logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

Soraya

Soraya

seminário mobilidade

 

Os projetos brasileiros premiados e finalistas da América Latina em 2017 pela União Internacional de Transportes Públicos (UITP) foram apresentados em São Paulo nesta terça-feira (13), durante seminário promovido pela organização, com o apoio do SEESP e do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), mantido pela entidade paulista. Intitulada “Mobilidade urbana e tendência mundial”, a atividade ocorreu no auditório do sindicato. Por suas iniciativas em transporte público e mobilidade, os melhores da região foram agraciados durante o UITP Global Public Transport Summit, entre 15 de 17 de maio, em Montreal, no Canadá. Tal evento ocorre a cada dois anos para discutir o futuro da mobilidade urbana. Nesta edição, reuniu 2.700 delegados de 84 países no seminário sob o tema “Liderando a transição” e mais de 10 mil visitantes na feira com 330 expositores. No ensejo, foi possível observar a grande quantidade de inovação no setor, desde o gerenciamento de dados (big data) até os pioneiros veículos autônomos.

Ao trazer esses resultados ao público brasileiro, a UITP jogou luz sobre as tendências mundiais à mobilidade urbana. Abrindo o evento, o coordenador do Conselho Assessor de Mobilidade do Conselho Tecnológico do sindicato e presidente da união internacional, Jurandir Fernandes, destacou a iniciativa como “uma primeira janela de debates para se extraírem temas subsequentes e se aprofundar”. O secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni, apontou: “Temos que pensar a mobilidade na Grande São Paulo como um todo, integrada.” Já o tenente-coronel Marcelo Vianna, comandante de trânsito da Polícia Militar de São Paulo, afirmou: “Não há nenhuma solução que não a comunhão de esforços e entendimento do poder público e iniciativa privada.” Ao encontro dessa visão, o presidente do SEESP e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Pinheiro, salientou: “Essa discussão de saídas para a retomada do crescimento e desenvolvimento nacional, é parte da ‘Engenharia Unida’.” O movimento em questão é um chamado da FNE à articulação dos diversos setores e organizações da área tecnológica na busca por soluções factíveis à crise atual.

Nessa direção, no primeiro painel, Jurandir Fernandes apresentou as tendências mundiais à mobilidade urbana. “É preciso enxergá-las para não continuarmos a fazer mais do mesmo. É necessário, contudo, também evitar o vício da imitação barata. É importante olhar para o que está acontecendo, ver os erros e acertos.” Ao traçar histórico sobre a evolução e tendências na área desde final do século XIX, ele lembrou que o que antes era considerado ficção científica hoje é realidade. Por exemplo, na digitalização, com dados abertos e coleta automática de dados online, colocando a mobilidade integrada com outras atividades, como um serviço. Um exemplo é a possibilidade de orientação no trânsito via aplicativos, como um relógio de pulso com leitor de voz. “Há forte inovação de produtos, negócios, materiais, tecnologia embarcada. E o transporte público é porta de entrada.” Entre essas, apresentadas em Montreal, Fernandes citou a possibilidade de viagens compartilhadas sob demanda, com roteamento online e algoritmos calculando rotas mínimas, e os veículos autônomos, com automação e mesmo sem condutor. “Muitos países os têm adotado, com itinerários e horários fixos. Cingapura já está fazendo a implantação. Há utilitários de limpeza urbana totalmente automáticos.” O presidente da UITP assinalou ainda a última tendência: eletrificação. “Diversos países assinaram tratados sobre questões ambientais. Em 2015, houve um salto na frota de veículos elétricos, que alcançou um milhão, sendo 340 mil exclusivamente a bateria, quase 99% na China, com perda de espaço aos híbridos e aos trólebus. Hoje são 2 milhões de veículos elétricos no total e a projeção da International Energy Agency (IEA) é que cheguem a 9 a 20 milhões em 2020 e 40 a 70 em 2025, conforme as perspectivas mais ou menos otimistas.” Ele citou as cidades de Shenzhen, na China, com projeto de eletrificação total ainda neste ano, além de Montreal em 2022 e Paris, capital da França, em 2025. 

Projetos apresentados
Em seção coordenada por Valeska Peres Pinto, coordenadora do Programa UITP, foram apresentadas as melhores práticas em promoção e comunicação do transporte público que foram destaque em Montreal e no financiamento e modelo de negócios, com a Addax/Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU/SP) recebendo o prêmio mundial por projeto de concessão no formato parceria público-privada. Flavio Chevis, CEO da Addax, abordou este último tema como tendência mundial e falou sobre a ação agraciada, relativa a sistema integrado na Região Metropolitana da Baixada Santista.

Já em relação à promoção e comunicação, foram três campanhas: a premiada relativa à marca de 6 milhões de usuários do cartão BOM, pela Autopass, com apresentação do diretor de Marketing da empresa, Roberto Sganzerla; a também agraciada referente ao “projeto lotação próximo trem”, que apresenta informação ao usuário da Linha 4 do metrô, segundo informou o vice-presidente da UITP e presidente da ViaQuatro, Harald Zwetkoff, sobre quando o trem vai chegar e qual o carro mais vazio, “uma inovação tecnológica”; e a contra o abuso sexual no metrô de São Paulo, apresentada por Cecilia Guedes, chefe do Departamento de Relacionamento com o Usuário da companhia. Na categoria APPs coletivos (aplicativos), o projeto finalista pela colaboração e análises de dados de mobilidade da startup Scipopulis foi colocado em pauta pelos seus diretores Julian Monteiro e Marcio Cabral. Também participou dos painéis Eleonora Pazos, diretora da UITP América Latina.

Ao final, debate moderado por Fernandes teve a participação de Zwetkoff, Joaquim Lopes, presidente da EMTU/SP, Murilo Pinheiro e Saulo Krichanã Rodrigues, diretor-geral do Isitec. Este último apresentou o que motivou a criação desse instituto, mantido pelo SEESP: diagnóstico e demanda apontados no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, da FNE, de que o conhecimento é mola propulsora do desenvolvimento nos países e é necessário formar mais e melhores engenheiros no País. Nesse contexto, desenvolveu-se no Isitec a pioneira graduação em Engenharia de Inovação, cujo processo seletivo para a quinta turma está com inscrições abertas até a próxima terça-feira (20). Ainda de acordo com Krichanã, entre os cursos de extensão universitária, um dos focos é mobilidade. Mais informações no site www.isitec.org.br.

 

 

Soraya Misleh
Comunicação SEESP

 

 

Diante do emaranhado nos postes nas diversas cidades brasileiras, um documento-síntese apontando diagnóstico e saídas será elaborado e entregue inicialmente ao prefeito de São Paulo, João Dória. Esse foi o principal encaminhamento resultante de reunião da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo e seu Conselho de Orientação de Energia (Arsesp/COE), no último dia 5 de maio, na sede do SEESP, na Capital.


Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Carlos Kirchner aborda problema com emaranhado de fios nas cidades brasileiras e ações da FNE para solucioná-lo.

O encontro reuniu especialistas, representantes do órgão regulador e de concessionárias como Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) e Grupo Energisa, além de dirigentes do sindicato e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Uma das preocupações apontadas é quanto à quantidade enorme de cabos e fios “mortos” e irregulares que dividem postes nas diversas cidades brasileiras, sem qualquer solução. A Federação tem se debruçado sobre o problema desde 2013, segundo explanou Carlos Augusto Ramos Kirchner, seu representante no Fórum de Defesa do Consumidor de Energia Elétrica e diretor do SEESP. De acordo com sua preleção, uma das questões que chamou a atenção da entidade logo ao início foi de que “as pessoas não sabiam a quem reclamar”. As gestões junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e os debates acerca do tema, ainda segundo Kirchner, culminaram em audiências públicas que tiveram como resultado a publicação da Resolução Conjunta Aneel/Anatel nº 4/2014 – na sua análise, uma boa norma, mas ainda com necessidade de ajustes. Uma das críticas é quanto à limitação de regularizações à detentora do poste, em apenas 2.100 casos por ano – o que está longe de resolver o problema. “Vamos levar 300 anos para regularizar a situação”, salientou o presidente do COE/Arsesp, Carlos Silvestrin. Para Marcos Peres, diretor de gás e energia elétrica da agência, dificuldade adicional é assegurar o cumprimento da legislação e normas.

Conforme o representante da FNE, a federação observou que, como o uso do solo é prerrogativa dos municípios e o espaço público é propriedade da coletividade, “cabe à administração pública local gerir esses espaços e preservá-los em situações como de impacto paisagístico e prejuízo à população”. Nesse sentido, elaborou minuta de projeto de lei às Prefeituras para o enfrentamento do desafio. Ali fica evidenciada a responsabilidade de cada ator e que o compartilhamento de infraestrutura deve atender a normas técnicas vigentes. Às distribuidoras, como afirmou o dirigente, cabe zelar por seu cumprimento. “As concessionárias devem notificar o dono do cabo em 15 dias ou são multadas.” Kirchner afirmou que pelo menos 30 cidades brasileiras “já têm legislação própria”. Entre os exemplos, Porto Alegre e Curitiba. 

O problema
O consultor Marcius Vitale revelou o gravíssimo quadro. “As redes são caóticas. Antes da privatização das telecomunicações, havia 28 empresas operadoras e mais a Embratel (Empresa Brasileira de Telecomunicações). Hoje, só de provedores de internet há 6 mil, fora os ‘gatos’.” Se não houver solução, conforme ele, a expectativa é de “imenso apagão no sistema de comunicação brasileiro” nos próximos anos. Silvestrin complementou: “Um dado preocupante é o crescimento da demanda, sobretudo com whatsapp e netflix. A previsão em relação ao tráfego móvel é de expansão em sete vezes o atual. Estejam preparados para enfrentar desligamentos no celular de até 20 minutos ao dia, além de perda irreversível de linhas e dados.”

Vitale criticou a inércia da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em impedir que esse cenário se consolide, ao não fiscalizar ou regular a ação. “Não há mais espaço físico, a infraestrutura está totalmente comprometida, falta critério técnico de engenharia.” Para sair desse imbróglio, ele sugere o uso de minigalerias em vez de rede enterrada.

 

 

Soraya Misleh
Comunicação SEESP

 

 

 

Com o objetivo de discutir as ações prioritárias para 2017, o SEESP realizará uma série de encontros no interior paulista. Como parte dessa agenda, ocorreu nesta segunda-feira (16) reunião na sede da Delegacia Sindical em Jacareí. No ensejo, o presidente estadual da entidade, Murilo Pinheiro, fez um breve balanço da atuação do SEESP em 2016 e um chamado ao trabalho em 2017, com ênfase no esforço regional.


Foto: Rita Casaro/SEESP
Jacareí 16JAN2017 
Reunião na Delegacia Sindical em Jacareí, no dia 16 de janeiro, discute ações para 2017.
 

Salientando o momento difícil no País, com “uma metralhadora giratória colocada contra os trabalhadores, como as reformas trabalhista e da Previdência”, ele observou: “Tudo isso diz respeito à categoria, que precisa participar do debate.” Murilo lembrou as ameaças à engenharia nacional como o anúncio de contratação de empresas estrangeiras pela Petrobras. Referência à licitação para retomada das obras à construção da unidade de processamento de gás natural do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) – em que as empresas nacionais foram impedidas de participar. O presidente da entidade enfatizou, assim, que é necessário combater a corrupção sem desmantelar as companhias brasileiras. 


Como destacou, no ano passado, apesar da situação política, o SEESP realizou uma agenda positiva. “Trabalhamos na direção de buscar alternativas para o crescimento e desenvolvimento nacional. Fizemos inúmeras discussões. Criamos a Frente Parlamentar Mista da Engenharia juntamente com o deputado Ronaldo Lessa.” Para 2017, foi categórico: “Precisaremos arregaçar as mangas e manter o esforço. Temos essa responsabilidade. O Brasil espera que entidades como a nossa apresentem propostas. É o que temos feito por meio do projeto ‘Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento’ e do movimento ‘Engenharia Unida’. Uma grande contribuição é o Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia).”

 

Nessa direção, Murilo ressaltou que o trabalho nas delegacias sindicais deve também se intensificar. “É necessário ampliar a representatividade e a inserção no debate das questões locais e regionais, bem como atrair jovens para essa ação." Em Jacareí, o planejamento para 2017 deve contemplar cursos de qualificação profissional. A ideia, ainda, é aproximar cada vez mais a entidade dos engenheiros, com representantes sindicais em Igaratá, Guararema e Santa Isabel, cidades abrangidas pela delegacia.
 

Da diretoria estadual, participaram dessa primeira reunião os vice-presidentes João Carlos Gonçalves Bibbo e Carlos Alberto Guimarães Garcez, além do 3º secretário, Edilson Reis. Da regional, o presidente Roberto Benedito Requena Juvelle, os vices Joaquim Marcílio de Carvalho e Alexandre Mariano da Silva, além dos diretores Ricardo de Souza Esper, Januário Garcia, Norberto Luiz Vieira Lima e Maurílio Alves de Carvalho. Também esteve presente o 1º vice-presidente da Delegacia Sindical no Alto Tietê, Gley Rosa.

 

 

 

Comunicação SEESP

Em comemoração ao Dia do Engenheiro – 11 de dezembro –, o SEESP entregou na última sexta-feira (9) o prêmio Personalidade da Tecnologia aos destaques do ano em suas áreas de atuação. A solenidade ocorreu na sede da entidade, na capital, e reuniu cerca de 300 pessoas, entre profissionais da categoria, representantes de entidades da área tecnológica, dirigentes sindicais, ex-premiados e autoridades.

A homenagem é feita desde 1987 como um reconhecimento àqueles que com ousadia, dedicação e criatividade colocaram seu saber à valorização da profissão, ao avanço científico-tecnológico e ao bem-estar da população brasileira. Em 2016, foram agraciados Maurício Antônio Lopes (na categoria agricultura), Ronaldo Lessa (Defesa da engenharia), Anderson Ribeiro Correia (Educação), Diomedes Cesário da Silva (Energia), Paulo Cezar de Souza e Silva (Inovação) e Associação dos Engenheiros de Arquitetos de Campinas (Aeac), na pessoa de seu presidente, Paulo Sergio Saran (Valorização profissional) (confira sua trajetória abaixo).


Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Personalidade Premiados 2016 
Homenageados ao final da cerimônia de entrega do prêmio Personalidade da Tecnologia 2016.
 

“Este é um dia bastante importante. O SEESP sente-se honrado em homenagear esses nomes.” Assim Jurandir Fernandes, representando o Conselho Tecnológico do SEESP – que discute e escolhe os premiados de cada edição –, abriu a cerimônia. Ele aproveitou o ensejo para lembrar que apesar do ano difícil, o sindicato não se abateu ou ficou prostrado. “Estamos preparados para servir ao País na sua retomada do crescimento.” Para tanto, adere ao movimento “Engenharia Unida”, uma convocação da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) à união da categoria na busca por saídas ao Brasil sair da crise em que se encontra. Essa visão alinha-se com o reconhecimento a personalidades que atuam em tal direção em “importantes setores que são eixo à sustentabilidade nacional”.

Primeiro a receber o prêmio, Diomedes Silva salientou: “Represento aqui o corpo de engenheiros da Petrobras, cuja homenagem é muito importante pelo que fez.” Ele acrescentou: “A área de engenharia básica completa agora 40 anos de existência, gerando um sem número de projetos em refino, exploração e produção. É fundamental que se discutam questões como essa. Poucos sabem o que é tecnologia, pensam que é um conjunto de manuais e outros se confundem com máquinas e instalações. Mas na verdade é feita dia a dia, envolve inovação.” Ainda como frisou o agraciado em Energia, os países que “investiram nesse percurso contrariaram o que outros, que já haviam feito isso, disseram: que não optassem por esse caminho”. Na Petrobras, de acordo com ele, essa decisão foi tomada a partir dos anos 1970 e envolveu enviar equipes ao exterior para capacitação à transferência de tecnologia. Como resultado, “temos um corpo técnico que segue construindo a empresa que todos os brasileiros querem e não se confunde com a imagem que se passa da companhia. Não podemos perder essa conquistas”.

Anderson Correia também dedicou o prêmio à instituição na qual é reitor: o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). “Criado em 1950 a partir da visão do marechal Casimiro Montenegro em um momento em que o País estava em desenvolvimento, apoiou o desenvolvimento de São José dos Campos, do estado de São Paulo, do País e mesmo internacionalmente. Através da iniciativa de alunos, hoje há mais de 150 empresas de base tecnológica criadas Brasil afora, fortalecendo a engenharia e a tecnologia”, ressaltou. E completou: “Ex-alunos têm feito a diferença e colaborado com o País.” Entre os que ocuparam seus bancos, citou Jurandir Fernandes, da turma de 1972, ex-secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, e Dario Rais Lopes, atualmente ministro da Aviação Civil.

Ao ser agraciado em Agricultura, Maurício Lopes destacou a importância e valorização da engenharia voltada à área e da inovação, por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), à qual está à frente. “O Brasil tomou uma decisão importante criando essa companhia nos anos 1970, a qual integrou a grande rede de universidades agrícolas brasileiras à pesquisa e educação. Essa empresa ajudou, em curto espaço de tempo, a firmar um modelo baseado em ciência adaptado ao cinturão tropical do mundo.” Segundo ele, o País tem condições de prover alimentos a 1 bilhão de pessoas ao redor do globo, graças a esse investimento, com papel destacado às engenharias.

Representando Paulo de Souza e Silva, Humberto Pereira transmitiu sua gratidão pela homenagem e “da comunidade Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica)”. “Para nós, inovação é questão de sobrevivência e existência. Vai nos conduzir à prosperidade do País”, destacou. Ainda conforme ele, está nos fundamentos da companhia o projeto estratégico de longo prazo, a partir da educação e pesquisa de base tecnológica. “A Embraer teve senso de oportunidade para inovar, o que é muito importante. Hoje vivemos a revolução tecnológica digital e abre-se nova oportunidade, que certamente será conduzida por aqueles que têm como dever de ofício inovar: os engenheiros”, concluiu.

Paulo Saran também contou um pouco da trajetória e visão da Aeac, que “nasceu fortemente com o sentido de cidadania que a acompanha até hoje”. “Dentro e fora do município de Campinas, temos comungado dos mesmos princípios, objetivos e projetos da FNE e SEESP na defesa da engenharia brasileira, da valorização profissional e do crescimento do País.” E finalizou: “Estivemos juntos no passado, seguimos no presente e certamente o estaremos no futuro. Levo no meu coração e de todos da Aeac esse honroso prêmio que recebemos esta noite.”

Fechou com chave de ouro a galeria de agraciados em 2016 o deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL). Fundador e presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, que hoje conta com mais de 250 parlamentares, ele dedicou o prêmio a esse conjunto e à categoria. “Em nossa primeira reunião, será colocada a questão da carreira de Estado a esses profissionais. Nós queremos isso. Nenhum país no mundo cresce sem tecnologia e engenharia.” Falando de sua felicidade com a homenagem, foi categórico: “A Frente vai trabalhar ao País e ao povo e dar exemplo ao Brasil.” Junto com a Engenharia Unida, o deputado garantiu: “Vamos ajudar a que se faça o que é preciso, ou seja, investimento em infraestrutura para gerar emprego e desenvolvimento.”

Presidente do SEESP, Murilo Pinheiro explanou que a premiação é “um agradecimento pelo trabalho prestado à sociedade brasileira”. E conclamou: “O Brasil vive um momento delicado, mas não me falta otimismo e vontade de luta. Caminho pode ser traçado para sairmos da crise de forma rápida. Temos que unir a engenharia brasileira em direção a um país melhor, com propostas factíveis à retomada do crescimento e desenvolvimento.” Nesse sentido, ele lembrou que a Carta de Barra Bonita – que traz as conclusões do encontro “Engenharia Unida – Mobilização pela retomada do crescimento e valorização dos profissionais”, realizado pela FNE em Barra Bonita (SP) entre 24 e 26 de novembro – foi encaminhada às autoridades, inclusive ao Presidente da República. E aproveitou a presença do ministro dos Transportes, Maurício Quintela Lessa – que prestigiou a solenidade –, para reivindicar que os engenheiros participem do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado “Conselhão”, de modo que contribuam nos debates em prol do Brasil. O ministro colocou seu gabinete à disposição do SEESP “para fazermos discussão mais detalhada sobre infraestrutura nacional”. Além dele, compuseram a mesa à cerimônia o deputado estadual Itamar Borges (PMDB); o diretor técnico da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), Robson Spinelli Gomes; o ex-reitor da Universidade de São Paulo (USP), Antônio Hélio Guerra Vieira; o diretor geral do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), Saulo Krichanã; e Silvana Guarnieri, presidente da Delegacia Sindical do SEESP no Grande ABC, representando as demais subsedes da entidade no Interior.

 

OS AGRACIADOS

Agricultura
Maurício Antônio Lopes

Graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa, mestre em Genética pela Universidade de Purdue e doutor em Genética Molecular pela University of Arizona (ambas nos EUA), Maurício Antônio Lopes foi pesquisador visitante do Departamento de Agricultura da FAO-ONU (Roma-Itália). É presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desde 2012. Ingressou na companhia em 1989, na qual ocupou cargos de direção e chefia, foi pesquisador e líder do programa de melhoramento genético de milho. Atuou como pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), foi membro do Conselho Científico da Fundação Agropolis, na França, entre 2007 e 2012, e atualmente é membro de conselhos científicos de organizações na Europa e nos Estados Unidos. Em 2014 recebeu o título de Ex-aluno de Destaque em Agricultura da Universidade de Purdue e no ano seguinte foi agraciado com a Ordem do Mérito Agrícola pelo Governo da França. 

Defesa da engenharia
Ronaldo Lessa

Engenheiro civil formado pela Universidade Federal de Alagoas, nessa instituição o deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL) iniciou sua trajetória política como líder estudantil, chegando a ser preso pela ditadura. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se tornou vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros e trabalhou em grandes obras. Retornou a Maceió e elegeu-se deputado estadual em 1982 pelo PMDB, vereador por Maceió em 1988 e prefeito em 1992. Tornou-se presidente da Associação dos Municípios Alagoanos em 1995 e no ano seguinte, coordenador da Frente Nacional de Prefeitos. Consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), nos Estados Unidos, a partir de 1996, governador de Alagoas em 1998 e em 2002, foi secretário executivo do Ministério do Trabalho logo após seu segundo mandato. Assumiu uma cadeira na Câmara Federal em 2015, sendo escolhido coordenador da bancada de Alagoas, função que exerce até hoje. Membro de diversas comissões, é fundador e presidente da Frente Mista Parlamentar de Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional. 

Educação
Anderson Ribeiro Correia

Engenheiro civil graduado pela Universidade Estadual de Campinas em 1998, mestre em Engenharia de Infraestrutura Aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 2000 e doutor em Engenharia de Transportes pela University of Calgary em 2004, Anderson Ribeiro Correia é reitor do ITA, instituição em que é gestor da Unidade Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). É pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e assessor desse órgão, bem como da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Membro de comitês do Transportation Research Board (EUA) e de conselhos de entidades do setor. Entre os cargos que ocupou, foi superintendente de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Também prestou consultoria/assessoria em logística e transportes para diversas empresas. 

Energia
Diomedes Cesário da Silva

Engenheiro mecânico graduado pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP) em 1972 e mestre em Ciências em Engenharia Mecânica pela Coordenação de Programas de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) em 1980, Diomedes Cesário da Silva é engenheiro de equipamentos da Petrobras desde 1973, trabalhando na engenharia básica, localizada por 40 anos (1976-2016) no Centro de Pesquisas da companhia (Cenpes). Presidiu o Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira (Caaso) da EESC-USP na gestão 1970-1971. Foi ainda diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) em 1980-1983, ex-conselheiro do Clube de Engenharia, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) por dois mandatos – de 1990 a 1993 – e membro da diretoria em gestões posteriores. 

Inovação
Paulo Cesar de Souza e Silva

Graduado em Economia pela Universidade Mackenzie (São Paulo), com MBA em Finanças, pela Universidade de Lausanne (Suíça), Paulo Cesar de Souza e Silva é CEO da Embraer desde julho de 2016, liderando uma organização global com sede no Brasil e negócios em aviação comercial, executiva, além de defesa e segurança.

O executivo juntou-se à companhia em 1997 como vice-presidente para o financiamento de vendas. Em 2010, assumiu a Presidência e CEO da Embraer Aviação Comercial, posição ocupada até junho deste ano. Durante sua gestão, a companhia expandiu a atuação no mercado de aviação comercial, consolidando sua liderança no segmento de até 130 lugares. Por mais de duas décadas, ele atuou em instituições financeiras no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos.

Valorização profissional
Associação de Engenheiros e Arquitetos de Campinas (Aeac)/Paulo Sergio Saran

Um dos motivos principais para a sua formação, em 17 de maio de 1933, foi a Constituição de 1934, cujos constituintes seriam indicados por organizações profissionais do País. Seu primeiro presidente foi o engenheiro civil Carlos William Stevenson. Inicialmente denominada Associação dos Engenheiros de Campinas (AEC), passou a ser chamada Associação de Engenheiros e Arquitetos de Campinas (Aeac) em 1º de abril de 1970. Recebeu inúmeras homenagens pelos relevantes trabalhos prestados ao município e aos profissionais da categoria. É presidida desde 1993 por Paulo Sergio Saran, reeleito para vários mandatos.

Engenheiro civil formado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 1977, pós-graduado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e pela Faculdade de Ciências e Letras Plínio Augusto do Amaral, Saran é diretor geral da Unicamp, no quarto mandato. Com ampla trajetória profissional e em entidades de classe, foi idealizador e coordenador da União Metropolitana de Associações. Consultor e projetista na área de instalações prediais hidráulico-sanitárias, recebeu vários prêmios.

 

 

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP



 

 

 

A Prefeitura de Jundiaí firmou, nesta sexta-feira (5), termo de compromisso com o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), cujo mantenedor é o SEESP, para um campus da formação pioneira no Brasil em Engenharia de Inovação com reserva de área no Parque Tecnológico Tecnovale Jundiaí. O curso é gratuito e foi baseado em modelos das mais renomadas universidades norte-americanas.

O Parque Tecnológico Tecnovale Jundiaí está sendo construído em uma área de 216 mil metros quadrados no vetor oeste do município e vai contar com quadras compostas por núcleos de pesquisa, formação ou produção em torno de laboratórios centrais. Mas já atua com empresas residentes e não residentes junto ao Centro de Inovação Tecnológica de Jundiaí (CITJun).

De acordo com a instituição, a proposta criada depois de muitos anos de discussão trouxe a inovação para o centro da capacitação de multiespecialistas com sólida formação básica e proposta de aprendizagem permanente. “Isso subverte a matriz convencional e nos alinha com os centros mais avançados”, afirma o diretor do Isitec, Antonio Otaviano.

Parque
O Tecnovale Jundiaí conta com empresas na incubadora tecnológica e também com manifestações de interesse. Além da sua área direta, cria o polo tecnológico com legislação de benefícios também para o estímulo de inovação em empresas instaladas em um determinado perímetro no município.

“A localização regional e mundial da cidade, por suas conexões modais e por suas características ambientais, econômicas e humanas, agrega valores ao projeto do parque”, afirma o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Marcelo Cereser.

Para o presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, outra motivação para a escolha da cidade é a inovação aplicada em muitos projetos públicos com a participação direta de engenheiros, arquitetos e técnicos das mais diversas áreas.

O Tecnovale Jundiaí envolve ainda outros setores no Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, presidido por Devanildo Damião, além do Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí, que atua como órgão gestor, e o Instituto de Tecnologia Industrial de Construção, responsável pela arquitetura modular.


Imprensa SEESP
Com informações do texto de José Arnaldo de Oliveira, do
Site da Prefeitura Municipal de Jundiaí

Foto: Dorival Pinheiro Filho


 

No pleito que ocorreu nos dias 19 e 20 de julho, foram eleitos como delegados sindicais do SEESP na Telefônica/Vivo os engenheiros Roberto Cesar Pedroso e Juliana da Silva Ferreira, respectivamente titular e suplente da Diretoria de Construção de Redes; e Josemar José do Nascimento Nunes, titular da Diretoria de Operações. É a primeira vez que haverá essa representação na Telefônica/Vivo. “Essa inédita participação é uma conquista da categoria”, comemora Celso Renato de Souza, diretor do sindicato. “É de extrema relevância. Visa agilizar as ações e renovação de caráter sindical e representa a consolidação dos propósitos de modernização da estrutura da entidade”, enfatiza o também diretor Carlos Saito.

Atuando há 13 anos como engenheiro na companhia, Nunes também celebra: “É um marco. Mostra uma nova etapa de modernização nas relações sindicato-empresa-funcionário.” Pedroso, que exerce a profissão desde 2008 na empresa, destaca a importância de se ter delegados sindicais na Telefônica/Vivo: “Somos o elo de ligação entre o SEESP e a empresa e vamos atuar como interlocutores para levar as pautas pertinentes dos funcionários.” Entre as demandas, ele ressalta a implementação de plano de carreira. Para Ferreira, que trabalha na companhia como engenheira há dez anos, a aproximação propiciada fortalece a representação sindical. “Vamos ouvir e transmitir ao sindicato a contribuição dos nossos colegas de trabalho.” A Telefônica/Vivo hoje conta com 178 engenheiros.


 

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP

 

 

 

 

 

 

Na manhã desta segunda-feira (18), o presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, acompanhado de dirigentes de ambas entidades, recebeu na sede do sindicato paulista, na Capital, o deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL). O parlamentar apresentou, no ensejo, a proposta da Frente Mista Parlamentar de Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, em construção. Segundo ele, a iniciativa já conta com mais de 200 adesões de deputados e senadores, devendo ser lançada em setembro próximo. Com o apoio do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), está sendo feito levantamento dos projetos de lei em tramitação, que devem ser objeto da Frente.


Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Lessa Diretoria 
Parlamentar (à esq.) é recebido por dirigentes dos engenheiros, na Capital paulista
 

A iniciativa contará com o apoio e participação da FNE e do SEESP na elaboração de propostas de interesse da categoria e do País. Nesse sentido, o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela federação, será importante contribuição. Neste ano, debruça-se sobre o tema “Cidades”. O movimento “Engenharia Unida”, chamado pela FNE e que já engloba diversas organizações, será outro ponto de apoio às ações da Frente.

Neste momento em que o Congresso Nacional enfrenta uma série de desafios, a iniciativa do deputado Ronaldo Lessa é considerada alvissareira pelos engenheiros. Representa a busca por uma pauta positiva rumo à retomada do desenvolvimento, fundamental a que o País supere a crise econômica. Na mesma direção, deve colocar na ordem do dia do Parlamento a valorização profissional da categoria, crucial nesse processo.

 

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP
 

 

 

 

 

 

 

Em reunião na quinta-feira (19/05), na sede do sindicato, em São Paulo, o Conselho Assessor de Transportes e Mobilidade Urbana do Conselho Tecnológico do SEESP colocou em pauta um tema ainda polêmico e de pouca compreensão para o conjunto da população na Capital: a redução da velocidade nas vias. Implementada pelo governo municipal ao final de 2015, a medida foi explicada pelo arquiteto e urbanista Tadeu Leite Duarte, diretor da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Segundo ele, o objetivo precípuo era diminuir o número de acidentes, o que já vem se verificando. “Entre 2010 e 2014, houve no município 5.943 mortes e 159.168 feridos. As marginais apareciam como as campeãs de acidentes, com 73 mortes.” Com a mudança na velocidade, aponta o técnico, a diminuição foi de cerca de 35%. “A meta é chegar a 50%.” De acordo com sua informação, “começamos com 19 mortes por 100 mil habitantes e hoje estamos em 8,2. E a curva é decrescente. A meta é chegar a seis (índice considerado aceitável pela Organização das Nações Unidas)”. Duarte enfatizou também que o impacto econômico garantiria a liberação de 600 leitos hospitalares/dia.

Duarte lembrou que a alteração feita não se deu de uma hora para outra, sem prévio aviso. “Informamos desde 2014.” Além disso, o diretor da CET citou exemplos de reduções progressivas, como na Avenida 23 de Maio e nas marginais, até chegar à velocidade permitida de 50km/h nessas últimas. Ele observou ainda que São Paulo não inovou nesse sentido. “Em outros países já fizeram e estão inclusive em novo patamar, caso de Paris, que fala hoje em áreas 30 (limite de 30km/h) e quiçá 20.” Quanto à fluidez, Duarte afirmou que não se verificaram prejuízos significativos. “O próximo passo é retirar os maus motoristas das ruas. Quarenta e dois por cento dos acidentes ocorrem às sextas à noite ou sábados, sendo responsáveis homens entre 18 e 30 anos.” 

Educação e tecnologia
Conscientizar os motoristas foi tema de Luiz Carlos Mantovani Néspoli, superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Conhecido como Branco, esse engenheiro saudou a iniciativa da Prefeitura de São Paulo e o trabalho da CET: “Segurança viária só se enfrenta se houver visão de futuro e comprometimento do mandatário da cidade, Estado ou País.” Não obstante, frisou: “A cultura é de que se andar mais rápido, vai se chegar antes. Mas andando mais devagar, todos chegam. A sociedade precisa ser seduzida para isso e compreender a medida. Daí, vai aderir. Ninguém é contra reduzir acidentes e mortes. É necessário um processo de comunicação.”

Além de conscientizar e educar para o trânsito, Branco destacou uma antiga demanda para garantir maior fluidez e segurança: priorizar o transporte coletivo sobre o individual, invertendo a lógica desenvolvida nos últimos 50 anos. “Migrar as pessoas para o ônibus é o que lutamos.”

Já Hélgio Trindade Filho, diretor da Digicon, focou nas tecnologias disponíveis à melhoria da mobilidade urbana. Assim, apresentou os controladores de tráfego inteligentes. Se a velocidade média é de 50km/h nas vias, conforme sua explanação, o sistema permite semáforos sintonizados. Para Jurandir Fernandes, coordenador do Conselho Assessor, boa gestão de tráfego e trânsito é importantíssima.

 

 

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nesta quinta-feira (12/05), reunião do Conselho Assessor de Transportes e Mobilidade Urbana do Conselho Tecnológico do SEESP contou com palestra sobre “Panorama da bilhetagem eletrônica no sistema de transporte por ônibus na cidade de São Paulo”, ministrada por Percival Barreto, superintendente de receita e remuneração da Diretoria de Gestão Econômica do Sistema da São Paulo Transporte (SPTrans). O evento, que integra série de debates sobre o tema, ocorreu na sede do sindicato, na Capital paulista. A próxima será no dia 19, às 15h, no mesmo local, e abordará os impactos da redução dos limites de velocidade nas vias urbanas.

O objetivo das discussões é prover informações para qualificar contribuições ao movimento “Engenharia Unida” e ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento – Cidades”, ambas iniciativas da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Em ano de eleições municipais, as propostas da categoria serão entregues aos candidatos de modo a auxiliar em seu programa de gestão e, assim, à qualidade de vida nas cidades, crescimento e desenvolvimento locais.

Abrindo a reunião, o coordenador do Conselho Assessor, Jurandir Fernandes, lembrou que a bilhetagem eletrônica representou avanços ao transporte. “Das cerca de 300 cidades com mais de 100 mil habitantes, aproximadamente 80% já têm implantado”, destacou.

Barreto iniciou sua preleção traçando histórico da evolução da bilhetagem eletrônica na cidade de São Paulo. O bilhete único, como mostrou, surgiu em maio de 2004 e sua integração com o metrô se deu ao final de 2005 e começo de 2006. “Em 2013, surgiu o bilhete mensal e no ano seguinte, semanal e diário.” O superintendente da SPTrans afirmou que sua implantação representou mudança na política tarifária, com diversos benefícios. Entre eles, redução de custos e de percursos aos usuários, aumento da mobilidade, da empregabilidade e da diversidade de destinos, integração em qualquer ponto da rede sem necessidade de terminais de transferência, gestão e planejamento de transporte.

No município, ainda de acordo com Barreto, são realizadas 18 milhões de viagens motorizadas, sendo 56% por transporte coletivo e 44% por individual. Apesar de queda na demanda na atualidade, ele salientou que é pequena, se comparada ao que ocorre em outras partes do País. Em São Paulo, nos primeiros quatro meses do ano, caiu 0,6% o número de passageiros; em média, no Brasil, esse índice chega a 8%. Essa diferença, segundo Barreto, é resultado da política tarifária adotada, com gratuidades que garantem equilíbrio no total de usuários. Não obstante, frisou, “a receita tem caído”. Para fazer frente a isso, revelou que está em discussão a “criação de novas fontes de financiamento ao transporte”. Uma possibilidade, conforme sua explanação, seria a criação da “Cide (contribuição de intervenção no domínio econômico) municipal”. “Com um aumento de R$ 0,10 na tarifa de combustível, poderíamos obter R$ 625,8 milhões (incluído o diesel) ou R$ 447,3 milhões (somente sobre o álcool e o etanol).” No debate, os conselheiros abordaram outras questões prementes, como controle e combate a fraudes, desenvolvimento tecnológico na bilhetagem eletrônica (por exemplo, com uso de apps, em que o bilhete é lido a partir do celular, a exemplo do que é feito hoje para embarque aéreo), planejamento urbano integrado, pensando o uso e ocupação do solo e gratuidades.


 

 

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP

 

 

 

 

 

 

 

 

Nesta quinta-feira (5/05), o diretor da Promobom Autopass, Rubens Fernandes Gil Filho abordou soluções em bilhetagem na Região Metropolitana de São Paulo. A palestra foi feita durante reunião do Conselho Assessor de Transportes e Mobilidade Urbana do Conselho Tecnológico do SEESP e inaugura discussão sobre o tema nesse fórum. A próxima atividade será no dia 12, sobre o bilhete único na cidade de São Paulo, com a exposição de Adauto Farias, diretor de gestão econômico-financeira da São Paulo Transporte (SPTrans). Além da tarifação e bilhetagem eletrônica, no dia 19 outro tema de grande importância será trazido à tona: os impactos da redução nos limites de velocidade nas vias urbanas.

O objetivo das discussões é prover informações para qualificar contribuições ao movimento “Engenharia Unida” e ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento – Cidades”, ambas iniciativas da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Em ano de eleições municipais, as propostas da categoria serão entregues aos candidatos de modo a auxiliar em seu programa de gestão e, assim, à qualidade de vida nas cidades, crescimento e desenvolvimento locais.

Fernandes explanou sobre a constituição em 2004 do Consórcio Metropolitano de Transportes (CMT), formado por 45 empresas do setor, o qual em 2008 contratou a Promobom Autopass para oferta de soluções em “transações eletrônicas voltadas à mobilidade”. “Em 2015, a Autopass foi eleita pelo terceiro ano consecutivo a melhor empresa do Brasil de bilhetagem”, enfatizou seu diretor. Seu produto é o cartão BOM, personalizado, que abrange 7 milhões de usuários. Além de viagens intermunicipais, é usado internamente em 14 cidades.

Apontando as inovações tecnológicas que vêm sendo desenvolvidas pela Autopass, ele citou que o cartão BOM pode ter agregada a função de pré-pago, via parceria com a Mastercard. Fernandes deixou claro que os créditos para transporte e os depositados pelo cliente para compras ficam separados. Ou seja, se o cliente quiser esse plus¸pode solicitar, sem que comprometa os benefícios no transporte público. Ao detalhar os serviços oferecidos pela Autopass e a rede de atendimento, com 1.200 postos e direito a recargas por exemplo por aplicativos no celular, em bancas de jornais ou padarias e mesmo no validador do ônibus, Fernandes deu uma mostra aos presentes das evoluções em bilhetagem eletrônica – o que foi ressaltado pelo coordenador do Conselho Assessor, Jurandir Fernandes. Diretor do SEESP e membro do conselho, Edilson Reis lembrou das primeiras experiências feitas na SPTrans em 1980, como largada ao desenvolvimento tecnológico e inovação atuais.

 

 

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP





 

 

 

Receba o SEESP Notícias *

agenda