Saulo Krichanã
Como marinheiro de primeira viagem, minha expectativa em participar do IX Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse) se resumia ao painel no qual seria um dos palestrantes. Afinal, a criação do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) é um passo desses que só dá quem está com os pés firmemente postados no presente, mas com os olhos voltados para o futuro.
Após discutir com todos os segmentos da engenharia nacional – inclusive na área educacional –, o SEESP resolveu empreender e ser ele mesmo o mantenedor do Isitec, agindo tal qual uma aceleradora de projetos inovadores, criando essa instituição que tem uma proposta radical de ensino e aprendizagem no campo da engenharia.
Por isso, ao olhar a programação do IX Conse, resolvi antecipar minha ida ao evento, para ouvir o que diriam os vários expositores, de diferentes órgãos de excelência na geração, na gestão e na operação da tecnologia e do desenvolvimento: técnicos da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), de empresas como a Eletrobras, da Secretaria de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, profissionais que fazem a gestão de recursos hídricos, de empresas e instituições nas áreas de petróleo e gás, de universidades, a par de outros tantos diretores da FNE que possuem vivência profissional e conhecimento para contribuir como debatedores para focar e sistematizar problemas e abrir suas perspectivas de solução.
Pelo que vi e ouvi, a proposta de ensino e aprendizagem do Isitec conseguiu captar o que os verdadeiros “engenheiros operadores do desenvolvimento” possuem como seus principais atributos. Todos têm visão integrada dos problemas do País; plena consciência de como suas ações profissionais podem contribuir para a sua superação; a clara noção de como podem transformar em ações efetivas o que se propuseram a discutir; sabem da importância do “pensar antes de agir”; e possuem um comportamento inquieto, inconformado e proativo no sentido de buscar fazer sempre o melhor.
Esse é o DNA que o curso de graduação em Engenharia de Inovação procura desenvolver nos futuros engenheiros que formaremos nos próximos anos. É o foco do Isitec: através da oferta de um acervo de conhecimento enriquecido por um processo radical de ensino-aprendizado, formar um profissional sempre disposto a pensar e repensar seu estoque de conhecimentos; incansável na busca de aprender e apreender sempre; comprometido com os efeitos de sua ação individual na sociedade a que pertence; e sempre inquieto na busca de novas formulações que o façam um agente social.
Ou seja, um verdadeiro “engenheiro operador do desenvolvimento”, tal como cada um dos engenheiros presentes no IX Conse: sempre com muita paixão, homens e mulheres que estão sempre ajudando a transformar e melhorar a sociedade em que vivem.
Saulo Krichanã é diretor geral do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec)