logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

Administrator

Administrator

03/12/2009

CANTEIRO

Adeus a Crodowaldo Pavan
       
O SEESP lamenta a morte no dia 3 de abril do pesquisador Crodowaldo Pavan, aos 89 anos. Coordenador do Núcleo José Reis, o professor emérito da USP (Universidade de São Paulo) foi pioneiro na genética no País. Deu importantes contribuições à ciência e tecnologia, como o apoio à sua inclusão no texto da Constituição de 1988 e, três anos antes, à criação do Ministério da Ciência e Tecnologia. Ao longo de sua trajetória, esteve à frente de instituições como SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), o Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Em 1990, Pavan foi agraciado pelo SEESP com o prêmio Personalidade da Tecnologia na categoria “Biotecnologia” e, mais recentemente, em 2007, participou da mesa “Agricultura e meio ambiente” no I EcoSP (Encontro de Meio Ambiente de São Paulo), promovido pela entidade. Era membro atuante do Conselho Tecnológico desse sindicato.

Licenciamento ambiental é tema em Jacareí
       A Delegacia Sindical do SEESP na cidade, em conjunto com a Aeaj (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Jacareí), realizará palestra sobre “Diretrizes técnicas e legais do licenciamento ambiental”. A iniciativa ocorrerá no dia 29 de abril, às 19h30, na sede da Aeaj, na Avenida Pensilvânia, 531, Jardim Flórida. Ministrará o tema o engenheiro Danilo Angelucci de Amorim, diretor do Centro Regional do DEPRN (Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais). Mais informações e inscrições pelos telefones (12) 3952-4840 ou (12) 3952-8732; e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Ao encerramento, haverá coquetel de confraternização.

SEESP tem assento em comissões de segurança e saúde no trabalho
        O diretor da entidade José Manoel Teixeira está entre os representantes dos trabalhadores em duas comissões permanentes nacionais na área de segurança e saúde no trabalho, junto ao Ministério do Trabalho e Emprego. Ambas são tripartites, com participação também de membros do governo e do empresariado. Uma delas é relativa à energia elétrica, concentrando-se na discussão da NR-10, sobre segurança em instalações e serviços em eletricidade. Nesta, a próxima reunião está marcada para os dias 23 e 24 de abril, em Salvador, na Bahia. A outra visa tratar da NR-19, referente à segurança e saúde na indústria e comércio de fogos de artifício e outros artefatos pirotécnicos. Ao participar dessas comissões, como afirma Teixeira, o objetivo do SEESP é contribuir para aperfeiçoar pontos atinentes à área em questão.

Seminário abordará impacto da crise na agricultura
       Acontece no dia 14 de maio, das 8h às 17h30, no auditório desse sindicato, na Capital paulista, o seminário “A crise internacional e seu impacto na agropecuária e no agronegócio brasileiro”. O objetivo é promover a discussão sobre o tema e os modelos exigidos face à conjuntura global. Organizado pela Aeasp (Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo), com o apoio institucional do SEESP e da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), o evento incluirá entre os palestrantes o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócios da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Mais informações pelo telefone (11) 3221-6322 e e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. .

Oportunidades
       Segundo levantamento feito até dia 7 de abril, a área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de vagas para engenheiros nas seguintes modalidades e quantidades assinaladas: civil (sete), alimentos, arquitetura, mecânica e segurança do trabalho (uma cada). Para se cadastrar e inserir seu currículo, acesse o link Oportunidade Profissional neste site. Mais informações pelo telefone (11) 3113-2666.

 

 

        O Brasil combate ainda os efeitos de um de seus mais tristes e vergonhosos episódios: a escravidão, que existiu oficialmente no País até 13 de maio de 1888, quando foi assinada a Lei Áurea. Divulgado por décadas como um ato de simples benemerência da filha do Imperador, o feito acabou por ser rejeitado pelo movimento negro e por aqueles que lutam ainda pela abolição plena, ou seja, pelo fim da discriminação racial e por iguais oportunidades para todos os brasileiros. A própria data comemorativa foi substituída pelo 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, em homenagem a Zumbi dos Palmares.
        Apesar das equivocadas lições dos livros didáticos e da heróica atuação dos qui­lombolas, não parece razoável ignorar o papel dos abolicionistas no combate à es­cra­vidão. Entre esses, des­taca-se o en­genheiro André Rebouças, que, negro li­berto devido à ascendência portuguesa paterna, não só engajou-se corajosamen­te em uma das batalhas so­ciais mais im­portantes da nossa histó­ria, como alcan­çou grandes feitos na profissão que abra­çou, motivo pelo qual hoje empresta seu nome a inúme­ras avenidas, túneis e via­dutos Brasil afora.
         O papel da própria Princesa Isabel me­rece ser revisto à luz das correspon­dências mantidas entre ela e outros abo­licionistas, como demonstra carta que integra o arquivo particular do Me­mo­rial Visconde de Mauá e que foi di­vulga­da pela revista Nossa História em 2006. Em 11 de agosto de 1889, meses antes da proclamação da República e da fuga da família real, escrevia ela ao Viscon­de de Santa Vitória: “Com os fundos doados pelo senhor, teremos oportu­nidade de colocar estes ex-escravos, agora livres, em terras suas próprias trabalhando na agricultura e na pecuária e delas tirando seus próprios proven­tos.” De acordo com declaração do his­toriador Eduardo Silva, publicada na revista, o documento demonstra planos pró-reforma agrária, o que faria toda a diferença e propor­cionaria a emanci­pação concreta dos libertos. De quebra, o documento con­quista ainda para a Princesa a simpatia do movimento fe­minista. Prossegue ela na missiva: “Quero agora dedicar-me a libertar as mulheres dos grilhões do cati­veiro do­méstico, e isto será possível atra­vés do sufrágio feminino. Se a mulher pode reinar, também pode votar.”
        Como se sabe, os planos de distribuir terras aos novos cidadãos jamais se con­cre­tizaram e a questão fundiária segue sendo um dos grandes nós a serem desa­tados no Brasil, herança de um processo deliberado de concentração de riqueza e exclusão. Claro está que a luta não ter­minou, nem por isso merecem qual­quer desprestígio aqueles que a iniciaram.


Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

 

 

Antonio de Souza Teixeira Júnior

        A partir de portaria do Ministro da Educação, após análise do Conselho Federal de Educação, em 1º de abril de 1992, foi credenciada a Univap (Universidade do Vale do Paraíba). Bem antes disso, contudo, foram autorizados os cursos de Engenharia Elétrica e Civil, em 1968, e de Arquitetura e Urbanismo, em 1969, todos nas faculdades então existentes, que deram origem à universidade. Mais recentemente foram reconhecidos os de Engenharia de Materiais, Computação, Aeronáutica e Espaço, Biomédica, Ambiental, Alimentos e Química. A seguir, foram credenciados mestrado e doutorado em Engenharia Biomédica.
        A aceleração constante dos avanços tecnológicos faz crescer a relevância das médias, pequenas e microempresas de base tecnológica, alterando o perfil do engenheiro pretendido, que deve somar, à base de conhecimentos científico-tecnológicos, a visão do mercado nacional e internacional e uma atitude pró-ativa em relação ao empreendedorismo, num mundo que restringe, via automação, o número de empregos.
       A realização desse profissional está requerendo maior conexão das escolas de engenharia com o setor produtivo. É então cada vez maior a necessidade de estágios de alunos em empresas, de modo a completar sua formação mediante a vivência do mundo dos negócios.
       Problemas desse tipo levaram a Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) a buscar maior interação com o Ministério da Ciência e Tecnologia, o que resultou na proposta, organizada pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), do programa Prime (Primeira Empresa Inovadora). Dezessete entidades brasileiras foram selecionadas para assumir o papel de agentes operacionais do Prime, entre as quais a FVE (Fundação Valeparaibana de Ensino), mantenedora da Univap.
        Na sua qualidade de agente operacional, a FVE está organizando o processo de seleção de até 120 empresas inovadoras emergentes (com menos de dois anos de existência, contados até 30 de abril de 2009) como participantes do Prime. Após dois cursos, um presencial de quatro dias e outro a distância, cada empreendimento selecionado receberá, a partir de novembro próximo, a importância de R$ 120.000,00, sem reembolso posterior à Finep, para contratar técnicos e gestor de negócio. Após 12 meses, poderão candidatar-se a receber, a juro zero, mais R$ 120.000,00 dessa, com devolução em 120 parcelas mensais.
        Os engenheiros são candidatos naturais a essa oferta e temos estado em contato com suas propostas, as quais, transformadas em negócios, ajudarão a aperfeiçoar o desenvolvimento sustentável que buscamos.


Antonio de Souza Teixeira Júnior é professor-doutor e vice-reitor da Univap

       Sem poder contar, desde o ano 2000, com as águas do rio que leva seu nome, a cidade de Piracicaba desenvolve um projeto para evitar que também o Corumbataí tenha seu volume reduzido devido à poluição. A saída, ainda em discussão, é o projeto “Conservador de Águas”, pelo qual o proprietário rural receberá assistência técnica e incentivo financeiro para obedecer ao Código Florestal Brasileiro, que prevê a recuperação e preservação das APPs (Áreas de Preservação Permanente).
       O trabalho inclui recobrir a vegetação local, restaurar e proteger as áreas degradadas que margeiam cursos d´água, proteger os mananciais e conservar o solo. Cumprindo essas ações, o lavrador é recompensado financeiramente pelo serviço ambiental prestado.
       “Estamos lutando para que Piracicaba seja pioneira neste tipo de trabalho, mas o ideal é que os municípios pertencentes à Bacia do Corumbataí também façam ações para conservar e melhorar a qualidade e a quantidade da água”, afirmou o vereador José Aparecido Longatto (PSDB), atual presidente da Câmara Municipal de Piracicaba e autor da proposta. Segundo ele, o produtor rural não será obrigado a aderir ao plano, mas terá vantagens se o fizer. “O projeto visa a sustentabilidade da propriedade, uma vez que estuda a melhor maneira de não inviabilizar o trabalho desse agricultor que será reembolsado pelo serviço prestado à sociedade.”
        Para ser implementado, o plano depende da execução de várias etapas, entre elas a aprovação do projeto de lei que está sendo desenvolvido por Longatto e uma comissão técnica. O tema vem sendo abordado desde 2007 e, no dia 1° de abril deste ano, foi realizada uma audiência pública para saber a opinião de especialistas e da população.
       “Estamos nos articulando para ver no que cada um pode contribuir. A princípio vislumbramos a possibilidade de trabalhar no Rio Corumbataí por ser o grande fornecedor de água da cidade. É importante ressaltar que após a aprovação da lei teremos muito a fazer, como identificar áreas prioritárias, conseguir recursos, e a Prefeitura tem a responsabilidade de liderar esse processo”, informa Aurélio Padovezi, assistente de Conservação da Mata Atlântica da ONG TNC (The Nature Conservancy).

Experiência bem-sucedida

        Integrante do sistema Cantareira que abastece cerca de 50% da população de São Paulo, o município de Extrema (MG) foi o primeiro do Brasil a colocar em prática o “Conservador das Águas”, o que ocorreu no final de 2006. Segundo Padovezi, a resistência inicial dos agricultores na cidade mineira foi vencida pela vantagem financeira. “Assim que os primeiros pagamentos foram feitos, a adesão foi aumentando e hoje, na Bacia das Posses, a primeira em que trabalhamos, é de praticamente todos os lavradores da região”, comemora.
       Lá, os produtores são pagos pela Prefeitura de acordo com a dimensão da propriedade e a oportunidade de usar a terra como um todo, incluindo a recuperação de APP, conservação de floresta, manejo e boas práticas agrícolas. Os parceiros do projeto, como a ANA (Agência Nacional de Águas), o IEF (Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais) e a TNC, se encarregaram de financiar os custos envolvidos na restauração das mudas, insumos, maquinários para fazer as estruturas de conservação de solo e pessoal para realizar o plantio e monitorar a conservação das águas. As áreas que precisavam de proteção foram identificadas a partir de levantamento realizado por técnicos da Prefeitura, que definiram sete microbacias prioritárias.
        Em São Paulo, existe um projeto similar ainda em fase piloto intitulado “Produtor de águas”, que também efetiva o pagamento pelos serviços ambientais aos produtores rurais. Desenvolvido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, teve início em 2006 e será encerrado em dezembro próximo. “A ideia é fazer a demonstração de várias técnicas de restauração em diversas cidades do Estado. O programa já foi realizado em 15 municípios e muitos agricultores tiveram a oportunidade de receber a recuperação das áreas ciliares gratuitamente”, conta Marta Chaim Portas, engenheira agrônoma e supervisora técnica do projeto de recuperação de mata ciliar na Bacia do PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e Mogi-Guaçu.


Lucélia Barbosa

       Em pleno século XIX, ainda antes da abolição da escravatura, em 13 de maio de 1888, três negros se notabilizaram na engenharia, deixando seu legado ao País: os irmãos Rebouças. Seu nome hoje estampa placas de túneis, ruas e avenidas famosas em cidades como a Capital paulista, contudo, o desafio que enfrentaram é de domínio de poucos.
       Embora tenham nascido “livres”, condição privilegiada aos negros da época, e tido a oportunidade até mesmo de cursar especialização na Europa, segundo o historiador e jornalista Noedi Monteiro, nem por isso eram vistos como “iguais”. Mas “tiraram de letra o preconceito”. Ou na métrica, no cálculo. Como engenheiros, suas contribuições emudeceram o eco da discriminação. Eram eles André, Antonio e José, filhos de um respeitado rábula e grande abolicionista, Antonio, que, por sua ascendência paterna portuguesa, herdou a liberdade e a transferiu para seus descendentes. Ao mais velho deles, André, legou também o ideal de igualdade. Este foi o único dos irmãos Rebouças a participar do movimento abolicionista, conforme relato de Monteiro.
       Saindo do campo social para o científico-tecnológico, a ele é atribuída, ainda de acordo com o historiador, a introdução da técnica de concreto armado no Brasil. A primeira ponte feita desse modo encontra-se em Piracicaba, interior do Estado, e leva a assinatura dos Rebouças. “Está pronta desde maio de 1875.” Foi projetada por Antonio em 1873, como conta Monteiro, com o objetivo de vencer “a fúria das cheias que arrastavam toda e qualquer ponte de madeira instalada abaixo do salto (do Rio Piracicaba)”. Assim, a primeira estratégia foi planejar a travessia acima da queda d´água. “Em 1874, Antonio realiza os cálculos sobre a resistência da ponte e pessoalmente parte para as sondagens do terreno, para as fundações das bases de chumbo, que seriam enterradas no basalto e recobertas por concreto, vencendo a dureza da rocha de origem vulcânica, que forma o piso do leito do rio; para sustentar os pilares, a chapa naval alemã e a pesadíssima estrutura da travessia, de 273 toneladas.” O historiador enfatiza que ele conseguiu construir sem desviar o leito do rio, a não ser nos locais em que ficariam as bases. “Já era uma obra sustentável, à época.” Na execução da sondagem, Antonio contraiu malária e faleceu antes de ver sua obra terminada, aos 34 anos. A conclusão ficou a cargo de seu irmão, André. Conforme explica Monteiro, a ponte foi ampliada em 1987, mas mantém a base original, que abrange 13 pilares. “Foi feita para sustentar quatro locomotivas.” Além desse empreendimento, os irmãos Rebouças participaram na construção de outras obras importantes, em todo o Brasil, como estradas de ferro e cais de portos. José, por exemplo, foi autor da estação de trem da Companhia Ituana e traçou, juntamente com o engenheiro Saturnino de Brito, o projeto da rede de esgoto de Piracicaba, em 1893, como destaca o diretor de patrimônio histórico do Ipplap (Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba), arquiteto Marcelo Cachioni. Os três deixaram, salienta Monteiro, um legado para a engenharia nacional “de novas técnicas, arrojamento, criando um know how para a construção pesada”.

Luta pela abolição
       O mais famoso dos Rebouças, André, nasceu em Cachoeira, na Bahia, em 1838, e morreu na Ilha da Madeira, em Portugal, em 1898. Era muito próximo da família imperial e a acompanhou na viagem de volta àquele país, quando a corte deixou suas instalações no Brasil.
       Destacou-se na luta pela abolição, integrando inclusive uma associação brasileira de combate à escravidão. “Ele era empenhado nessa questão. Escrevia sobre isso e botava dinheiro do bolso para que o movimento pudesse crescer.” Após ter sido decretada a Lei Áurea, passou a reivindicar que o Estado indenizasse e reparasse os libertos das algemas. O 13 de maio não encerrava a luta pela igualdade, dava início a uma nova etapa. “Imposta pela sociedade, pela elite da época, a data não trouxe nenhum benefício aos negros, que foram jogados nas ruas, sem trabalho e sem qualquer condição.” A desigualdade que vemos hoje, com outra roupagem e nomes, é consequência. Resgatar a história de personalidades como os irmãos Rebouças é promover a devida valorização dos negros no Brasil, considera Monteiro. “Brigamos por esse reconhecimento e divulgação”, ressalta.


Soraya Misleh*

* Colaborou Aristides Galvão

 

 

     Encabeçada por Murilo Celso de Campos Pinheiro, que disputou a reeleição à presidência do SEESP, a chapa “Trabalho–Integração–Compromisso” obteve 95% dos votos válidos a seu favor, ante apenas 5% de brancos e nulos. O pleito que garantiu a escolha dos representantes dos engenheiros no Estado para os próximos quatro anos ocorreu entre 14 e 16 de abril último, pela Internet. Assim, todos os associados quites com o SEESP puderam exercer seu direito ao voto, independentemente de onde estivessem.
      Como nos últimos dois mandatos, a segurança no processo foi garantida por sistemas criptografados. À gestão 2010-2013, a diretoria do sindicato será empossada em janeiro do próximo ano e implementará programa de trabalho que tem como prioridade absoluta a ação sindical . Além disso, a meta é participar de debates pertinentes à engenharia e somar esforços com o conjunto do movimento dos trabalhadores, para garantir novas conquistas, como informa Pinheiro nesta entrevista ao Jornal do Engenheiro.


Qual a sua avaliação em relação à gestão que se encerra neste ano de 2009? Quais as principais conquistas?
       A atual gestão continua até 31 de dezembro, portanto, ainda há bastante trabalho pela frente. No entanto, já é possível dizer que as conquistas foram muitas e relevantes. O SEESP cresceu política e institucionalmente, ampliamos e consolidamos negociações coletivas, aprimoramos a prestação de serviços aos associados e nossa infraestrutura na sede e no Interior.


Quais as perspectivas e prioridades para a gestão 2010-2013?
       O plano é dar prosseguimento ao que vem dando certo, pautados no programa de trabalho que elaboramos para esse período. A prioridade absoluta é a ação sindical que implica defesa incansável dos interesses dos engenheiros, lutando tanto pela manutenção das conquistas já alcançadas quanto por novas e justas reivindicações da categoria. Além disso, é nossa meta somar esforços com o conjunto do movimento sindical brasileiro para lutar por questões de interesse geral, como a implementação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que proíbe a demissão imotivada, e a redução da jornada sem redução salarial. Também estão na nossa pauta ações voltadas à inclusão dos profissionais no mercado de trabalho, com programas especiais voltados ao recém-formado e ao autônomo, por exemplo.

Na linha de fortalecimento do SEESP, houve inclusive aquisição de imóveis para instalação de delegacias sindicais. Essa política deve ter continuidade? O que está previsto nesse sentido?
      Sim, a política está posta e é essencial para garantir estabilidade ao funcionamento das delegacias sindicais e melhor atendimento ao engenheiro no Interior do Estado. Obviamente, essas aquisições acontecerão à medida que a necessidade e a oportunidade ideal se colocarem e houver possibilidade financeira.

A adesão ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” vem ao encontro da proposta do SEESP de influenciar na construção de políticas públicas. Quais os planos para 2010-2013 em relação a isso?
       O “Cresce Brasil” é um projeto permanente da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e assim também é o engajamento do SEESP, que busca contribuir com o trabalho nacional atuando no âmbito estadual. Um dos pontos desse trabalho é aprimorar o Conselho Tecnológico e implantar novos regionais (além dos atuais 19) que ajam efetivamente nos municípios. Também manteremos nosso esforço de participar ativamente dos debates sobre as áreas pertinentes à engenharia, como transportes, saneamento, habitação e comunicações.

Diretoria eleita
Executiva
Presidente – Murilo Celso de Campos Pinheiro
Vice-presidentes – Carlos Alberto Guimarães Garcez, Celso Atienza, João Paulo Dutra, João Carlos Gonçalves Bibbo, Henrique Monteiro Alves e Laerte Conceição Mathias de Oliveira
1º secretário – Fernando Palmezan Neto
2º secretário – Antônio Roberto Martins
3º secretário – Edílson Reis
1º tesoureiro – Esdras M. dos Santos Filho
2º tesoureiro – Flávio José A. de Oliveira Brízida
3º tesoureiro – Marcos Wanderley Ferreira
Representantes na FNE – Allen Habert e Antonio Carlos Therezo Mattos (titulares); Ubirajara Tannuri Felix e Maria Célia Ribeiro Sapucahy (suplentes)

Presidentes das delegacias sindicais
Nelson Martins da Costa (Alta Mogiana); José Maria Morandini Paoliello (Araçatuba); João Luiz Braguini (Araraquara); Newton Guenaga Filho (Baixada Santista); Luiz Antônio Moreira Salata (Barretos); Luiz Roberto Pagani (Bauru); Nivaldo José Cruz (Botucatu); Rubens Lansac Patrão Filho (Campinas); José Chozem Kochi (Franca); Silvana Guarnieri (Grande ABC); José Luiz Pardal (Guaratinguetá); Roberto Benedito Requena Juvele (Jacareí); Luiz Antonio Pellegrini Bandini (Jundiaí); Juliano Munhoz Beltani (Lins); Luiz Fernando Napoleone (Marília); Mário Edison Picchi Gallego (Mogi das Cruzes); André Sierra Filho (Pindamonhangaba); Walter Antônio Becari (Piracicaba); Manoel Carlos de Moraes Guerra (Presidente Prudente); Maxwell Wagner Colombini Martins (Rio Claro); Miguel Guzzardi Filho (São Carlos); Amaury Hernandes (São José do Rio Preto); Odair Bucci (São José dos Campos); Ricardo José Coelho Lessa (Sorocaba); Breno Botelho Ferraz Amaral Gurgel (Taubaté).

Soraya Misleh
02/12/2009

ENGENHEIRO XXI

Energia eólica é tema de seminário em São Paulo

        Acontece no dia 13 de maio, em São Paulo, a segunda edição do seminário “Energia eólica – investimentos e desafios para a geração de energia limpa no Brasil”. Promovido pelo Canal Executivo, o evento é voltado a presidentes, diretores e responsáveis pelas áreas de regulação, planejamento, projetos, desenvolvimento de negócios, operações e energias renováveis de empresas nacionais e multinacionais.
       Disponível em diversos lugares do Brasil, com diferentes intensidades, a energia eólica é considerada a mais limpa do planeta e, portanto, uma boa alternativa às fontes não renováveis. As perspectivas para a sua utilização são cada vez maiores, pois apresentam um custo reduzido em relação a outras opções.
       Para aprofundar o conhecimento dos participantes, o seminário abordará os grandes desafios do setor eólico, como os custos de produção, a viabilidade econômica dos parques e os incentivos tributários que podem transformar os cata-ventos em alternativa de empreendimento com perspectivas de longo prazo.
       O evento será realizado das 9h às 18h no auditório Caex Berrini, localizado na Rua Flórida, 1.758, 7° andar, na Capital.
       Mais informações sobre a programação e inscrições no site www.canalexecutivo.com, pelo telefone (11) 3513-9600 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. O custo é de R$ 2.350,00.
02/12/2009

Cursos

Campinas
Instituto Biológico de Campinas/Apta e Coordenadoria de Defesa Agropecuária

Site: www.infobibos.com
Telefone: (19) 3014-0148
• XXXI Curso para habilitação de engenheiros agrônomos para emissão de CFO/CFOC (Certificado Fitossanitário de Origem e Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado). Os profissionais da área receberão orientação geral sobre as normas de certificação fitossanitária e específica sobre classificação taxonômica, monitoramento, levantamento, mapeamento, prevenção e controle. O curso será realizado entre os dias 12 e 14 de maio, das 8h às 17h, no auditório da CDA, localizado na Avenida Brasil, 2.340. As inscrições vão até dia 7 de maio e o custo é de R$ 500,00.

São Paulo
Academia de Engenharia e Arquitetura
Site: www.aeacursos.com.br
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.  
Telefone: (11) 3868-3090
• Arquitetura sustentável – energia, tecnologia e meio ambiente. Para introduzir, atualizar e aperfeiçoar os conceitos, técnicas, tecnologias, metodologias, particularidades e ferramentas úteis ao desenvolvimento de projetos de edificações sustentáveis, energeticamente eficientes e adequadas ao meio ambiente. Entre os temas, energia e desenvolvimento, panorama energético mundial e brasileiro, ecologia urbana, arquitetura bioclimática, critérios de conforto ambiental, geometria solar, soluções passivas para ventilação e iluminação naturais, energias alternativas (eólica, geotérmica e solar), coletores solares para aquecimento de água, energia solar fotovoltaica e estudos de casos brasileiros. O curso será realizado nos dias 29 e 30 de maio, das 9h às 18h, na Rua Miguel Cabrera, 43. O custo é de R$ 890,00 e as inscrições vão até o dia 20 de maio.

Instituto de Engenharia
Site: www.institutodeengenharia.org.br
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.  
Telefone: (11) 3466-9253
• Durabilidade das estruturas de concreto. Para compreender a durabilidade e a manutenção do concreto. O curso abordará as causas de patologias estruturais, imagens e cases, mecanismo de envelhecimento, corrosão, esforços na execução e ação no tempo, efeito de várias substâncias sobre o concreto, ações preventivas e corretivas, projeto, especificações, diagnóstico e considerações sobre custos. As aulas acontecem dias 26 e 27 de maio, das 19h às 23h, no auditório do IE, localizado na Avenida Dr. Dante Pazzanese, 120. As inscrições vão até dia 20 de maio e o preço é de R$ 180,00 para associados ao instituto e de R$ 240,00 para não associados.

 

 

02/12/2009

CANTEIRO

Delegacia do SEESP em Taubaté comemora 25 anos
      No dia 23 de abril, aproximadamente 300 pessoas se reuniram no Buffet Jóia, na Estrada Taubaté-Ubatuba, para celebrar os 25 anos da Delegacia Sindical do SEESP em Taubaté – completados em 28 de fevereiro. Na ocasião, foram homenageados ex-presidentes e ex-diretores, além do seu fundador, Carlos Alberto Guimarães Garcez, do presidente estadual do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro, e do vereador da cidade Luiz Gonzaga Soares, o Luizinho da Farmácia (PR), o qual foi o responsável por decreto na Câmara local que criou o Dia do Engenheiro – comemorado pela primeira vez no município em 10 de dezembro último. No evento que celebrou os 25 anos da delegacia, o qual reuniu diversas autoridades de Taubaté e estaduais, os participantes puderam usufruir de jantar e baile, bem como acompanhar queima de fogos.


1º de maio pelo desenvolvimento e emprego

       O tema dominante nas comemorações do Dia do Trabalhador – 1º de maio – não poderia ser outro: a defesa de ações contra a crise, pelo desenvolvimento e pleno emprego. A agenda deste ano do movimento sindical tem sido delineada pela conjuntura preocupante e a luta por impedir que se transfira a conta da turbulência financeira global para os trabalhadores. Para João Guilherme Vargas Netto, cientista político e consultor sindical do SEESP, as amplas manifestações, embora diversificadas, refletem o estado de espírito unitário e de resistência. “O fato de se realizarem vários atos não é contraditório a isso. Respeita a tradição e experiência de cada destacamento, mantendo eixos convergentes e ideias compatíveis, o que aponta o potencial de unidade de ação do movimento sindical.”
       Na sua ótica, o 1º de maio não encerra a jornada, mas contribui ao cumprimento das tarefas dos representantes dos trabalhadores na atualidade. Essas se fundamentam em quatro eixos, que devem dominar a agenda sindical neste segundo trimestre do ano: o fortalecimento das campanhas salariais; o acompanhamento e reivindicação de avanços nas questões de interesse dos trabalhadores que encontram-se estagnadas no Legislativo; a participação ativa para adoção de medidas anticíclicas nos setores atingidos pela crise; e o reforço às exigências de decisões relativas à macroeconomia, como redução de juros e spreads. “Em 30 de março fizemos um ato unitário. Estamos agora discutindo uma marcha a Brasília para pleitear a queda de juros, e a coordenação das centrais é o caminho para a mobilização dos trabalhadores”, enfatiza Wagner Gomes, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). A tendência ao chamado por unidade de ação é atestada por João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical. O diretor executivo da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Julio Turra, aponta a disposição de a entidade participar de ações conjuntas. Ambas realizarão no segundo semestre seus congressos e o tema do emprego e desenvolvimento deverá nortear os debates.


Assinado acordo entre CPFL e SEESP
       Empresa e sindicato assinaram em 14 de abril último o Acordo Coletivo de Trabalho para vigorar no período de 1º de junho de 2008 a 31 de maio de 2010. Com isso, foi posto fim ao processo de dissídio coletivo decorrente de impasse nas negociações do ano passado. Garantiu-se, assim, reajuste de 6,3% a partir de abril de 2008 e da PLR conforme nova metodologia.


Homenagem em Lins

      A Senag (Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da Região Administrativa de Lins) realizou na cidade, no dia 4 de abril último, jantar dançante em comemoração ao Profissional do Ano de 2008. Na ocasião, foi homenageada a arquiteta Paula do Amaral Grossi, a qual está cuidando da reforma e decoração da nova sede da Delegacia Sindical do SEESP em Lins. O presidente dessa, Milson Cesar Pagliarini, aproveitou o ensejo para lhe presentear com uma lembrança.
Vacinação contra a gripe
      Os associados ao SEESP poderão tomar a vacina contra a gripe na sede do SEESP, na Rua Genebra, 25, Bela Vista, São Paulo/SP, no dia 13 de maio, das 14h às 18h. O valor é R$ 29,75. Basta agendar aplicação no Departamento de Benefícios, pelo telefone (11) 3113-2664.


Oportunidades

       Segundo levantamento feito até dia 22 de abril último, a área de Oportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de vagas para engenheiros nas seguintes modalidades e quantidades assinaladas: civil (seis), mecânica (duas), alimentos e segurança do trabalho, além de arquitetura (uma cada). Para se cadastrar e inserir seu currículo, acesse neste site o link Oportunidade Profissional. Mais informações pelo telefone (11) 3113-2666.

Receba o SEESP Notícias *

agenda