionais poderão avaliar a proposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho 2017, assim como definir os próximos passos da campanha, com indicativo inclusive de paralisação a partir de zero hora do dia 27 próximo. 

 

Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

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