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Ciclo de debates na cidade de Santos

26/07 – 18h30 – Candidato José Antonio Marques Almeida (PRTB), o Jama
16/08 – 18h30 – Candidato Prof. Fabião (PSB)
29/08 - 18h30 - Candidato Paulo Alexandre Barbosa (PSDB)
30/08 - 18h30 – Candidato Nelson Rodrigues (PSL)
03/09 – 18h30 – Candidata Telma de Souza (PT)
05/09 - 18h30 - Candidato Luiz Xavier (PSTU)
10/09 – 18h30 – Candidato Sérgio Aquino (PMDB)
11/09 - 18h30 - Candidato Beto Mansur (PP)
13/10 – 18h30 – Candidata Eneida Koury (PSOL)

Todos os debates foram realizados na sede da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, na avenida Senador Pinheiro Machado, 424, no Marapé, Santos. 

Ciclo de debates na cidade de Campinas

Dia 22/08 – quarta-feira - 18h - Pedro Serafim (PDT)
Dia 03/09 – segunda-feira - 18h - Márcio Pochmann (PT)
Dia 10/09 – segunda-feira - 18h - Marcos Margarido - candidato a vice pelo PSTU
Dia 17/09 – segunda-feira – 18h - Jonas Donizetti (PSB) 
Dia 27/09 – quinta-feira – 18h - Rogério Menezes (PV)

Os debates foram realizados na sede da Delegacia Sindical do SEESP em Campinas, que fica na Avenida Júlio Diniz, nº 605, no Jardim Nossa Senhora Auxiliadora. 


Ciclo de debates na cidade de Bauru
 

Dia 04/09 - terça-feira - 19h - Chiara Ranieri (DEM)
Dia 17/09 - segunda-feira - 19h - Rodrigo Agostinho (PMDB)
Dia 18/09 - terça-feira - 19h - Clodoaldo Gazzetta (PV)


Os debates foram realizados no auditório da Assenag (Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru), que fica na Rua Fuas de Mattos Sabino, 1-15.  


Ciclo de debate na cidade de Marília


Dia 04/10 - quinta-feira - 19h30 - Antônio Augusto Ambrósio (PMDB)
 

O debate ocorreu na sede da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Alta Paulistana (Rua Mecenas Pinto Bueno, 1207, Jardim Tangará).



Como tradicionalmente acontece desde 2000, o SEESP realizou neste ano o ciclo de debates "A engenharia e a cidade", com os candidatos à prefeitura de São Paulo e de outras cidades paulistas nas quais a entidade tem Delegacias Sindicais. Até setembro, antes da realização do primeiro turno, o evento recebeu nove dos 12 concorrentes, que tiveram a oportunidade de falar sobre seus programas de governo e receber sugestões dos engenheiros, profissionais que muito têm a contribuir para a solução dos problemas urbanos. Em outubro, no período anterior ao segundo turno, a iniciativa teve continuidade, na Capital.

Confira os vídeos dos eventos realizados

Fernando Haddad (PT) - 17 de outubro de 2012

Carlos Giannazi (PSOL) - 20 de setembro de 2012

Paulo Pereira da Silva (PDT) - 23 de agosto de 2012

Levy Fidelix (PRTB) - 13 de agosto de 2012

Gabriel Chalita (PMDB) - 30 de julho de 2012

Ana Luiza (PSTU) - 27 de julho de 2012

Celso Russomanno (PRB) - 26 de julho de 2012

Fernando Haddad (PT) - 25 de julho de 2012

Miguel Manso (PPL) - 12 de julho de 2012

Soninha Francine (PPS) - 3 de julho de 2012


Veja aqui a relação dos debates promovidos em outras cidades

A vocação nata da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados) é cumprir uma dupla missão: representar e defender os profissionais a ela filiados por meio de suas federações e sindicatos e contribuir para o debate que visa a melhoria das condições de vida de toda a população brasileira e o desenvolvimento nacional. Essa segunda meta coaduna-se perfeitamente com a primeira, tendo em vista o papel essencial dos trabalhadores de formação universitária na construção de um país melhor. É, portanto, dessa disposição natural que nasce a iniciativa de propor a campanha Brasil Inteligente, que será lançada em 18 de maio, durante seminário da CNTU sobre a Rio+20, a se realizar no auditório do SEESP.

Em síntese, trata-se de transformar o País, cujo potencial para o progresso já foi mais que comprovado, em uma nação de verdade, que ofereça a todos condições dignas de vida, incluindo os direitos básicos essenciais, como alimentação saudável, saúde, moradia, segurança e ainda o acesso à cultura e à informação e a possibilidade de participação social plena, com valorização do trabalho. Enfim, trata-se de um movimento cidadão, a resgatar anseios que a sociedade brasileira já reafirmou e deixou escritos na Constituição Federal de 1988.

Focada em reivindicações já antigas dos movimentos populares e engajada em pautas que ganharam vigor mais recentemente, como a luta pela democratização das comunicações e pela preservação ambiental, a campanha proposta pela CNTU busca contribuir para a discussão e a ação que permitam, no menor prazo possível, eliminar a enorme dívida social brasileira. É tempo de dizer “basta” à miséria, às desigualdades e ao preconceito.

Trata-se ainda de deixar para trás a frustração que já atingiu inúmeras gerações que vislumbraram um futuro de desenvolvimento, sem, no entanto, alcançá-lo. Os investimentos em pesquisa, ciência, tecnologia e inovação, sempre tão propalados, devem tornar-se realidade e ser aplicados de forma a viabilizar definitivamente a inserção do Brasil de forma soberana na economia global. Sem abandonar os importantes avanços agropecuários, é urgente recuperar a indústria nacional, criar empresas fortes, que possam atuar no mercado mundial, gerando divisas ao País.

A dinâmica positiva da atualidade, que combina democracia com distribuição de renda, precisa ser valorizada como a conquista que de fato é, mas tem de ser aprofundada, posto que ainda é insuficiente. Deve-se construir, estrategicamente, um Brasil inteligente, que só se contentará quando todos tiverem o bastante.




José Antonio Marques Almeida


Principal recurso da Região Metropolitana da Baixada Santista, o Porto de Santos pode e deve ser mais bem distribuído social e geograficamente. No passar dos navios pela Ponta da Praia, é possível perceber uma corrente caudalosa do comércio mundial que o caracteriza como a maior e mais importante porta do hemisfério sul para o mundo, um pujante gate.

Por seu vigor logístico, o Porto de Santos não para de crescer. Seus caminhos atravessam os oceanos do planeta e alcançam distantes continentes, sobem as serras e percorrem o planalto central do Brasil, atravessam a gigante e fantástica Cordilheira dos Andes, no compasso dos processos produtivo e geopolítico mundiais. São Paulo não seria o estado rico que é não fosse o nosso porto. É magnífico.

Um dos efeitos mais importantes verificados na história do aumento do comércio foi o crescimento das cidades. Entretanto, muitas podem não ter incremento correspondente ao volume de comércio que atravessa sua região, como é o caso de Santos.

Disponibilidade de recursos não garante a prosperidade de um local, região ou país. A Serra Leoa, na África, é um dos maiores produtores mundiais de diamante. Porém, ocupa o último lugar no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU (Organização das Nações Unidas). A mais-valia dessa riqueza desagua em países europeus, que a lapidam e distribuem.

Nossa região, bonita por natureza e abençoada por Deus, não tem oferta de trabalho especializado, nível salarial adequado ou perspectiva econômica compatíveis com o seu potencial para participar do próspero processo das cadeias de suprimento mundiais.

O número de jovens que diariamente sobem a serra para trabalhar é um indicador óbvio de que Santos está pobre de oportunidades. Com certeza, é necessário e possível mudar esse quadro desertificado de chances. Nossa região precisa se transformar em uma mini China, um complexo portuário industrial, mas com qualidades ambientais e urbanísticas. A força motora desse processo transformador é a sua competitividade logística valorosa e exclusiva. Nenhum local no planeta abaixo da linha do Equador tem posição estratégica tão vantajosa como a nossa.

É preciso inovar para aproveitar as oportunidades. O porto-indústria é um modelo inovador. Nele, clientes, fornecedores e universidades têm papel destacado no processo de agregar valor às mercadorias movimentadas. Acontece na retaguarda do cais, dia e noite, em sincronia com a operação dos navios. É uma maneira moderna e tecnologicamente avançada de gerar trabalho e negócios, com melhores ganhos. Há todas as condições necessárias e suficientes para implantar na Baixada Santista um projeto bem-sucedido desse tipo.

Desde a vinda de Braz Cubas, jamais vivemos um cenário tão favorável a uma indústria de serviços, tendo o porto como fator de produção.



José Antonio Marques Almeida (Jama) é diretor adjunto do SEESP e foi vereador na cidade de Santos




Rosângela Ribeiro Gil


Desde 30 de abril último, todas as segundas-feiras, às 23h30, vai ao ar pela TV Aberta de São Paulo o Jornal do Engenheiro, produzido pelo SEESP. Com meia hora de duração e formato dinâmico, o programa traz entrevistas, reportagens, notícias e divulga os serviços oferecidos aos associados ao sindicato.

Em breve, será possível assistir também em mais 48 cidades do Estado de São Paulo. A grade completa ficará disponível no site www.seesp.org.br.
“É mais um canal de comunicação com a categoria e a sociedade. O Jornal do Engenheiro, que tem mais de 30 anos na sua versão impressa, agora também está na televisão. É mais uma conquista dos engenheiros de São Paulo na era da informação”, observa o presidente da entidade, Murilo Celso de Campos Pinheiro.

Seguindo a mesma linha editorial dos demais veículos do SEESP, o JE na TV focará sua pauta no interesse dos engenheiros e dos trabalhadores em geral e nas bandeiras históricas da entidade, especialmente a luta pelo desenvolvimento sustentável. “A engenharia está totalmente inserida no debate sobre o futuro do País, nada mais natural que amplie sua comunicação com a sociedade”, completa Pinheiro.


Pauta
Na estreia, o JE na TV entrevistou o ex-reitor da USP (Universidade de São Paulo) Antonio Hélio Guerra, ícone da engenharia nacional, que falou sobre a evolução da profissão no País. Também entraram na pauta as campanhas salariais dos engenheiros de 2012. 

No programa exibido em 7 de maio, foi apresentado um projeto pioneiro do SEESP na área de educação, o Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia), que oferecerá, a partir de 2013, a graduação em Engenharia de Inovação, além de cursos de pós e extensão, presenciais e a distância. Trouxe ainda o debate nacional sobre a realização da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, que acontece no Rio de Janeiro em junho próximo, com os engenheiros Allen Habert, diretor do SEESP e da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), e Rubens Harry Born, membro da Comissão Nacional da Rio+20.

O JE de 14 de maio apresentou o histórico da luta em defesa do piso profissional dos engenheiros, estabelecido na Lei 4.950-A/66. Colocou em pauta também a banda larga no País, ouvindo o membro da Coordenação Executiva do Coletivo Intervozes, João Brant, e o professor da Escola Politécnica da USP, Marcelo Zuffo.


Espaço a ser ocupado
O jornalista e professor da USP Laurindo Lalo Leal, em recente edição do VerTV, exibido pela TV Brasil e TV Câmara, colocou em debate a importância de os sindicatos ocuparem horário na televisão. “As lutas e as aspirações dos trabalhadores ainda têm pouco espaço na TV, mas já foi pior”, afirmou. A melhoria na situação, ponderou ele, dá-se exatamente pela iniciativa das entidades de produzirem seus próprios programas. “É a luta dos trabalhadores por um lugar na televisão.”

O esforço ajuda a reparar a falha na cobertura que a mídia comercial costuma fazer do movimento sindical, conforme aponta o jornalista João Franzin, apresentador do programa Câmera Aberta Sindical. “A pauta da grande mídia, na sua maior parte, está dissociada daquela da sociedade brasileira. Em relação aos trabalhadores, é preconceituosa”, critica.




Soraya Misleh


Em seminário no próximo dia 18 de maio, a partir das 9h, na sede do SEESP, na Capital, a CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados) começa a debater sua inserção na Rio+20 e na Cúpula dos Povos. Ambas iniciativas ocorrerão na cidade do Rio de Janeiro, em junho próximo.

O primeiro evento, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, está programado para os dias 13 a 22, e deve reunir mais de 100 chefes de Estado e 60 mil pessoas (50% do Brasil e 50% de fora) de diversos setores. Já a Cúpula dos Povos, organizada pela sociedade civil, acontecerá paralelamente, entre 15 e 23, no Aterro do Flamengo.

Nos dois, a confederação visa levar sua pauta sobre desenvolvimento sustentável, que consta dos compromissos assumidos no seu I Encontro Nacional, realizado em novembro de 2011. Expressos no manifesto “Por um Brasil Inteligente”, sintetizam e assinalam diversas frentes de luta. O objetivo é alargá-las, assumindo perspectivas globais no combate à degradação ambiental do planeta, ao crescimento da miséria e pobreza mundiais e à financeirização da riqueza. Assim, uma das contribuições da entidade, na oportunidade, deverá ser a afirmação do papel dos profissionais liberais universitários na geração de maior valor agregado à produção.

Membro do Conselho Consultivo da CNTU, o engenheiro Carlos Monte destaca alguns pontos que não poderão ser esquecidos nesse debate. Entre eles, a questão da melhoria no saneamento ambiental; o estímulo às fontes não poluentes na matriz energética; o controle do desmatamento e o manejo equilibrado das florestas; e a disposição e tratamento dos resíduos em geral e das obras, em particular.


Nós a desatar
Para alcançar resultados favoráveis, contudo, é preciso desatar alguns nós, ainda antes do início da conferência. É o que indica o engenheiro Rubens Born. Participando da Comissão Nacional da Rio+20 como representante da sociedade civil, ele cita, entre esses, a necessidade de avanço no documento que será produzido ao final dos debates. Construído a partir de mais de 600 propostas, apresentadas desde que o processo preparatório foi inaugurado, em 2010, o rascunho zero, segundo ele, não define como serão implementados os meios para se chegar ao desenvolvimento sustentável. Ainda de acordo com Born, em Johanesburgo, há dez anos, gerou-se um plano nesse sentido, o qual, contudo, não está sendo feito. 

Duas vertentes devem dominar as discussões durante a conferência, salienta. “Uma é a do que foi rotulado de economia verde na erradicação da pobreza e promoção do desenvolvimento sustentável. A outra, fundamental, diz respeito aos arranjos institucionais. A falha da implementação acontece por insuficiente controle social ou governança. A transição para a sustentabilidade depende de a sociedade civil ter mais capacidade de monitorar o que o governo está ou não fazendo.” Professor titular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e membro do Conselho Consultivo da CNTU, o engenheiro Mohamad Habib concorda. E considera que, apesar de a Cúpula dos Povos, enquanto iniciativa dos movimentos, ser válida para pressionar os governos a seguirem o caminho da sustentabilidade, é preciso ter consciência de suas limitações. “Os poderes econômico e governamental das instituições que determinam as regras do jogo são grande obstáculo.” Diante desse cenário, ele aponta um caminho: “O que precisamos fazer na Rio+20 é aglutinar forças adicionais, de setores governamentais e econômico.” Para tanto, considera fundamental que movimentos sociais e populares se sensibilizem para a necessidade de buscar novas alianças.

Born vai adiante: “O que eu gostaria é que os governos ousassem e dissessem, ‘daqui para a frente, os investimentos públicos irão para onde faz mais sentido do ponto de vista da sustentabilidade’. Se isso acontecesse, comparativamente à letargia e inércia dos últimos 20 anos, seria um avanço significativo.” Entre os mecanismos à mesa, ele destaca a criação de uma organização mundial para o meio ambiente, análoga à OMC (Organização Mundial do Comércio), com mecanismos de sanção. “Gostaria que se fortalecesse o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) como estágio de uma nova arquitetura institucional e política global. No tema governança, não pode ficar apenas no ponto ambiental. O desenvolvimento sustentável tem várias dimensões.” E continua: “Vamos transformar o Conselho Econômico e Social da ONU num fórum para que os países possam redirecionar essas políticas.”




Rita Casaro


Presidente da SES (Software Engineering Society), o brasileiro Fuad Gattaz Sobrinho traz em seu currículo uma longa carreira na área de informática. Formado em matemática e física pela UnB (Universidade de Brasília) em 1974, mestre em computação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro desde 1975, é ainda mestre e doutor em administração de empresas e doutor em ciência da computação pela University of Maryland (EUA) desde 1984. É também membro da SDPS (Society for Design and Process Science). Entre os diversos feitos, resolveu o bug do ano 2000 para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Em 1999, foi contemplado com o prêmio Personalidade da Tecnologia na categoria Informática, concedido pelo SEESP. Atualmente na agenda de Gattaz, uma pauta de trabalho crucial aos profissionais: regulamentar a engenharia de software, estabelecendo um currículo a ser aprovado pelo MEC (Ministério da Educação) e o reconhecimento da modalidade junto ao Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia). Na entrevista a seguir, ele fala sobre a importância da iniciativa a toda a sociedade.


Qual a situação da engenharia de software no Brasil?
Existem por exemplo várias cirurgias, cuja precisão se apoia no software. Por exemplo, no caso da Doença de Parkinson, que se trata de uma cirurgia em que se sincroniza o sistema nervoso por meio de um software. Se estiver incorreto, há risco de o paciente falecer. Isso exige experiência num processo no qual o médico não tem competência, não há meio de ele averiguar (se o aplicativo funciona adequadamente). No entanto, se houver um problema, a responsabilidade é do médico. E verificar se a culpa é dele ou do software é muito difícil, porque pode ser um erro que aconteça uma vez em um milhão.


Aqui entra a discussão sobre a responsabilidade do engenheiro?
O engenheiro de software hoje não se responsabiliza. Diferentemente dos engenheiros civil, mecânico, eletricista, que, quando desenvolvem qualquer tipo de produto, responsabilizam-se socialmente por aquilo. Os órgãos de regulação da profissão estão em defesa da sociedade e do engenheiro. Nesse caso específico, a não ser que o engenheiro de software seja também eletricista, não tem condições de se posicionar perante a sociedade. Então é importante que os departamentos de engenharia de software das escolas formem de fato engenheiros, com um currículo adequado. Isso é um problema no mundo todo.


Daí a demanda para a elaboração de um currículo que garanta a formação adequada do profissional?
Sim, um dos motivos pelos quais me chamaram para presidir a Sociedade de Engenharia de Software foi para avançar um currículo e conversar com os órgãos competentes, conseguir essa regulamentação junto ao MEC. Outro ponto é que o software hoje está presente em todas as áreas, e não só da engenharia, o que o torna importante para a sociedade como um todo. Desde o interruptor de energia elétrica numa casa, automóveis, equipamentos cirúrgicos, elevadores, há a automação e, portanto, o software, que está cada vez mais complexo. Quando se tem sistemas usados, por exemplo, em monitoramento de parques para proteção ambiental, automação para a segurança da cidade, isso envolve milhões e milhões de linhas de código.


Quais as características desse engenheiro de software?
Nós estamos tratando a engenharia de uma forma transdisciplinar. Antes de ser engenheiro eletricista, tem que ser engenheiro. Temos que chamar a atenção para que haja uma reflexão sobre isso. Enquanto se estuda o currículo, como subproduto, avaliaremos a engenharia como um todo. Já existe essa preocupação no MEC.


Qual é o contingente de profissionais atuantes no mercado que passariam a engenheiros de software e como seria essa transição?
Isso é uma loucura, é uma geração de trabalho e renda fantástica para a engenharia. São muitos desenvolvedores, mas quem está no mercado não tem profissão regulamentada. Vamos aproveitar a experiência da mecatrônica, que muita gente já exercitava antes, como mecânico ou eletricista, embora com o engenheiro de software seja mais difícil. Uma vez estabelecido o currículo, poderemos fazer com que o profissional possa se certificar. Será necessária uma formação complementar.


Independentemente da regulamentação, qual o nível da engenharia de software feita no Brasil?
É muito parecido com o que se tem no mundo, isso é muito globalizado. Mas aqui no Brasil, são muito poucos os engenheiros de softwares básicos e geralmente são contratados por empresas externas. A maioria do pessoal de programação é voltada à aplicação, comercial, médica etc. A parte de protocolos, sistemas operacionais normalmente se desenvolve na China, na Índia, no Japão, nos Estados Unidos e na Europa. Com certeza, deveríamos avançar nessa área, é uma batalha que travamos há um bom tempo.




29/11/-0001

CANTEIRO

Campanhas salariais
Energéticas – Com data-base em 1º de junho, os engenheiros da Emae, da Elektro, da CTEEP, da AES Tietê e da Duke Energy entregaram suas pautas de reivindicações às respectivas empresas. Na Emae, o pleito é de acordo bianual, estabelecendo como cláusulas pétreas reajuste salarial correspondente ao índice inflacionário com maior variação no ano anterior, extensível aos demais benefícios econômicos e Planejamento de Cargos e Salários/Movimentação de Pessoal. Na AES Tietê, na Duke Energy e na Elektro, em que o acordo atual é bianual (2011/2013), estão contempladas cláusulas econômicas. Nas duas primeiras, vale destacar a reivindicação de aumento real de 3% a título de produtividade. Já na Elektro, a categoria almeja também alteração e inclusão de outros itens de interesse. Na CTEEP, destaca-se reajuste salarial de 14% extensível aos benefícios. Os engenheiros da Cesp realizaram suas assembleias de aprovação de pauta em todo o Estado no dia 3 de maio e em breve a protocolarão na empresa. Em todas as companhias, exige-se piso salarial.


Engenharia ambiental é tema em São Carlos
Em 29, 30 e 31 de maio acontece a Semana Acadêmica de Engenharia Sanitária e Ambiental da Unicastelo, em São Carlos, no Anfiteatro Municipal de Descalvado (Rua José Quirino Ribeiro, nº 55, no Centro). O diretor da Delegacia Sindical do SEESP na localidade José Antonio Zerbetto fará a palestra de abertura do evento, apresentando o funcionamento do sindicato e sua importância na vida do profissional. Será emitido certificado de participação na hora do evento (taxa de R$ 8,00). Mais informações pelo Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. .


Esporte em Jacareí
A Delegacia Sindical do SEESP e a Associação dos Engenheiros e Arquitetos na cidade realizam, em conjunto com as entidades de profissionais liberais do município, o III DAME (Dentistas, Advogados, Médicos, Engenheiros, Arquitetos e demais profissionais da área tecnológica). O torneio acontece entre 17 de maio e 21 de junho. Inscrições na modalidade Futebol Society estão abertas e podem ser feitas pelo telefone (12) 3952-4840 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. . Vagas limitadas.


Oportunidades
Segundo levantamento feito até dia 14 de maio, a área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de 46 vagas, sendo 45 para engenheiros das diversas modalidades e uma para estudante. Para se candidatar, clique aqui. Mais informações pelos telefones (11) 3113-2669/74.


Fim do registro de ponto em pauta na Usiminas
Em pesquisa realizada pela Delegacia do SEESP na Baixada Santista, os engenheiros que atuam na unidade industrial de Cubatão (SP) da Usiminas indicaram que querem o fim do registro de ponto. O item consta da pauta de reivindicações da categoria (data-base em 1º de maio). As negociações salariais já começaram.
Na primeira reunião com a empresa, no dia 26 de abril, o presidente da delegacia, Newton Güenaga Filho, destacou a importância de se fechar acordo com reposição da inflação, aumento real e solução de problemas. Segundo ele, os profissionais querem ainda discutir horas extras e banco de horas.


Em Campinas, saúde e trabalho em debate
O Cerest Campinas (Centro em Referência em Saúde do Trabalhador), da Secretaria Municipal de Saúde, promoverá entre 15 e 17 de maio ciclo de debates regional com o tema “Saúde e trabalho contemporâneo: precarização, assédio e contaminação”. A iniciativa será sediada no auditório da Cati (Coor­denadoria de Assistência Técnica Integral). Inscrições no Cerest, pelos telefones (19) 3272-8025, (19) 3272-1292 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. .


Projetos para a nova sede em Jundiaí
Fundada em 1994, a Delegacia Sindical do SEESP em Jundiaí adquiriu em dezembro de 2011 sua sede própria. Hoje, as novas instalações passam por reformas, para atender melhor os engenheiros da região, explica seu presidente, Luiz Antônio Pellegrini Bandini. “Poderemos dar continuidade à ação de regionalização das discussões”, comemora. A previsão é de que a reforma esteja concluída em outubro próximo.




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