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       A organização dos trabalhadores brasileiros tem dado, nos últimos anos, demonstrações seguidas de compreensão da realidade social, política e econômica nacional. Diante da crise financeira que se espalhou pelo mundo e ameaça o Brasil com retrocesso no processo de crescimento ao qual finalmente havia se engajado, o movimento adotou uma postura correta de defesa do emprego e do poder aquisitivo, ativo precioso para que o País possa enfrentar as dificuldades atuais.
      Como já assinalou o consultor João Guilherme Vargas Netto, é provavelmente o segmento social que mais tem se mostrado apto a lidar com a situação de forma não sectária, embora firme. Por tudo isso, no cenário atual, as entidades sindicais têm um papel fundamental de interlocutoras com as empresas e com o Governo. Mais importante, têm sido capazes de agir unitariamente, em torno de uma agenda comum, e fazer frente ao imediatismo do capital que, ao primeiro sinal de risco, lança mão do salve-se quem puder, o que em geral significa corte de pessoal.
      Tal disposição ficou clara na comemoração do 1º de maio, quando, em atos diversos, o movimento sindical reuniu quase 2 milhões de pessoas, apenas na Capital paulista. Espalhados pelas zonas norte, sul e centro da cidade, as manifestações tinham uma pauta comum: a luta pelo desenvolvimento socioeconômico. Como também pontuou Vargas Netto, o Dia do Trabalhador é preparatório às batalhas por vir, que se fundamentam em quatro eixos: o fortalecimento das campanhas salariais; o acompanhamento e reivindicação de avanços nas questões de interesse dos trabalhadores que encontram-se estagnadas no Parlamento, tais como a aprovação da Lei do Salário Mínimo, da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) pela redução da jornada sem diminuição de salários, a definição do fim do fator previdenciário e a ratificação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que proíbe a demissão imotivada no setor privado; participação ativa para adoção de medidas anticíclicas nos setores atingidos pela crise; e reforço às exigências de redução de juros e spreads, além de alívios fiscais ligados à garantia de preservação do emprego.
      Ou seja, na batalha para se colocar o trabalho e o produtivismo de volta ao centro da agenda nacional – agora que o rentismo sofre a debacle causada por anos de farra financeira mundial –, o movimento sindical dá sua contribuição inconteste. E nesse propósito conta com o apoio irrestrito da organização dos engenheiros, que há anos clama por desenvolvimento e justiça social.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

 

Márcio Mesquita Serva

       A palavra crise parece fazer parte do cotidiano da humanidade. O importante neste momento é dar ao mundo alguma coisa que não se sabia que estava faltando e essa é uma das competências do engenheiro. O profissional, que na década de 80 ironicamente era tido como aquele que havia virado suco, hoje ressurge com todas as potencialidades e prestígio a que faz jus.
       Sendo expoente na arte de construir e criar condições de romper barreiras, encurtar distâncias, facilitar a comunicação entre povos, projetar máquinas que minimizam os efeitos das catástrofes impostas pela natureza, esse profissional deve ser colocado no espaço do qual nunca deveria ter sido tirado.
      Até mesmo o Governo Federal despertou do profundo sono da omissão dos artífices de grandes conquistas sem espaços definidos: terra, mar e ar – os espaços do engenheiro.
       No âmbito institucional de uma universidade, a engenharia sempre ocupou o papel de pilastra, ou seja, um dos tripés que sustentam sua finalidade: de gerar inovações tecnológicas que tantos benefícios trazem ao progresso científico e facilitam a vida da humanidade.
      A falta de interesse pela engenharia ficou no passado. Em todos os seus ramos, vem despontando como ciência indispensável às diversas áreas do conhecimento. Ela não tem limites; sua intervenção é vivida e valorizada onde quer que o homem atue. O engenheiro, de qualquer ramo, reencontrou sua posição meritória que tende a crescer cada vez mais.
      O MEC (Ministério da Educação), percebendo a falta de motivação dos jovens para cursar engenharia, deu um considerável impulso a essa carreira tão nobre e influente. Em seus programas que facilitam o acesso de jovens carentes ao ensino superior, entre eles ProUni (Universidade para Todos) e Fies (Financiamento Estudantil), o MEC priorizou os cursos de engenharia. Além de conceder financiamento em porcentagem superior em relação aos demais cursos, o número de bolsas ProUni também passou a privilegiar os estudos nessa área.
      Esse reencontro da engenharia com seus objetivos e prerrogativas é justo e necessário. Por conseguinte, a oposição dialética entre formar ou não engenheiros em todos os ramos, no dizer de Marx, é a síntese de um processo racional, exato e real.



Márcio Mesquita Serva é reitor da Unimar (Universidade de Marília)

      O desenvolvimento socioeconômico e ambiental da localidade esteve em pauta durante o 1º Seminário “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento – Edição Marília e região”. Promovido pelo SEESP, por intermédio de sua delegacia sindical em Marília, juntamente com o Conselho Tecnológico Regional, a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e a CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), o evento foi realizado no dia 5 de maio, na Unimar (Universidade de Marília), nessa cidade. 
      Um público aproximado de 500 pessoas, em sua maioria formado por estudantes, lotou o auditório. Na abertura, o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, destacou que os futuros engenheiros representam a esperança de continuidade na luta por um país melhor. E convidou a jovem plateia a se engajar ao movimento “Cresce Brasil” – projeto lançado pela FNE em 2006 que propugna por uma plataforma nacional de desenvolvimento sustentável com inclusão social, discussão que vem sendo descentralizada para as regiões e municípios por intermédio dos Conselhos Tecnológicos Regionais. Até o momento, há 19 implantados, em locais nos quais o sindicato conta com delegacias. Nessa linha, a iniciativa culminou com a “Carta de Marília”, a qual reúne conclusões ao desenvolvimento local (veja quadro).
      Prestigiaram o seminário diversas autoridades. Entre elas, além do vereador da cidade Sydney Gobetti (PCdoB), representando o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Duarte do Nascimento, e do pró-reitor de graduação da Unimar, José Roberto Marques de Castro, os prefeitos de Marília, Mário Bulgareli, e de Pompéia, Oscar Yasuda, e os secretários adjuntos do Estado de São Paulo Flávio Brízida (Esporte, Lazer e Turismo) e Antonio Júlio Junqueira de Queiroz (Agricultura e Abastecimento).
      Abordando o tema “Agronegócio”, este último apontou que em 2008 a dotação a sua pasta foi de R$ 150 milhões e neste ano estão previstos R$ 80 milhões, dado o contingenciamento. “Esperamos uma suplementação.” À área, já chegaram a ser destinados no passado 3% do Orçamento Geral do Estado; hoje são apenas 0,66%.
      Ele apresentou o panorama do setor no território paulista – que responde por 20% de tudo o que é produzido “da porteira para dentro” no Brasil e é líder na exportação de insumos –, bem como os programas da secretaria. Entre eles, o “Pró-trator”, para aquisição do equipamento a juro zero ao pequeno e médio produtor rural, com renda bruta anual até R$ 400 mil; o “Melhor caminho”, para recuperação de estradas e vicinais; e o investimento em pesquisa e desenvolvimento, o que inclui a recuperação e melhoria de laboratórios. “Nos últimos dois anos, investimos R$ 30 milhões nisso e para este ano dispomos de mais R$ 18 milhões”, afirmou Junqueira. Além disso, como forma de desenvolver as regiões, o Governo do Estado pretende incentivar o turismo rural. 
      François Régis Guillaumon, presidente da Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Marília, enfatizou, contudo, que as demandas na cidade ainda são muitas. E que as instituições locais não têm financiado trator a juro zero, conforme o programa instituído pelo Governo do Estado, aos cafeicultores. “Estranhamos isso, pois esses respondem por 25 mil hectares na região, só perdem para a pecuária. Além disso, eles não conseguem fazer seguro, a não ser da safra. Numa chuva de granizo, por exemplo, garantiriam a colheita, mas perderiam a lavoura.” Segundo ele, o melancieiro também tem tido dificuldades nisso. Já Antonio Jorge Favoreto, secretário da Agricultura do município, observou que a rede de pesquisa não tem contemplado a localidade e que seria importante a reativação do pólo Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) em Marília ou mais técnicos para a região. Além disso, ele reivindicou ao Governo do Estado linha de crédito específica, de longo prazo e a juros subsidiados, à conservação do solo. “Precisamos agregar valor às nossas atividades.”
       Sobre o não-cumprimento do programa “Pró-trator”, Junqueira asseverou: “Não é para acontecer isso”, prometendo providências mediante informações precisas. Quanto ao seguro rural, ele admitiu que ainda é pouco utilizado – por apenas 3,37% das UPAs (Unidades de Produção Agropecuária), que totalizam mais de 324 mil no Estado, sendo 4.648 delas em Marília. Mas, informou, já deu para melhorar a cobertura a produtores de frutas muito sensíveis, como uva, caqui. E concluiu: “Todas as demandas estão anotadas, vamos ver o que é possível fazer.”

Segurança alimentar e água
     
Relacionado à produção agrícola, foi objeto da apresentação de Elisabete Salay, professora livre-docente do Departamento de Alimentos e Nutrição da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o tema “Segurança alimentar”. Segundo ela, a disponibilidade energética per capita no Brasil é suficiente, entre 3 mil e 3,2 mil kcal/dia. Não obstante, no País, entre 5% e 20% de sua população sofre de desnutrição. E esse índice já foi pior: entre crianças de zero a cinco anos, por exemplo, em 1996 era praticamente o dobro, 13,5%, ante 6,8% atuais. Ainda conforme sua explanação, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, entre os adultos, as mulheres são mais atingidas, principalmente em regiões mais pobres. Para Salay, é fundamental trabalhar tanto para garantir a disponibilidade de alimentos quanto o acesso. O que inclui o incentivo à produção, muito embora o problema de desnutrição no Brasil não seja por insuficiência nesse campo, mas devido à desigualdade social. Tanto que começa a mudar esse quadro, mediante a melhora da renda da população, com a aplicação do Programa Bolsa Família. Este atende 11,1 milhões de famílias brasileiras, sendo que em Marília são beneficiadas quase 5.800. Outra iniciativa importante, que deve ter continuidade, mas ser melhorada, na sua visão, é o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Implantada em 1955, assegurou merenda escolar a 34,6 milhões de crianças em 2008.
      Conforme a professora, se por um lado começa a diminuir a desnutrição, por outro ganha importância no Brasil a deficiência de micronutrientes. “Mais de 40% da população tem anemia. A carência de ferro é um problema muito grande, assim como de vitamina A.” E devido à má alimentação, tem crescido o número de casos de doenças crônicas não transmissíveis e de obesidade. 
      Presidente da Adima (Associação das Indústrias de Alimentos de Marília), Alexandre Martins falou sobre a contribuição da cidade para garantir segurança alimentar. Segundo ele, o município, conhecido como “capital nacional dos alimentos”, produz mensalmente 32 mil toneladas desses e 200 mil embalagens, vendidas para todos os estados brasileiros e os cinco continentes. As indústrias do setor empregam diretamente 7.500 pessoas e indiretamente mais de 20 mil. Além disso, Marília congrega diversas instituições de ensino e pesquisa que permitem a formação na área. Na sua concepção, a busca agora é para se assegurar hábitos de consumo mais saudáveis junto à população. “O brasileiro está comendo mal. Temos que ter o compromisso de mudar isso através da educação”, concorda Écio Vidotti Filho, gerente industrial da Marilan Alimentos.

Recursos hídricos
      A produção de alimentos depende de recursos hídricos, tema da apresentação de Lourdes Cristina Pena Peloggia, diretora técnica da Quimbiol. Ela abordou especificamente a necessidade de preservação das águas subterrâneas, sobretudo do Aquífero Guarani, transfronteiriço e uma das maiores reservas brasileiras, de grande importância para toda a região. “Marília tem que cuidar dos seus aquíferos. Aqui são três que fornecem água. O Guarani é de difícil recarga, confinado, há mais de mil metros de profundidade. O Bauru é menos suscetível. Esses são fatores de desenvolvimento local, condicionam a questão socioeconômica”, pondera Emílio Carlos Prandi, geólogo da Diretoria da Bacia do Peixe Paranapanema do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica).
      Ele alerta ainda para o problema do uso inadequado do solo, que faz com que os recursos hídricos na região sofram com fortíssimo assoreamento. Na ótica do engenheiro Luiz Eduardo Nardi, diretor da Delegacia Sindical do SEESP em Marília, é fundamental fortalecer o Daee como órgão gestor de recursos hídricos no Estado, além de ter planejamento nessa área. Formar competências para garantir que não haja utilização das águas subterrâneas de modo desregrado e desenfreado é igualmente crucial, considera ele.

Mais engenheiros
     
Esses profissionais são imprescindíveis a que o desenvolvimento da região – em curso – ocorra de forma sustentável e com inclusão social. “O novo mapa do mundo mostra áreas totalmente alijadas desse processo e da evolução tecnológica. E desse conhecimento depende a melhoria da qualidade de vida”, afirmou João Sergio Cordeiro, professor adjunto da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e presidente da Abenge (Associação Brasileira de Ensino de Engenharia). O Brasil está atrasado: aplica apenas 1% do PIB (Produto Interno Bruto) em pesquisa e desenvolvimento, enquanto na Comunidade Europeia o percentual é de 2% a 3%. Na região, como ressaltou ele, setores-chave como agronegócio, industrial e de saúde podem ter grande ganho com maior investimento nisso. E com a valorização do relacionamento universidade--empresa para a garantia de inovação. Além disso, Cordeiro enfatizou que, com a velocidade do conhecimento, é imprescindível a educação continuada. “Não se pode mais imaginar o curso de graduação como terminal”, atestou José Roberto Cardoso, vice-diretor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e coordenador do Conselho Tecnológico Estadual do SEESP.
      Mais ainda: é preciso dobrar o número de graduados na área, como propugna o “Cresce Brasil”. “Em 2008, o País formou 35 mil engenheiros; a Coréia do Sul, 80 mil. Não se tem inovação e qualidade de vida sem esse profissional.” Na sua ótica, a situação nacional é consequência da opção feita pelo ensino médio nacional, o qual “não tem viés tecnológico, é humanista”. Assim, 76% da graduação é em ciências humanas e sociais; apenas 8% é em engenharia. “Não podemos deixar de investir na profissão, que não vem sendo utilizada como deveria.” Isso implica ainda formar mais doutores e aproveitar essa mão de obra na indústria, e não apenas na academia. “No Brasil, são 4,4 doutores para cada 100 mil habitantes. E 80% deles ficam na universidade.” Para Cardoso, é fundamental ao País dar um salto tecnológico e isso depende da quebra desse paradigma.

Conclusões
     
Ao final do 1º Seminário “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento – Edição Marília e região”, o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, leu a “Carta de Marília”. Essa apresentou algumas conclusões e propostas de ação ao desenvolvimento socioeconômico e ambiental da localidade, tais como: a necessidade de um plano diretor para a agricultura, que aponte as políticas públicas necessárias à cidade e região; de estímulo ao turismo rural e ecológico; de incremento na educação alimentar; de planejamento e uso sustentável dos aquíferos; de incentivo à qualificação e requalificação profissional, bem como à ciência e tecnologia, com sua popularização e utilização voltada ao desenvolvimento regional.


Soraya Misleh
 

     Estudantes de instituições nacionais foram destaque na SAE Aero Design East Competition, prova internacional de aerodesign realizada na Geórgia, nos Estados Unidos, entre os dias 3 e 5 de abril. A equipe Keep Flying, da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), conquistou três troféus na disputa. Além dela, times de Minas Gerais e São Carlos também garantiram prêmios.
       O primeiro grupo foi o grande vencedor na classe regular da competição, em que aeronaves cargueiras são projetadas e avaliadas em voo. Além disso, os alunos levaram para casa o troféu itinerante de maior carga, ao transportar 12,87kg, e faturaram a premiação especial da competição: o Nasa Systems Engineering Award, dado à equipe que melhor gerenciou o projeto seguindo os conceitos de engenharia durante a concepção e o desenvolvimento da aeronave.
       Promovida pela SAE International, a competição contou com 65 universidades de vários países nas categorias regular e aberta. As atividades começaram com apresentações de projetos e encerraram com sucessivas baterias de testes dos aviões.
      A disputa, segundo a organização, teve por objetivo estimular estudantes de graduação e pós-graduação em engenharia, física e ciências aeronáuticas a projetarem e construir aeronaves radiocontroladas, em escala reduzida, capazes de superar as baterias de testes, demonstrando capacidade de voo controlado e suportando o maior peso.
      Conforme explica o orientador do projeto e professor do Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos da Poli, Alexandre Kawano, grosso modo, ganha o grupo que construir o protótipo mais leve e transportar a maior carga. “A nota final é composta de vários fatores, entre eles a precisão com que a equipe acerta a carga que o avião levantará, relatórios técnicos, apresentação oral, peso máximo carregado e concordância entre projeto e construção.” Segundo ele, a vitória na competição é importante porque acaba por motivar outros estudantes a participarem desses campeonatos e “mostrar o quanto a escola forma bem os alunos”.
      Para Rodrigo Trevisan Okamoto, capitão da equipe e estudante do quarto ano de engenharia mecatrônica da Poli, a formulação e a construção de projetos do gênero são muito importantes para a formação do engenheiro, porque possibilitam aos participantes vivenciarem situações recorrentes no dia a dia de uma empresa. Exigem trabalho em equipe, cumprimento de prazos, escolha de fornecedores e criatividade para atuar com poucos recursos. “Esse tipo de prova ajuda a formar uma base bastante sólida, fazendo com que o aluno chegue mais preparado ao mercado. Somente matérias e trabalhos acadêmicos não são suficientes para formar bem o futuro profissional”, acredita.
      Okamoto conta que o resultado foi bastante satisfatório porque mostra a capacidade de os brasileiros competirem de igual para igual com universidades que possuem cursos específicos na área. “Não tivemos aulas de aeronáutica, mesmo assim ganhamos de equipes com altíssimo nível de conhecimento, de países como Estados Unidos, Alemanha e Canadá.”
      Feito de madeira balsa, espuma de PVC, kevlar (fibras aramidas), alumínio aeronáutico e fita de empacotamento, o pelicano, como é chamado o modelo vencedor, foi construído em outubro de 2008. Com envergadura de 2,31 metros, comprimento de 1,58m, altura de 56cm, a aeronave pesa cerca de três quilos e teve custo final de aproximadamente US$ 700. O projeto foi financiado pela Poli e Itautec. Além desses, diversos patrocinadores doaram materiais e prestação de serviços.

Desempenho notável
      As outras duas universidades brasileiras cujos alunos participaram da disputa e também ganharam troféus foram a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e a Escola de Engenharia da USP de São Carlos. A primeira delas com a equipe denominada Uai Sô Fly, à qual coube o título de vice-campeã na classe regular. Já a segunda conquistou o primeiro lugar na classe aberta, com a EESC USP Open, agraciada nos quesitos maior peso carregado (17,7kg) e melhor projeto, além de levar o prêmio de inovação.
      As três equipes brasileiras asseguraram vaga na competição internacional após terem garantido as melhores colocações na 10ª Competição SAE Brasil AeroDesign, realizada pela SAE (Sociedade de Engenheiros de Mobilidade), em São José dos Campos, Interior de São Paulo. Neste ano, a prova nacional acontece entre os dias 22 e 25 de outubro. Mais informações no site www.saebrasil.org.br.


Lucélia Barbosa

02/12/2009

CANTEIRO

SEESP tem sede própria em Bauru
     
O presidente estadual da entidade, Murilo Celso de Campos Pinheiro, assinou em 25 de abril último a escritura de casa que abrigará a Delegacia do SEESP em Bauru. Na ocasião, estiveram presentes diretores da executiva e regionais do sindicato. Além de se situar em local de fácil acesso, o espaço é bem amplo, com área construída de 213,66m2 e total de 363m2. A aquisição integra política que vem sendo adotada pela organização de modo a melhor atender os engenheiros em todo o Estado. A estrutura física será ainda adaptada às necessidades do SEESP, para que posteriormente seja inaugurada a nova sede em Bauru. Seu endereço é Rua Constituição, 8-71, bairro Estoril.

Campanhas salariais
      Sabesp – Após compromisso da empresa de reabrir negociação sobre a PLR 2008 (Participação nos Lucros e Resultados), os engenheiros que atuam na companhia, reunidos em assembleia em 11 de maio, deliberaram por suspender a paralisação marcada para dia 12, mas permanecer em estado de greve. A assembleia mantém-se aberta em caráter permanente. Estava prevista para 14 de maio a audiência de instrução e conciliação do dissídio de greve da categoria.
       CET – Em reunião realizada no dia 8 de maio entre os sindicatos, incluindo o SEESP, e a direção da empresa, foi renovado o PPR (Programa de Participação nos Resultados) para 2009. A título deste, será pago a cada funcionário, a depender do cumprimento de metas, o total de R$ 2.100,00. Metade será antecipada pela CET em julho próximo.

Oportunidades
      Segundo levantamento feito até dia 8 de maio, a área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de vagas para engenheiros nas seguintes modalidades e quantidades assinaladas: civil (três), mecânica (duas), alimentos (uma). Há também uma vaga para arquiteto. Para se cadastrar e inserir seu currículo, acesse o site www.seesp.org.br , link Oportunidade Profissional. Mais informações pelo telefone (11) 3113-2666.

Posse em Ribeirão Preto
      A nova diretoria da Aeaarp (Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto), com mandato até 2010, tomou posse em 8 de abril, em solenidade realizada no salão nobre da entidade. Diversos dirigentes do SEESP prestigiaram a iniciativa, entre eles o presidente estadual Murilo Celso de Campos Pinheiro, o vice João Carlos Gonçalves Bibbo, o diretor adjunto José Mario Sarilho e o presidente da Delegacia Sindical em Alta Mogiana, Nelson Martins da Costa. Os dois últimos inclusive compõem a nova direção da Aeaarp, o primeiro como conselheiro e o segundo, diretor de engenharia, agrimensura e afins. À frente da associação, estará Roberto Maestrello, reeleito no pleito realizado em 30 de março último.

Diretor do sindicato em Taubaté receberá prêmio
      Será agraciado em Brasília, no dia 26 de maio, o diretor da Delegacia Sindical do SEESP em Taubaté e ex-vereador local Ângelo Filippini, por projeto de lei de sua autoria, aprovado pela Câmara Municipal e que agora foi considerado de grande relevância social, sendo selecionado como um dos 150 melhores do País. Assim, ele receberá o Prêmio do Mérito Legislador 2008, iniciativa do Idelb (Instituto de Estudos Legislativos Brasileiro) em parceria com o ILB (Instituto Legislativo Brasileiro) do Senado Federal.
       O projeto em questão foi sancionado no dia 5 de julho de 2005 e transformou-se na Lei Complementar 126/2005. Tal trata de promover a acessibilidade das pessoas a edificações, mobiliário e espaços urbanos, estabelecendo critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações e equipamentos urbanos para tanto. A lei garantiu a incorporação ao Código de Obras de Taubaté da NBR 9050 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Filippini foi ainda homenageado em 23 de abril pela Delegacia Sindical do SEESP em Taubaté, durante evento comemorativo dos seus 25 anos de existência (veja na edição 342 do JE), pelos relevantes serviços prestados a essa entidade.

III EcoSP na Capital
      O Encontro de Meio Ambiente de São Paulo, promovido pelo SEESP com apoio da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), ocorrerá de 25 a 27 de novembro, no Novotel São Paulo Center Norte, na Capital, e discutirá temas como energias eólica e nuclear. Haverá estandes de organizações como Greenpeace e dos artesãos da Sutaco (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades). Entre os apoiadores estão Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), Semmler Corretora de Seguros e SAE Jacareí (Serviço Autônomo de Água e Esgoto). Mais informações e inscrições no site www.ecovale-seesp.com.br .

Nome trocado
      O nome do colaborador da matéria intitulada “Engenharia a serviço da igualdade” (edição 342 do Jornal do Engenheiro) é Aristides Galvão, e não Aristides Junqueira, como erroneamente informado. Diretor da Delegacia Sindical do SEESP em Piracicaba, ele teve participação decisiva para que fosse viabilizada a pesquisa e entrevistas sobre os irmãos Rebouças e suas obras, em especial a ponte na cidade.

 

 

       Profissionais ligados ao desenvolvimento, os engenheiros carregam historicamente a bandeira do crescimento econômico e da produção de riquezas. Nem sempre, lamentavelmente, levou-se em conta a necessidade imperativa de conciliar o progresso à proteção da natureza. Hoje, já está claro tanto para a sociedade quanto para os técnicos que o conhecimento deve estar a serviço também da preservação.
       É baseado nesse ideal que se constituiu e vem sendo defendido o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) em 2006, cujo norte era a retomada do crescimento econômico de forma sustentável e com inclusão social. Hoje, quando esse movimento volta seus esforços de formulação e mobilização ao desafio de superar a crise econômica sem cair novamente na estagnação, as questões ambientais continuam fortemente presentes.
       Se, por um lado, a visão ecologicamente correta não deve ser um impedimento à melhoria das condições de vida da população, tampouco a busca pelo desenvolvimento pode ser um pretexto à destruição do planeta. Os engenheiros, engajados ao “Cresce Brasil”, continuam a defender um plano nacional que dote o País da infraestrutura necessária, com energia, estradas, ferrovia, comunicações, além de equipamentos sociais, como escolas e hospitais. Sabe-se que há muito por fazer, mas a tarefa precisa ser cumprida de maneira criteriosa, usando-se a tecnologia para causar o menor impacto possível à natureza.
       Um dos grandes problemas ambientais do Brasil hoje é a devastação das florestas. Governo e Legislativo têm uma grande responsabilidade ao definir as regras de ocupação dessas áreas. É preciso seriedade, equilíbrio e até mesmo coragem para evitar que as decisões sejam tomadas deixando que interesses fundiários e econômicos, que não são os da maioria da população, acabem por prevalecer. A questão agrária no País, e especialmente da Amazônia – ponto mais crítico para esse debate –, está longe de ser simples. É complexa e envolve inúmeros pontos de vista, muitos dos quais legítimos. No entanto, cabe à sociedade, por meio de seus representantes e dirigentes, optar pelo bem comum, pensando também nas gerações futuras. Neste 5 de junho, quando se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, tem-se uma boa oportunidade para refletir sobre esse tema crucial.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

Sérgio Amaral

       A engenharia está presente atualmente em todas as atividades humanas, desde a água que bebemos, passando pela comida, roupa, casa, lazer, trabalho, comunicação etc. A tamanha complexidade de atividades é necessário um grande sentido de responsabilidade e de ética, seja como técnico, professor, membro de organização representativa, consultor, político ou empresário.
     Neste artigo, gostaria de propor uma reflexão sobre a responsabilidade dos engenheiros no que diz respeito à sua atuação pelo bem público e com a finalidade de contribuir com seus conhecimentos, capacidade e experiência para servir à humanidade.
      Conforme consta do parágrafo 1º do Código de Ética Profissional do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro Agrônomo, instituído pela Resolução nº 205, de 30 de setembro de 1971, emanada do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), as obrigações iniciais do engenheiro são cooperar para o progresso da profissão, mediante o intercâmbio de informações sobre os seus conhecimentos e contribuição de trabalho às associações de classe, escolas e órgãos de divulgação técnica e científica. Assim sendo, pergunto-me o porquê da perda significativa da participação da categoria nas associações de classes. Por que em muitas instituições de ensino de engenharia o professor reluta em participar no segmento de classe da engenharia, ao fazer sistematicamente um discurso que é docente e pesquisador no campo da engenharia e não um engenheiro professor?
      Tal ausência leva ao esvaziamento, à perda de um espaço social importante de discussões de políticas públicas pertinentes à categoria, assim como a prejuízos como o não cumprimento da lei que assegura um salário mínimo e a desclassificação funcional no mercado de trabalho. Retomar a consolidação de um pensamento coletivo da categoria não é somente atender aos princípios éticos, mas também garantir os espaços já conquistados às gerações futuras.


Sérgio Amaral é diretor adjunto da Delegacia Sindical do SEESP em Campinas

       Numa situação mais vantajosa em relação a países centrais, o Brasil pode sair dessa crise muito mais fortalecido. No agronegócio, responsável por 1/4 do PIB (Produto Interno Bruto) e por 1/3 dos empregos nacionais, pode assumir importante protagonismo mundial, a depender das estratégias que adote. A conclusão foi apresentada por Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, que hoje preside o Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), durante o seminário “A crise internacional e seu impacto na agropecuária e no agronegócio brasileiro”.
       Promovida pela Aeasp (Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo), com o apoio da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e do SEESP, a iniciativa foi realizada na sede desse sindicato, no dia 14 de maio.
        Estrela do evento, Rodrigues disse que, em função da situação favorável do País, está moderadamente otimista em relação ao momento. Menos vulnerável às turbulências externas, em setembro de 2008, quando a crise começou a ser sentida aqui, o Brasil mantinha reservas internacionais altas – em torno de US$ 200 bilhões. As vantagens comparativas, enfatizou ele, são excepcionais frente a outros países. Quanto à elevada taxa de juros, como complementou Rodrigues, “temos a chance de diminuí-la e, com isso, ajudar no combate à crise”. Ele acrescentou: “A condição é interessante, inclusive ao agronegócio.”
      Não significa que o segmento não tenha sentido o abalo. Tendo abarcado praticamente 30% do total de investimentos estrangeiros diretos em 2008, enfrentou dificuldades quando os recursos escassearam. “Em especial o setor sucroalcooleiro, que recebeu injeção de recursos, foi perturbado pela crise.” Diretor executivo da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar), Eduardo Leão Sousa ressaltou: “Seguramente essa foi uma das atividades que mais vinha investindo no País, principalmente nos últimos quatro anos.” No período, conforme sua fala, foram aplicados cerca de US$ 20 bilhões em novas unidades produtivas, por fontes bastante heterogêneas. “A janela de oportunidades gerou um ganho de competitividade que não deve ocorrer neste ano. O setor foi pego por falta de liquidez.” Como ressaltou Rodrigues, a ausência de crédito foi um problema central; afetou as empresas que trabalham com exportação e, na ponta da cadeia, o agricultor, a quem foi repassado o prejuízo.
       Diretor-geral do Icone (Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais), André Nassar apontou que a desaceleração global propiciada pela crise comprometeu a venda de produtos agrícolas aos destinos internacionais. “Pela primeira vez desde 1980, o PIB (Produto Interno Bruto) mundial deve ficar negativo.” O salto na exportação à Europa, por exemplo, não deve se repetir neste ano. “A crise mundial deve segurar a trajetória de expansão.”

Volatilidade
       A queda nas bolsas de valores – de mais de 50% no valor das ações, segundo Rodrigues – também teve impacto sobre o agronegócio, uma vez que as commodities agrícolas são negociadas nesses espaços. Sobre a ação dos chamados fundos de hedges, Ivan Wedekin, diretor de commodities da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), salientou: “A volatilidade está ligada aos fundamentos do mercado em que atuam os especuladores, que através de operações nos mercados futuros reforçam tendências.” Consequentemente, segmentos em que a influência dessas movimentações na composição de preços é elevada, como o de grãos, foram afetados de forma mais intensa pela turbulência. “O Banco Central estima a perda de US$ 30 bilhões em operações chamadas derivativos de balcão.” Entre os derivativos agropecuários estariam café, boi, soja e milho.
        Os bancos fecharam as torneiras aos investimentos, o que comprometeu seriamente o agronegócio brasileiro, dado o custo elevado da produção. “Plantamos uma safra de grãos no ano passado muito mais cara do que o normal, porque os insumos dobraram de valor. Tivemos que usar mais recursos próprios ou pouca tecnologia, o que levou a nova dificuldade. Esse era o cenário em outubro e novembro de 2008”, explicitou Rodrigues. Como resultado, disse ele, a produtividade caiu. “Estamos colhendo uma safra um pouco menor e a área plantada também diminuiu.” A salvação tem sido, ainda de acordo com o expositor, a valorização do dólar, “que nos deu uma chance positiva”. Passados mais de seis meses do início da crise, a possibilidade de que volte a haver crédito abre oportunidade ao agronegócio brasileiro. “O sistema financeiro já começa a apostar no setor, uma absoluta diferença em relação aos países desenvolvidos.”

Vantagens competitivas
        Isso não bastaria caso a Nação não tivesse condições competitivas. Enquanto nos destinos eminentemente agrícolas a participação maior é dentro da porteira (do plantio à colheita), o Brasil encontra-se numa situação mais avançada. Na composição do PIB (Produto Interno Bruto) do setor, o processo final (depois da porteira) representa 65%, ante 29% do intermediário (dentro) e 6% do inicial (antes da porteira, que seriam insumos e serviços). O que mais pesa é a armazenagem, industrialização, embalagem e distribuição interna e externa. Portanto, concluiu Rodrigues, o agronegócio brasileiro já se situa no patamar de país desenvolvido. Responde por 36% do que o País comercializa no mercado externo – o que totalizou US$ 71 bilhões em 2008.
      A redução da área plantada em função da crise não é dramática. Conforme sua preleção, esta cresceu, nos últimos 20 anos, 26% e a produção aumentou 136%. “Nenhum país fez essa revolução, é um espetáculo. Mostra que a tecnologia levou a produtividade agrícola por hectare extraordinária. Isso do ponto de vista da sustentabilidade é muito interessante. Se não tivéssemos investido em tecnologia, precisaríamos ter 2,5 vezes a área plantada atual”, destacou o ex-ministro.
      Outra vantagem do Brasil é a capacidade de produzir combustível a partir do álcool da cana--de-açúcar – setor que, como elucidou o diretor--geral da Unica, não passou ileso pela crise, mas mantém seus fundamentos sólidos e tem perspectivas promissoras. “No futuro, o petróleo não terá condição de atender a demanda mundial por energia, pelo menos a preços compatíveis com a renda dos países em desenvolvimento”, observou Rodrigues. Assim, surge no globo uma grande área de pesquisa em termos de energia renovável. E o País está de alguma forma à frente desse processo, complementou o ex-ministro. Com espaço para ampliar a produção, pode conquistar papel destacado na geopolítica mundial. “Tem 72 milhões de hectares cultivados, dos quais pouco menos de 8 milhões com cana, ou seja, 11% da área agricultável, metade para produção de açúcar.” Além disso, tem cerca de 200 milhões para pastagens, 172 milhões cultivados e o restante passível de ser transformado em agricultura, sendo que 21 milhões podem ser usados para plantar cana. Com recursos naturais abundantes, para ele, a Nação tem condição de liderar um programa mundial de energia. “Nossa competitividade é excepcional e se o Brasil investir, poderá ocupar mercados definitivos.”
       Mas não basta a natureza ser pródiga. É preciso que o agricultor faça sua parte. “Tem que ser um bom gestor e se organizar.” É crucial ainda articulação política, propaganda das potencialidades nacionais e a busca de acordo com os ambientalistas, ponderou Rodrigues. Além disso, mão de obra qualificada e inversão em ciência e tecnologia são importantes no processo. Inserido nesse contexto, o engenheiro agrônomo, como concluiu Arlei Arnaldo Madeira, presidente da Aeasp, pode contribuir sobremaneira para a superação da crise.
      Para o SEESP, sair fortalecido da turbulência passa pela continuidade dos investimentos em prol do desenvolvimento nacional sustentável e com inclusão social, como propugna o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – lançado pela FNE em 2006 e que conta com a adesão das entidades a ela filiadas, entre as quais o sindicato da categoria no Estado de São Paulo.


Soraya Misleh

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