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Opinião - O petróleo é nosso! – Parte II

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Cid Barbosa Lima Junior

No artigo anterior, contamos um pouco da história de luta em prol da Petrobras e duas derrotas para o truste internacional. Neste, trataremos das lutas mais atuais, avanços e recuos. É conveniente lembrar que em 1995 houve a maior greve da história da Petrobras, uma paralisação que durou 32 dias, e o Governo Fernando Henrique colocou tropas do Exército para ocupar as refinarias. O governo estava interessado em privatizar a empresa. Mas, diante da resistência da Federação Única dos Petroleiros (FUP), teve que adiar seus objetivos.

No seu último ano de governo, FHC fez nova tentativa – frustrada –, que levantava outro nome para a empresa: Petrobrax.

Hoje, uma das consequências da chamada “Operação Lava Jato” – além de derrubar uma corrupção sistêmica, o que é importantíssimo – tem sido a diminuição dos lucros da Petrobras e das empresas que trabalham com ela, afetando ainda mais a economia brasileira. Afinal, a soma do que a Petrobras e as empreiteiras geram corresponde, praticamente, a um quarto do nosso PIB (Produto Interno Bruto).

Vários empresários de porte foram presos, por tempo maior do que na ditadura civil-militar. Naquela época, os Departamentos de Ordem Política e Social (Dops) tinham no máximo quatro meses para encaminhar os indiciados à Justiça Militar. Hoje há presos completando quase um ano de detenção “temporária”. Isso tem afetado duramente a economia.

Já o senador José Serra (PSDB-SP), ao apresentar o Projeto de Lei 131/2015, levanta a bandeira contra o modelo de partilha da Petrobras no pré-sal. Esse modelo assegura à empresa e ao Brasil o controle dos recursos e, ao mesmo tempo, que a maior parte da renda do petróleo e do gás extraídos e comercializados seja investida em educação, saúde, inovação e meio ambiente. O desmonte do modelo de partilha faz parte de uma política que visa reduzir o papel do Estado no desenvolvimento e abrir as portas de nossa riqueza ao capital internacional. Se no Oriente Médio os países colonialistas fazem guerras pelo petróleo, aqui aliciam maus brasileiros para demolirem, por leis, nossas conquistas.

Tramitando no Senado, esse projeto de lei, caso aprovado, será um retrocesso. E levará os petroleiros, os nacionalistas e os defensores do Brasil como Estado independente e soberano a levantarem novamente a bandeira “O petróleo é nosso!”.

Cid Barbosa Lima Junior é engenheiro

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